Winter is Coming escrita por Natalhando, Jane Tudor


Capítulo 4
"Não me chame de Bucky"


Notas iniciais do capítulo

Tanta enrolação pra postar esse capítulo, que quando vocês lerem, não devem nem lembrar quem é Georgiana, Bucky...



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– Não gosto que me deixem esperando.

– Eu pensei que você não viesse – ele ignorou minha última fala.

– Já disse que sou uma mulher de palavra.

– Eu vejo... – o Soldado Invernal me olhou de cima a baixo, com um sorriso de canto de boca. – Então, você vai me dar as informações que eu quero?

– Depende, o que eu ganho por te ajudar?

– Eu não te mato.

– Isso é muito tentador – ironizei.

Olhei para os dois lados, procurando ter certeza de que ninguém nos via, só então eu me aproximei um pouco de Bucky.

– Seu nome é James Buchanan Barnes, vulgo Bucky. Você lutou na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas, ao lado de seu grande amigo Steve Rogers, que é o Capitão América.

– Capitão América? – Ele perguntou, pensativo. Certamente estava tentando se lembrar do que havia visto no museu do Capitão mais cedo.

– Foi o que eu disse, o Capitão América. Você tentou matá-lo semana passada, não se lembra? – Fiz uma pausa e olhei para sua expressão. – Pois é, Bucky.

Ele olhou fixamente para mim.

– Não me chame de Bucky – ele pareceu irritado.

– Não me diga o que fazer – retruquei. – Como você espera que eu te chame? Aceite os fatos, você é o Bucky. Claro, uma versão mais mortífera e cruel do Bucky original, mas ainda assim, o Bucky.

– Como eu posso ser esse Bucky que todos dizem?

– Eles apagaram a sua memória, é natural que não se lembre – dei de ombros. – Você foi usado como arma da Hydra por anos.

Ele ergueu o olhar, ficara furioso de repente. O Soldado Invernal socou a parede mais próxima com seu braço biônico. Um enorme buraco se formou na mesma. Depois de alguns segundos olhando para o estrago feito, ele virou-se para mim.

– Você estava tentando me capturar! – Ele exclamou. – Eu devo confiar em você?

Eu sorri e olhei para baixo.

– Não, não deve.

Ao dizer isso, em um movimento rápido, eu girei o meu corpo no ar de chutei Bucky. Ele pareceu bastante surpreso com a minha mudança de atitude, mas logo se recuperou do choque.

Eu ergui meus punhos, pronta para outro ataque, mas ele foi mais rápido. O Soldado Invernal segurou o meu braço direito e o colocou atrás de meu corpo, torcendo-o e me imobilizando.

– Por que você está fazendo isso?

– Eu tenho ordens de te capturar. – Murmurei, rangendo os dentes. – Você matou mais de vinte pessoas em cinquenta anos, não se faça de inocente, Bucky, porque você está muito longe de ser o mocinho dessa história.

– Você não disse que era uma mulher de palavra? – Ele resmungou com desprezo.

– Eu já te dei as informações que você queria. Não descumpri minha palavra. E eu fiz um juramento à minha corporação, e pretendo mantê-lo – após dizer isso, eu consegui me soltar dos braços de Bucky.

Agachei-me e estiquei a perna, tentando dar uma rasteira em meu oponente, mas falhei miseravelmente. Corri para longe do Soldado, ele veio atrás de mim. Quando estava praticamente me alcançando, eu subi no capô de um carro e investi contra Bucky.

Ambos caímos no chão, contudo, ele se recuperou rapidamente e pegou no chão a minha arma, que havia caído durante o confronto. O Soldado Invernal apontou a arma para mim e deu um sorriso triunfante.

– Eu disse que você não ia conseguir se livrar de mim.

Bucky caminhou lentamente em minha direção, saboreando sua vitória. Eu ainda estava caída no chão, e estava quase aceitando a derrota quando eu ouvi um barulho.

Eram sirenes de carros da polícia. E não simples carros da polícia, eram os carros da W.H.I.S.C. Muito provavelmente, Collins, meu chefe, havia mandado esforços assim que tomou conhecimento de meu confronto com James.

Quando ouviu o barulho das sirenes, Bucky olhou para o lado no impulso, procurando o local de onde vinha aquele som. Eu aproveitei sua distração para chutá-lo, fazendo a arma saltar de suas mãos. Eu agarrei a mesma no ar, e apontei-a para ele.

Estendi minha mão livre para a esquina da rua onde estávamos, e uma enorme placa de trânsito se desafixou do chão e voou em direção à Bucky, enrolando-se nele, e, desse modo, o imobilizando.

Aproximei-me mais um pouco dele, tirando as algemas de meu cinto. Sendo mantido imóvel pela barra de metal que o envolvia, Bucky não tinha como escapar ou resistir.

Depois de devidamente algemado, e já livre da barra de metal da placa de trânsito, ele não tentou me atacar. Apenas me olhou com extrema decepção. Eu desviei o olhar.

– Você sabe que eu não matei aquelas pessoas por conta própria! – Ele berrou, irritado.

– Minha missão é capturar um assassino que está na minha lista, e é o que eu vou fazer.

Eu podia ouvir som das sirenes ficando mais alto, eles estavam cada vez mais próximos de onde nós estávamos. Eu conseguia sentir os olhos de Bucky cravados em mim, me metralhando. Fiquei parada com os braços cruzados por um tempo, mas então eu tirei a chave das algemas do meu bolso e me virei para ele.

– Eu te dou 24 horas para fugir – falei, soltando-o das algemas. – Depois disso, eu vou atrás de você. E se eu te encontrar... Bom, é melhor para você que eu não encontre.

O Soldado Invernal me encarou por alguns segundos, mas logo se virou de costas e começou a correr, no sentido contrário de onde vinham os carros da W.H.I.S.C. Quando estes chegaram ao local, alguns agentes homens de terno desceram dos veículos com armas apontadas.

– Para onde ele foi, agente Wayland? – um dos homens questionou.

– O desgraçado conseguiu fugir dessa vez, mas não vai acontecer de novo.

Ethan, esse mesmo homem que havia feito a pergunta abaixou a arma e olhou para mim com o cenho franzido.

– Se não me engano, esta é a segunda vez em que o Soldado Invernal escapa de suas mãos, Georgiana – ele desdenhou. – Tome cuidado para que não haja uma terceira.

– Francamente, Ethan, não me diga como fazer o meu trabalho.

Foi apenas o que eu disse antes de subir na minha moto e voltar para o meu apartamento. Esse havia sido um longo dia.


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Notas finais do capítulo

Boom