Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 14
Não é tão horrível quanto parece




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 .Capítulo 13: Não é tão horrível quanto parece.

 

 

 

            Quando o tempo começou a esquentar e a neve do inverno finalmente começou a derreter, os alunos do primeiro ano foram avisados de que teriam a sua primeira aula de vôo. Aquela notícia fez com que todos os primeiranistas ficassem agitados por uma semana antes de que a tal aula de fato acontecesse e, quando ela finalmente chegou, todos tinham aquele brilho fascinado nos olhos enquanto prestavam atenção no que a professora falava.

 

 

            - Muito bem, fiquem no lado da vassoura e ergam uma mão sobre ela – a mulher falou enquanto andava por entre os alunos – Muito bem, agora digam: Suba! Com vontade, vamos! A vassoura tem que entender o que vocês querem...

 

 

            Tom Riddle se encontrava parado no meio do resto da turma, tentando fazer com que a sua vassoura o obedecesse, mas não importava o quão convincente ele soasse, o objeto se recusava a voar para a sua mão. Ao seu lado, Emily ainda estava tendo alguns problemas para fazer a vassoura a obedecer, mas pelo menos a dela levantava um pouco do chão, quase encostando na mão da garota antes de voltar a cair na grama úmida.

 

 

            - Eu me sinto um idiota fazendo isso – o garoto murmurou..           

 

 

            - Nah... É normal não conseguir na sua primeira aula. Suba! – a vassoura finalmente voou para a mão da menina – Consegui!

 

 

            Quando todos os alunos já haviam conseguido fazer com que as suas vassouras os obedecessem, a professora começou a dar as instruções de como eles fariam para voar. Tom ouvia tudo com atenção, tentando ignorar os cochichos que vinham de um grupo de meninos da Sonserina que estavam parados a alguns metros dele.

 

 

            - Muito bem, podem montar nas vassouras e dar um impulso leve – a mulher falou – Fiquem um pouco no ar e depois voltem para chão. Nada de sair voando por aí!

 

 

            O jovem Riddle sentiu um frio na barriga enquanto olhava os outros alunos que já haviam saído do chão e agora planavam em cima do resto da turma. Deu um pequeno impulso na grama e logo sentiu o chão desaparecer de sob os seus pés.

 

 

            - Hey – o garoto desviou o olhar do chão que lentamente ficava mais distante para olhar para Emily, que estava voando ao seu lado agora – Não é tão horrível assim, não é?

 

 

            Tom deu uma risada nervosa, olhando novamente para o chão, depois para os outros alunos e finalmente de volta para a amiga.

 

 

            - N-Não... – ele deu um jeito de sorrir, tentando parecer confiante – Não é tão horrível quanto parece.

 

 

           

            ****

 

 

            - Não é tão ruim quanto parece...

 

 

            - Disse alguma coisa Sr.Riddle? – Madame Heilen, a enfermeira de Hogwarts, perguntou enquanto passava pela cama do garoto na Ala Hospitalar.

 

 

            - Não, senhora – o menino revirou os olhos.

 

 

            Olhando para o próprio pulso inchado e dolorido, o bruxo amaldiçoou desde o infeliz que inventara a primeira vassoura voadora até o melhor jogador de Quadribol da Inglaterra. Por que diabos voar tinha que ser uma coisa tão comum entre os bruxos? Era uma coisa perigosa, isso sim! “Não é tão ruim quanto parece”.

 

 

            - Tom?

 

 

            O menino ergueu os olhos de seu próprio braço e olhou para quem o chamava. Emily estava parada ao lado de sua cama, seus olhos verdes estavam arregalados enquanto ela o olhava.

 

 

            - Você está bem?

 

 

            - Eu pareço estar bem? – ele não se preocupou em tentar ser gentil.

 

 

            A menina apenas sacudiu a cabeça negativamente, antes de se aproximar dele.

 

 

            - Você não foi o único a cair... – a lufa tentou animá-lo.

 

 

            - Tem razão – Riddle riu sarcasticamente e ergueu o próprio braço  – Mas fui o único que conseguiu cair enquanto estava parado e fui o único que conseguiu a proeza de quebrar alguma coisa.

 

 

            - Não foi tão ruim – Emily deu um sorriso sem graça – Madame Heilen vai consertar os seus ossos em um instante... Ela só está cuidando de uma menina da grifinória que ficou enjoada enquanto voava.

 

 

            Os dois ficaram em silêncio por um tempo. Tom odiava aquele tipo de silêncio... Era constrangedor.

 

 

            - Espero que minha avó não fique sabendo disso – ele resmungou.

 

 

            - Que você caiu da vassoura?

 

 

            - E quebrei o pulso - o bruxo suspirou – Ela vai ficar louca se descobrir... Meu pai prometeu para ela que Hogwarts era segura e...

 

 

            - Hogwarts é segura!

 

 

            - Se eu me machuco, ela não considera o lugar seguro - os dois riram.

 

 

            - Sua família parece ser legal – Emily sorriu  - Você tem sorte de ter eles.

 

 

            - Sua madrinha parece ser legal – o garoto murmurou, tentando acabar com aquela atmosfera tensa que de repente se formara ao redor deles.

 

 

            - Ela é – a menina riu – Ela trabalha para o Profeta Diário... Se você prestar atenção enquanto lê o jornal, vai achar uma matéria dela.

 

 

            - Vou prestar mais atenção da próxima vez.

 

 

            *****

 

 

            Tom entrou no dormitório da Sonserina de cabeça baixa, tentando passar despercebido pelo resto dos garotos que lá estavam. Todos os alunos haviam sido liberados para trocarem de roupa se quisessem e ele decidira que seria melhor para ele tirar aquele uniforme que agora cheirava a grama molhada e estava sujo de barro por causa da queda que ele sofrera.

 

 

            - Olhe quem chegou - Riddle respirou fundo e tentou ignorar a voz de Canopus Lestrange – O sangue-ruim da Sonserina.

 

 

            “Fazer um resumo para Defesas, você combinou de se encontrar com Emily na biblioteca para fazer...”

 

 

            - Como está o seu braço? – Abraxas Malfoy perguntou, fingindo estar preocupado – Foi uma queda e tanto! E um garotinho tão frágil quanto você...

 

 

            “Ele quer que você responda, então... Não responda”

 

 

            - Parece que o sabe-tudo trouxa não é tão sabe-tudo quanto a gente pensava – dessa vez fora Alphard Avery quem falara – Afinal, se ele não consegue nem voar...

 

 

            - Claro que ele não consegue voar – Lestrange riu alto – Nenhum sangue-ruim que chega em Hogwarts sabe voar direito, mas ele conseguiu superar os outros desta vez.

 

 

            - Como se vocês fossem muito bons em cima de uma vassoura – Tom murmurou enquanto ia para o banheiro, carregando uma muda limpa de uniforme.

 

 

            - Riddle, Riddle, Riddle – Abraxas sorriu para ele, enquanto passava um braço pelos seus ombros – Meu pai vem me ensinando a voar desde que eu tinha sete anos... – os outros garotos concordaram em murmúrios  – O que o seu pai trouxa lhe ensinava quando você tinha sete anos? O ensinava ficar o dia inteiro trancado numa biblioteca com o nariz enfiado em um livro por acaso?

 

 

            Fechou os olhos e respirou fundo mais uma vez, antes de se desvencilhar no braço do loiro e se apressar para dentro do banheiro, ignorando as risadas dos companheiros de quarto.

 

           

            *****

 

 

            - Você está melhor?

 

 

            - Sim.

 

 

            - Você não parece estar melhor – Emily murmurou, olhando para o amigo que estava sentado ao lado dela em uma mesa na biblioteca – O que houve?

 

 

            - Nada – ele resmungou, sem tirar os olhos do pedaço de pergaminho no qual ele estava escrevendo.

 

 

            Quando a garota não falou nada, Tom ergueu a cabeça e olhou para ela. A menina continuava o encarando.

 

 

            - Tudo bem, se você quer tanto saber... – o jovem bruxo largou a pena em cima da mesa e bufou – Eu tive que agüentar Malfoy, Lestrange e Avery me enchendo o saco sobre eu ser um desastre quando estou perto de uma vassoura e que isso se deve ao fato de eu ter um pai trouxa que não pôde me ensinar a voar como os maravilhosos pais bruxos deles fizeram com eles! Satisfeita?

 

 

            Emily ficou quieta, apenas o encarando por um tempo.

 

 

            - Evelyn nunca me ensinou a voar, ela acha perigoso, quase nunca usa uma vassoura – o garoto revirou os olhos ao ouvir a resposta da amiga - Olhe, não fique chateado com isso, certo? Eles são uns idiotas e só estão falando tudo isso porque querem vê-lo irritado... E você está dando para eles o que eles querem.

 

 

            - Mas, Emily...!

 

 

            - Olha, será que você pode me ajudar com esse resumo? Eu não consigo entender a diferença de ghouls e bichos-papões.

 

 

            - Isso é fácil – ele sorriu de leve.

 

 

            - Se é tão fácil, então me explique.

 

 

            - Um bicho-papão gosta de se esconder em lugares escuros onde alguém possa achá-los,  o que lhes dá a possibilidade de assustá-las... Eles são transformistas, se transformam no maior medo da pessoa – o garoto explicou – Mas não fazem nada a mais do que isso. No fim das contas eles só gostam de assustar os outros... Já o ghoul pode se transformar em qualquer coisa, assim como o bicho-papão, mas ele usa isso para atacar pessoas...

 

 

            - Atacar pessoas?

 

 

            - Eles as devoram.

 

 

            - Ew...

 

 

            - Certo... Mas existem alguns ghouls mais amigáveis, ou pelo menos é o que diz aqui no livro – ele apontou para o livro de Defesas – Que vivem em harmonia com bruxos e bruxas, desde que estes lhes dêem um lugar para morar.

 

 

            - Então... Os dois são transformistas – o menino concordou com a cabeça – E os dois podem viver junto com bruxos e bruxas... Mas a maioria dos ghouls é má e querem, na verdade, emboscar você para depois ter um bom jantar.

 

 

            - Isso mesmo...

 

 

            - Isso não é matéria do terceiro ano? Bichos papões...

 

 

            - Sim, mas nós estamos estudando a teoria dos ghouls, então tivemos que aprender um pouco sobre bichos-papões para podermos entender a matéria – Tom murmurou, voltando a escrever no seu pergaminho.

 

 

            Ele ouviu a pena de Emily arranhando o pergaminho e, depois de alguns minutos, ouviu-a guardando o material na mala.

 

 

            - Era só isso que eu precisava para terminar – a garota sorriu, levantando-se da cadeira – Aliás, obrigada – ela se inclinou e deu um beijo estalado na bochecha do menino, que arregalou os olhos e deu um pulo – Te vejo no jantar.

 

 

            Riddle sentiu o rosto esquentar enquanto ele observava a menina se afastar. Sacudiu a cabeça e voltou a olhar para o seu trabalho de Defesas...

 

 

            - Ah, pelo amor de Deus! – o jovem bruxo resmungou ao ver o grande risco de tinta que ele havia feito sem querer ao se sobressaltar quando a amiga o beijara.

 

 

            Aquele não era o dia de sorte de Tom Riddle.

 

 

****

 

Olha o que eu tenho aqui.... Um desenho!

 

 

Nem era pra ser dessa fic, mas como é o Tom pequeno.. acho que dá pra colocar aqui.

Caso voces queiram ver como eu fiz ele no photoshop -> http://www.youtube.com/watch?v=sp1hDiX_FqY 


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Notas finais do capítulo

N/A: Acharam que eu tinha abandonado a fic, não é? Hahaha, nem pensem numa coisa dessas! O negócio era que eu estava atolada de coisas do colégio e ainda tava sem a menor criatividade pra continuar [eu tenho idéias do que fazer mais pra frente, mas o "futuro próximo" da fic é um mistério para mim] ... Mas daí hoje, eu falando com a Mah no msn, ela me deu umas idéias que acabaram complementando umas antigas que eu tinha E, voilá! Aqui está um cap. novinho para vocês!

1- Em HP1 as aulas de vôo são logo no começo do ano, mas a infeliz aqui esqueceu disso e teve que colocar só depois do inverno

2- Caso vocês tenham lido Riddle's Riddles, sabem que naquela fic o Tom não é lá um grande fã de voar em vassouras... Aqui está a razão! Hehe, o pobrezinho se espatifou no chão logo na primeira aula [no maior estilo Longbottom ]... Da onde eu tirei esse negócio do Tom não gostar de voar? Boom, no cap. "Os Sete Potters" em DH, quando os comensais estão perseguindo a Ordem e tals, o Voldemort aparece voando sem vassoura, nem nada [NINJA!]... E eu pensei "Hm... Imagine só, se quando ele fosse mais novo ele tivesse medo de voar, estar voando desse jeito seria um 'sonho' realizado para ele... Se ele não conseguia voar numa vassoura, ele deu um jeito de conseguir voar sem que corresse o risco de cair/se machucar... E um jeito que só ele conseguiria, então ele poderia jogar na cara daqueles que riram dele quando ele não conseguiu voar pela primeira vez " [gzuiz, quanto "ele" repetido ]... Sei lá, faz sentido pra mim.

3- Eu imagino os meninos puro-sangue da Sonserina se gabando pq os seus pais os ensinaram a voar antes... Quero dizer, o Draco faz isso em HP1

4- Imaginem a reação da Sra. Riddle ao descobrir que o neto despencou de uma vassoura e quebrou o pulso... É, acho melhor ela não descobrir

5- Hihihihi, como diria uma amiga minha "love is in the air!" *dança*

Ai, sweet Merlin, é 1:19 da manhã e eu postando isso aqui! To tão alegre porque eu escrevi isso muito rápido e eu gostei de como ficou! Hahahha XD


Bom, é isso... Deixa eu ir dormir porque se os meus pais chegam e eu ainda to aqui eu não vivo pro próximo cap.

Digam o que acharam!

Beijos ;*
Ari.