Cat Pov's

Senti-me um tanto feliz ao entrar no suposto restaurante e perceber que na verdade ele era um barzinho. E que barzinho. Eu não sabia que ao aceitar um jantar por causa do Yori eu viria parar em um barzinho com pista de dança!
Em fim, esse não é o ponto. O ponto é a May. Eu sei que ela e o Yori ficam lindos juntos, mas quando o Jonnhy perguntou o porquê do Mat vir e a May respondeu por que ele ia ficar segurando velas eu me apavorei.
Ela disse velas, no plural! Eu vim aqui por causa do Yori, aquele filho da mãe inseguro, não por causa do Léo. Deus! O Léo é o tipo de garoto que me olharia com desprezo.
Sentei-me naquele banquinho alto da mesa. Fiquei olhando a porta transparente que provavelmente dava para o jardim. Era simplesmente oque eu queria. Um lugar silencioso.
Mas para entrar lá, teria que passar pela pista de dança e digamos que eu não estava afim. Olhei todos que conversavam somente Mat na mesa, junto comigo.
– Mat... _ Ele tirou o olhar do chão preto _ Eu não te conheço, mas sei quando tem alguma coisa errada _ Disse. Ele me encarou expressivo.
– E tem _ Ele citou olhando para as costas do Jonnhy.
– Oque aconteceu? _ Citei, fazendo-o olhar para mim com sobrancelhas arqueadas _ Não precisa dizer _ Me rebaixei, ele olhou o Johnny.
Comecei a olhar as pessoas do lugar. Tirando as pessoas com quem eu havia vindo as outras eram vulgares e grossas. Até o barman era grosso. Ele ficava dando encima das garotas vulgares e quando levava um fora ficava grosso.
Olhei May que puxou Yori que já estava com um copo de uma substancia que eu desconhecia, e olha que eu conhecia muitas, para pista de dança. Johnny estava conversando com o Léo que olhava para o nada.
Johnny foi pegar uma bebida e Mat saiu da mesa para ir provavelmente atrás dele. Fiquei observando o Léo, que conversava com uma loira de mini shorts e blusa decotada de salto 30.
Já chega! Não consigo ficar aqui. É abafado e escuro, as pessoas são doidas. Eu já frequentei muitas festas, sempre bebia e dançava, mas as festas eram legais e as pessoas não eram grossas, podiam ser até vulgares, mas não grossas.
Saltei do banco alto e me retirei do local. Abri a porta do barzinho e fiquei olhando do alto da escada que dava para calçada a rua. Depois de alguns minutos olhei o edifício ao qual o barzinho ficava. Realmente parecia um restaurante chique e devia ser, mas dê manhã.
Desci as escadas de cimento do lugar e me sentei em um dos últimos. Fiquei olhando os carros passarem na rua. Eu já queria ir embora. Para começo de conversa nem deveria vir para cá. Califórnia sempre foi meu lugar. Aqui é diferente.
Pude ouvir a porta do bar se abrir. Ouvi meu nome sendo gritado por uma voz masculina. Ouvi passos ecoando pela escada e então uma figura sentou ao meu lado. Uma figura que mesmo sentada era alta e forte.
– Oque você faz aqui _ Perguntei.
– Vim te procurar _ Léo respondeu _ Sabe não se sai de um bar por nada. Oque aconteceu?
– Sério? Você não devia estar comendo uma loira.
– Não pensei que você fosse assim.
– Nossa _ Falei irritada _ Como as pessoas são tontas.
Espera, eu estava irritada com um garoto que eu nem conheço. Eu já ouvi e vivi está história e não acaba bem.
– Eu estou indo _ Citei me levantando _ Avisa o Yori que eu já fui para casa.
Primeiro eu estava andando pelas ruas, logo depois correndo, sim eu estava correndo de salto 15. Como? Eu não sei.
***
Quando eu finalmente consegui destrancar o apartamento e entrar, tirei meus sapatos e passei a mão pelos meus cabelos castanhos que já estavam soltos. Fui até o sofá e me deitei lá. Palavras rodeavam minha mente que estava cheia de perguntas.
Eu conhecia a história na qual a garota conhece o garoto, depois de ver ele com várias garotas sai do local afirmando não ser nada a ver com ele, depois ele conversa com ela e ela fica irritada indo embora. E depois eles se apaixonam, mas na verdade tudo que ele queria era alguém para fazer ciúmes em outra.
E eu realmente não curto essa história! Isso já aconteceu comigo e eu não gostei nem um pouquinho.
Ouço a campainha tocar. Minha preguiça é maior e depois de alguns minutos ouço-a denovo. Levanto do sofá e simplesmente ando até a porta e a abro. Encontro Léo com uma mochila preta nas costas, ainda com roupa de festa.
– Posso entrar? _ Ele pergunta.
***
Pam Pov's

– Bial, as drogas já estão fazendo efeito, estou ficando tonta _ Disse ao garoto que eu tinha ficado de manhã.
– Como assim? _ Ele perguntou adentrando o quarto do hotel onde eu estava hospedada _ Tipo, era para fazer efeito daqui a doze horas!
– Bial, você não tá entendendo, meu irmão não pode ficar sabendo e quando eu aparecer desmaiada no banheiro ele vai saber! _ Disse _ Sorte que a Mia só pegou agente se beijando...
– Se ela tivesse filmado agente no banheiro...
– É porra! _ Disse fitando os cabelos loiros, a pele bronzeada e os olhos mel do garoto alto e forte _ Ei, eu falei para meu irmão que eu não ia ficar aqui e ele foi para o bar...
Ele deu um sorriso malicioso e se aproximou de mim. Abracei seu pescoço e ele me beijou, sua língua pediu passagem e eu cedi, ela explorava cada canto da minha boca. Com passos lentos ele me jogou na cama. Suas mãos foram tirando minha blusa enquanto ele, já estava sem ela, sim eu fui mais rápida.
Aquele podia não ser o garoto por quem eu estava apaixonada, mas podia muito bem me divertir com ele.