Estava no pátio da escola, olhando para todos os lados, atenta a cada movimento do lugar, até que...a não...minha fraqueza resolveu aparecer. Ele era lindo, cabelos banhados de ouro, pele branca ao sol, e o corpo... Eu o via todos os dias, apaixonada eu estava,estava sim, hipnotizada toda vez que ele passava, meus olhos brilhavam a cada passo seu, eu o deixava seco de tanto olhar para ele,era impossível parar, e eu era apenas uma estudante normal, sem nada de especial, que ele me odiava...só por atos... inúteis.

– Allyson? - Uma voz fina me chamou, e eu não pude mais sonhar.

Levantei minha cabeça devagar tentando enchergar perfeitamente o ambiente, a visão estava pouco embaçada, mais foi melhorando com o tempo de me erguer.

Resmunguei.

– O que foi? - Olhei claramente para a garota de cabelos curtos a minha frente.

– Nossa, você dormiu mesmo. - Ela pareceu espantada, eu rápidamente me olhei pelo reflexo de meu celular, droga, meu cabelo estava igual a uma juba de leão, rapidamente o arrumei e meus cachos voltaram ao normal.

Daí que eu me toquei, estavamos em um táxi.

–Vamos Ally, chegamos. - Ela puxou meus braços mesmo carregando grandes sacolas de diferentes cores em cada mão.

Saímos e ela pagou o motorista, estavamos em frente a casa dos Moon, eu estava terrívelmente avoada, aquele cochilo foi mesmo necessário? Logo já estavamos entrando na quase grande mansão. Ela jogou seus sapatos ao lado da porta, e eu fiz o mesmo, a casa estava escura, com a iluminação do final da tarde de Miami, Nathalia já atacava a geladeira com suas delicadas mãozinhas, ela era uma mistura de princessa com... Ogro faminto, se é que me entendem.

– Onde estão os meninos? - Perguntei me apoiando cansada no balcão da cozinha.

– Quer dizer Austin? - Um sorriso brotou em meus lábios sem que eu mandasse. - Ele te ligou, mas como você estava dormindo eu atendi seu telefone.

– E o que ele disse?

– Disse que ele foi pra uma boate pegar algumas menininhas. - Olhei assustada para a morena e ela se virou e deu leves risos. - Estou brincando Haha, ele e Riker estão aqui, mas provavelmente estão planejando dar um susto na gente, mas eu, amiga, sou esperta, ele nunca vai conseg... - Nathalia soltou um grito de doer os ouvidos quando o loiro saiu de trás da porta da cozinha dando de cara com ela. - AI SEU CORNO. - Gargalhei.

Mas logo ao final do meu momento de risadas senti uma respiração leve em meu pescoço. Ooh, gemi quando suas mãos alisaram meu braço esquerdo, rapidamente me virei, eu necessitava disso perdidamente, pulei nos braços de Austin e ele logo me segurou, mas sua feição era de surpresa. O abraçei com saudade.

– Você está proibida de comer chocolates apartir de hoje. - Ele cambaleou para trás. - Esta sendo ainda mais difícil te segurar com toda essa gordura. - Bati em seu ombro.

– Idiota. - Ele sorriu.

Nath resmungou.

– Por que você não assustou ela também?

– Por que eu sou especial. - Respondi e mostrei a língua.

Voltei meus olhos para Austin.

– Mas me fala, por que todo esse desespero? - Ele me fitou.

– Eu precisava te ver. - Ele ficou confuso mas logo sorriu e me beijou.

...

Algumas horas depois estavamos na pista de patinação de Miami, que foi inaugurada ontem, Rydel apareceu repentinamente em casa e nos puxou para virmos, e aqui estamos. Definitivamente o dia estava sendo uma aventura.

POV. Rocky

Cheguei tarde em casa depois de ter passado três horas em uma fila para comprar uma bendita camiseta, meu dia já estava sendo intediante, sem mencionar a grande corrida com Rydel hoje cedo depois de ter pregado aquela peça nela, hilário. Fui direto para pista de patinação da cidade, já que todos resolveram ir para lá. eles estavam quase todos sentados nos bancos trancaparente que pareciam puro gelo, mas que naverdade não se passava de um banco comum, a loira dava rodopios sem parar na pista usando sua famosa roupa rosa de patinação, glittler, brilho e etc, bem no estilo Rydel.

Fui para o lugar onde pegavam os patins, me ajudaria a relaxar um pouco. Peguei os verdes, minha cor favorita desde sempre. Calçei-os, e amarrei os cadarsos, quando estava pronto para ir uma garota apareceu em minha frente.

– Você poderia pegar aqueles pretos pra mim? E que eles estão no alto da prateleira e eu não alcanço. - Ela era ruiva, com uma mecha totalmente vermelha do cabelo que chegava até a metade das costas, ela tinha um estilo meio punk, usava meia calça rasgada, uma saia preta e um camiseta xadrez vermelha com detalhes pretos, se eu fosse uma garota eu definitivamente me vistiria como ela, era o meu antigo estilo.

Devo ter feito uma cara qualquer de bobo e pegado os patins que ela pediu, entreguei a ela que agradeceu e foi andando em direção a grande pista de gelo.

– Hey. - Tomei coragem e a chamei. Ela virou o rosto para mim de longe. - Qual o seu nome?

– Danna. - Ela respondeu sorrindo.

– O meu é Rocky. - Exclamei.

– Eu sei disso... - Foi sua última palavra.

Como ela saberia disso... Que se dane, eu só poderia dizer que ela parecia perfeita.

POV. Ally

Fiquei pensando naquele maldito sonho que tive no táxi hoje, aquelas imagens, palavras que eu dizia em mente, será que...

Austin me interrompeu tirando um pequena mecha que havia caído da minha orelha. Estavamos sentados em um sofá perto da pista olhando Rydel e Ellington fazendo piruetas sem parar, na verdade Ell só estava caindo de bunda no gelo, o que nos fazia rir de minuto a minuto.

– No que está pensando? - O loiro perguntou.

– Eu tive um sonho muito estranho hoje. - Desabafei.

– Quer me contar? - Disse com sua voz serena demais para mim poder recusar.

– Quero. - Me virei para ele, nos estavamos abraçados todo aquele tempo. - Foi com você, eu te via como naqueles tempos, quando nós não nos gostávamos, só que era diferente, nós já eramos crescidos, e era estranho... - Ele me olhou com atenção apertando os lábios. - Não era nada desse jeito, eu estava sentada naquela fonte onde te empurrei. - Ele soltou um riso para continuou a prestar atenção. - Você passava e não me notava, eu pensava como você era perfeito e outras baboseiras, e você ainda me odiava, nem olhava na minha cara.

– Não diga isso, nem quero imaginar. - Ele soltou uma única lagríma e eu o abraçei.

– Não precisa chorar princessa. - Brinquei e ele riu. - Mas, é sério, será que...

– O que? - Encerramos o gesto.

– Será que se você não tivesse ido embora, não estariamos aqui hoje? - Olhei com ternura para seus olhos pensativos.

Ele pareceu refletir e resetou sua visão para o chão.

– Eu... Não sei, mas aconteceu assim, o destino foi gêntil conosco, isso basta pra mim, ter você ao meu lado é tudo agora.- Sorri abertamente e me joguei em seus braços denovo.

Ele acariciou meu rosto e os lados de minha boca que se juntou a dele em poucos segundos. Nos beijamos denovo, denovo e denovo. Mas eu ainda mantinha aquela pergunta na cabeça.

...

– Você tem certeza Danna?

– É claro que eu tenho, minha vida está acabada não percebe? Eu estou sozinha, mas ela irá ficar sozinha também, vai pagar por tudo que o seu pai fez, por tudo. - Falou raivosa quase mordendo os lábios.

– Se é isso que você quer...

– É isso que eu quero. Quero acabar com a vida de Allyson Dawson.