After the Dark Days - The first Hunger Games. escrita por FanFicHunger


Capítulo 5
The Tessera




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Estamos na metade do quarto mês e não consigo acreditar em como o tempo passou rápido. A capital ainda não deu sinal de vida e todos começamos à achar que tudo não passou de uma tremenda intimidação. "Já houve mortes de mais, Chester". Lembro de Geremy ter me dito isso.

Os primeiros meses que ficamos completamente sozinhos, tudo parecia tranquilo e pacato, realmente acreditei que podíamos contar apenas com a força do outro. As escolas voltaram a funcionar e garantimos a vaga minha e de Lucy enquanto Geremy arrumou um trabalho no campo. O salário não era grande coisa, mas crucial para a sobrevivência. A principal atividade do nosso distrito é processar comida para a capital, então serviços nestes ramos são realmente importantes. Posso dizer que estávamos com muita sorte. Porém a comida começou a ficar escassa e o salário de Geremy já não era o suficiente para alimentar três estômagos famintos. No distrito nove, jovens com menos de 18 anos não têm a devida autorização para trabalhar, e isso me faz parecer completamente inútil e então a sorte começou a se afastar de nós novamente. Lucy ficou doente e tivemos que vender alguns pertences do nossos pais para comprar os remédios. Pouco a pouco ela foi se recuperando, mas então já não havia mais nada a vender e o salário de Geremey se tornou extremamente pequeno. No decorrer do tempo, o povo do distrito 9 foi sentido os efeitos pós-guerra, e lentamente as pessoas começaram a morrer de fome.

Naquele dia, saí mais cedo da escola e esperava sentado ao banco em frente à sala de Lucy. Pela janela podia enxergar os escorridos cabelos loiros sobre o encosto da cadeira. A atenção que ela prestou durante a aula é admirável. Já no meu caso não é bem assim. Levo a mão à barriga e faço movimentos circulares na tentativa inútil de me desvencilhar da fome. Não tivemos café dá manhã hoje e me desanimo ao pensar no pobre almoço que encontrarei ao chegar em casa.

Ouço passos se aproximando e automaticamente minha cabeça se vira para o som. Vejo a diretora da escola caminhando à paços rápidos com uma notável preocupação no rosto. Ela me olha e joga um sorriso. Retribuo com um abanar de mão até que ela desaparece entrando na sala de Lucy. "Alguma coisa está errada", penso. A porta se abre novamente e a diretora sai da sala acompanhada pela professora. Por um breve momento vejo pela porta semi-aberta Lucy me abanar com um enorme sorriso estampado no rosto. Retribuo o gesto até a porta se fechar novamente. Agora estou me esforçando o máximo para tentar ouvir o que a diretora está falando, porém o que sai da sua boca são murmúrios. A professora se espanta com a notícia confirmando minha suspeita. Alguma coisa está terrivelmente errada. A diretora vira as costas e com os mesmos passos rápidos, entra na sala ao lado enquanto a professora de Lucy entra na sala e dá algum recado aos alunos. Todos se levantam das classes e começam a sair da sala. Espero Lucy aparecer e corro até ela.

Ei! Lucy! - Ela me olha novamente com um lindo sorriso.

Chester! Você esperou por mim.

– Não vou deixar você voltar pra casa sozinha.

– Acho que já estou um pouco grandinha pra isso. - A resposta dela me faz rir. Ergo a mão e bagunço seus cabelos.

Para onde estão indo? - Pergunto.

Acho que para a área coberta. A professora disse que será passado um aviso para nós. - Ela baixa a cabeça preocupada. – Chester, você acha que tem haver com os...

– Não sei, Lucy. - Corto-a. Não quero pensar nessa possibilidade. - Mas ainda faltam dias para a Colheita, e nem mesmo sabemos se vai acontecer. Deve ser outra coisa. - Tento confortá-la porém ela me lança um sorriso abalado.

Chegamos à área coberta que já contém um grande número de alunos. Minha preocupação começa a aumentar quando vejo que todos ali presentes parecem estar entre a faixa etária de 12 à 18 anos. No pequeno palco improvisado de madeira, a diretora tenta acalmar os alunos.

Silêncio! - Ela grita, mas parece não funcionar. - Alunos, por favor! - Ela parece aflita e a situação poderia ser engraçada, até que a diretora decide ser mais radical. - Trago notícias da capital à respeito dos Jogos Vorazes! - Então, o silêncio predominou. - Obrigado! - Ela diz. Deixo minha mão escorregar para a de Lucy, ela agradece o ato com um aperto caloroso. - A capital encaminhou para todos os distritos algumas informações sobre os Jogos que serão realizados daqui à alguns dias. Prestem atenção nas informações. Primeira: O tributo masculino e o tributo feminino serão sorteados ao vivo e à cores diante de todos no distrito. Destro de um recipiente de vidro haverá várias tiras de papel contendo os nomes dos jovens elegíveis. O número de vezes que um nome aparecerá na colheita varia de acordo com a idade do garoto ou garota. - Aquilo me pegou de surpresa, e vejo que todos alí presentes também, pois a multidão começa a ficar novamente barulhenta ao som de várias vozes se misturando. A diretora faz uma pausa e continua. - Ou seja, um jovem de 12 anos terá seu nome na colheita apenas uma vez. Já um jovem de 18, terá seu nome no recipiente de vidro sete vezes. Segundo aviso: Será disponibilizada a todos os distritos, aos jovens elegíveis é claro, o direito de se candidatar às tésseras. - Olho para Lucy e ela me joga um olhar ainda mais confuso. - As tésseras são compostas por uma farta quantia de grãos e óleo para as famílias que necessitarem dos mesmos. Cada jovem terá o direito de retirar o número de tésseras de acordo com o número de pessoas em sua família, porém em troca, o nome do garoto ou da garota aparecerá na colheita mais vezes dependendo da quantidade de tésseras que o jovem retirar. Terceiro aviso!. - Ela faz uma pausa e encara a grande massa de alunos, agora tão silenciosa como uma pedra. - O evento será inteiramente televisionado para o entretenimento da capital.


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Notas finais do capítulo

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