Segredos de uma controladora do gelo escrita por Maitê, postula witch, PieDeLune


Capítulo 11
Responsabilidades e mais responsabilidades


Notas iniciais do capítulo

A tristeza ainda toma conta de Vivian....



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As semanas foram deprimentes ,depois da morte de Gabriel.
Principalmente eu ,que fiquei sem sair do quarto. Minha mãe não ficou brava, e me respeitou. Lulu e Halley vieram me visitar, porém eu não quis vê-las.
Se eu vi Will? Não, depois do acontecimento ele fugiu para não ser preso. Eu
tinha terminado com Will, e quando ele veio me procurar eu achei que poderia perdoa-lo. Mas agora não quero nem ver a cara dele.
– Vivian?- Disse meu pai batendo na porta
Ele nunca conversava comigo, ou ao menos falava comigo direito. Vivia ocupado.
– Pode entrar- Falei querendo chorar
– Querida, eu sei que está sendo difícil para você. mas temos que ser forte, você mesma disse isso, no....enterro.
– Eu sei pai....mas quando eu olho para os lados ,tudo me lembra ele.

Minha mente só tem Gabriel, e o que mais doí é saber que foi o .....Will que fez isso.
Ele olhou para meus olhos cheios de lágrimas, e acariciou meus cabelos.
– A Alexia e a Manu já sabem?
– Elas chegaram ontem
– Pai....me deixa falar com Manu.
– Sim, meu amor.
A Manu já entrou chorando e me abraçando. Ela soluçava, e ficava falando que não dava atenção a Gabriel. E chorava e falava de novo.
Depois que ela saiu, tomei um banho quente, e pedi uma criada para me arrumar. Vesti um vestido cinza, e coloquei minha coroa.

– Filha?- Disse minha mãe
– Oi
– Como você está? - Ela se aproximou, e pude perceber seus olhos inchados, e suas olheiras
– Superando
Andei até a mesa de jantar, e vi Mary sentada. Seus belos cabelos pretos, cobriam seu rosto. Porém ainda via lágrimas caindo, fui a ela.
– Vossa majestade - Ela se levantou, baixando a cabeça
– Eu nem sei o que dizer Mary.
– Não precisa
– Na verdade eu tenho, obrigada, por você fazer ele feliz.
Mary não aguentou e se desmanchou em lágrimas, eu sei que era doloroso para ela.
– Pai, Mãe, podem nos deixar sozinhas?
– Como quiser- Disseram juntos
Quando tive a certeza de que eles se foram. Me virei para Mary ,que ainda soluçava .Quando ela finalmente parou, eu disse
– Você quer me contar algo?
– Eu.....eu.....sim...
– Pode falar
– Eu.....estou....grávida.
– Meus parabéns!
– Não, quando seu filho vai ter o pai morto.
– O Gabriel.....era o pai?
– Sim, por isso estávamos tão felizes. Ele iria brindar na noite da sua coroação, não foi a toa que ele me protegia do Reino inimigo. Não era só porque, era sua namorada, mas por nosso filho.
– É um menino?
– Sim , estou com dois meses.

– Tudo isso é culpa minha
– Como? - Ela ergueu uma sobrancelha
– Se eu não tivesse terminado com o Will....
– Aconteceu porque tinha que acontecer
– Qual vai ser o nome?
– Ainda não decidi
Conversamos mais um pouco, e eu fui passear um pouco. Eu olhava para as árvores, até elas pareciam tristes. Torcia para que Mary tivesse seu bebê logo, para chegar a alegria.
Enquanto caminhava encontrei Lulu, com uma flor na mão. Eu me aproximei dela, e ela me abraçou com um sorrisinho.
– Oi- Falei
– Oi
Ficamos alguns minutos em silêncio, até ela falar
– Queria não ter apresentado o Will para você
– Eu também
– Então é assim que vai acabar? Você se torna rainha, e se casa com um estranho. Eu e a Halley vamos para faculdade, e tudo termina?
– Sim
– Mas que droga!- Eu vou assumir minhas responsabilidades, como rainha, até minha filha ou filho fizer 18 anos. As vezes sonhamos alto de mais.
– Sabe, as vezes eu queria voltar a ter 11 anos, tudo era tão fácil. Nossos sonhos, nosso futuro.
Soltei um pequeno sorriso, e o silêncio retornou. Eu fui em bora, depois que eu virei rainha minha vida ficou um tédio.
Assim que cheguei em casa, minha mãe me esperava com um príncipe. Nós jantamos, e depois de alguns meses estava prestes a ser noiva dele.
O tempo passou rápido, e meus sonhos de quando eu tinha 14 anos se foram. O príncipe encantado que eu sempre sonhei ,também. Acho que agora entendo, quando os adultos riem quando dizemos que gostaríamos de ser como eles. A infância perfeita, ficou para trás.


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