Winter is Coming escrita por Natalhando, Jane Tudor


Capítulo 2
Parceiro Ideal


Notas iniciais do capítulo

Se puder ler esse capítulo ouvindo a trilha sonora de Piratas do Caribe, seria ótimo. Até porque tudo ao som da trilha sonora de Piratas do Caribe fica mais legal!



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Eu fiquei paralisada. Aqueles olhos intensos fixos nos meus. Eu hesitei antes de recuar. Mesmo com uma arma em mãos, eu comecei a me afastar, por precaução.

Continuei com a arma apontada para ele, mesmo sem qualquer intenção de disparar. Eu precisada leva-lo vivo. O Soldado Invernal caminhou em minha direção. Com um andar digno de um vilão.

– Para trás! – Exclamei. – Eu não quero te machucar.

Sem ao menos alterar sua expressão, ele continuou andando, e eu prossegui recuando. Só parei quando me encostei a um carro e fiquei sem saída. Olhei para trás rapidamente, mas quando tornei a olhar para frente, ele já estava bem próximo a mim.

Com seu braço de metal, e uma agilidade impressionante, o Soldado Invernal agarrou minha arma e a jogou longe.

– Qual é, Bucky? – Sussurrei enquanto ele erguia o punho, pronto para me atacar. – Você é melhor do que isso.

De repente sua feição mudou. Agora ele estava sério, com as sobrancelhas franzidas e os olhos semicerrados.

– Eu não sou esse Bucky! – Ele berrou pausadamente.

O Soldado investiu contra mim, mas eu um movimento rápido eu consegui desviar, e seu punho acertou em cheio a janela do carro, estilhaçando-a em mil pedacinhos.

Estendi minha mão em direção ao local onde meu oponente havia atirado a minha arma, e a mesma veio voando até mim. Bucky fitou-me surpreso, eu apenas apontei a arma para ele.

– Você não vai atirar. – James afirmou com bastante convicção.

– E como você tem tanta certeza?

– Então atire – desafiou-me.

– Infelizmente, eu não posso.

Larguei minha arma, e quando o Soldado Invernal baixou um pouco a guarda, eu chutei para trás. Ele não caiu, mas se distraiu o suficiente para que eu o socasse uma vez no rosto.

– Eu preciso de você vivo, mas não completamente intacto.

Ao dizer isso, eu dei um salto e enlacei minhas pernas ao redor do pescoço de Bucky, jogando-o no chão ao completar meu giro.

– Você vem comigo – falei tirando algemas do meu cinto.

– Eu acho que não.

Ele segurou minha perna e a puxou, fazendo-me cair no chão. Quando eu me recuperei e consegui me levantar, o Soldado Invernal já estava de pé. Eu posicionei meus dois punhos logo à frente do meu rosto, em posição de defesa.

– Passei muito tempo procurando um oponente à minha altura. – Eu falei, dando um sorriso de canto de boca. – Parece que eu encontrei o parceiro ideal.

Ao som das minhas ultimas palavras, Bucky desviou o olhar, como se houvesse acabado de se lembrar de algo. Depois de alguns poucos segundos, ele deu meia volta e foi embora.

Simplesmente foi embora.

Eu fiquei parada por algum tempo, tentando entender o que acabara de acontecer. Aquilo não fazia sentido. Por que ele foi embora? Montei em minha moto e fui direto para o meu apartamento. Joguei as chaves sobre a mesa e me joguei no sofá.

Peguei os papéis que Collins havia me dado sobre o Soldado Invernal e comecei a ler. Aquilo não era o bastante. Levantei de onde estava e liguei o computador. Coletei todas as informações que pude sobre o James.

Bucky havia sido uma arma da Hydra por anos. Ele não luta com armas, pelo menos, não mais. Como ele está por conta própria agora, não tem como conseguir armas, então sua única ferramenta de luta é seu braço biônico.

Uma grande questão se formou em minha cabeça. Por que ele estava matando aquele homem? Ele não está mais servindo a Hydra, então aquele assassinato foi por vontade própria. Mas por que ele faria isso?

Pesquisei sobre o homem assassinado. Descrevi sua fisionomia no banco de dados da W.H.I.S.C. Depois de algum tempo de procura, encontrei o sujeito: Harry Cooper. Ele costumava para trabalhar para a Hydra. Então talvez Bucky o houvesse matado por vingança.

Voltei a pensar sobre o porquê de o James ter ido embora. Comecei a pesquisar sobre o Bucky Barnes pré-Soldado Invernal. Ele era um soldado, um homem de honra. Quando todos pensavam que ele tinha morrido, na verdade ele havia sido capturado pela Hydra, onde sofreu uma lavagem cerebral, foi programado para ser um assassino letal.

Antes que eu pudesse concluir qualquer coisa, eu peguei no sono, ali mesmo no sofá, com o meu notebook no colo.

– Gê! – Acordei ouvindo alguém gritar meu nome.

Reconheci a voz de Isabelle. Ela estava tocando a campainha freneticamente.

– Georgina, vê se acorda! – Isa exclamou.

Eu levantei rapidamente e comecei a arrumar tudo depressa. Juntei todos os papéis sobre o Soldado Invernal que estavam espalhados, fechei as janelas abertas no notebook e guardei minha arma em uma gaveta.

– Por que a demora, Gê?

– Não dá para ver pela minha cara? – Respondi como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Eu estava dormindo.

– Você não faz nada da vida mesmo, não é? Só fica em casa dormindo – Isabelle resmungou enquanto entrava no apartamento. – Você precisa arranjar um emprego.

Desculpa se eu estou ocupada demais salvando o mundo de super-vilões e não tenho tempo para fazer outra coisa, pensei. Minha amiga sentou no sofá e olhou para mim.

– Pode me dar um copo d’água? – ela me pediu.

– Claro.

Eu virei minha cabeça em direção à cozinha. Olhei para o armário, e o mesmo se abriu. Voltei meu olhar para um copo, e o levei até a geladeira, onde ele se encheu de água. Depois eu guiei o copo até as mãos de Isabelle. Tudo isso com o poder da mente.

– Eu adoro os seus poderes! – Isabelle afirmou. – Não entendo por que você guarda só para você. O mundo precisa saber sobre isso.

– Por que o mundo precisa saber? Para o governo me fazer de ratinho de testes? Não, obrigada. Estou bem guardando meus poderes para mim.

– Não seja boba. Se contasse sobre os seus poderes, você poderia estar lutando ao lado do Homem de Ferro, do Capitão América ou do Thor.

Eu ocultei um sorriso. Já havia conversado com o Tony Stark e com o Steve Rogers, mas eu não podia contar isso à Isabelle. Era proibido revelar sobre os meus serviços à W.H.I.S.C.

– Você veio aqui só para me dizer isso? – Indaguei.

– Na verdade, não. Eu estou aqui porque eu consegui um encontro para você.

– Eu acho que não ouvi direito. Você disse encontro?

– Isso mesmo, um encontro.

– Não estou interessada.

– Fala sério, Gê. Você nunca sai, nunca namora, precisa sair e curtir um pouco.

– Eu estou até com medo da resposta, mas vou perguntar: Um encontro com quem?

– Edward Richmond, é um gatinho do meu trabalho. Ele está solteiro, à procura de um relacionamento, você também está. Então por que não?

– Quem te disse que eu estou à procura de um relacionamento?

– Eu estou dizendo.

Eu revirei os olhos e me sentei do sofá ao lado de Isabelle.

– Quando?

– Hoje à noite.

– Mas já?! E se eu tiver algum compromisso hoje?

– Ah, desculpe. Você tem outro compromisso?

– Não, mas é uma questão de princípios.

– Chega de bobagem, Georgiana. Você vai e pronto. Vai se divertir muito e ainda vai me agradecer por ter te apresentado a ele.

Eu bati os pés, irritada. Odiava que as pessoas marcassem compromissos para mim sem antes me consultar. Olhei para Isabelle, ela estava sorridente, e não ia aceitar um não como resposta.

– Está bem, eu vou. – Assenti, sem nem tentar esconder meu desânimo.

– Você não vai se arrepender!

– Acho bom mesmo.


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Notas finais do capítulo

A pessoa que nós idealizamos como sendo a Isabelle é a Kate Hudson, então, pense na aparência da Kate quando estiver lendo alguma cena com ela :D