Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 22
Amortentia




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 .Capítulo 21: Amortentia.

            Os alunos se amontoavam no corredor perto do salão comunal da Corvinal, fazendo um círculo em volta de alguma coisa que parecia lhes estar chamando a atenção no corredor. Tom Riddle apressou o passo, ignorando a multidão e seguindo o seu caminho para o grande salão.

            - Tom!

            O rapaz fechou os olhos e continuou andando. Se havia alguém com quem ele não queria falar naquele momento, essa pessoa era Emily.

            - Tom! Não finja que não está me ouvindo!

            - O que foi, Emily? – o sonserino parou de andar abruptamente e se virou para encarar a amiga.

            - O que foi? Você sabe muito bem o que foi! – ela sussurrou e apontou para o lugar onde os alunos se agrupavam – "A Câmara Secreta foi aberta"... Você acha que eu sou burra?

            - Emily, não sei do que você está falando.

            A garota segurou-o pelo pulso e o puxou para um canto mais isolado do corredor. Aquela era a primeira vez que Tom via Emily irritada.

            - Você acha que eu não sei a lenda da Câmara? Apenas o herdeiro de Slytherin pode abri-la e controlar o monstro que há lá dentro – a lufa falou – Dois alunos foram encontrados petrificados e agora aquela coisa aparece escrita na parede... Não parece muita coincidência?

            - Não sei do que...

            - Você é o herdeiro de Slytherin! Só você poderia abrir a Câmara e mandar seja lá o que for que mora naquele lugar atacar os alunos nascidos trouxas! – a menina sibilou.

            - Primeiro: você não sabe se é o tal monstro da Câmara que atacou os alunos – o rapaz respondeu – Segundo: como você pode ter tanta certeza de que eu encontrei a maldita Câmara?

            - Brianna disse que viu você andando de madrugada pelos corredores esses dias – Emmy cruzou os braços na frente do peito e encarou o amigo – Disse que você não parecia estar muito interessado na sua ronda noturna de monitor.

            - Sua amiga está inventando histórias, Emily.

            - Meu Merlin! Tom, tudo faz sentido! Você agindo esquisito esse ano, os alunos sendo atacados, a escritura na parede...

            - Até parece que eu seria idiota o suficiente para deixar estampado em uma parede o fato de que eu estou atacando estudantes! – Tom riu sarcasticamente.

            Dizendo isso, o garoto deu as costas para a amiga e retomou o seu caminho, ignorando os gritos indignados da outra.

            ****

            Ele havia descoberto quem fora o infeliz que fizera a escritura na parede, anunciando para todos que a Câmara Secreta havia sido aberta. A obra de arte havia sido feita pelos seus próprios companheiros de casa, Avery e Lestrange, que decidiram que seria divertido ligar os dois ataques que haviam ocorrido em Hogwarts com a lenda do monstro de Slytherin, para assustar os alunos mais novos... Mas é claro que eles não sabiam que a causa dos ataques realmente havia sido o monstro do antigo fundador.

            Tom estava preocupado. No começo, ele não tinha a intenção de machucar ninguém... Fora tudo um acidente, os ataques haviam sido um acidente! Ele não sabia que o maldito basilisco teria a ousadia de atacar alguém! Imagine o alívio que o jovem Riddle não sentiu quando descobriu que os dois alunos atacados não estavam mortos, apenas petrificados.

            Mas agora Emily desconfiava dele. Bom, ele não a culpava por desconfiar, afinal, a garota conhecia toda a sua história e uma conclusão dessas já era de se esperar.

            Graças a Merlin seus amigos decidiram colocar a mensagem na parede em uma data na qual os outros alunos logo se esqueceriam do que havia acontecido...

            - Oi, Tom – o sonserino se virou para ver um grupo de meninas da Corvinal acenando para ele. Uma delas murmurou alguma coisa para as amigas, antes de se aproximar do rapaz – Queria lhe entregar isto...

            - Ah, obrigado... – o rapaz pegou o cartão cor-de-rosa ridículo que a garota estava lhe entregando enquanto tentava lembrar o nome dela – Muito obrigada.

            - De nada, Tom! – a corvinal deu um risinho afetado, antes de se afastar, quase saltitando de alegria.

            Riddle olhou para o cartão e revirou os olhos. Dia dos Namorados... Ele não gostava muito da data, mas pelo menos ela serviria para fazer com que os alunos esquecessem a mensagem da parede mais rapidamente.

            - Sr. Riddle? – uma vozinha o chamou e ele se conteve para não ignorar e continuar andando.

            - Sim...? Ah, Srta. Mortmore.

            A menina da Corvinal estava parada atrás dele, toda encolhida e com o rosto meio abaixado. Tom segurou-se para não rir.

            - Eu... ahm... Só queria lhe entregar isto – Myrtle estendeu-lhe uma pequena caixa, a qual ele pegou rapidamente – É isso... Bom dia.

            O garoto ficou observando Mortmore se afastar rapidamente, antes de retomar o seu caminho para o grande salão. A maioria dos alunos que haviam estado no corredor, lendo a mensagem na parede, já estavam de volta no salão, depois de os professor quase os arrastarem até lá. Ao se sentar na mesa da Sonserina, Tom viu Emily o encarar por um bom tempo com irritação, antes de voltar a conversar com a monitora da Lufa-Lufa, Brianna.

            - Olha só - antes que Tom pudesse perceber, a mão de Abraxas Malfoy já estava tirando de suas mãos a caixa que Myrtle Mortmore havia lhe entregado – Tom recebeu presentes! Ah, chocolates! Posso pegar um?

            - Pode, Abraxas – Riddle esticou o braço para poder pegar um bom-bom.

            - Do que será que são? – o loiro perguntou, levando um dos doces até a boca – Tem um cheiro engraçado...

            Tom arqueou uma sobrancelha ao ouvir o comentário do amigo e, antes de morder o chocolate, levou-o até perto do nariz e o cheirou. Realmente, tinha um cheiro engraçado... Que tipo de chocolate tinha cheiro de chá? E... Aquilo era cheiro de livros? E chuva?

            - Abraxas... – o rapaz se virou para olhar o amigo e se deparou com o loiro encarando o nada com um olhar perdido – Abraxas?

            - Tom, você é monitor, certo?

            - Sim...

            - Você conhece aquela menina da Corvinal – Malfoy deu um sorrisinho idiota – Ela tem cabelos escuros... Bem bonitos! E usa óculos...

            - Myrtle Mortmore? – dessa vez fora Lestrange quem falara, encarando o amigo com uma expressão de curiosidade.

            - Sim! Não é um nome lindo? Para uma garota tão bonita – nesse exato momento, a corvinal alvo dos comentários entrou no salão, e não demorou muito para que Abraxas percebesse – É ela ali, não? Vou falar com ela...

            - Não! – Riddle se levantou da mesa e conseguiu segurar o amigo antes que ele se aproximasse da garota – Malfoy, você não está bem.

            - Claro que não estou! Estou longe da Myrtle – o rapaz falou o nome da menina de um jeito meio cantado – Vamos, Tom, não me faça sofrer!

            - Pelo amor de Deus, Malfoy, cale a boca e venha comigo – o monitor bufou baixinho e puxou o amigo pelo braço, afastando-o de Mortmore, que só agora parecia ter percebido a comoção dos dois.

            - Ela está olhando pra mim! Myrtle, querida, eu te amo! – Abraxas gritou no meio do Grande Salão e acenou para a garota, que agora tinha o rosto totalmente vermelho – Se eu pudesse, eu lhe dava todas as estrelas do céu e...

            - Nem sob o efeito de uma poção do amor você consegue fazer uma declaração decente? – Tom murmurou quando finalmente conseguiu tirar o amigo do salão – Isso é deprimente.

            - Ela é linda, não é? Tão doce, tão meiga, tão bonita, tão...

            - Idiota.

            Ao invés de responder, o outro sonserino apenas lançou um olhar indignado para Riddle e desferiu um soco no ombro do monitor.

            - ABRAXAS!

            - Não fale mal da Myrtle! Você não tem idéia de como ela é perfeita!

            - Tudo bem, tudo bem – Tom revirou os olhos, mas a dor em seu ombro resultante do soco do outro o fez ficar quieto em relação a Myrtle Mortmore.

            ****

            Alguns meses haviam se passado desde o incidente do Dia dos Namorados e agora Abraxas Malfoy não podia ouvir falar o nome “Myrtle Mortmore” sem ficar com vontade de esganar a dita cuja. Já Tom Riddle evitava o máximo ficar perto da garota, afinal, se ela fora capaz de dar poção do amor para ele, imagine o que mais ela poderia fazer!

            Mas Riddle não iria deixar tudo daquele jeito, não, ele faria aquela sangue-ruim pagar pela ousadia que teve... E ele já tinha uma idéia de como se vingar.

            Ele já tinha tudo mais ou menos planejado, só precisava esperar pela hora certa de agir e...

            - Tom?

            Fechou os olhos e respirou fundo.

            - Sim, Srta. Derwin?

            - Desde quando eu virei “Srta. Derwin”? – abriu os olhos e viu a garota se aproximar da mesa onde ele estava sentado – Eu sei que você nunca me chamou de “Emmy”, mas “Srta. Derwin” já é demais.

            - O que foi?

            - Posso falar com você? – ela se sentou ao seu lado.

            - Já está falando.

            O rapaz viu a amiga revirar os olhos e reprimiu um sorriso que queria se formar em seus lábios. Ele gostava de irritar Emily.

            - O que está havendo com você? Não me venha com aquela história de “não está havendo nada”! Eu o conheço muito bem – Emmy o encarou, séria, antes de sussurrar – Eu sei que foi você que abriu a Câmara e atacou os alunos...

            - Se você está tão certa disso, por que não me entrega para o Ministério? – Tom se inclinou para ficar mais perto da garota - Você sabe que eles estão loucos para pôr as mãos no culpado.

            - Porque você é meu amigo, Tom! Não sei se você ainda sabe o que essa palavra significa, então, deixe-me explicar: amigo é uma pessoa na qual você confia e a qual você tenta proteger a qualquer custo, mesmo que ela esteja fazendo uma grande besteira! – a lufa murmurou, contendo-se para não falar alto demais – E eu não entendo uma coisa... Você está atacando nascidos trouxas! Por quê? Você é um mestiço! Seu pai é trouxa!

            - Um trouxa que abandonou uma bruxa quando descobriu o que ela era! É isso o que o meu pai é! – o garoto sibilou, vendo os olhos da amiga se arregalarem – Eu descobri isso nas últimas férias. Eles se casaram e ele a abandonou depois de descobrir que ela era uma bruxa.

            Emily ficou quieta, apenas encarando o amigo por um tempo, antes de desviar o olhar e suspirar.

            - Mas ele te ama, Tom – a menina falou – Todas as vezes em que eu vi vocês dois juntos, eu percebi que ele te adora! E ele não parece ser aquele tipo de trouxa que odeia com todas as forças os bruxos... Talvez alguma coisa tenha acontecido entre eles e...

            - O que você quer dizer?

            - Não sei, Tom! Talvez eles tenham brigado, ou... Sei lá! Não sei o que se passa na cabeça de um casal e...

            A garota ficou quieta ao perceber um movimento no corredor perto da mesa onde eles estavam. Depois de alguns segundos, Myrtle Mortmore passou por ali correndo, soluçando enquanto resmungava baixinho alguma coisa sobre alguém a estar a incomodando e lançando um rápido olhar na direção dos dois, antes de desaparecer de novo.

            - Alguém deve estar se divertindo as custas dela... Ouvi dizer que ela ficou um mês de detenção porque tentou te dar uma poção do amor, é verdade? -  Emmy murmurou.

            - Sim, mas Abraxas comeu os chocolates com a poção antes que eu.

            - Imagine que loucura! Que tipo de pessoa tenta ganhar a pessoa que gosta com uma poção? Quero dizer, Brianna estava me contando como funcionam as poções do amor, pelo jeito elas não criam amor, apenas uma forte obsessão – a lufa sacudiu a cabeça e deu uma risada nervosa – Dizem que a pessoa que toma a poção não é ela mesma, não sabe o que está fazendo... Imagine só como fica a cabeça dela depois que se vê livre da poção?

             Tom arregalou os olhos ao ouvir o que a amiga havia acabado de dizer. Aquilo o lembrava muito de...

            “O fato é que, um dia, eu acordei e descobri que estava em Londres... Longe da minha casa e morando com uma garota cuja a única coisa que eu sabia a respeito era o nome e a reputação da sua família"

                - Deve ser assustador descobrir que alguém vinha lhe dando um negócio para você a amar...

            “Ela não me respondia nenhuma pergunta! Só ficava balbuciando que me amava, que havia feito tudo aquilo por amor! Eu estava assustado!”

                - Tom, você está bem? Tom?

                “A única coisa que eu consegui fazer foi sair correndo de lá e arranjar um jeito de voltar o mais rápido possível para Little Hangleton... Ninguém sabia me explicar o que havia acontecido, só diziam que eu havia fugido com a filha de Marvolo Gaunt... Mas eu não lembrava de ter fugido com ela!"

                - Tom, você está me deixando preocupada! – o rapaz foi arrancado de seus pensamentos pelas mãos da amiga, que seguraram o seu rosto e fizeram com que ele a olhasse – Você está bem?

                - Amortentia...

                - O que? A poção do amor? – Emmy franziu a testa, estranhando a expressão de desespero que tomava conta do rosto do outro – O que tem Amortentia?

                - Ele não a deixou porque ela era um abruxa...

                - Seu pai...?

                - Ela lhe dava Amortentia o tempo inteiro, até decidir parar... E foi aí que ele percebeu que estava casado com uma garota que nem conhecia direito e que ela estava grávida dele...

                - Ai, meu Merlin – a menina murmurou, soltando o rosto de Tom e cobrindo a boca com as mãos.

                - Emmy... – Riddle ergueu os olhos para encarar a amiga. A lufa chegou a sentir pena do olhar desolado que ele lançava para ela – O que foi que eu fiz?


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Notas finais do capítulo

N/A: Uma semana sem postar, I'm so sorry D: Mas o colégio quer me matar [viu, Ariane, quem mandou escolher o curso mais maldito das universidades?] . Anyway, este capítulo... Eu achei meio confuso XD Eu não sabia como escrever ele e tals, acabei jogando fora todas as outras opções e escolhi essa aí :D



1- Dia dos Namorados: ou seja, eles estão em Fevereiro no começo do cap... 14 de Fevereito, St.Valentine's Day. [Haha, já perceberam que eu adoro esse dia, não? Já usei ele em Riddle's também]. E foi meio sem querer que eu postei cap. perto do nosso dia dos namorados =o [aliás, dia mais odiado por mim ¬¬]



2- Myrtle dando Amortentia pro Tom: na minha outra fic, Riddle's Riddles, o Tom diz pra Hermione que só uma pessoa já havia tentado "envenená-lo" com uma poção do amor e que essa pessoa havia sido uma tal Myrtle Mortmore... claro que em Riddle's a Myrtle não sobreviveu pra contar a história.



3- Abraxas apaixonado: ele é um amor apaixonado, não? XDD Adorei escrever ele doidão :D



4- Data da segunda parte do cap: a cena do Tom e da Emmy na biblioteca se passa no dia em que o Tom, nos livros, apanha o Hagrid com o Aragogue e dá um jeito de incriminar ele pelos ataques... No filme de Câmara Secreta, isso acontece no dia 13 de Junho... agora, fazer essa cena se passar no dia 13 foi proposital porque dia 13 de Junho é dia de Santo Antônio-não, é meu aniversário :D [Você pode ver que a cena do Tom incriminando o Hagrid se passa em 13 de Junho pq quando o Tom do diário vai mostrar a lembrança pro Harry, o diário abre na página com a data do dia 13/06 anotada no canto superior... no livro também]... Aliás, lembram que a Myrtle diz que estava no banheiro no dia em que morreu pq uma menina estava tirando sarro dos óculos dela? Então, é por isso que ela estava saindo correndo chorando da biblioteca nesse cap... Ou seja, ela estava indo para o banheiro, chorar as suas mágoas e se você no livro original, ela iria morrer agora... Haha, isso aí, esse cap. se passou, em parte, no dia do meu aniversário :D



Tom: Grande coisa...
Ari: Falta uma semana pra mim ficar velha D:
Tom: 17 anos não é velho... *aquele que tem 17 anos*
Ari: Seu velho D:
Tom: pelo amor de Merlin, fique quieta...
Ari: me dê parebéns :D
Tom: não, ainda falta uma semana pro teu aniversário...
Ari: *pega caneta e começa a escrever TomJr/TomSr*
Tom: droga, ok, ok... Parabéns
Ari: Você é um amor! *abraça*

pirei



5- Eu quis colocar a Myrtle dando a poção do amor pro Tom pra ele se sentir no lugar do pai dele, sabe? Ai ele pôde ver como era estranho o que a mãe dele fez... [desculpa pros dois voltarem a se falar D: Não aguento mais eles brigados T^T]



Mais pesquisas, dessa vez dos caps. 5 e 6 -> http://aribh.livejournal.com/18582.html#cutid1



EEEE... presente pra vocês :D Um lindo fanmix de Like father, like son -> http://aribh.livejournal.com/18935.html#cutid1




É isso, vou tentar postar mais rápido essa semana =o

Digam o que acharam.



Beijos ;*

Ari.