A Herança escrita por Helgawood


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Demorou muito, mas hoje finalmente saiu!
Espero que gostem!



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Os dias que Susie passou no Monte Aslam fora demasiado atarefado. Todos, inclusive ela, fora encarregado de uma função para que o Monte deixasse de ser uma caverna para se torna uma fortaleza contra as forças bélicas inimigas. O trabalho para isso exigia muito de todos, principalmente dos gigantes, minotauros e centauros que tinham, naturalmente, maior força e energia e por isso o trabalho demandava mais deles. Fora construído dentro da caverna fornalhas e bigornas para que as armas saqueadas da tropa de Miraz fosse melhoradas. Acomodações foram preparadas para que todos tivessem ao menos um pouco de descanso; e aqueles que tinham alguma habilidade de luta faziam questão de ensinar os outros que carecia de tais habilidades. Caspian desejava que todos estivessem preparados para a iminente batalha. 

Numa das salas do monte eram realizados conselhos de guerra com todos que estivessem interessados, afim de que fossem preparadas estratagemas e relatórios sobre o inimigo. Numa dessas importantíssimas reuniões Trumpkin e o esquilo Farfalhante foram encarregados de encontra os reis e rainhas da Antiga Nárnia em lugares diferentes. Farfalhante resolveu ir para o Ermo do Lampião, enquanto o anão vermelho iria seguir pela foz do rio para encontrá-los. Susie desejou ir com eles, mas não tinha nada que pudesse ajudá-los e com certeza iria atrapalha-los, então apenas os desejou sorte.  

Com aquela reunião as esperanças de todos foram reacendidas. Enquanto não se tinha notícias de ambos, o trabalho continuava a todo vapor para quando o Grande Rei Pedro, Rainha Susana, Rei Edmundo e Rainha Lúcia chegassem. 

— Só encontrei isso por aqui. falou Susie com voz embarga e visivelmente cansada. Colocou no chão alguns pedaços de madeira encontrados na floresta. 

 Toda a caverna estava iluminada por causa das fornalhas e o barulho incessante de metal. 

 Jogue aí dentro.  disse o centauro que segurava na bigorna um pedaço de metal em brasa, enquanto outro batia. 

 Susie empurrou para a fornalha os pedaços de madeira pega por ela. Após ter feito isso, limpou as mãos e o rosto. 

Isso é cansativo demais . reclamou ela.  Dá próxima vez peça para outra pessoa.  

Você tá reclamando de ter que fazer um trabalho simples, é. Quero ver como ia se sair aqui no meu lugar. 

Susie cruzou os braços e deu de ombros.  

Certas coisas mulheres não podem fazer. disse ela.

Certos centauros fêmeas costumam fazer esse trabalho. disse o narniano. Será preguiça ou fraqueza da sua raça? - ironizou. 

A garota estreitou os olhos e o encarou. 

Nem um nem outro. Simplesmente não lhe interessa. 

Virou nos calcanhares e saiu batendo os pés da caverna. Do lado de fora estava mais agitado com lutas de espadas e combate corpo a corpo; não havia ninguém que estivesse ocupado e dedicando-se puramente ao trabalho. 

De repente, uma tropa de anões e faunos passou por Susie em formação com arco e flecha nas mãos, estavam indo em direção a área dedicada so treino de tal habilidade onde o alvo era um boneco de palha com armadura  telmarina.

Tome isso! ouviu uma voz vinda de baixo, era Nikabrik. O anão negro tinha em mãos arco e flecha e os estendia a Plummer. 

— O que é isso? indagou ela. Você não deveria está seguindo eles? 

Ele deu de ombros. 

Não sou obrigado a obedecer as ordens de um telmarino mimado. Tome, pegue logo isso! Eu prefiro descansar do que criar expectativas. 

Susie pegou a arma das mãos de Nikabrik e o fitou, enojada  

Eu não sei o porquê de você está aqui. disse ela.

Por vários motivos, garota. - dito isso, o anão saiu. 

Susie preferiu não fica se indagando sobre o que Nikabrik queria dizer, de nada adiantaria ocupar a mente com assuntos relacionados ao anão negro.  

Seguiu a tropa de anões e faunos para o local de treinamento. O boneco telmarino estava atrás de um tronco de árvore caída, sendo sustentando com ajudar de Caça- Trufas, o texugo, que o movimentava de lado ao outro. Susie achou bizarro, mas não comentou nada. 

Agora vamos treina pontaria. dizia um fauno com voz grave, andando por todo regimento. O nosso inimigo é terrivelmente esperto e ardiloso, tem táticas de guerras bem mais avançada do que a nossa. Mas se fomos bons e unidos, poderemos derrota-los. O arco e flecha será de ótima ajuda para todos, mas não devemos fica acomodados com ele, outras armas também serão necessária para enfrenta o inimigo. 

Todos o ouviam em silêncio e com atenção, prestando atenção na regras e no manuseio correto do arco e flecha. O nome do fauno era Mentiu, de estrutura mediana, cabelos castanhos e extremamente habilidoso. 

Senhorita Susie, o que está fazendo aqui? indagou ele, sério. Você não estava conosco na seleção e acredito que seu treinamento não seja comigo. 

Susie engoliu em seco e sorriu para o fauno. 

Isso aqui estava com Nikabrik, ele que me entregou e saiu depressa. - dizia ela. E realmente eu não faço treinamento de arco e flecha, mas posso participar, certo?

Mentius ponderou e, após um tempo, assentiu. 

Sim, pode. Mas tenha a atenção redobrada.

A garota aquiesceu. O objetivo do treino era básico, acerta com precisão o boneco nos pontos vitais. Os ratos o movimentava com rapidez fazendo com que maioria das flechas fossem de encontro ao chão ou das árvores, deixando o alvo intacto. Em todas as tentativas, Susie foi péssima.  

Você tem que manter a o arco para cima, Susie. orientou o fauno posicionando a mão dela. - Se continuar assim é melhor desistir. 

Estou tentando fazer o meu melhor.  

Não parece. retrucou.  

Susie bufou e tentou mais uma vez, inutilmente. Sentia-se terrivelmente frustrada, pois de todos presentes ali ela era a única que ia mal. Mentius mostrava impaciente em te que advertir a garota todo instante e os anões tentavam ajuda-la. 

Mais uma vez disparou uma flecha que passou zumbido pela cabeça de Caça- Trufas que ficará transtornado. 

Ei! -gritou Caça-Trufas. Veja por onde atira essa flecha, quase ia me acertando!

Todos os olharem foram para Susie que ressentida abaixou a cabeça e pediu desculpas ao texugo. Mentius se aproximou dela e estendeu a mão. 

Por favor, me dê e procure outra coisa para se ocupar. Você com o arco e flecha é... 

Perigosa. Péssima. Horrível. Cega? interveio ela. 

Eu ia dizer pouco cautelosa, mas se sugeriu tudo isso, talvez seja.  

Susie revirou os olhos, entregou a arma para Mentius e saiu frustrada consigo mesma. Não serviria de nada se não soubesse, no mínimo, como se defender e atacar. É claro que nas escolas de onde Susie viera nada daquilo que era exigido no momento era ensinado, mas aprender em pouco tempo era demasiado para Susie. Nessa hora sentiu falta de casa, da avó, dos pais e da escola. E do Wander. Deveria está considerando ele como um inimigo jurado, mas não conseguia. Havia confiando nele e ele a tinha ajudado de diversas maneiras, no entanto, no final, agiu como traidor. Seus olhos ficaram marejados e reprimiu as lagrimas, não desejava demostra mais fraqueza. 

Algo a incomoda, senhorita Susie? reconheceu a voz do doutor Cornelius. A mão dele estava sobre o ombro da garota. 

Ela virou-se para ele e forçou um sorriso. 

Não. Nada. respondeu ela. Eu só estava pensando no meu papel aqui, acho que estou sendo um peso morto. 

Não diga essas coisas ! espantou o doutor. Você passou por muitas coisas e enfrentou o rei Miraz de frente, então não diga que é um peso morto. 

Até pode ser verdade, doutor, mas aqui não tenho nenhuma função que possa ajudar. suspirou com pesar.- Sou péssima em quase tudo, e hoje quase acertei o Caça-Trufas. Doutor Cornelius afagou os cabelos de Susie e sorriu solidário. 

Não deixe que algumas pedras bloqueie o caminho, menina. Com certeza há inúmeras coisas que você pode fazer, mas ainda não as colocou em prática.  

A garota suspirou cabisbaixa e considerou as palavras do doutor Cornelius. Talvez houvesse coisas que ela poderia fazer, mas de nada serviria coloca em prática naquele mundo. O que todos queriam eram armas, coragem e estratégia para confrontar inimigo. Todavia, Susie só tinha coragem.  

Então ela levantou o rosto para o doutor. 

Sabe... Enquanto o senhor esteve preso, Wander me ensinou algumas coisas de esgrima. - disse ela com pesar ao lembra do colega. - Não era muita coisa, mas até que me ajudou bastante.  

Por sob os óculos, os olhos de Cornelius brilharam com uma ideia, então passou o braço pelos ombros dela e a puxou para andar. Susie o olhou surpresa enquanto o seguia. O doutor a guiou para dentro do monte a passos rápidos, empurrando quem havia a sua frente e pedido desculpas. Por fim, pararam no complexo onde ficava a Mesa de Pedra. Ripchip e companhia estavam presentes na sala, reunidos no que parecia uma reunião entre ratos.

Cornelius pigarreou chamando atenção de todos. 

Meu caro amigo e sábio doutor Cornelius! Senhorita Susie! saudou Ripchip. - O que os trazem até aqui? 

O doutor olhou para Susie e depois para o narniano. 

Preciso da sua ajuda, meu amigo... Para ser mais exato, Susie precisa da sua ajuda. a garota olhou de soslaio para o doutor. Bem, Caspian o deixou com treinamento de esgrima aos novato e, acredito eu, que seus ensinamentos nessa área possa ajudar nossa admirável amiga. 

Ripchip cruzou seus braços e ponderou.

Seus companheiros narnianos fizeram o mesmo e reuniram-se num círculo para decidirem. Susie olhou para o doutor intrigada, e o doutor apenas lhe sorriu. 

Decidimos! - anunciou Ripchip. Todos nós ficamos contente com sua decisão de querer ajudar, senhorita Susie, e a aceitamos de bom grado.  

A jovem fez uma breve mesura. 

Obrigada, Ripchip. Sorriu amarelo. 

Mas primeiro você precisa de uma espada e proteção. o rato pulou da mesa por chão. -Venha comigo. 

Ripchip saiu do complexo sendo seguidos por seus companheiros ratos. Antes que doutor Cornelius seguisse o rato, Susie o segurou. 

— Algum problema? -indagou ele. 

É um rato! - resmungou Susie, intrigada. Vou se treinada por um rato! Ele nem sequer tem um metro. 

Cornelius jogou a cabeça para trás e riu. 

Imaginava que falaria isso! disse o doutor, animado. Não precisa se preocupa com isso, menina, nosso amiguinho foi escolhido a dedo pelo príncipe Caspian para essa função, então pode confiar nele. Eu confio. 

Susie suspirou e aquiesceu hesitante. - Vamos então. 

 

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Ripchip os levou a um dos subterrâneos do Monte onde armas e armaduras eram mantidas em boas condições para o momento da batalha. A pedido do rato, um centauro fêmea foi incumbida de escolher uma espada que melhor serviria a Susie.  

Seus braços são longos, mas as mãos são pequeninas e delicadas demais.  dizia a centáurides observando as mãos de Susie minuciosamente. 

Mas isso não é problema falou Ripchip com os braços cruzados e compleição séria. - com prática ela vai se adaptar. Ela também vai precisa de armadura, Ériu. 

A centáurides aquiesceu enquanto exibia as espadas. 

Eu vou ver o que posso fazer. - respondeu. O que acha dessa, Susie, é um sabre. 

A espada era curta, de tamanho médio e leve nas mãos de Susie. Sua lâmina era curva, afiada e de fácil maneio, mas a garota recusou. Após um tempo, Ériu retirou dos caixotes uma espada de lâmina reta, longa e fina no qual Susie se interessou de imediato. Segurou-a nas mãos e a manuseio  

É uma rapiera informou Ériu. combina com você. Elas são boas para estocar, mas para atacar vai precisa de muita prática. 

A garota anuiu com a cabeça, concordando, mas sequer tinha prestado atenção nas palavras da centáurides. Manuseou a espada repetidas vezes encantada com a beleza da arma e empolgada por ter uma . A pedido de Ripchip, Ériu buscou uma armadura que servisse a Susie. Trouxera a ela uma peça que combinava a proteção de armadura com uma roupa de couro com tiras. Colocou a couraça de couro por de cima do vestido e amarrou a bainha na cintura.  

Sorriu confiante para o doutor Cornelius, pois estava pronta.


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Notas finais do capítulo

Espero que o capitulo tenha de agrado de todos para compensar o logo tempo em que ficou em hiatos.

Deixem suas opiniões, comentários e criticas construtivas! Beijos



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