Paraíso de Verão escrita por Sorvete de Limão, Risurn


Capítulo 25
Conflitos.


Notas iniciais do capítulo

~Sorvete de Limão: Oi oi tortinhas de limão *---*
Então galera este capítulo tá bem lindinho, eu acho que vocês vão adorar u.u
Vejo vocês lá embaixo, boa leitura!

~Risurn: Oi pessoinhas. Gente, acreditam que no dia 24/10 fizemos um ano?
Que amor!
Só temos a agradecer o apoio que recebemos ao longo do ano, e agora, mais um capítulo para vocês. Desculpem a demora, mas andamos meio ocupadas com vestibular, provas, cursos, ainda teve o ENEM, ai, que coisa.
Aproveitem!
P.S.: Amigas da Sorvete viajam e batem fotos dessas s2



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— Percy! Annie! Chegamos!

Dei um pulo quando ouvi a voz de Nico vindo da entrada e me separei de Percy. Levantei tentando arrumar meu cabelo.

— Eu to, hm, normal?

Percy bufou revirando os olhos.

— Tá, tá. Linda, maravilhosa.

Sorri de lado e sai do quarto sendo seguida de perto por Percy.

Thalia e Nico estariam em uma situação cômica se eu não estivesse tão irritada. Ambos tinham mais água no corpo do que na rua, tinham os lábios arroxeados e pareciam cansados.

— Onde vocês estavam? - gritei indo até Thalia e a abraçando - Eu fiquei preocupada. - fui até Nico e dei um soco no ombro dele. - Você não sabia o caminho por acaso?

— Saber eu sabia, só não contava com essa chuva!

Percy reapareceu na sala com duas toalhas e entregou uma de cada.

— Annie… - Thalia tentou falar sem sorrir. - O que, hm, você e Percy estavam fazendo que você está assim tão… Ofegante?

Abri a boca e fechei algumas vezes, desejando que um dos raios caísse na cabeça dela e acabasse com aquele assunto.

— Ela estava apavorava com esses raios caindo. Não sei porque.

Thalia assentiu lembrando do meu medo.

— Vão ali pro banheiro - sugeriu Percy - Se não vão molhar tudo. Tirem um pouco dessa terra das roupas de vocês.

Fui até as mochilas que Nico colocou na entrada e as abri. Havia mais comida e algumas roupas em ambas.

— As roupas de vocês não molharam. Só as que estavam em cima ficaram um pouco úmidas. Passem uma água que eu já levo roupas pra vocês.

Eles assentiram caminhando até o banheiro. Encarei Percy pelo canto do olho, que secava o chão da sala/cozinha.

Eu tentei não pensar em tudo que aconteceu, mas era impossível. Ainda podia sentir os dedos dele passeando pela minha pele e a sensação gostosa que transmitiam.

Foco Annabeth.

Decidi guardar o resto da comida enquanto Percy pegava as roupas. Um clarão atravessou a porta que rapidamente foi fechada por ele. Abafei um grito, sem muito sucesso.

Só me dei conta da presença dele ao meu lado quando senti sua respiração perto de mim.

— Você sabe que ainda não acabou, não é?

Eu nem precisei responder. Ele já havia voltado para o quarto e eu fiquei seriamente em dúvida se queria que Nico e Thalia tivessem aparecido.

POV Thalia

Tiro as roupas molhadas e visto as que Annabeth me entregou. A cabana é pequena, mas aconchegante. Ainda chove, mas aqui os pingos ressoam mais fraco em meus ouvidos. Ouço um relâmpago e logo em seguida Annabeth dar um grito baixo.

Abro um sorriso e tento tirar um pouco da água de meus cabelos.

Quando achei que já havia ficado tempo suficiente no banheiro para Nico ter um inicio de hipotermia, saio do banheiro onde estava, Nico me espera passar e depois com um pequeno sorriso entra no banheiro. Vejo Percy e Annabeth discutindo, passo reto e vou até a pia beber um pouco de água tentando ao máximo esconder minha tentativa de usar a garrafa da Annabeth como copo. Quando me viro, Percy e Annabeth ainda estão discutindo e Nico está no sofá em frente, olhando de um para o outro. Seus olhos se mexiam como se estivesse em uma partida de tênis.

— Eu não vou cozinhar nada para você! Por que você não pode cozinhar hein? E você Nico? - Annabeth apontou um dedo para ele. - Por que não pode? – Nico arregalou os olhos.

— Não me meto em briga de casal. – Nico disse levantando as duas mãos. Annabeth abriu a boca, mas Percy interrompeu-a.

— Thalia! – ele gritou, um pouco aliviado. – Thalia cozinha!

— Hã?

— Cozinha alguma coisa. Os sanduíches acabaram.

— Acabaram não. Ainda tem alguns na minha mochila e na do Nico também.

— Bom, não mais. – Nico disse.

— Como assim?

— Os sanduíches estavam molhados, sei lá. O pão estava mole. – Percy disse. Suspirei.

— Eu não sei cozinhar. – Definitivamente não sei cozinhar. E todas as vezes que eu tentei, não deram muito certo. Sento-me ao lado de Nico. Não tão perto, mas não tão longe. Eu queria muito calcular a proximidade entre nós para saber se era muito distante ou muito perto. Nossa quando foi que eu fiquei assim tão paranoica? Daqui a pouco, eu vou surtar. Cheguei um pouco mais perto, acho que a distância: “não muito perto, mas também não muito longe com o nível de proximidade encostando a ponta do cotovelo” é uma boa. Sim, uma boa distância.

— Vamos morrer de fome. – Annabeth se sentou e cruzou os braços. – Se pelo menos Nico e Percy se dispusessem a fazer algo.

— Eu não sei cozinhar Annabeth! – Percy disse e se sentou em uma poltrona ao lado dela.

— Ah não? Vocês moram sozinhos e não cozinham? Nada?

— Eu sei fazer pipoca. – Nico deu de ombros.

— E quando sentimos fome, comemos fora. – Percy complementou.

— Aqui tem alguma coisa? A Annabeth pode fazer algum mousse, sei lá. - eu falo.

— Não, aqui tem nada. – Annabeth disse.

— A gente pode pedir pizza.

— Quem vai achar essa casa no meio do nada? – Annabeth diz. Olho para ela, ela está um pouco vermelha e uma ruga aparece no meio de suas sobrancelhas.

— Acho que vamos ter que esperar a chuva passar. – Annabeth suspira e encosta a cabeça na poltrona.

— É. A TV pega aqui? – Percy se levanta, conecta a TV na tomada e liga. Vemos apenas uns rabiscos, a tela está pipocando e fazendo barulho.

— Não. – Percy responde. - Deve ser por causa da tempestade.

— O que vocês estavam pensando quando trouxe a gente para esse fim de mundo? – Annabeth se levanta. - Ninguém vê previsão do tempo aqui não?

—Estávamos pensando “Nossa vai ser legal trazer as meninas aqui, porque é um lugar calmo e bonito” – Percy se levanta também. Os dois começam outra discussão e eu olho para Nico que observa tudo com uma cara entediada.

— Vamos para outro lugar, daqui a pouco eles param de brigar. - eu falo e me levanto. Já sabia que daqui a pouco os dois estariam conversando pacificamente e quem sabe algo mais. Não iria culpar Annabeth se isso acontecesse, eu também estou indo para o mesmo caminho.

Nico vem atrás de mim e vou até o quarto. Fecho a porta quando Nico passa. O quarto, na verdade, é só uma prateleira cheia de poeira com as mochilas e uma cama de casal.

— Por que esse lugar é tão largado?

— Nem eu e nem Percy passamos muito tempo aqui. – Nico dá de ombros. – Só quando queremos ficar distante de tudo e ficamos mais na praia do que em casa, pelo menos eu fico.

— Era isso que viemos fazer aqui?

— O que?

— Ficar na praia?

— Sim, se não estivesse chovendo. A praia é linda, a paisagem é incrível e o mar é ótimo para nadar. Nós nem planejamos usar essa casa pra falar a verdade. Achamos que nem íamos passar a noite. – encosto-me à bancada. Logo depois um relâmpago soa e fico esperando um grito de Annabeth, mas não vem nenhum e percebo que não vem nenhum barulho da sala/cozinha há algum tempo.

— Está ouvindo alguma coisa? – eu pergunto.

— Não, por quê?

— Não estou ouvindo a briga de Percy e Annabeth. – abro a porta devagar e vejo Percy e Annabeth se beijando no sofá. – Nossa, que previsível. – sussurro e me viro para Nico que está observando atrás de mim.

Mais que amigos. Mais que amigos.

As palavras de Nico ressoam em minha cabeça, mais que amigos significa melhores amigos certo? Apesar de estarem em um contexto totalmente diferente. Falta somente 20 dias aqui no meu Paraíso de Verão particular, e seria um egoísmo enorme se eu deixasse Nico se envolver tanto e seria masoquismo me deixar envolver tanto.

Mordi a parte interna do lábio enquanto Nico me encarava demoradamente.

Acontece que sempre fui egoísta, mesmo que pouco, e estou começando a me interessar por masoquismo.

Com esse pensamento, me inclino e beijo Nico. Apenas um rápido encostar de lábios.

Pisco encarando os olhos dele. Mas ele não estava focado em encarar meus olhos nesse momento. O único lugar que seus olhos correram foram para a porta e depois a minha boca. Depois disso, não sei bem o que houve. Só me dei conta de que estava com os braços em torno do pescoço de Nico quando senti suas mãos apertando minha cintura e me puxando para si. Eu podia sentir toda aquela necessidade maluca que temos depois de querer muito beijar alguém, só espero que ele não consiga sentir isso também.

Começo a perceber que estou perdendo o controle da situação quando sou suspensa contra uma parede.

Ofego. Credo. Vou parecer desesperada.

— Nico. Não acho que seja uma boa. Sabe. Percy e Annie estão bem atrás dessa porta.

Ele me encarou sorrindo de lado. Ai está o Nico que eu conheci. E não aquele cara que fica se fazendo de bom moço. Esse cara que sabe que não presta. Mas, contrariando tudo, acho que gosto disso.

— E você acha que eles estão fazendo o que?

Um ponto para Nico. Começou uma verdadeira batalha entre razão e vontades. Sempre fui uma pessoa impulsiva, então minha hesitação durou um segundo, apenas. E aí voltei a colar minha boca na de Nico.

Sua mão apertava a minha coxa e a outra minha cintura, enquanto as minhas bagunçavam seu cabelo, até que a porta é aberta e Nico me solta. Encaro Annabeth que está levemente avermelhada, os cabelos bagunçados e boquiaberta. Eu devo estar do mesmo jeito.

— Mas o que? – Annie diz. – Sai Nico, sai! – ela aponta para a porta. Nico não se mexe e Annabeth empurra ele para fora do quarto. – Sai! – e fecha a porta.

— Annabeth o que foi isso? – ela se senta na cama.

— Aquele idiota do Percy!

— Idiota? Vocês estavam...

— Eu sei o que nós estávamos fazendo e também sei o que você estava fazendo.

— Estamos falando de você, não de mim. – me sento ao lado dela. – Vamos dormir, hoje o dia foi longo.

— Não acredito que vamos dormir com fome. – ela reclama.

— É, a vida tem dessas. – pego a colcha e sacudo tirando a poeira e depois a usamos como coberta quando nos deitamos.

— Você sabe que agora tudo vai ficar pior né?

— Sei.

POV Annie

Estávamos nos preparando para dormir, tirando a poeira dos lençóis quando a porta é aberta. Percy dá dois passos e cai na cama.

Eu ia dizer algo, mas Thalia foi mais rápida que eu.

— O que você acha que está fazendo?

— O que parece que estou fazendo?

— Sai daí, onde você acha que a gente vai dormir?

— Aqui.

— Exatamente. Então, cai fora.

— Não.

Respirei fundo, interrompendo Thalia.

— Se você não vai sair, e nós vamos dormir ai, você quer o que? Um convite formal? Esperar a gente cansar aqui de pé?

— Vamos todos dormir aqui. - Nico surge do nada se jogando ao lado de Percy. Notei Thalia tentar desviar os olhos quando um Nico sem camisa entra no campo de visão dela.

— Como Di Ângelo, quatro pessoas de tamanho normal vão caber em uma cama?

Notei um sorriso começar a surgir nos lábios de Percy e tratei de interromper.

— Não sei o que você pensou, - apontei para ele - mas não gosto dessa ideia. Vocês não podem mesmo ir pra lá?

— Lá onde? - Nico perguntou.

— Porque raios - Thalia se controlava para não gritar - vocês nos trouxeram para um lugar que não tem espaço pra dormir se iam nos trazer pra cá?

— A ideia não era passar a noite aqui. - Percy respondeu por Nico - Acontece que você e o esperto ali se perderam causando tragédia e blá, blá, blá, e eu duvido que a Annie queira sair daqui nesse temporal.

Vi Thalia me encarando ao mesmo tempo que um estouro ecoou na rua e não pude contra-argumentar com Percy.

— Vocês não vão mesmo sair? - tentei pela última vez. Eles negaram. - Ótimo.

Bufei, empurrei Percy para o lado e Nico para a ponta da cama.

— Thalia. Ali, entre os dois.

— O que? Eu? Porque?

— Nico, Percy, vocês vão dormir com a cabeça lá na ponta da cama. Seus pés aqui na cabeceira.

— O que? Fala sério. Você tem quantos anos, cinco?

— Anda logo.

Mesmo bufando, revirando os olhos, ambos se mexeram.

Deitei na ponta, ao lado de Percy e suspirei.

Depois de mais ou menos cinco minutos de silêncio - ou cinquenta, quem sabe - Thalia se manifestou.

— Não consigo me mexer.

— É porque nossa cama foi invadida.

Nossa cama, você quis dizer. - murmurou Percy.

— Já discutimos sobre posses. - falei, por fim.

Mais longos minutos em silêncio se seguiram até que um por um cairam no sono, inclusive eu.

***

Pisquei devagar tentando adaptar meus olhos à quantidade de luz que entrava pelas frestas da janela em frente à cama.

O espaço a minha volta era grande e com certeza eu não estava no colchão.

Eu estava deitada sobre o corpo de Percy - que estava com a cabeça do lado certo, uma clara violação do acordo - seus braços contornavam minha cintura me prendendo no lugar. Ao nosso lado Thalia tinha uma perna jogada sobre o corpo de Nico - que também estava com a cabeça do lado certo, o que resultava em uma violação dupla.

Girei minha cabeça para cima e me deparei com o rosto sereno de Percy dormindo. Só me restam vinte dias. Só mais vinte dias para festas sem compromissos, conhecer lugares novos e pessoas diferentes. Só mais vinte dias para fazer meu Paraíso de Verão. Encarei Percy mais uma vez.

Só mais vinte dias.

E eu não quero deixá-lo.


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Notas finais do capítulo

~Sorvete de Limão: Entãoooooo cadê vocês? Deixem suas opiniões sobre o capítulo, epsero que vocês tenham gostado.
E outra coisa o grupo ainda existe viu? Mandem uma MP com seus números para nós adicionarmos vocês. Lá tem spoiler e vocês ainda têm a honra de conhecer nós duas u.u
Beijos,
Sorvete de Limão.

~Risurn: Gente, nós existimos ainda. Comentários nem eras né? *Ri*
Apareçam gente, a fic tá morrendo de fome, tadinha!
Obrigadaaa, viu? Beijão! ^^



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