Winter is Coming escrita por Natalhando, Jane Tudor


Capítulo 3
Encontros e desencontros


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar capítulo novo, não vai mais acontecer D:



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Isabelle passou o dia comigo, para garantir que não fugiria do tal encontro. A noite chegou e fui me arrumar. Estava com tantas coisas passando pela minha cabeça; tinha que capturar o Soldado Invernal e ainda tinha que me preocupar com esse encontro.

Coloquei um vestido vinho que chegava à altura do joelho, estilo godê, deixei os cabelos soltos, finalizando com sapatos de salto alto e uma leve maquiagem. Antes que saísse para ir ao encontro de Isabelle, coloquei uma liga na coxa e uma arma, tinha que sempre estar preparada.

– Estou pronta – falei indo assim que voltei para sala, onde Isabelle folheava uma revista qualquer.

– Olha só, Srta. Wayland, você está estonteante! – Belle me elogiou. – Agora vamos logo. Tenho certeza que vai amar o Ed, além de ser inteligente e gatinho, ele é um amor!

– Então por que você não saiu com ele?

Ela apenas me olhou com cara feia. Nós entramos no carro e fomos conversando sobre o trabalho de Isabelle e algumas coisas aleatórias. Não demorou muito até que chegamos ao lugar do encontro. Era um restaurante no centro da cidade.

– Se apresse, você está atrasada.

– Confesso que estou curiosa para saber quem esse Edward é.

Isabelle ignorou o que disse e me puxou pelo braço. O restaurante esta lotado.

– Ali está ele. Pronto, está entregue, me conte tudo depois.

Minha amiga piscou e foi embora. Eu olhei para o homem que ela havia apontado. Ele era realmente bonito, tinha cabelos loiros, olhos verdes, aparentava ser bem mais alto do que eu e estava impecavelmente bem vestido.

Assim que me viu, levantou-se para me cumprimentar.

– Você deve ser a Georgiana, certo?

– E você deve ser o Edward – sorri.

– Isabelle me falou muito bem de você e devo dizer, ela não mentiu em nada.

Eu corei com seu comentário e me sentei, ele fez o mesmo.

– Ela também... – fiz uma pausa – Falou muito bem de você – menti.

– Vinho? – Um garçom perguntou. Nós aceitamos.

Passamos algum tempo conversando, ele era realmente bem simpático e interessante.

– Então, no que você trabalha? – ele me pegou de surpresa.

Fiquei olhando para ele por alguns segundos antes de responder. Estava acostumada a mentir quanto ao meu trabalho como agente, mas não estava a fim de contar a ele a mentira de sempre, de que estou desempregada. Que impressão ele teria de mim?

– Sou bibliotecária – foi a primeira coisa que pensei.

– Mesmo? Em qual biblioteca?

– No Brooklyn.

– Às vezes vou lá, acho que me lembraria de você.

– Eu sou nova, comecei há pouco tempo.

– Você não é uma super agente secreta e esse é o seu disfarce, ou é?

– Como? – quase engasguei com o vinho que estava tomando.

– Me desculpe, foi só uma brincadeira – ele pareceu meio desconsertado.

– Não, eu que sou desastrada mesmo – sorri forçadamente.

Eu olhei para as pessoas ao redor, tentando fugir de mais perguntas. Aquele restaurante era realmente muito chique.

– Eu quero te levar a um lugar.

– Agora?

– Sim, a um dos meus lugares favoritos.

Eu concordei com um pouco de receio. Pagamos a conta e caminhamos pela rua, o lugar não era longe. Chegamos em frente a um museu, o qual eu nunca tinha visitado, já que o tempo nunca permitia, mas era um lugar estranho para ir num primeiro encontro.

– Um museu? – o olhei com a sobrancelha arqueada.

– Sim, eu gosto de coisas antigas, sempre venho aqui – ele respondeu com bastante naturalidade.

– Tudo bem então.

Nós subimos as escadas. O lugar era enorme, tinha muitas coisas de séculos passados, e era bem interessante. Edward e eu conversávamos animadamente sobre qualquer coisa que víamos, ele parecia gostar bastante.

– O grande Capitão América – Edward falou atraindo minha atenção para onde ele estava olhando.

Estávamos de frente para alguns uniformes da segunda guerra mundial e ao centro o uniforme do Rogers. Atrás tinha uma enorme foto de alguns soldados, entre eles estava o próprio Capitão e ao seu lado Bucky.

– Eu vou comprar uma bebida, você quer algo? – Edward perguntou enquanto eu olhava totalmente focada para a foto, tirando-me de meus devaneios.

– Não, estou bem.

Ele saiu, me deixando sozinha. Caminhei mais um pouco em silêncio, até chegar num painel onde tinha uma foto apenas de Bucky, onde dizia que ele era amigo de Steve e algumas coisas sobre sua vida. Não tinha ninguém ali, apenas eu e um cara ao meu lado, mas mal notei sua presença, fiquei centrada no que lia.

– Lutou tanto contra a Hydra e acabou sendo um brinquedinho dela.

Eu olhava fixamente para o painel, mas de repente senti o rapaz que estava ao meu lado me puxando bruscamente para um canto, me prensando contra parede.

Era o Soldado Invernal.

– Você é a garota que tentou me prender, não é? – Ele sussurrava, estava com raiva na voz. – O que você sabe sobre esse Bucky?

– O que eu sei sobre você? – provoquei – E o que sei sobre o Soldado Invernal? – Ergui um pouco a manga de sua blusa, deixando parte do braço mecânico à mostra, ele me puxou novamente para uma sala qualquer do museu, me empurrando para longe enquanto fechava a porta.

– Exatamente. Por que você está atrás de mim? Conte-me tudo o que sabe.

Bucky caminhou em minha direção e eu recuei, por instinto.

– Sem nem um por favor antes? – arqueei as sobrancelhas e fiz bico, cinicamente, e ele se aproximou mais ainda de mim, me prensando contra parede mais uma vez.

– Acha que estou brincando?

– Esse é seu jeito de chegar numa garota? Acho que não tem muito sucesso – fiz uma pausa e antes que ele falasse algo, continuei. – Tudo bem, eu conto, acho que merece saber. Mas não aqui e nem agora, preciso resolver algo agora, me encontre no mesmo lugar que lutamos ontem, no mesmo horário.

– E por que eu acreditaria em você? Se bem me lembro, você tentou me matar.

– Mas não fiz isso, e se eu quisesse, já teria te matado.

– Você tinha razão quando disse que encontrou o parceiro ideal, porque, mesmo que você queira, você não vai conseguir se livrar de mim.

– Tem um encontro essa noite, soldado, não se atrase – ignorei seu último comentário e comecei a caminhar em direção à porta.

– Sabe bem que se não aparecer, eu vou atrás de você – ele disse quando eu estava de costas.

– Estou contando com isso. – Fiz uma pausa e me virei para olhá-lo – Mas sou uma mulher de palavra.

Não esperei que respondesse e sai, já estava indo embora quando me lembrei de Edward, voltei rapidamente ao seu encontro. Ele estava em frente ao museu quando o encontrei.

– Fiquei com medo de tê-la perdido – ele parecia eufórico.

– Na verdade eu fiquei meio perdida lá dentro.

– Vamos, eu posso te levar pra casa.

Ele sorriu e eu aceitei a carona. Fomos em silêncio durante o caminho todo, minha cabeça estava apenas em uma coisa; Bucky Barnes.

Chegamos em frente ao meu prédio e nos despedimos rapidamente, ele me deu um leve beijo na bochecha. Quando entrei em meu apartamento, comecei a me preparar para o que ia enfrentar.

Vesti uma blusa e uma calça escura, amarrei o cabelo e peguei algumas armas, eu não podia matá-lo, mas tinha que ter alguma defesa. Peguei minha moto e pilotei até o Central Park. Estava vazio, olhei ao redor e nada de Bucky. Começava a achar que aquilo tudo era algum tipo de cilada, fiquei em silêncio por algum tempo, esperando.

– Achei que estaria com um vestido ou algo do tipo para o nosso primeiro encontro. – Escutei uma voz conhecida, bem perto do meu ouvido, eu apenas sorri.

– E eu achei que tivesse dito para não se atrasar, Bucky.


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Notas finais do capítulo

A gente imagina o Edward como o Brock Hurn, dá uma pesquisada ai no google :v
P.s. essa cena onde eles estão no museu é a segunda cena pós-créditos do filme Capitão América 2, quando o Buckylicious tá olhando o painel.