A Herança escrita por Helgawood


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei bastante, mas estou de volta e não vou abandonar a fanfic!



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ia se passado alguns dias desde que soltaram doutor Cornelius do calabouço, e Susie esperava ansiosa o dia de sua fuga. Acordou antes do sol nascer e dos empregados acordarem. Ficou andando de um lado ao outro absorta em seus pensamentos, pois não podia sair de seu quarto até que alguém estivesse acordado. Pensa em poder sair de Telmar deixava-a ansiosa e preocupada, e se algo der errado, era o que pensava.

Sentou na poltrona de seu quarto e ali ficou por um bom tempo, imaginando o que quer que fosse em sua mente. Enquanto estava ali parada como uma estátua, espantou quando ouviu leves batidas na porta de seu quarto. Levantou-se e olhou pela fresta da janela o céu numa mistura abstrata de rosa e laranja competindo com o que restava da noite, porém ainda levaria tempo do sol surgi.

Quem estaria acordado a essa hora? Indagou-se. As batidas na porta foram ouvidas novamente, e Susie hesitou em abri-la.

—Quem está ai? — perguntou temerosa.

Ouve um silêncio e, em seguida, a voz grave preencheu o silêncio.

— Senhorita Susie, sou eu Cornelius.

A garota suspirou aliviada e abriu a porta para o homem.

— O que faz aqui a essa hora?

— Desculpa acordá-la, minha amiga, mas precisava falar com você. — disse ele. — Posso entrar?

— É claro.

Doutor Cornelius sentou-se na poltrona e Susie sobre a cama. Doutor Cornelius percebera uma trouxa simples encostada na parede.

— É o que vai levar? — perguntou ele à Susie.

A menina assentiu. — Você disse que eu poderia levar algumas coisas.

— Sim, disse. — disse ele endireitando os óculos. — Bem, voltando ao assunto, só vim avisar que já podemos fugir.

— Já! — espantou a garota sobressaltando da cama. — Então vamos agora.

O doutor negaceou com a cabeça.

— Espera, minha menina, temos que espera até um ter um limite.

— Limite? — indagou.

— Sim. Olhe, se fugimos agora pela manhã logo nos procurarão, e então tudo terá falhado. Mas se esperamos até a noite eu creio que, com você em seu quarto e eu em minha biblioteca, eles não desconfiarão. — dizia ele. — Alguém vem aqui em seu quarto a noite? — Susie negaceou com a cabeça. — Também não vão para biblioteca.

— Como vamos fugir? A noite o portão é vigiado.

Doutor Cornelius sorriu e disse:

— Eu tenho minhas artimanhas, querida Susie. — então ele se levantou da poltrona e andou em direção a porta. — A noite esteja pronta, e eu venho buscá-la.

A menina assentiu.

— Você contou pra alguém sobre nosso plano?

— Não. — respondeu ela. — Mas queria contar por Wander.

— É melhor não conta pra ninguém, Miraz pode tortura alguém quando perceber que fugimos e culpá-lo.

Wander. Senhora Zerdali.

O Cornelius abriu a porta e saiu.

— Tenha um bom dia, minha amiga. — disse ele e fechou a porta.

— Pra você também. — murmurou ela.

Susie abriu a janela e a abriu, o sol já surgia entre as montanhas longínquas e lá embaixo, no pátio, começava a ter movimento. A porta do quarto abriu-se e Diana entrou com uma muda de roupa sobre seus braços.

— Bom dia, Susie. — disse ela.

Tomou banho, vestiu-se e tomou seu desjejum e desceu ao jardim do palácio ajudando as empregadas. Enquanto trabalhava ali não tinha visto Wander, pois ansiava par falar com ele. Ele havia se tornando seu amigo e pensa que não mais veria ele a deixava triste. Pelo menos tenho que me despedir.

Depois de terminando seu serviço foi a cozinha, seu estômago reclamava de fome.

— Susie! Que bom que veio me visitar. — disse a senhora Zerdali limpando as mãos no vestido.

— Olá senhora Zerdali. — disse ela. E então Susie fez algo que surpreendeu todos da cozinha, abraçou a senhora roliça e beijou-lhe o rosto, assim como fazia com sua mãe.

— Susie… — Zerdali levou a mão ao rosto. — Está tudo bem com você, querida?

— É claro! — disse a menina. — Por que não estaria? Só quis agradecer por todo esse tempo.

A mulher sorriu, afagou seu cabelo e beijou o rosto de Susie.

— Bem, você poderia fazer um serviço pra mim, Susie? — perguntou a mulher.

— Claro. Mas tem algo pra comer? Estou com fome e não quero subir lá em cima pra ver o rosto de Miraz e Prunaprismia.

— É claro, minha menina.

Zerdali preparou o almoço de Susie e quando terminou correu para o estábulo levando o almoço de Wander e de seu pai. Logo os avistou e acenou com as mãos agitadas.

— Como vai Susie? Faz tempo que não nos vimos. — disse Wander pegando a cesta nos braços de Susie. — Pai, a comida chegou! — gritou ele.

— Verdade. — disse ela. — Mas eu não apareci muito porque estava ocupada.

— Trabalhando pra Prunaprismia?

— Não. São outras coisas. — respondeu ela observando-o comer. — Olá, senhor Alfrid.

— A madame venho nos visitar. — disse ele fazendo uma mesura. — é um prazer revê-la.

A menina contribuiu a mesura.

— Zerdali esta fazendo-a de empregada, é.

— Nada disso, senhor, apenas fiz uma gentileza.

Quando Wander terminou de comer ele levantou-se e pegou a mão de Susie.

— Vem comigo. — disse ele.

A menina seguiu até o final do estábulo onde estava o cavalo negro batizado de Fera. A garota passou a mão sobre sua crina e Wander riu.

— O que foi? — perguntou ela.

— É que hoje o cavalo chutou meu pai e a mim também, pela primeira vez. — riu ele e depois fez uma careta de dor. — Mas fosse ele não faz nada.

A menina sorriu.

— é claro, eu sou uma mulher.

Wander cruzou os braços.

— Isso não justifica nada, Susie. Uma vez minha mãe veio aqui e ela teve correr muito pra ele deixá-la livre. — ele aproximou do ouvido de Susie. — Acho que ele é um cavalo estranho.

— Ou não. — disse ela. — Ele talvez só queria correr livre por ai novamente, com seu rebanho e sem um homem sobre suas costas. Sabe, animais também merece liberdade. — novamente Susie alisou a crina do animal. — Fugi daqui e ir pra longe. — virou-se pra Wander. — Acho que eu o entendo.

Ele revirou os olhos.

— É só um animal. Por que não mudamos de assunto?

A menina assentiu. Os dois saíram do estábulo e sentaram na grama observando castelo e as pessoas trabalhando em seus serviços cansativos e poucos produtivos. Susie conseguia ver um pouco da cidade e via que lá era melhor do que o castelo, mas sorriu quando imaginou-se longe daquelas muralhas.

— Eu tenho algo pra ti contar. — disse ela.

— Então conta, oras — Wander olhava para todos os lados que seus olhos conseguiam alcançara e na boca mastigava uma folha.

Susie segurou as mãos de Wander e olhou em seus olhos, surpreendendo-o.

— Promete que não vai conta nada a ninguém? Promete.

— Hum… Prometo. Agora pode soltar minhas mãos? Elas estão doendo.

— Desculpe. — disse soltando-as. — Olha, por favor não conte a ninguém, e se alguém te perguntar fala que não sabe de nada, que não viu nada.

O jovem franziu o cenho.

— Você está estranha, Susie.

A menina ignorou e voltou a falar.

— Eu e o doutor Cornelius vamos fugir hoje a noite. E como você é meu amigo queria lhe contar antes que nunca mais o visse.

Ele piscou atordoado.

— Como assim “nunca mais o visse”?

A menina suspirou.

— Quando sair de Telmar não voltarei mais, vou procura os reis de Nárnia e com eles volta pra casa. Wander você nunca mais vai e ver!

Ele a encarou incredulo e no instante seu semblante ficou sério e furioso e cerrou os punhos, Susie espertava outra reação do amigo. Ele levantou-se e andou batendo os pés para dentro do estábulo, voltando a seu trabalho. Susie ficou sem entender nada.




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Notas finais do capítulo

Sei que ficou pequeno, mas é só isso mesmo. Desculpem qualquer erro.



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