Alvo Potter e o retorno das trevas escrita por Hermione Potter 112


Capítulo 27
Capítulo XXVI


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Desculpem a demora, mas tenho andado realmente sem tempo, mas não abandonei a fic, não se preocupem.
Talvez o próximo capítulo também demore um pouco a ser postado, mas vou tentar escrever o mais depressa possível!
Agradeço a todos, pois já conseguimos 147 comentários, nunca pensei chegar a tanto!
Sem mais demoras, boa leitura!



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O dia em que as crianças iriam voltar novamente para Hogwarts havia chegado. Naquela manhã, a Toca estava bastante agitada, pois alguns dos meninos tinham deixado a arrumação dos malões para a última hora. James e Fred, então, nem sequer tinham começado a arrumar nada, deixando Ginny e Angelina à beira de um ataque de nervos.

–Todos os anos é a mesma coisa, francamente! – berrava Ginny. – Não és capaz de preparar as tuas coisas a tempo e depois todos chegam atrasados por tua causa.

– Calma, mãe, eu faço isto num instante – tentou dizer James.

– Calma?! Pedes-me para ter calma numa altura destas?!

– Ginny, podes ir lá abaixo? – pediu Harry, entrando no quarto. – Acho que a Hermione quer falar contigo!

– Ai, tinha mesmo de ser agora? Está bem, já vou, vê se apressas o preguiçoso do teu filho que isto assim não pode continuar!

Ainda irritada, Ginny saiu do quarto, fechando a porta com uma força excessiva, e desceu furiosamente as escadas, enquanto Harry, com um feitiço, fez com que os vários pertences de James se arrumassem sozinhos no seu malão. Tudo não tinha passado de um plano de Harry e Hermione para tirar Ginny do quarto, pois ela nunca aprovaria a ajudinha que Harry dera ao filho. A bem da verdade, convém dizer que Hermione também não aprovou muito, pois não gostava que a magia fosse usada dessa forma. No entanto, a única coisa que ela detestava mais que desarrumação e preguiça eram atrasos, pelo que aceitou ajudar Harry no seu plano.

– Obrigado, pai – agradeceu James, sorrindo. – Salvaste-me a vida!

– Não sejas tão dramático, James! Mas já sabes, se a tua mãe perguntar, nós os dois arrumámos o teu malão num instante!

– Sim, eu sei, não te preocupes, mas agora vamos, antes que ela fique ainda mais nervosa do que já está!

Juntos, Harry e James desceram para junto dos outros, que já os esperavam.

Não vais ter tempo de tomar o pequeno-almoço, James, por isso, leva isto – disse Molly, entregando ao neto uma grande fatia de bolo de chocolate com um aspeto delicioso e uma garrafinha com sumo de abóbora.

– Obrigado, avó, vou ter tantas saudades tuas! – disse James, dando um grande abraço à avó, temendo que esta fosse a última vez que a visse.

– Eu também, meu amor, mas agora despacha-te, já estão atrasados!

Todos saíram da Toca, entrando rapidamente para os respetivos carros. A viagem até à estação foi rápida e todas as mães aproveitaram para fazer as últimas recomendações aos seus filhos.

Finalmente, todos tinham chegado à estação. Os adultos despediam-se das crianças com abraços apertados, que eram rapidamente retribuídos. Embora ninguém quisesse admitir, todos sentiam os corações apertados, com receio de que, da próxima vez que se encontrassem, algum deles pudesse já não fazer parte do grupo dos vivos.

Alvo demorou mais um pouco no abraço com o pai, querendo sentir, pela última vez, o conforto do seu herói, do seu porto seguro.

–Não te preocupes, filho, eu prometo que vou visitar-vos muitas vezes este ano – assegurou-lhe Harry. – Já sabes, se precisarem de qualquer coisa, seja o que for, não hesitem em usar o espelho que vos dei. Confiem na professora McGonagall, ela irá ajudar-vos em tudo o que precisarem.

– Obrigado, pai, mas juras que vais mesmo lá à escola? – insistiu Alvo.

– Juro, não te preocupes, mas agora vai, se não o comboio vai-se embora sem ti!

Alvo correu para junto dos primos e amigos. Desta vez, a família Weasley e Potter juntou-se toda numa única carruagem. Embora estivessem um pouco apertados, todos couberam. As crianças queriam aproveitar aquela viagem para conversar e delinear estratégias para resolver todos aqueles mistérios.

– Bem, agora acho que devíamos tentar comunicar outra vez com o livrinho – propôs Rose. – Quem sabe ele nos ajude em algo!

– Está bem, não perdemos nada em tentar – concordou Scorpius, tirando o livro do seu malão e entregando-o á amiga. Rose pegou na varinha, abriu o livro e desenhou as letras da seguinte pergunta: “Olá! Sabe de tudo o que acontece?”

Para felicidade de todos, quem quer que fosse que comunicava com eles, desta vez, decidiu responder-lhes.

– Sei apenas do que se passa quando vocês falam disso junto a mim. Já ouvi falar de uma profecia, mas não sei do que se trata. Sempre que estiverem a discutir este assunto, levem-me convosco.

– O livro ouve! – exclamou Scorpius assustado. – Quer dizer, ele está na minha mala, no meu quarto, ouve tudo o que eu digo! Será que também vê?

– Se estava na tua mala, não te viu nu, não te preocupes – disse James, tentando quebrar o clima pesado que se estabelecera. De facto, resultou, pois todos rira, à exceção de Scorpius, que ficou bastante envergonhado e com as faces da cor de um tomate.

– Vamos lá mas é falar de assuntos sérios – disse Victoire, ainda com a sombra de um sorriso no rosto. – Vamos tentar contar ao livro tudo o que nós sabemos, pode ser que ele nos ajude!

Imediatamente, foram falando com o livro, relatando tudo o que sabiam com o máximo de pormenores que se conseguiam lembrar. No final, todos ficaram a olhar para uma das páginas, mas esta permanecia em branco. Rose, tomando finalmente uma atitude, pegou na sua varinha e perguntou: “Pode ajudar-nos? Por que é que só responde quando usamos as nossas varinhas?”

Imediatamente, letras começaram a aparecer na página outrora em branco:

– Ainda não é o momento de receberem a minha ajuda. Quando for o momento, ajudá-los-ei no que puder. Só comunico quando vocês usam as varinhas porque fui feito apenas para responder quando as letras são desenhadas por uma dessas três varinhas.”

– Estas varinhas estavam destinadas a nós? – escreveu Rose.

– Sim, desde muito cedo eu soube que este clima de paz não iria durar e supus que isto um dia pudesse acontecer. Só bruxos muito poderosos e destinados a grandes feitos são escolhidos por uma varinha como as vossas.

– Aprova a nossa escolha de aliados? – insistiu Rose, pretendendo saber o que o livrinho lhe diria por ter contado a história a tanta gente.

– Claro que aprovo! Nestas situações, a família tem de estar unida. Não se esqueçam que o amor é a magia mais forte que existe. Sei que a vossa família se ama incondicionalmente e sei também que a família Malfoy já foi “adotada” pela família Weasley. Estas famílias estão ligadas não pelos laços de sangue mas pelos laços do amor, que são muito mais fortes. Adeus!

Todos sabiam que o livrinho não lhes diria mais nada, por isso, Rose entregou-o a Scorpius, que o colocou de novo no malão.

– Bem, quem quer que seja é um bruxo muito inteligente, capaz de utilizar o seu raciocínio para prever o que acontece no futuro e deduzir o que tem de ser feito – comentou Fred. – Mas quem será?

Todos se mantiveram em silêncio, pensativos, mas não conseguiram chegar a nenhuma conclusão. Sabiam que, em certos momentos, poderiam receber alguma ajuda, mas grande parte desta luta seria deles, especialmente de Alvo, e os papéis principais tinham de ser desempenhados por eles.

O resto da viagem decorreu sem mais incidentes. Todos conversavam, riam e se divertiam, preparando-se para um novo período letivo. Finalmente, o comboio foi abrandando, até que, por fim, parou. Apesar de terem adorado as férias, todos sentiam falta de Hogwarts e estavam ansiosos por chegar.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? O que acharam deste livrinnho misterioso? Quem será que fala com eles através do livro?