Paraíso de Verão escrita por Sorvete de Limão, Risurn


Capítulo 6
Não Sou Sua Querida.


Notas iniciais do capítulo

~Risurn: Cá estou eu, na calada da noite postando isso. Por que eu prometi pra Sorvete que postaria na quinta. Teoricamente, já é sexta, mas até o dia raiar não é u.u
P.S.: Faço minhas as palavras da Sorvete.
P.S.S: Agora que eu fui revisar, a frase do título ficou meio "A Seleção" , não é?
~Sorvete de Limão: Oi oi tortinhas de limão *--*.
Gente, gente tivemos poucos comentários capítulo passado :( vocês podem parar com essas coisas.
Fiquei muito feliz que vi mais gente acompanhando, ou talvez vocês só tenham trocado de foto de perfil mesmo. De qualquer jeito,
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/557609/chapter/6

POV Thalia

– Você não sabe o quanto eu me sinto aliviada. – disse Annabeth suspirando e relaxando no sofá. – Nossa Thalia você realmente me assustou com isso eu estava começando a achar que você estava...

– Agradeça aos céus! Não estou. – Sim, eu estava perdidamente apaixonada por Nico de Ângelo. Nunca vou dizer isto em voz alta. Já esqueci. Já superei. – Festa hoje?

– Pode ser. Só nós duas?

– Só nós duas. – sorri – Vou subir para o meu quarto.

– Vai lá.

Assim que cheguei ao meu quarto meu celular vibrou, era Nico. Desliguei o celular. Eu não queria saber dele, não queria saber de nada. Minha cama estava me chamando e eu iria atendê-la. Uma vez me disseram “Do que adianta chover, se você não estiver lá para se molhar?”, e eles estão certos. Mas não no meu caso. Não posso me apaixonar. Não aqui. Preciso de algo permanente porque tudo que pensamos que é nosso vai embora e só preciso disso. Se for pra ser talvez o encontre depois. Mas não aqui e não agora. Não posso me apaixonar. Não quero me apaixonar.

Suprimo meus sentimentos.

Suprima seus sentimentos.

É um carma.

Fiz isso por toda minha vida.

Estou muito bem assim.

POV Annabeth

Suspirei enquanto observava Thalia subir as escadas. Era óbvio que ela estava mentindo. Talvez ela ainda não soubesse disso, mas estava.

Eu conheço Thalia a mais tempo que a maioria das pessoas nesse planeta e ela definitivamente não estava agindo como Thalia, parecia mais a minha prima, Silena. E olha que Silena era realmente a Barbie em vida. Tudo isso era muito irônico se levar em conta que Thalia tem uma camisa escrita “Morte à Barbie”.

Suspirei levantando, geralmente Thalia se encarregava daquela parte, mas eu ia ter que me virar.

Peguei a chave do carro e comecei a pensar: onde uma garota consegue um convite para uma festa descente nessa cidade?

Bom, talvez nem tão descente assim, mas você entendeu.

Foi então que uma luz se acendeu em minha cabeça: supermercado.

Eu sei que a ideia não era nada original, mas se Thalia conseguiu, porque eu não conseguiria? Fala sério, somos quase gêmeas. Ok, talvez não, mas o que custa tentar?

Dirigi rumo ao mercado no centro da cidade, na verdade, eu ainda não tinha explorado muito o local, toda essa coisa de Percy, Nico, Abby, Thalia... Vinha me distraindo de uma forma alucinada.

Eu odiava isso, queria curtir as minhas férias, aproveitar e tudo o mais. Eu deveria ser a amiga irresponsável que havia se apaixonado depois de quatro dias. Sério, eu que faço essas coisas. Thalia não. Ela é a que me jogaria do quarto andar por isso, na verdade.

Deixei o carro no estacionamento e entrei na loja. Aquele era, com certeza um senhor mercado. Eu poderia ficar perdida ali tranquilamente. Ainda mais com uma sessão de chocolate como aquela.

Foco Annabeth. Você quer um convite para uma festa. Mas como vai fazer isso?”

Olhei em torno de mim procurando algum adolescente bonito com cara de problemático e não vi nem um único.

Quer dizer, nem um que parecesse problemático, tinham adolescentes bonitos aos montes.

Tentei parecer discreta, olhando um rótulo de cebolas em conserva, mas franzi o nariz, eu nem gosto de cebolas.

— Ok. Essa ideia foi ridícula. – virei pronta para sair quando esbarrei em alguém.

Ele olhou de mim para o vidro de cebolas em minha mão e depois para mim outra vez.

— Gosta de cebola em conserva?

— Odeio.

— Ótimo. – ele sorriu e instintivamente sorri de volta. Adolescente bonito? Confere. – Muito prazer, Luke.

Sorri de lado. Cabelo cor de areia, olhos azuis. Uma cicatriz enorme. Cicatriz já serve como problemático, certo?

— Annabeth, mas pode me chamar de Annie.

Ele sorriu mais um pouco.

— Annie? Legal.

Olhei para suas mãos, duas caixas de bebidas.

— Já vi que hoje vai fazer farra.

— Que nada. Só para alguns amigos íntimos. Se quiser... Pode aparecer por lá.

Bingo.

— Tudo bem, posso levar uma amiga?

— Claro.

Sorri enquanto ele me mandava uma mensagem com o endereço da festa e eu disse que talvez aparecesse.

Sai do mercado com a mão na cabeça, sorrindo. Isso era sério? Eu realmente consegui um convite para uma festa?

Voltei para o carro, aquilo nem era tão difícil. Agora entendi porque Thalia sempre consegue essas coisas.

Aliás, acho que ela ia ficar bem satisfeita com o meu novo amigo. Afinal, ele era muito bonito. Sei exatamente o que ela está precisando e vou dar um jeito nisso agora.

(...)

— Tem certeza que precisava disso tudo?

Sorri olhando para a casa. Era grande, barulhenta e colorida.

— Mas é claro que precisava. Uma festa de verdade, por favor.

Thalia começou a andar e eu a segui logo atrás.

— Nada de encontros malucos?

— Nada.

— Tem certeza?

— Mas é claro.

— Ótimo.

— Talvez eu lhe apresente um amigo. – gritei quando saímos em meio às pessoas. A música estava alta e eu já sentia vontade de dançar.

— Annie!

— Ah, qual é Thalia! Lembra? Curtição, amores de uma só noite.

Ela bufou, virando os olhos.

— Preciso de uma bebida. – e então saiu pisando em passos firmes.

Sorri olhando em volta. O que fazer quando você está sozinha em uma festa onde não conhece absolutamente ninguém?

— Opa, me descul... Annabeth! – depois de ser empurrada por meio metro e ser segurada consegui reconhecer a voz.

— Annie.

— Certo. Annie. – ele sorriu de lado me ajudando a ficar ereta outra vez.

— Então, só para os mais íntimos, né? – ele sorriu, como se estivesse se desculpando.

— Acho que sou intimo de mais pessoas do que imaginava.

— Talvez. Quer ficar íntimo de mais uma?

Seu sorriso se alargou um pouco e então deu um passo em minha direção. Ok. A informação não foi recebida com sucesso.

— Está vendo aquela garota lá no bar? – perguntei, disfarçando – Alta, cabelo escuro...

— Calça e camisa preta?

— Essa mesmo.

Ele sorriu mais um pouco.

— Vai ser um... – a expressão de Luke desmanchou um pouco e senti uma mão em meu ombro.

— Oi querida, vamos? Peguei uma bebida pra você.

Um copo surgiu em minha mão, que foi levada a boca. Olhei para o lado para ver quem era e meus olhos quase saltaram das órbitas. Não.

— Você tem namorado? – Luke parecia surpreso.

— Eu...

— Tem, ela tem sim. Agora, se me der licença, Castellan.

— Luke eu...

Mas já estava sendo arrastada para longe.

— O que você pensa que está fazendo? – perguntou o garoto enquanto segurava o meu braço.

— O que eu penso que eu estou fazendo? O que você pensa que está fazendo? Aliás, o que você faz aqui?

— Eu? Não sou eu que estava dando mole pro Castellan!

— Espera ai. O que?

— Você ali, cheia de risadinhas com ele.

— Era para Thalia. Eu queria que ele... saísse com a Thalia. – respondi confusa. O que era aquilo?

— Com a Thalia? – Agora, nós dois parecíamos confusos.

— É. Aliás, por que eu estou me explicando pra você?

— E o Nico? – Ele pareceu ignorar minha pergunta.

— O que tem o seu amigo?

— Como ele fica?

— Sei lá. Deveria ficar de algum jeito? – o moreno estava inquieto.

— Eles não estavam juntos?

— Estavam? Pra mim... Não tinham nada.

Eu sabia que isso era mentira. Mas, Thalia quer descompromisso, né?

— Tá.

Meu celular tocou e eu bufei atendendo sem ver quem era.

— Alô.

Annabeth? Onde você está?

Fechei os olhos. Droga. Justo agora?

— Ãn, é... Em casa.

Que barulho é esse?

— Tv. Thalia está assistindo a um show. – Percy levantou uma sobrancelha, mas pude ver a inquietação em seu corpo. Fiz sinal para que calasse a boca, como se aquilo fosse ajudar a diminuir o barulho. Frederick suspirou do outro lado da linha.

Sua madrasta está uma fera.

Eu sei.

Você vai ter que pedir desculpas.

Ah não!

Querida. Você já está ai sem a minha permissão. Aliás, eu nem sei onde você está!

Eu estou bem!

Eu sei. Só estou... Preocupado.

— Eu sei. Olha, prometo ligar mais tarde.

Você está em uma festa, não esta?

— Mas o que? – dei um gritinho estrangulado.

E tem um garoto bem na sua frente, não é?

— Mas o que?

Pude ouvir a risada dele do outro lado da linha.

Divirta-se. E não deixe Brooke saber.

Se você não contar, eu não conto.

Ótimo. Me ligue.

Pode deixar.

E então, ele desligou. Pisquei encarando Percy por um segundo.

— Onde eu parei?

— Não sei.

Então eu lembrei que estava com muita raiva daquele garoto. Na verdade, lembrei da história toda.

— Então me diga Senhor Jackson, qual o problema caso fosse eu?

— Fosse você o que? – ele parecia confuso. Esse garoto tem problema?

— A ficar com ele?

— Ah. Nenhum.

— Nenhum? Então o que foi aquilo de “oi querida”?

— Você é minha querida.

— Não me chame assim.

— Ótimo. Só não se meta com aquele cara.

— E por que eu não faria isso?

— Porque eu estou dizendo.

— E desde quando você manda em alguma coisa?

Minha raiva se esvaiu ao olhar para longe, pude observar Luke caminhando até Thalia.

Sorri enquanto Percy seguiu com os olhos na direção que eu sorria.

— Ah cara. – seu sorriso murchou.

— Qual é? Vocês não sabem que isso é verão? Em menos de dois meses ninguém mais vai se ver.

— Ah jura sabidinha? Diga isso pro Di Ângelo. – disse ele, me olhando com escárnio.

— Espera, espera. O Di Ângelo, ele... – um brilho sinistro apareceu nos olhos dele quando finalmente viu para mim, me acusando.

— Gosta dela? Mas é óbvio! Olha loira, eu acho que o amor podia estar na sua cara que você não veria.

Fechei a cara, não precisava levar lição de moral do senhor Ego.

— Ótimo. Então diga para o seu amigo que se ele quiser, que corra atrás. Thalia é uma garota difícil. Ela não se apaixona. Seu amigo vai precisar de mais que palavras bonitas.

— Ah, é, por que quem cai em palavras bonitas aqui deve ser você, não é?

Não respondi, apenas lhe dei um tapa estralado na cara.

— Pois saiba que estou torcendo por Luke.

Lhe dei as costas e comecei a andar. Preciso de uma bebida.

— Quem você pensa que é? – perguntou ele puxando meu braço, fui atirada em sua direção.

— Eu? Eu sou a garota que não vai aturar nenhum desaforo seu! – gritei enquanto batia com um dedo em seu peito.

— Você só pode ter problemas garota!

— Tenho mesmo! Você!

Percy me puxou para mais perto de si.

— Você vai se arrepender. – Pude ver seus olhos brilharem estranhos.

Suspirei.

— Vou mesmo.

E então, o beijei. Não pensei muito naquilo, mas eu queria, e pelo visto Percy também. Eu odeio esse cara, mas tenho que admitir que ele beija bem.

— Mas o que...

Bati em seu peito.

— Se você ousar falar uma única palavra sobre isso, você é um cara morto. Está me ouvindo?

Ele sorriu de lado, por algum motivo, aquele sorriso me fez ter arrepios.

— Claro. Só não se esqueça loira, um segredo sempre cobra seu preço. E eu virei cobrar o meu.

Ele sorriu, piscou e saiu. Droga de Paraíso de Verão.

P.O.V. Thalia

Eu estava tentando escolher alguma coisa no bar que fora improvisado quando sinto alguém pegar em meu ombro. Me virei e encarei um par de belos olhos azuis e um sorriso bonito.

– Luke Castellan, prazer. – ele pegou minha mão e depositou um pequeno beijo ali. Balancei a cabeça com o cenho franzido.

– Thalia. – ele se sentou ao meu lado.

– Duas doses de tequila, por favor. – Legal isso né? A pessoa chega, pede tequila pra você sem perguntar se você quer. E eu não gosto de tequila. Então quando os copos chegaram e ele pegou o seu, levantou e esperou eu pegar o meu eu simplesmente peguei e empurrei o copo para o outro lado da bancada. E mesmo com o som alto da música, ouvimos o vidro se espatifando.

– Não, obrigada. – me levantei e fui tentar achar alguém que valesse meu tempo. Até que sinto alguém pegar no meu braço e me fazendo virar.

– Uma dança. – ele disse. Suspirando concordei com a cabeça. Ele fez um sinal para o DJ e começou a tocar música lenta. Fechei os olhos e amaldiçoei o DJ, Luke e todo mundo que tinha envolvimento com músicas lentas. Ele passou seus braços na minha cintura e abri os olhos. Vi que ele estava próximo demais, sua respiração batendo no meu nariz. Sem saber o que fazer, passei meus braços por seu pescoço. Ao mesmo tempo em que começamos a se mover no ritmo da música.

– Então Thalia. O que te trouxe até aqui?

– Uma amiga.

– Hum.

– E você?

– Eu moro aqui. – ele disse com um sorriso. – Aqui é o melhor lugar que possa se morar. De onde você é?

– Nova Iorque. – ele deu outro sorriso.

– Ótimo lugar também, mas prefiro aqui. O mar, a maresia, é muito bom acordar e ter uma visão dessas.

– Em Nova Iorque também te mar. Mas eu não gosto.

– Você não gosta do mar? – ele parou e arregalou os olhos para mim.

– Não. – disse mordendo o lábio inferior. – Prefiro outras coisas. – Sem deixar ele ter tempo para pensar, grudei meus lábios nos dele. Senti um sorriso escapar dos seus lábios e aprofundou mais o beijo. Quando o ar faltou, continuei a dançar. Sem deixar de reparar um garoto de cabelos negros olhando atentamente.

As palavras daquela manhã rodavam em minha mente enquanto Luke me puxava para si.

Não posso me apaixonar.

Não quero me apaixonar.

Suprimo meus sentimentos.

Suprima seus sentimentos.

É um carma.

Fiz isso por toda minha vida.

Suspirei me convencendo de que aquilo era certo. Afinal, é o meu Paraíso de Verão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

~Sorvete de Limão: E aí? Gostaram? Comentem! Por que a Risurn não cobra, mas eu cobro RUM! Sobre o concurso acho que a Risurn vai divulgar, espero que gostem e tentem ganhar ^^
Beijos e cócegas,
Sorvete de Limão.
~Risurn: Eu não cobro? Não cobro o escambau. Dou meu sangue e suor por essa coisa u.u
Enfim, estão de férias amores? Eu estou!
Sobre o Concurso: REVIEW NÚMERO 100
~Leitor: Review número 100? Como assim tia Risurn?
~Risurn: Bom meus amores, é simples. Se TODOS os que acompanham comentarem, chegaremos em 100 reviews nesse capítulo mesmo.
~Leitor: Tá, mas e o que eu ganho com isso?
~Risurn: Veja bem, o ser abençoado que for dono do review número 100, terá a super chance de meter o dedinho na história. Sim, isso mesmo, você acompanhará a mim e a Sorvete escrevendo o capítulo e nos guiará. Ouviremos sua ideia e a encaixaremos aqui (ou algo próximo a isso), além de que, vai nos conhecer!
~Leitor: Conhecer? De verdade? Encostar e tudo o mais?
~Risurn: Nhéééé, ai fica difícil. Mas, as MP's tão ai pra isso minha gente. Aliás, a Sorvete não tá ciente do premio ainda. Espero que não brigue.
Enfim! FAVORITEM, RECOMENDEM, DEIXEM REVIEW, MOSTRA PRA MÃE, PRO PAI, PRA IRMÃ, PRA TIA...
Amo vocês