Winter is Coming escrita por Natalhando, Jane Tudor


Capítulo 1
Missão: Soldado Invernal


Notas iniciais do capítulo

Se você leu as notas, imaginamos a Georgiana como sendo a Gemma Arterton. Bom, era só isso. Tenha uma ótima leitura :D



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Pessoas mortas. Pessoas mortas em todos os lugares. Eu ainda estava semi-inconsciente no chão, em meio a todo aquele sangue. Confusa, sem me lembrar do que tinha acontecido, eu continuei jogada no chão.

As paredes ao meu redor destruídas pelas chamas, os cadáveres me circundando... Como isso aconteceu? Quando tudo foi dar tão errado? Tentei me erguer, mas não pude fazê-lo, estava fraca. Sentia-me esgotada.

Eu me apoiei sobre meus braços e fiz alguma força para me levantar, mas minha tentativa foi frustrada. Cai novamente no chão. Então continuei ali, caída, tentando reunir forças para me erguer quando ele apareceu.

Eu me vi sendo carregada por ele, seus fortes braços me apertando, por um segundo, eu me esqueci de tudo o que estava acontecendo, fechei os olhos e fui vencida pelo cansaço.

***

– Agente Wayland, terminou o relatório sobre o Lorde Antares? – Collins disse assim que entrei no departamento da W.H.I.S.C.

– Sim, está tudo aqui – respondi jogando uma papelada em cima de sua mesa. – Ele está preso sob acusações de assassinato, roubo e feitiçaria.

– Parabéns Agente, achei que não fosse dar conta dessa vez. – Ele falou com um sorriso irônico.

– Você está sempre me subestimando.

– Tenho uma nova missão para você.

Respirei fundo. Droga. Eu estava há semanas nesse caso do Lorde Antares e já teria que começar um novo.

– Todos sabem do caso que aconteceu semanas atrás envolvendo o Soldado Invernal, suponho que saiba também.

– Eu ouvi falar... – respondi friamente.

– A S.H.I.E.L.D foi derrubada logo após esse caso e quero que você vá atrás dele.

Meu chefe fez uma pausa e pegou uma ficha, eu engoli em seco. Eu não tinha medo de nenhum dos casos que Collins me dava, mas pelo que todos diziam, esse tal Soldado Invernal era muito forte.

– Aqui está. Seu nome é James Buchanan Barnes, conhecido como Bucky Barnes, assim como Steve Rogers, ele foi congelado por muito tempo e foi mantido como arma da Hydra por anos.

– E o que quer que eu faça? – perguntei enquanto pegava algumas fotos do Soldado Invernal, que ele havia jogado em cima da mesa, examinei-as por alguns instantes, esperando que Collins continuasse.

– Quero que você o capture. – Ele disse simplesmente. – Essa é uma missão muito importante para a W.H.I.S.C, espero que não nos decepcione.

– Eu nunca decepciono, Collins

Peguei as fichas de sua mão e me virei para sair, mas ele me impediu.

– Georgiana, tome cuidado. – Meu chefe segurou meu braço, me impedindo de sair, para me dar um último aviso. – Ele é ágil, rápido, forte e tem um braço de metal. Esta não é como suas outras missões. Quem o enfrentou não está vivo para contar história, então repito, tome cuidado!

– Eu sei me cuidar. – falei rolando os olhos.

– Mas lembre-se. Precisamos dele vivo.

Apenas revirei os olhos antes de sair do escritório. Fui diretamente para meu apartamento, estava emocionalmente e fisicamente esgotada, o Lorde Antares havia sido um dos meus casos mais difíceis e tudo o que eu queria era um longo banho e uma boa noite de sono.

Cheguei em casa e coloquei o revólver em cima da mesa, tomei um banho, coloquei um pijama e me joguei na cama. Tentei dormir, mas o sono não veio. Soldado Invernal. Esse nome ficava martelando na minha mente. Levantei-me e caminhei em direção à sala de estar.

Sentada no sofá, eu estendi a mão para a mesinha de centro e o controle da televisão veio voando em minha direção. Fiquei passando os canais, mas nada parecia interessante.

Mais uma vez com o poder da mente, peguei a ficha do Soldado Invernal que estava em cima da escrivaninha e comecei examinar, havia os nomes das pessoas que ele assassinou, e algumas informações. Ele havia lutado contra nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, assim como o Capitão América, e os dois eram muito amigos também.

Comecei a olhar suas fotos, ao contrário das minhas outras missões, ele não parecia tão ruim. Fui vencida pelo cansaço e adormeci depois de alguns minutos.

***

– Agente Wayland, eu avisei que precisávamos dele vivo, qual parte você não entendeu?! – Collins gritava, ele estava furioso.

– Foi um acidente, não foi minha culpa! – tentava me defender.

– Você sabe o quanto isso custará para a WHISC?

– Eu cansei de dizer isso, ele me mataria, eu tinha que fazer alguma coisa, foi um impulso, um reflexo!

– Você está suspensa, Agente. – Ele colocou uma mão na testa e me lançou um olhar repreensivo. – Eu quero você fora por dois meses. Sem reclamações, agora saia!

***

Acordei assustada com o barulho do celular tocando, olhei para o relógio e ainda eram 3h30 da madrugada.

– Sim?

– Agente, precisamos de você no Central Park agora.

– Algum problema? – perguntei já me erguendo da cama.

– O Soldado Invernal – Collins balbuciou essas palavras com desprezo. – Ele está em ação neste instante. Nós não sabemos o motivo, precisamos de você lá agora.

– Tudo bem, já estou a caminho.

Peguei o revolver e coloquei no cinto, fui em direção a minha moto e segui para o Central Park, chegando lá havia muita movimentação e logo em frente eu o avistei, ele levantou um homem com o braço de metal e logo depois o jogou no chão, mas este se recuperou rapidamente. Foi uma luta intensa, ele era ágil, visivelmente mais forte que seu oponente.

Desci da moto e me aproximei lentamente, o homem com quem ele lutava tão vorazmente entrou em um carro, numa tentativa desesperada de fugir. O Soldado Invernal arrancou a porta do mesmo antes mesmo que ele conseguisse ligar o motor, ele a atirou em minha direção e num reflexo rápido eu desviei na porta, ficando atrás de um caminhão que havia ali.

Fiquei observando por mais tempo, suas táticas de luta, até que ele jogou o homem no chão e começou a socá-lo. Ele estava quase morto. Eu não podia ficar parada, eu tinha que fazer algo, me levantei e peguei minha arma, fui lentamente em direção aos dois, apontando a arma para Bucky, percebi que o homem já estava morto e eu havia engatilhado a arma sem querer, atraindo a atenção dele para mim, ele estava em pé a menos de cinco metros de mim, me olhando, com os olhos cerrados.

Nenhum de nós fez algum movimento. Então eu fiquei apenas ali, sem reação, esperando que ele fizesse algo. E ele parecia estar avaliando se valia à pena lutar comigo.


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