Paraíso de Verão escrita por Sorvete de Limão, Risurn


Capítulo 26
Quando Tudo Parece Dar Certo.


Notas iniciais do capítulo

~Risurn: Meus amores!
Demoramos, mas estamos aí! Esses últimos dias tem estado muito corrido, minhas aulas não acabaram, nem eu curso. Tem TCC essa semana. Olha tô em colapso. Curtam esse capítulo porque ele está maravilhoso! E, claro, Apenas um Pudim, AMEI tua recomendação. Já fazia tanto tempo que fiquei emocionada! Capítulo todinho seu s2
~Sorvete de Limão: Oi gente :3
Já 'tô de férias hahaha *---*
Então, Apenas um Pudim, muito obrigada pela recomendação tinha até me esquecido de como é receber uma recomendação s2
Tenho certeza que vocês vão gostar desse capítulo.
Boa leitura!



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POV Thalia

Hoje estou me sentindo, incrivelmente, de bom humor.

Acordo me sentindo bem, em contraste com meu dia insano ontem. Olho pela janela e vejo através das frestas a paisagem, realmente, aqui é um lugar lindo. O sol está um pouco alto, não há sinal de imensas nuvens. Olho para o lado e me deparo com Nico, na verdade, o ombro dele me serviu de travesseiro e seu corpo como apoio para minha perna direita.

Ignoro nossa pele encostando, o frio na barriga e seu rosto sereno e olho mais adiante.

Vejo que Nico não foi o único que descumpriu as ordens de Annie. Os dois estão dormindo e Percy enlaça Annabeth pela cintura que está usando ele de colchão, volto a fechar os olhos e aproveitar esse momento, sei que quando Annabeth acordar ela vai dar um escândalo ao ver os meninos do lado certo da cama.

Assim que fecho os olhos vejo Annie se mexendo e levantando da cama. Ela dá uma risada baixa e tento controlar meus lábios para que eles não se mexam também. Quando ela sai do quarto e fecha a porta, abro os olhos e fico encarando os dois garotos ao meu lado, me levanto e encontro Annie sentada no sofá.

— Pronta para ir pra casa? – eu pergunto.

— Nem me diga. Ainda estou com fome.

— Só temos que esperar os meninos acordarem.

— Isso vai demorar. – pego meu celular dentro da minha mochila e vejo que já são 09:40.

— É. Não estou a fim de esperar. Vamos acordá-los. – vou em direção ao quarto, mas tenho uma ideia melhor, me viro e olho para Annie, ela entende minha ideia e vamos até a cozinha. Acho dois baldes – sabe-se lá porque eles têm baldes – e entrego um para ela, enchemos os dois baldes e vamos caminhando devagar por causa do peso.

Fico ao lado de Nico e Annabeth ao lado de Percy. Queria ter meu celular aqui e gravar esse momento único, mas não conseguiria fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

Começo a contar baixo olhando para Annabeth, movendo apenas os lábios.

— Um, dois, três! – jogo a água em cima de Nico, ele abre os olhos e se senta na cama, Percy fica deitado murmurando em sua lerdeza infinita alguma coisa que é abafado pelas risadas de Annie e minhas.

— Thalia! – Nico grita assim que se recupera. Percy se senta na cama e olha para Nico os dois sorriem e eu sei que é hora de correr.

— Annabeth! – grito e nós duas saímos do quarto ouvindo os passos dos meninos atrás da gente. Corro até a praia e ouço os gritos de Annabeth atrás de mim. Chego até o mar e me viro, Annabeth foi pega por Percy e Nico vem em minha direção. Corro para o lado, minhas passadas são lentas por causa da água do mar e logo sinto os braços de Nico na minha cintura.

O peso do corpo sobre o meu não é esperado e acabo caindo junto com ele, sinto á agua salgada em meus olhos e os fecho com força, prendo a respiração e continuo sentindo as mãos de Nico na minha cintura elas me puxam e respiro o ar novamente. Nico também está molhado, mas ele sorri, eu sorrio de volta e, me inclino, e o beijo.

Sim, fui eu dessa vez.

E não, isso não está aberto a comentários.

POV Annie

Depois de irmos comer em um restaurante – honestamente, levei horas para voltar a sentir fome depois de acordar –, os meninos nos levaram para casa. Para o hotel.

Precisei me controlar muito para não propor uma volta à casa deles. O hotel parecia meio vazio e grande demais.

Levantei os olhos da minha cama e observei Thalia secando o cabelo em uma toalha. Ela me notou observando.

— O que é?

— Nada.

— Sei. – ela jogou a toalha na cama – anda logo, desembucha.

— É só que... – fiquei em silêncio sem saber como continuar.

— Vinte dias.

— Vinte dias. – eu repito.

— E você está apaixonada.

— E eu estou... Espera. Não estou apaixonada.

— Ah não? – ela ri, rolando os olhos. – E eu sou um pinheiro Annie.

— Nós só...

— Ficaram se pegando loucamente nos últimos três dias?

— É. Talvez. Somos bons amigos. E você e Nico?

Ela mordeu a parte interna da bochecha enquanto pensava.

— Mais que amigos.

Thalia estava vestindo uma calça preta jeans, juntamente com uma regata larga cinza.

— Namorados?

— Menos que isso.

— Certo. – levantei. – Acho que não preciso de detalhes.

Franzi a sobrancelha ao vê-la passar maquiagem. Não que Thalia não usasse maquiagem o tempo todo.

Vai sair?

— Vou.

— Vai onde?

— Eu, hm, vou sair pra jantar.

— Isso eu notei. Pela hora e tal. – ela continuou se arrumando em silêncio. – Com o Nico?

— Talvez.

— Depois sou eu quem está apaixonada. Boa janta.

(...)

Olá papai, o que achou do livro?

Eu ainda não li esse, mas parecia bom. Como está de saúde? Espero que bem.

Aconteceram tantas coisas desde a última vez que conversamos que nem sei. Fiz uma trilha maravilhosa – que me rendeu milhares de arranhões – e conheci uma praia linda. Vou anexar todas as fotos para você dar uma olhada. Estou me divertindo muito, e Thalia também. Acho que ela está, pela primeira vez, apaixonada. Dá pra acreditar? Nem consigo imaginar o que Jason vai fazer quando descobrir.

Com tudo, tudo.

– A.

P.S.: O menino de olhos verdes é Percy e o com a pele muito clara, Nico.

Havia uma foto de Percy de costas, apenas sua silhueta contra um pôr do sol lindo que refletia na água, manchando tudo de laranja. Inseri a nossa foto que ele tirou, fazendo careta, mas a removi logo em seguida. Coloquei uma outra foto de nós quatro na trilha, Percy estava com um braço em volta da minha cintura e Thalia estava apoiada em Nico. Decidi não colocar a foto em que Percy beijava minha bochecha. Tinha uma foto da montanha, da praia e da cabana também. Achei que fosse o suficiente e enviei.

Não queria pensar também nos comentários que meu pai faria sobre Percy.

Apanhei meu celular e havia uma ligação perdida do mesmo. Retornei.

O que você está fazendo agora?

— Acabei de enviar um e-mail para o meu pai.

Desliguei o notebook enquanto me esticava na cama.

Enviou as fotos?

— Sim.

Todas?

— Não. – dei uma risadinha. – Me ligou porque?

Vai fazer alguma coisa hoje a noite?

— Eu to cansada Percy. Vou ficar em casa.

Você pode até ficar em casa, mas isso não significa que não tenha o que fazer.

— Hm, e o que seria?

Que tal assistir um filme? É um programa de casal normal bem inocente. Eu posso até deixar você escolher, apesar de achar que você provavelmente terá um mal gosto terrível.

— É óbvio que eu tenho mal gosto, estou saindo com você, não estou?

Ponto.

Sorri um pouco.

— Passo ai pra te pegar em meia hora, pode ser?

Concordei e desliguei o telefone.

Percy chegou, pontualmente, meia hora depois.

Desci as escadas e decidi avisar ao porteiro que poderia deixar Percy subir quando ele viesse outras vezes. Ele me esperava encostado no carro, com os braços cruzados observando a frente do prédio.

— Oi. – murmurei levantando um pouco os pés para lhe dar um beijo rápido.

Não sei por que fiz isso. Não é como se fossemos namorados nem nada.

Ele sorriu enquanto abria a porta. Nunca vou me acostumar com esse lado pegador-super-educado dele.

— Você está cheia de sardas. – murmurou ele enquanto dava a partida.

Pisquei, encarando meu reflexo no espelho do carona.

— Deve ser porque peguei muito sol. Sempre fico assim.

— Fica uma graça.

Ri, rolando os olhos.

— Menos Percy, bem menos.

— O que? Não posso nem elogiar minha namorada?

— Mas é claro que pode. Onde ela está pra você poder elogiá-la?

— Não se faça de sonsa, porque você não é. Na verdade, é irritantemente esperta.

— Obrigada.

— Não sou seu namorado?

— Não sei. Vamos com calma, tudo bem?

Ele assentiu, estacionando o carro na garagem da casa.

Percy me levou pela mão até o sofá e eu não pude deixar de notar o quanto nossos dedos se entrelaçam facilmente. E isso fez tudo parecer valer a pena, como uma adolescente boba apaixonada.

— Você escolhe o filme e eu faço a pipoca, tudo bem?

Assenti enquanto procurava algum filme. Quando Percy voltou, eu ainda estava em dúvida.

— Decidiu?

— Estou seriamente tentada em assistir Piratas do Caribe. Começa em... dez minutos.

— Até que você não tem um gosto tão mal assim.

Rolei os olhos, pegando uma pipoca.

— Vai ser esse então?

— Vai.

Percy se apoiou no sofá, ficando meio sentado, meio deitado. Apoiei meu corpo no peito dele e aproveitei todas as sensações que aquilo me causava.

Não consegui tirar o sorriso do meu rosto até o inicio do filme.

***

POV Thalia

Fiquei surpresa por Nico não ter me levado à Lanchonete da Mina, mas sim a um lugar mais reservado e sofisticado. Fiquei surpresa, mais uma vez. Aquilo ali parecia um encontro.

– Isso é um encontro? – eu perguntei quando analisei o lugar em que estamos.

– Não sei. Acho que sim. – assenti. Eu definitivamente não estava vestida para esse restaurante, eu não sou de ligar muito para essas coisas, mas é desconfortável quando as mulheres dali ficam te medindo da cabeça aos pés e depois fazendo caretas. Por que Nico não contou que iríamos à um lugar diferente?

Meu Deus estou surtando. Eu devia ter percebido, Nico está de calça social.

E percebo agora que ele fica ridículo de calça social.Uma moça nos leva até uma mesa mais discreta.

– Esperem aqui, o garçom logo virá. – ela se despede com um sorriso, não sem antes torcer o rosto antes de me ver com aquela blusa cinza larga que eu vesti.

– Você poderia ter me avisado que a gente ia a um lugar diferente.

– Não se preocupe com isso, você está ótima. – Nico disse com um sorriso estranho, fiz uma careta.

– Você também com essa calça social. – digo com um sorriso. Decido deixar de ligar para as mulheres que retorciam o nariz a me ver com minha blusa larga, mas não conseguiam respirar devido a seus vestidos apertadíssimos. Ele ri.

– Obrigada.

– Boa noite. – um senhor surge ao lado da nossa mesa. – O que gostariam de provar nessa belíssima noite? – faço uma careta. Meu Deus até que ponto cheguei.

– Hã, nós vamos esperar mais um pouco. – Nico responde.

– Tudo bem. – ele se retira.

– Esperar o quê? Eu estou começando a sentir fome.

– Espere mais um pouco. – ele pede água para nós e fico bebericando e observando Nico que me parece estranhamente nervoso.– Você está bem?

– Quem?

– Você. Está bem?

– Sim. – ele desvia o olhar e bebe um pouco de água.

– Eu acho que deveríamos pedir alguma coisa né? Eu não sei você, mas eu estou... – sou interrompida por um barulhinho de mensagem recebida. - Não foi meu celular, eu desliguei. – reviro os olhos. A pessoa chama e nem pra desligar a porcaria do celular.

– Desculpe, só um momento. – ele se levanta e sai da mesa. Liga para alguém, enrola e volta à mesa. – Vamos?

– Hã?

– Embora.

– Como assim? A gente nem comeu.

– Confia em mim.

– Sei não.

– Sério, você vai gostar. – respiro fundo, me levanto e sigo ele até a saída.

O carro de Nico está estacionado em frente ao restaurante sendo que é proibido estacionar o carro ali e eu tenho certeza que Nico não estacionara o carro ali, até porque eu estava com ele.

Um garoto vestindo uma camisa social velha sai do carro e acena para Nico e entra novamente.

– Quem é esse garoto?

– Um menino aí que eu contratei. Vamos? – ele abre a porta do carro e eu entro, não consigo deixar de fazer uma careta ao vê-lo fazendo isso.

Assim que Nico entra no carro, o garoto dá partida e saímos da rua.

– Para onde estamos indo?

– É surpresa. – ele responde com um sorrisinho. Faço uma anotação mental de nunca mais sair com Nico em encontros porque sempre é muito estranho. O garoto conduz o carro e nos leva até um bosque, mais elevado. O carro é baixo, portanto ele nos deixa em um ponto e dali conduzimos a pé enquanto ele faz o caminho de volta.

– Para onde ele vai?

– Nos esperar ali na rua.

– Hum. – vamos subindo até que vejo uma luz, duas pessoas estão ali. Um violinista e uma mulher de vestido longo e coque. No chão há uma toalha com comidas e bebidas.

Meu Deus do céu o que eu tô fazendo aqui?

– Nico o que é isso? – pergunto quando paramos em frente aos dois.

– Bom, é um encontro. – ele faz uma careta e força um sorriso.

Então eu começo a rir.

– Que ridículo. – eu digo quando começo a rir. Eu sei que ele pode ter ficado ofendido, mas pelo amor de Deus. O sorriso de Nico desaparece e ele me encara confuso. A mulher fica boquiaberta e o violinista abaixa o violino. – Desculpa. Desculpa. – e eu fico nessa de “desculpa” e rindo até minha barriga começar a doer. Levanto minha cabeça e respiro fundo. Meus lábios insistem em se abrir novamente, mas meu rosto já começa a doer de tanto rir.- Meu Deus Nico eu não acredito que você organizou essa palhaçada. Começou com você me levando àquele restaurante ridículo e depois aqui com esses dois, um violinista, um violinista. – aponto para o homem que começa a resmungar e guardar o violino, a mulher me encara com uma expressão ofendida.

– Sério que você não gostou?

– Não desculpa, é ridículo. Não tem nada a ver comigo.

– Ah que bom. Eu também estava odiando tudo isso. Quer dizer olha como eu fico estranho com essa calça social. – ele aponta para a calça bege. Começo a rir e os dois músicos saem batendo o pé. – Eu não acredito que realmente contratei um violonista.

– Pelo menos temos comida.

– Você também não vai gostar da comida. – me aproximo da cesta e vejo queijos e mais escondido vinho.

– Queijo e vinho?

– Achei que seria diferente, mas os queijos que eu comprei são horríveis.

– Por que você fez tudo isso? Pensei que me conhecesse melhor.

– Acho que só queria impressionar. – ele deu de ombros e corou um pouco.

– Impressionou mesmo para pior. – digo com um sorriso e ele revira os olhos.

– Alguma sugestão?

– Que tal a Lanchonete da Mina?

– Muito melhor. Só vamos passar na minha casa, essa calça social é horrível. – nós dois rimos e descemos até o carro.

***

Nico dispensou o garoto e vamos até a sua casa que, outrora, também fora minha. Ele estaciona na garagem e descemos.

– Espere só um pouco. – ele sobe as escadas e me sento no sofá. Lembro de Annie e eu invadirmos a casa deles. Até hoje me pergunto o que nós duas tínhamos na cabeça.Meu celular apita e vejo que criaram um grupo sobre uma festa eu teria amanhã à noite. Eu e Annie estamos no grupo. Faz um bom tempo que não vamos mais às festas e acho que agora, nenhuma de nós duas está disposta a ir. Não depois de tudo.

Vejo a data no celular e vejo que não falo com Jason há quatro dias. Iria ligar só pra falar que estava viva. Ligo duas vezes para Jason e ele não atende, mando uma mensagem.

“Estou viva. Avisa pro meu pai.

– T.”

Uma hora ele responde. Quando envio, Nico desce as escadas Ele trocou a camisa social e a calça, colocando uma camisa preta e uma calça jeans preta. No melhor estilo Nico di Ângelo da vida.

Me levanto e saímos da casa.

– Me lembre de nunca mais aceitar um pedido seu de encontros. – eu falo quando entramos no carro, ele me olha confuso e abre a boca para falar, mas eu continuo. – Da próxima, eu chamo. – completo com um sorriso de lado, ele retribui e dá a partida no carro.


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Notas finais do capítulo

~Risurn: E aí? Deem o ar da sua graça! Reta final. Muita coisa ainda pode acontecer. Até o próximo capítulo ;)
~Sorvete de Limão: Espero que tenham gostado e comentem o que acharam do capítulo e da foto! Obrigada mais uma vez a Apenas um Pudim.
Beijos,
Sorvete de Limão.



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