Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 23
Apenas uma xícara de chá




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/55786/chapter/23

 .Capítulo 22: Apenas uma xícara de chá.

                A primeira coisa que Tom viu ao descer na Plataforma 9 ¾ fora o seu pai, parado ao lado da madrinha de Emily e com os olhos fixos nele. O rapaz sentiu uma reviravolta no estômago enquanto tirava o seu malão do trem e ia em direção aos dois adultos. Ele não queria ter que olhar nos olhos daquele homem, não queria ter que falar com ele... Pelo menos não agora.

                - Olá, Tom – Evelyn falou. O sonserino apenas lançou um rápido sorriso sem graça para a mulher, que parecia ter percebido o clima tenso entre eles – Bom, vou achar a Emmy... Tenham um bom dia.

                Assim que a bruxa se afastou, os dois Riddles começaram a andar em direção a barreira que os levaria até a Estação King’s Cross. Nenhuma palavra foi trocada entre eles durante toda a trajetória da estação até o carro.

                O motorista também não se atreveu a dizer uma só palavra quando percebeu como pai e filho pareciam desconfortáveis quando entraram no carro. Suspirando, o homem deu a partida no automóvel, prevendo uma viagem terrivelmente silenciosa até Little Hangleton.

***

                Ver a sua avó reclamando da limpeza da sala nunca fora uma coisa que Tom achara que fosse gostar, mas naquele dia, a paranóia com perfeição que Mary Riddle tinha fez com que o rapaz pudesse se esgueirar para o seu quarto. O garoto queria colocar a cabeça em ordem... Estava tudo tão confuso desde que ele finalmente percebera a verdade em relação aos seus pais.

                Amortentia... Tudo fazia sentido quando se adicionava a poção do amor no meio da história: o fato de seu pai ter fugido com uma mulher que ele nunca conhecera direito, a perda de memória dele, o desespero que ele sentiu ao perceber o que estava acontecendo... Tom ainda duvidava que o homem soubesse da poção.

                - Tom?

                O rapaz se sobressaltou ao ouvir a voz do pai o chamar do lado de fora do quarto. Sentindo o coração acelerar, o bruxo respondeu um fraco “Entre”.

                - Sua avó quer ver você – Tom Sr. falou, abrindo a porta e entrando no quarto – O que foi?

                Ele conhecia o filho que tinha e sabia que o jeito como o garoto estava sentado na cama, com os olhos azuis arregalados, testa franzida de preocupação e com o corpo meio encolhido significava que ele não estava bem. Fechou a porta atrás de si e ficou observando o mais novo.

                - Qual é a última lembrança que você tem, antes de...? Você sabe.

                - Tom, já falamos sobre isso...

                - Qual é a última coisa da qual você lembra? – o tom de ordem que invadia a voz do garoto chegou a assustar o homem.

                - Eu estava andando perto da casa dela, era inverno... E ela insistiu que eu tomasse uma xícara de chá e... – Tom Sr. percebeu como a expressão de preocupação do filho pareceu aumentar – Por favor, me diga o que é que está acontecendo?

                - Você... Você bebeu?

                - Sim – o homem respondeu – Ela insistiu tanto que eu acabei cedendo e...

                - Como era o cheiro?

                - O que?

                - O cheiro do chá! – o garoto parecia estar prestes a entrar em pânico – Qual era o cheiro do chá?

                - O cheiro...? Tinha cheiro de chá! Do que mais poderia...? – Tom Sr. começou a falar, mas parou abruptamente. Foi como se alguma coisa houvesse estalado em sua mente – Tinha cheiro de canela, mar e livros.

               - Meu Deus – mais novo enterrou o rosto nas mãos trêmulas e começou a murmurar alguma coisa para si mesmo – É a mesma coisa...

                - Mesma coisa? Do que você está falando, Tom? – o homem aproximou-se do rapaz.

                - Amortentia...

                - O que?

                - Amortentia. A poção do amor mais forte que existe – o filho explicou, levantando o rosto para encará-lo – Ela tem o cheiro de coisas que você gosta, muda de pessoa para pessoa. Quando você a toma, se apaixona pela pessoa que a te deu... A poção cria um amor falso, uma obsessão que dura todo o tempo que você a fica bebendo.

                Tom Sr. ficou em silêncio, sentindo um mal estar terrível enquanto via os olhos azuis do mais novo presos nos seus.

                - Quando você para de tomar a poção – o bruxo sussurrou – Você para de amar a pessoa... E não se lembra de nada do que aconteceu enquanto você estava sobre o efeito da Amortentia.

                O silêncio se aprofundou ainda mais entre eles. Tudo o que o filho acabara de lhe dizer ainda corria em sua cabeça... Então, Merope o havia envenenado com poção do amor? Era por isso que ele não se lembrava de nada? Por isso que ele passou por tudo aquilo? Por causa de uma simples poção do amor?

                - Como você descobriu isso? – o homem perguntou, tentando não demonstrar a raiva que crescia dentro de si mesmo... Raiva direcionada a Merope.

                - Uma garota tentou me dar Amortentia no Dia dos Namorados, mas eu consegui perceber – Tom murmurou – Depois de um tempo, Emily estava falando comigo sobre isso e... Tudo começou a fazer sentido.

                O Riddle mais velho se sentou ao lado do filho e fechou os olhos, tentando entender tudo aquilo. Como um líquido podia acabar com a vida de alguém como fizera com a dele? Tudo por causa de um chá! Se ele tivesse recusado, não seria o motivo de vergonha da família, não teria que ouvir todas as fofocas sobre si mesmo, não...

                - Pai...?

                Abriu os olhos e viu Tom o observando com os olhos tristes. Como ele odiava o ver daquele jeito.

                - Eu devia... Você tentou explicar e eu... Quero dizer, você estava falando a verdade e eu não quis ouvir... – sim, ele odiava ver o garoto naquele estado, quase entrando em pânico, totalmente desesperado.

                - Hey – ele passou um braço pelos ombros de Tom e o puxou para mais perto de si – Está tudo bem.

                - Estava tão óbvio, eu deveria ter pensado nisso antes...

                - Você não tinha a obrigação de pensar em nada disso, certo? – o mais velho murmurou, afagando os cabelos escuros do bruxo.

                Tom Sr. sentiu o garoto concordar com a cabeça levemente e o abraçou mais forte. Ele sabia como o jovem sonserino não admitia errar e aquilo, na mente do outro, era um dos maiores erros que já cometera em sua vida.

                - Está tudo bem...

                Pensando bem, se não fosse por aquele chá, Tom Riddle não teria o seu filho... Talvez ter cedido àquela poção do amor não tenha sido tão ruim.

****


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo



****





N/A: Não sei se ficou bom, escrevi muito rápido... Mas, ah, momento fofo entre os dois D: Eu sei, eu sei, eu escrevo muito isso XD Mas eu adoro essas cenas ):



Ari está feliz da vida hoje! Haha... Eu fiz a prova do vestibular da ACAFE ontem [meu aniversário, aliás, a prova foi um "presente" XD] e hoje eu peguei o gabarito... Consegui acertar 51 de 60 questões :D Não quero ficar muito confiante, já que só tem 20 vagas de Medicina na universidade que eu escolhi, mas... ah! 50! Eu gabaritei até matemática! Haha,não sei como (:



Anyway, não tem muito o que falar sobre esse capítulo... Bom, eu sempre li fics onde a Merope dá um copo de água pro Tom Sr. tomar a poção e tals, dando a desculpa que ta muito calor e tals... Eu decidi mudar por causa do meu amor por chá e frio/inverno XDD



Acho que é isso...



Ah! O que acharam do fanmix? Eu fiz outro D: Só que do dia dos namorados, se quiserem: http://aribh.livejournal.com/19357.html#cutid1



Beijos ;*
Ari.