Paraíso de Verão escrita por Sorvete de Limão, Risurn


Capítulo 7
Tentando Se Manter Calma Quando Nada Dá Certo.


Notas iniciais do capítulo

~Risurn: Tem alguém que nos acompanha ainda? Espero que siiiiim. A culpa do atraso é toda minha que não quis escrever ^^
Enfim, quero mais comentários senão minha próxima greve vai ser maior. E a Sorvete teve a brilhante ideia de colocar imagens do nosso Paraíso de Verão (que eu bati nas férias) pra vocês verem como é :D
~Sorvete: Siiim vocês sabem como é final de ano. Demoramos, demoramos mesmo e vocês não tem o direito de reclamar. Mas eu vou explicar do mesmo jeito: eu e Risurn fomos viajar, ela foi pra praia e eu pra roça. Ela foi buscar uma conexão com a fic e eu fui buscar inspiração no silêncio constante, nas horas que não passam, nos dias que não andam e nos mugidos das vacas. Mentira, a gente nem pensou na fic bj bj.
Outro motivo foi os pouquíssimos comentários que recebemos. E nós duas lá, felizes, pensando que muita gente ia comentar por causa do concurso do 100º comentário, mas nãããããão.
E sim vocês agora vão ter lindas fotos da praia para se inspirarem e lembrarem todo dia "tenho que comentar porque essas meninas são muito divosas" e lembrarem que vocês não foram pra praia e perderam esse mar u.u
De qualquer jeito, boa leitura!



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LEIAM AS NOTAS INICIAIS E FINAIS, POR FAVOR :33

Era oficial: eu sou uma idiota.

Naquela noite Thalia estava parecendo a de sempre, mas assim que chegou em casa, se trancou no quarto. Não que ela nunca fizesse isso, mas daquela vez era diferente. Não era uma pirraça de sempre: ela não queria me ver. E, quando Thalia não quer ver alguém só existe uma opção: fujam para as colinas.

Sério, não cheire, não olhe, não toque. Não faça nada. Nada.

— Annabeth, vem aqui! – pude ouvi-la gritar do andar de cima.

A boa notícia? Ela está falando comigo. A má? Ela quer me ver.

Subi as escadas penosamente.

Olha, não é como se eu tivesse aprontado alguma coisa. Aliás, eu nem fiz nada. A não ser que beijar Percy tenha sido algo ruim. Não. Ela não viu isso.

— Toc toc – murmurei enquanto abria a porta. – Posso entrar?

Ela assentiu com a cabeça e fui até a cama dela.

Thalia não olhou para mim, tampouco falou alguma coisa, fiquei apenas ali, esperando que ela dissesse algo.

— Então... – comecei.

— Então...

Mais silêncio.

— Ok. – murmurei virando para ela. – O que houve?

Thalia mordeu um lábio e me olhou, culpada.

— Eu fiquei com um garoto.

Uma luz passou por meus olhos. Luke.

— Luke? – perguntei.

— Como você sabe?

Sorri de lado e me joguei na cama.

— É que eu sou muito boa.

— Annabeth – ela se sentou, me olhando mais atentamente – o que você fez?

— Talvez eu tenha dado uma mãozinha.

— Não acredito! – ela me acertou com um travesseiro. – Por que você fez isso?

—Ué. Não era você que estava reclamando? Querendo uma diversão de verão? Arranjei uma pra você.

Ela rolou os olhos.

— Por que não quis ficar com ele?

— Estou bem assim.

— Mas assim ficam dois para Thalia e zero para Annabeth.

— Digamos que não está zero para Annabeth.

— Espera. – ela sentou sobre os joelhos – Como assim? – Senti meu rosto esquentar. – Annabeth Chase você ficou com um carinha por ai e nem me disse nada? Qual o nome dele? Eu conheço?

Olhei para ela como se pedisse desculpas pelo nome que diria em seguida. Me senti envergonhada. Vi espanto em seus olhos.

— Não. Não diga que você ficou com o Per...

— Não! – gritei – Não diga o nome! Essas pragas parecem encantadas. Você só pensa neles e puf, aparecem.

— Não acredito! Mas quando isso aconteceu?

— No seu encontro com Nico. – contei, lembrando da admirável apreciação de estrelas.

— E você não me contou nada?

— E ontem. Na festa do Luke.

— Espera. Vocês ficaram mais que uma vez?

— Mais ou menos isso.

Thalia me olhava acusadora. Droga. Me sentia uma criança pequena sendo pega enquanto colocava o dedo no glace do bolo. Por que eu ficara com ele duas vezes?

— Vi Nico ontem. – disse ela depois de um minuto de silêncio.

— Sério? E ai?

— E ai nada. – disse ela, indiferente. — Nico foi uma fase, e essa fase já passou.

***

POV Thalia

Annabeth saiu do meu quarto logo depois. Estou cansada da festa anterior e o meus planos para hoje eram: fazer nada. Absolutamente nada. Vamos deixar claro o meu nada: fazer pipoca e assistir seriados, filmes, essas coisas. Não sei o que Annabeth vai fazer, mas eu quero ficar longe de toda essa bagunça. Está me dando dor de cabeça.

Meu celular toca e vejo que é o Luke. Desligo. Como esse cara conseguiu meu número? Não me lembro de ter dado. É, provavelmente tem o dedo da Annabeth.

Me jogo na cama tudo o que eu mais quero é esquecer tudo isso. Talvez se eu e Annie voltássemos para casa ficaria tudo mais fácil. Mas eu não queria acabar com o meu Paraíso de Verão por causa disso. Eu estou sendo idiota. Meu único objetivo nisso tudo é me divertir. Ligo para Luke.

***

– Vou sair! – digo fechando a porta da casa. Nem sei se Annabeth ouviu, mas não me importo. Desligo o celular porque não quero ouvir seus sermões. Vou caminhando até o parque onde eu e Luke íamos nos encontrar. Ele até me ofereceu carona, mas eu não ia dar meu endereço pra qualquer um. Já basta a estrupício, Nico e Percy saberem onde moramos, não preciso de mais gente com potencial psicopata pra ir atrás de mim e da Annie. Porque se a Annie morresse, Brooke ficaria com muita raiva de mim e eu não quero morrer.

Mentira. Annie é minha amiga não deixaria nada de ruim acontecer com ela. Não intencionalmente.

E também eu preciso pensar um pouco.

Auto reflexão é bom sabe? Muita gente deveria saber que isso existe. Tipo a estrupício e o Nico.

Começo a achar estranho as ruas estarem tão vazias e eu acho que já deveria ter chegado no tal parque. Eu sei como chegar lá. Você sai na rua que eu moro, vira a direita, depois a esquerda, passa em um cruzamento e vai ter uma igreja perto de você e do lado vai estar o parque...

Bufei. Estou perdida.

Eu virei a direita em vez da esquerda e agora não faço ideia de onde estou.

Pego o celular, mas ele não liga.

Ótimo meu celular descarregou.

Comecei a fazer o caminho de volta, quando ouço um barulho atrás de mim. Me virei e vi alguns caras saírem de um beco, a julgar pelo jeito que eles estão andando provavelmente estão bêbados. Comecei a andar mais rápido e pus o capuz do casaco para esconder meu cabelo.

As casas aqui estão muito silenciosas, a maioria não está com a luz ligada – óbvio, todo mundo deve estar viajando - e ouço o grupo de bêbados rirem atrás de mim.

Estava pensando seriamente em bater na porta de uma das casas pra pedir um telefone quando um carro aparece, no começo da rua. E o reconheço. É o carro de Nico.

Em situações normais eu passaria reto, mas quando se está em uma cidade desconhecida, perdida, com o celular desligado e com um grupo de bêbados atrás de você, não é uma situação normal. Então retirei meu capuz e fui pro meio da rua, comecei a pular e gritar.

O carro se aproxima e Nico coloca a cabeça pra fora.

– Thalia? - Normalmente eu daria uma tirada nele, mas como não estamos em uma situação normal...

– Sim, sim. Me leva pra casa. – Sem esperar resposta, entro no carro. Ele pisa no acelerador e saímos do lugar a ponto de ver um dos bêbados nos xingarem e atirar uma latinha no chão.

– O que você estava fazendo ali? – Então né...

– Eu estava indo a um parque, mas eu me perdi.

– Fazer o quê no parque?

– Não te interessa Nico. Só me leva pra casa.

– Você ia se encontrar com aquele loiro metido né?

– Loiro metido? – repeti com uma careta. Revirei os olhos. – O nome dele é Luke. E eu não te devo nenhuma explicação Nico, já que não somos nada.

– Não somos nada?

– É.

– Se eu bem me lembro, nós estávamos juntos e do nada você começou a se distanciar, não atende as minhas ligações e da outra vez que eu te vejo, você está se agarrando com outro cara. O que aconteceu? Foi a Abby?

– Não te interessa. – disse ligando o rádio. Antes que eu pudesse ouvir o que estava passando ele o desligou. Suspirei e encostei a cabeça na janela. O céu estava vermelho logo viria uma chuva. – Eu não te devo nenhuma explicação, só quero que você me leve pra casa logo.

– Claro que você me deve uma explicação, já que não era uma relação de uma pessoa só. Você não ficava com você mesma Thalia.

– Será que dá pra entender que não deu certo? Em dois meses nós não vamos mais nos ver, por que você quer tanto ficar perto de mim?

– Então é isso. É por causa disso que você se distanciou. – ele disse parando o carro. Eu só não entendia como ainda estávamos em uma rua desconhecida porque eu não andei muito. Já era para eu estar na minha rua.

– Nico por que você parou o carro e onde nós estamos?

– Olha eu sei que você está com medo. Eu entendo, mas eu realmente gosto de você Thalia. – ele disse de olhos fechados. – E se você quiser ficar comigo, tipo em uma relação exclusiva, nós vamos fazer dar certo. – Eu estava totalmente virada para ele agora.

– Não tem como dar certo.

– Eu só preciso que você fale que também gosta de mim. – ele disse agora me olhando nos olhos.

– Eu só preciso que você me leve pra casa. – ele se jogou no banco suspirando.

– Só me diz por que você fez isso? – Já que eu nunca mais ia ver ele, então decidi falar logo da Abby.

– O que houve entre você e a estrupício?

– Quem? – ele me olhou confuso. Revirei os olhos e olhei para um ponto atrás dele.

– A Abigail. – ele abriu um sorriso de lado.

– Você a apelidou de “estrupício”?

– Sim! Agora me conta o que houve! – seu sorriso pequeno se esvaiu e ele olhou para baixo.

– Nós meio que tivemos uma coisa, mas os pais dela iam sair daqui. Tipo, eles moravam aqui e iam se mudar pra outro país e ela não veio me contar eu soube por outras pessoas. Só quando ela estava no aeroporto da outra cidade que me mandou uma mensagem explicando tudo, então às vezes ela vem pra cá e nós ficamos, mas acho que não é mais a mesma coisa. – Ok, eu esperava outra coisa mais chocante do que um coração partido. Abigail é uma vadia, não que eu esperasse outra coisa dela. Concordei com a cabeça.

– Me leva pra casa agora, por favor.

– Thalia... – abri a porta e saí do carro. – Ei! – ouvi a porta do carro batendo.

– Vou embora a pé já que você não quer me levar em casa! – gritei. E para piorar a minha noite, começou a chover.

– Para! Você vai ficar doente!

– Me deixa em paz! – eu ia bater na porta de alguém e ia achar um telefone, ligar para o Luke e pedir pra ele me buscar. Já estava cansada disso tudo.

– Ei! Sua doida! Você vai ficar doente! – ele disse se postando na minha frente e segurando meus ombros.

– Então me leva pra casa rápido! – disse me virando e voltando para o carro. Entrei e bati a porta. Ele entra e liga o carro, vira a esquerda e vejo a minha rua. A “minha” casa está bem iluminada, quentinha e com uma xícara de chocolate quente me esperando. Nico para o carro em frente a casa, se vira e antes que ele pudesse falar alguma coisa eu desço do carro. Corro até a porta, entro e não olho para trás em nenhum momento.

POV Annabeth

Não sei que horas acordei, mas quando dei por mim, o sol estava alto e o calor também. Peguei meu celular para ver as horas, mas 32 chamadas não atendidas me desviaram do meu objetivo. As chamadas variavam de Heather, Brooke, Charlotte, Lizzie e George. Fico me imaginando o que seria tão grave a ponto de Lizzie e George (os outros filhos de Brooke em outro casamento) me ligarem. Charlotte é outra que eu não me dou bem. É a filha mais nova do meu pai e de Brooke e é uma das razões de eu querer tanto ir embora daquela casa o mais rápido possível. Imagino o porquê de não ter recebido nenhuma ligação de meu pai e minha cabeça pipoca com milhares de possibilidades. Sendo assim ligo para Brooke.

– Annabeth? - ela exclama surpresa e um pouco aliviada.

– Sim. O que aconteceu Brooke?

– Seu pai Annie, seu pai... - ela parecia estar com muita dificuldade de falar e eu me seguro para não pensar em nada. Até que ela respira fundo e diz - Sofreu um acidente de carro. - Nunca poderei dizer, com exatidão, o que aconteceu comigo no momento que Brooke proferiu essas palavras. Um ataque de pânico, com certeza, mas acontece tantas coisas com você ao mesmo tempo que você não sabe dizer, exatamente,o que se passa. Minhas mãos soaram, minha visão ficou embaçada e meu coração batia tão forte e tão rápido que somente respirar não era o bastante. Inspirei e expirei fundo enquanto Brooke fazia o mesmo do outro lado da linha. Esse exercício simples e de conhecimento geral foi o que me salvou de vários ataques de pânico quando mais nova. Quando a morte de minha mãe era meu motivo de chorar toda noite. A pequena, eu espero, mas existente, chance de perder ambos os pais em acidentes de carro me assusta mais do que tudo.

– Estou indo para casa. - disse calma. - em que hospital vocês estão?

***

Thalia somente assentiu à notícia. Não me deu nenhum abraço e nem disse nada, o que me ajudou mais do que posso descrever em palavras, simplesmente subiu as escadas e do quarto avisou que iria arrumar ambas as malas. Sentei no sofá e mandei uma rápida e objetiva mensagem a Abigail. "Vamos voltar para nossa cidade. A chave ficará embaixo do tapete." Encaminhei a primeira parte da mensagem para Percy e desliguei o celular. Não queria ver nenhuma mensagem questionando meus motivos e minha mensagem vaga.

Pouco tempo depois Thalia desce com as pequenas malas, pega a chave do carro e com um rápido "Vamos" saímos da casa. Saímos do nosso Paraíso de Verão.


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Notas finais do capítulo

~Risurn: Espero que gostem, porque nós estamos bem satisfeitas. A todos os que nos acompanham e comentam, muito obrigada, amamos vocês. Quem não o faz, siga exemplo vai né.
Obrigadaaaa e beijos.
~Sorvete: Owwnn ficou lindo né? E todo mundo achando que ia ter beijo Thalico né? PEGUEI VOCÊS! Não teve não :3. Porque ia ser muito clichê e Thalico não é clichê bj bj.
Gostaram da foto? Gostaram do capítulo? Por favor, comentem, favoritem e recomendem.
Beijos e cócegas,
Sorvete de Limão.