A Herança escrita por Helgawood


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei demais para postar o capitulo, mas cá estou eu!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/557951/chapter/6

Era uma manhã gélida e enevoado quando Susie acordou sobre o olhar curioso de alguém. Piscou várias vezes até tomar consciência da pessoa que a observava: era uma criada. A criada estava ao pé da cama com os braços cruzados e examinando o rosto da garota. Susie a conhecia das poucas vezes que descera para cozinha. Espreguiçou-se e sentou na cama.

— Como entrou aqui? — perguntou olhando para cadeira que colocara sobre a porta na noite passada. — E quem é você.

— Pela porta, senhorita, por onde mais eu entraria? Eu sou Diana. Gostaria de comer alguma coisa?

— Sim, por favor. — disse Susie. — Quando você entrou havia alguma coisa na porta?

— Deveria ter alguma coisa na porta? — Diana arqueou a sobrancelha. — Bem, eu já voltou com seu café.

Diana saiu do quarto deixando Susie absorta em seus pensamentos. Pôs-se de pé e puxou as cortinas da janela dando de cara com um tempo gélido e enevoado do dia. Olhou para a cadeira do canto do quarto, ao lado da porta, onde deveria esta bloqueado a passagem de curiosos para dentro de seu aposento. Como Diana havia entrado?

Diana voltou carregando uma bandeja com mingau de aveia e torradas. Sentiu-se bem com a refeição preenchendo o vazio em sua barriga. Quando Diana a deixou só, sentiu-se melhor sem aqueles olhos castanhos a fitando. Descobriu que Diana já havia escolhido a roupa de vestir para aquele dia frio. O vestido vermelho de mangas longas e as sapatilhas estavam sobre a poltrona ao lado da cama. Tomou banho, arrumou o cabelo e vestiu-se.

Desceu em direção a cozinha onde o cheiro de pão fresco lhe dava fome mesmo estando com a barriga cheia. Quando Zerdali a viu na soleira da porta sorriu.

— Bom dia, dorminhoca. — disse ela. Suas mãos estavam brancas de farinha. — Já tomou café?

A garota assentiu.

— Diana levou pra mim.

— Oh, então não tenho mais nada a lhe oferecer. — disse a senhora voltando a tira os pães do forno. — Sente-se aqui, se quiser.

Apontou para uma cadeira no canto da cozinha. Susie negaceou com a cabeça, apesar de que não incomodaria as mulheres que ali trabalhavam, preferiu sair. Como preferia fica dentro do castelo por causa do frio, andava pelos longos corredores e entrando em salas até então desconhecidas para ela. Se não encontra-se Prunaprismia pelo caminho estaria tudo bem para Susie.

Chegou em um corredor longo, de tapete vermelho e sem janelas para clareá-lo. Era ali que ficavam os quadros dos reis antecessores a Miraz de Telmar. O quadro de Miraz estava entre os naqueles nobres que pareciam seguir Susie com o olhar. Estariam eles pedido ajudar? Era o que pensava Susie, implorando para que eu tire Miraz do poder? Mas eu não posso. Não sozinha.

Enquanto conversava mentalmente com aqueles que já havia indo há muito tempo, não percebera que a porta fora aberta do salão e que não se encontrava mais sozinha com os quadros.

— Não é comum encontra alguém aqui. — ouviu alguém dizer.

Susie levou a mão no peito na tentativa de a calmar as batidas acereladas de seu peito.

— Basílio. — disse com surpresa e medo. — Com licença, tenho que ir.

Antes que pudesse sair da sala, Basílio segurou-a pelo ombro.

— O que foi? — perguntou ríspida.

— Nada. — ele sorriu. — Apenas queria dizer que Destro voltou.

— Destro? — a garota arqueou a sobrancelha. — Quem é Destro?

— Somente o cavalo do falecido príncipe Caspian.

— Ele está vivo.

— Agora sabemos. — disse ele deixando Susie curiosa. — Logo ele estará aqui.

Os olhos de Susie arregalaram-se.

— Como? Caspian está longe daqui, em um lugar seguro, eu presumo.

— Não para Miraz. — disse ele sorrindo. — Agora pode ir.

Quando Susie se viu longe dos olhos de Basílios passou a corre em direção a seu quarto, talvez o único lugar seguro ali, ou o mais perigoso. Foi então que enquanto corria tivera o vislumbre de um homem baixo e de cabelos branco em um dos corredores. Parou, deu meia-volta e foi na direção na biblioteca que desde a prisão do doutor Cornelius estava fechada.

O homem estava de costas para Susie mas não havia dúvidas que era ele. Doutor Cornelius estava com um molho de chave tentando abrir a porta de sua antiga sala.

— Doutor Cornelius. — murmurou de modo que o velho pudesse ouvir.

Quando ele virou-se percebeu o quanto a prisão fez mal a um homem tão sábio e gentil como Doutor Cornelius. Os pequenos olhos dele por detrás do óculos brilharam quando a garota o abraçou apertado.

— Sentir tanta sua fala. — disse Susie. — Como conseguiu sair do calabouço?

— Não vá achando que fugi, pois seria impossível para um velho fazer isso. — ele riu, mas depois voltou a fica sério. — Deve ter ficado sabendo do aparecimento de Destro. Provavelmente eu e você corremos um enorme perigo.

— Que tipo de perigo? — perguntou Susie receosa.

— Espere um momento. — Ele escolheu uma chave abrindo a porta da biblioteca. Dentro daquela sala que ele fazia questão de manter limpa quando tivesse tempo, estava cheia de pó e panos brancos que cobriam mesas e bugigangas.

— Eu lhe ofereceria um lugar pra sentar se ao menos tivesse uma cadeira.

— Tudo bem senhor. Agora conte por que corremos perigoso? Sinceramente, achava que era só eu.

Ele negaceou com a cabeça.

— Não, minha querida. Destro voltou e é provavelmente que Miraz adentrara mais e mais no bosque, a procura de pistas do paradeiro do príncipe Caspian. Eu temo que nós dois – até você que chegou depois do desaparecimento de Caspian – vamos para a câmara de tortura.

Os olhos de Susie arregalaram-se, seu coração disparou e em sua mente só vinha os modos de tortura da Idade Média que estudara da escola. Os precisavam sair dali imediatamente.

— Não precisa fica com medo, Susie. — disse Doutor Cornelius com a mão sobre o ombro da garota e sorriu solidariamente.

— Como não? — exclamou Susie. — Não sou nem desse mundo e vou morrer!

— Vamos fugir antes que isso aconteça. — disse ele convicto.

— Fugir… — murmurou ela. — Mas há guardas por tudo canto!

Ele inclinou-se sobre a garota e prosseguiu falando de modo misterioso.

— Eu recomendo que prepara-se para fugir a qualquer momento, levando consigo o básico ou até mesmo não levando nada. Tenho minhas artimanhas para fugimos sem sermos vistos. Agora vá.

Ele acompanhou a garota até a porta e a abriu para que saísse.

— Logo os guardas virão aqui, então seja rápida. Além disso, espero que tenha lido o livro que lhe emprestei.

— Li ele todo, senhor… Mas…

— Mas nada. — interrompeu ele. — Vá e fique alerta.

— Sim, senhor.

E saiu contente e em paz da sala, sabendo que logo poderia encontra com o príncipe Caspian e os antigos reis e rainhas de Nárnia. Queria contar pra alguém sobre sua fugar e esse alguém era Wander, mas ele era realmente seu amigo? Reclamou com si mesmo por nutrir essa dúvida sobre ele, pois era evidente de que ele era seu amigo.

Agora sim tinha certeza de que tiraria Miraz do trono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou tentar não demorar tanto no próximo capitulo, mas os trabalhos escolares e estudos estão tomando muito do meu tempo.

Deixem comentarios. Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Herança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.