Digimon Chronicles: Forgotten Tales(Interativa) escrita por Son Daisuke


Capítulo 2
Como tudo começou 2° Parte




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Uma criatura corria apressadamente por uma extensa floresta negra, seus olhos dourados procuravam desesperadamente por uma brecha para aproveitar. Era atacada várias vezes, uma de suas garras segurava um estranho aparelho vermelho.

De repente, o vulto tomou sua forma. Era um enorme robô negro, seus olhos seus olhos sem vida fitavam o dragão vermelho. Era um HiAndromon.

— Me entregue! – Gritou o Robô, atacando a criatura com raios de energia de cor azul e vermelho.

— Sem chance! – Rebateu, desviando dos ataques e pegando impulso entre as árvores para ganhar mais velocidade. – Eu prometi ao Angemon-San que iria proteger isso com a minha vida e é isso que eu vou fazer.


Os dois seres correram até que chegaram em um grande penhasco. A situação estava tensa, parecia que não havia nenhuma escapatória para a primeira criatura. O robô negro foi se aproximando lentamente de sua presa.

Um vento gelado batia nos pinheiros daquela floresta, o clima estava estranho. Talvez seria a hora de desistir.

— É a sua última chance. – Disse HiAndromon em um tom sem vida. – Quando eu tomar o Digivice de você, o transformarei em pó.

O Digimon dragão vermelho tenta atacar o Digimon robô com suas garras, mas ele mal consegue fazer um arranhão nele antes de ser jogado no chão pelas mãos de HiAndromon, que usara tanta força que rachara a borda do penhasco, fazendo o cair no mar, junto com o Digimon dragão, que acabara ficando desacordado, sem imaginar que este era seu fim.

Isso é, seria se de repente, uma grande luz tomasse forma ao aparelho. Um raio de luz tomou a forma de um grande portal azul, que ficou girando como um tornado em pleno ar. O dragão acordara brevemente e vendo o que acontecia, se limitou a mostrar num gesto obsceno, sua garra do meio.

— Já-Nee, Baka! – Acenou com a garra ainda do mesmo jeito, enquanto entrava no portal.

— Erro! Erro! Digigate ativado por fatores desconhecidos. Ativar protocolo 5Y, força entrada no mundo humano. Objetivo: Capturar o Digimon fugitivo e destruir qualquer um que se meta no caminho – O Digimon robô começa a liberar uma densa neblina de seu corpo, desparecendo após alguns segundos ao portal ter sido fechado.

~~X~~

O jogo de futebol havia acabado, Keitarô saiu do vestiário trajando um moletom laranja por cima de uma camisa verde e um jeans azul-marinho, calçava seu chinelo típico, de cor vermelho. Já era por volta das 18:30h, o garoto estava bastante cansado do jogo.

O ruivo ouve a porta do vestiário se abrir, Keitarô virou-se e viu Endo sorrindo. Havia acabado o treino de vôlei. O garoto de cabelos laranja vestia uma camiseta amarelada sem mangas e um bermudão. Também parecia bastante cansado.

— Como foi o seu treino? – Perguntou Endo, sorrindo.
— 6x0, e o seu? – Respondeu Keitarô, colocando as duas mãos atrás da nuca.
— O mesmo de sempre, 5x3.

Enquanto andavam em direção à rua onde moravam, era possível ver no céu algo estranho causando um risco vermelho no céu alaranjado. Não era possível ver o que causava aquele estranho risco, mas mostrava-se pequeno.

— Uma estrela cadente? – Murmurou o garoto de cabelos alaranjados, enquanto olhava para o céu.

— Talvez. Mas não deve ser algo muito importante. – Disse o Ruivo, também olhando. – Vamos pra casa.

Mesmo com aquela distância, era possível observar que algo ou alguém estava descendo cada vez mais rápido. O risco vermelho se prolongava, como um rabisco no crepúsculo. Um vento forte batia nas árvores do bairro, bastante estranho, pois não ventava desse jeito á alguns dias.

— Parece que algo vai cair lá, vamos ver o que é! – Disse Endo.

— Vai você, eu tenho o q... – Resmungou Keitarô, mas não pode terminar sua frase, pois foi puxado pelo braço por seu amigo.

Os dois correram bastante, o garoto dos Goggles não estava com a menor vontade de ver mais de perto aquela coisa. Talvez fosse um satélite ou um meteorito.

O local onde aquela raio de luz se aproximava era um grande terreno baldio, os dois amigos estavam bem longe de seu bairro. Keitarô tentava esconder, mas estava com um pouco de receio em ver o que era aquilo.

Após chegarem ao terreno, viram que aquela coisa estava se aproximando cada vez mais. Já estava a pouco menos de cem metros do solo.

Foi algo realmente rápido, o raio de luz vermelha caiu no solo, causando um pequena explosão a menos de dez metros dos garotos, que se assustaram com o barulho do impacto, porém, não se machucaram.

A fumaça passou lentamente, até que notaram que não se tratava de nenhum meteorito ou satélite, nem nada parecido. Era um pequeno aparelho, semelhante a um relógio, só que a tela parecia de um telefone de toque. Era branco, na ponta havia uma pequena alça, como um chaveiro.

Endo ficou quieto por muito tempo, seus olhos estavam arregalados. Porém, sem explicação, Keitarô não se mostrava com medo ou algo do tipo. Ambos ficaram calados por cerca de um minuto, até que o garoto de cabelos ruivos resolveu se aproximar do objeto.

— Espere Keitarô! – Gritou o garoto de cabelos alaranjados. – E se for algo perigoso? Ou uma arma?

— Não deve ser nada demais... – Respondeu Keitarô, sem sequer virar o rosto para seu amigo. Estava bastante concentrado no visual do aparelho. – E aliais, como um relógio pode ser uma arma?

Ao tocar no aparelho, a tela antes apagada brilhou fortemente, mostrando um desenho na mesma semelhante a um dragão. As bordas do aparelho se ganharam uma coloração vermelha carmesim. A tela logo se apagou, não mostrando mais aquele desenho.

Um alfabeto estranho apareceu brilhando no círculo vermelho do aparelho, era semelhante ao japonês, por isso Keitarô entendeu perfeitamente.

‘'Que estranho...’’ – Pensou, analisando o aparelho por toda parte. – Digivaice Cyber Matrix.


Endo se aproximou de seu amigo com um olhar curioso, assim como o garoto de cabelos ruivos, examinou o aparelho de todas as formas. Sequer parecia-se com uma peça de satélite ou algo parecido.

— Vamos pesquisar no computador pra ver se encontramos algo. – Sugeriu Endo.

O ruivo pensou em responder que era óbvio que jamais iriam achar na internet, algo sobre um estranho relógio que caiu do céu e com certeza não era da terra, a não ser que fosse daquele desenho antigo, Ken 10. Mas antes que pudesse falar algo, ele fora puxado novamente por Endo.

(...)

Os dois correram bastante, até chegaram à casa de Keitarô, que com sua chave entrou junto com seu amigo. Os pais do garoto ainda não estavam em casa, eles só chegariam por volta das 22:00h. Eles subiram as escadas e entraram no quarto do garoto, onde ligaram o Notebook e ficaram pesquisando sobre o tal Digivice Cyber Matrix ou como Endo apelidou, DCM.

Nada, nenhuma imagem semelhante. Nenhum resultado com palavras parecidas, sequer alguma informação sobre aquele alfabeto semelhante ao aparelho. Era estranho, aquele aparelho não ser parecer reconhecido em nenhuma parte do mundo, pelo menos na opinião de Endo.

— Esquisito. – Murmurou Endo, observando o aparelho. – Isso mais se parece com relógio do futuro.

— Eu não disse? – Resmungou Taira, abrindo as janelas e preparando para desligar o Notebook. – Pura perda de tempo.

Talvez o ruivo pudesse dizer isso se tivesse desligado seu computador antes, mas o aparelho novamente brilhou quando tocou no teclado do computador. O mesmo símbolo semelhante a dragão apareceu no computador em um fundo branco.

Uma forte nevoa cobriu todo o quarto, até que uma criatura saiu da tela do computador, assustando os dois garotos, que deram um grito abafado. Keitarô ficou atrás de seu computador, assustado, enquanto Endo se escondia debaixo da cama.

A criatura possuía uma aparência de um grande dinossauro vermelho, em seu corpo rubro havia listras negras. Seus olhos dourados olhavam tudo curioso. Ele possuía estranhas orelhas pontudas e grandes garras prateadas. Era um Guilmon.
A tela do computador apagou totalmente, a nevoa densa havia cessado.

— Hã? – Falou o dinossauro. – Mas em que inferno de lugar eu estou?

— Um virus! – Gritou Keitarô, desferindo um forte marretada na cabeça da criatura, derrubando-a no chão com a força do golpe.

A martelada havia pego o dinossauro de surpresa, mas logo se levantou, passando a garra sobre o local acertado. Apesar de ser apenas um pouco menor do que o garoto de cabelos ruivos, sua aparência não era assustadora.

— Qual é o seu problema? – Perguntou o dinossauro, olhando para os humanos. – Eu não sou um vírus? Porque estão com medo de mim?

— Ele fala! – Exclamou Endo, saindo de baixo da cama de seu amigo. – Qual é o seu nome? E o que é Digimon?

Keitarô estranhou o fato de seu amigo ter perdido o medo tão fácil daquele grande dinossauro vermelho. Ainda não estava confiando naquela criatura, mesmo não sendo amedrontadora. Mas sentia uma estranha sensação de que poderia confiar nele. E se ele falava a verdade, pelo menos sabia que aquele Digimon não ofereceria perigo, não enquanto não o provocassem.

— Eu sou Guilmon, um Digital Monster. – Respondeu Guilmon, sorrindo amigavelmente.

—Existem outros além de você? - Keitarô perguntou abaixando a marreta de brinquedo.

— Bem, outros Guilmons como eu devem existir, só que nunca os encontrei na minha vida, mas já vi outras espécies de Digimons e falando de uma forma geral. Sim eles são como eu, acho que o termo perfeito para isso seria monstro digital. Se Angemon estava certo, então esse deve ser o mundo humano... Quem são vocês? Como eu vim parar aqui?

— Nakamura Endo. – Se apresentou o garoto de cabelos alaranjados, sorrindo.

— Matsuda Keitarô. – Respondeu o ruivo, olhando para o digimon. – Todas as espécies do seu mundo terminam com ‘’mon’’? Você saiu do meu computador quando esse aparelho tocou no meu teclado. Como isso é possível?

— Segundo o que Wisemon disse, alguns Digimons são expulsos do mundo de onde eu venho, e param aqui, no mundo humano. Atualmente, o meu mundo está em uma crise. – Disse Guilmon, coçando a testa. – Eu rou... quer dizer peguei emprestado o Digivice da casa do Hideki-sempai, talvez ele tenha me levado a esse mundo.

Os três ficaram conversando por cerca de 1 hora, já que o Digimon dinossauro teve que explicar o que eram os Digimons mais especificamente. O que vinha acontecido ao seu mundo, e sobre algumas histórias do tal Hideki.

Os dois garotos haviam perdido totalmente o medo quanto á aquela criatura. Guilmon era conhecido como o maior comilão de sua cidade natal, sendo o campeão de diversos campeonatos de comer Miracle Fruits, uma fruta que os garotos não chegaram a perguntar o significado para não dar fome ao Digimon mas mesmo assim, possuía um coração bom e uma simpatia com os garotos.

— Eu fui perseguido por um HiAndromon, só que quando eu estava a ser prestes a ser destruido, fui salvo por esse Digivaice, daí enquanto era sugado pelo portal que se abrira, o HiAndromon só podia ficar olhando, bem feito para ele. – Explicou Guilmon, olhando atento para os humanos. – Wisemon, um Digimon mago vinha nos visitar e algumas vezes ele me contava histórias, que quando um Digimon encontrava um humano pela primeira vez, eles se tornavam parceiros e lutavam contra outros Digimons para ficarem mais fortes.

— Quando você tocou no Digivice, ele ficou vermelho. Não é Keitarô? – Perguntou Endo, pegando o aparelho. – Que legal! Então agora vocês dois são parceiros!

— Vai com calma! Eu vou ajudar no que puder. – Respondeu Keitarô, cuspindo a água que estava bebendo. – Ainda não entendo muito bem o que está acontecendo no seu mundo e...

De repente, o Digivice começou a vibrar com força na mesa onde ficava o computador do garoto. Keitarô o pegou e o mesmo parou de vibrar com tanta força, a tela liberou um holograma, perfeito da cidade, que mostrava três pontos. O primeiro, de cor vermelha representava Keitarô ou melhor dizendo, DCM. O segundo ponto, de cor alaranjada mostrava Guilmon e o último ponto, de cor cinza se encontrava no mesmo terreno baldio que eles encontraram o Digivaice. Algo ruim estava acontecendo.

— Agora ferrou geral! Aquele HiAndromon veio ao seu mundo! – Disse o Guilmon, olhando para o aparelho nervoso. – Vamos até ele! Pode acontecer de aquele Digimon ferir alguém! Sempre que um Digimon ruim se aproximava enquanto eu estava com o Digivice, ele vibrava desse jeito!

— Legal! Uma batalha de Digimons! – Exclamou Endo, animado. – Vamos até lá!

— Você acha normal dois garotos saírem por aí com um dinossauro falante? – Perguntou Keitarõ, irônico. – Além disso, você acha que isso é somente um...

Como sempre, Endo não deixou seu amigo completar sua frase e o puxou junto com Guilmon para irem ao tal local. As luzes do bairro ficaram cada vez mais escuras até que se apagaram totalmente, os postes estavam com curto-circuito. Todos os aparelhos elétricos e eletrônicos estavam estranhos.

Era tarde, por volta das 21:15. A luz da lua cheia iluminava fracamente aquele grande terreno baldio de Odaiba. Os três conseguiram passar pela rua sem ser notados por ninguém, a falta de luz ajudou nisso. Em sua mão esquerda, Keitarô segurava o Digivice nervoso, sabia que algo bem ruim estaria para acontecer.

Os três andaram por cerca de 7 minutos, até que chegaram ao local, porém ele estava totalmente cercado da mesma névoa que cobriu o quarto quando Guilmon apareceu. O local era iluminado fracamente pela luz amarela de dois grandes postes negros.

Uma agitação de dentro da neblina assustou os dois garotos, uma mão robótica negra tentava sair daquele local. Era HiAndromon, e pelo visto ele estava quase conseguindo.

— Vamos acabar com ele, Keitarô! – Disse Guilmon, sorrindo confiante para o humano de cabelos ruivos, porem o mesmo não respondera. – Aconteceu alguma coisa?

‘Ele ainda não percebeu, mas o nosso oponente é um ser na forma Kyuukyokutai?’’ – Pensou Keitarô, nervoso. – ‘’E como vamos poder destruir esse monstro?’’

Continua...


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Notas finais do capítulo

É só isso por enquanto pessoal, nos vemos nessa mesma bat-hora e nesse mesmo bat-local, espero que tenham gostado e se gostou dá seu like e um favorito, valeu e até a próxima. Fui!!!



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