Alvo Potter e o retorno das trevas escrita por Hermione Potter 112


Capítulo 26
Capítulo XXV


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Sei que devem estar com vontade de me matar pela demora, mas antes dos avada deixem-me explicar!
Eu tive alguns problemas com o meu computador e não pude escrever durante algum tempo, mas agora está tudo mais ou menos resolvido e eu vou tentar postar com mais frequência.
Este capítulo é dedicado a Little Sheep e Re Potter Granger Weasley pelas magníficas recomendações que fizeram, muito, muito obrigada, significou muito para mim!
Chegámos aos 40 acompanhamentos e ultrapassámos as 100 reviews, obrigada, de coração, pelo vosso apoio, esta fic é escrita por mim inteiramente para vocês e só mesmo por vocês eu escrevi este capítulo.
Bem, chega de conversa e vamos ao capítulo, boa leitura!



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No dia seguinte, todos os membros da Toca acordaram cedo e tomaram o pequeno-almoço juntos, pois seria o último dia de férias das crianças e toda a família queria aproveitar os últimos momentos para poderem estar juntos.

Após todos terem acabado de comer, finalmente Alvo começou:

– Nós temos uma coisa muito séria para vos contar…

– O que se passa? – perguntou Harry de imediato, vendo confirmadas as suas suspeitas de que algo de grave estava efetivamente a acontecer.

– Em primeiro lugar, nós gostávamos que todos lessem isto com muita atenção – pediu James, estendendo aos adultos o pergaminho onde a profecia estava escrita.

Todos foram lendo o pergaminho, ficando com expressões de choque e surpresa nos seus rostos. Pela seriedade e ar de preocupação das crianças e pelo envolvimento de Victoire no assunto, todos entenderam que não se tratava de nenhuma partida. Ninguém ficou tão afetado com a notícia quanto Harry, pois já tinha sido feita uma profecia em relação a ele, que quase o levara à morte e fez com que o mundo bruxo vivesse uma difícil época de trevas durante anos sucessivos. Harry tinha feito rapidamente uma interpretação da profecia, percebendo que a cópia do anterior eleito só poderia ser o seu filho Alvo. Depois de dezanove anos de paz e felicidade, tudo voltava em força e, para Harry, era muito pior, pois não seria ele que estaria em risco direto, mas sim um dos seus filhos que eram, para ele, as pessoas mais importantes da sua vida. Sem conseguir conter-se, algumas lágrimas vieram-lhe aos olhos mas, rapidamente, ele tentou disfarçar, limpando-as com as costas da mão a fim de não assustar ainda mais as crianças. Naquele momento, ele sabia que teria de ser forte, pois os seus filhos precisavam de todo o seu apoio e encorajamento.

Rapidamente, todos se revezaram contando aos adultos a interpretação que tinham feito da profecia. Todos concordaram que essa poderia ser a interpretação correta, não esquecendo, no entanto, que poderia haver outras possibilidades que eles desconheciam no momento. Todos prometeram fazer o que fosse possível para ajudar as crianças. Hermione e Astoria, que estavam em Hogwarts, trocaram um olhar cúmplice e decidiram imediatamente ficar o mais atentas possível, a fim de intervirem sempre que fosse necessário. A sua vontade era proibi-los de se envolverem, mas sabiam que isso não era possível, pois a profecia dizia respeito a Alvo e nenhum dos outros colocaria a hipótese de não estar ao seu lado nesta fase complicada.

– Agora, vocês terão de ser muito fortes – avisou Hermione. – Nós já vivemos uma situação parecida e isto não é nada fácil, mas nós estaremos aqui para vos apoiar, sempre, aconteça o que acontecer.

Todas as crianças se sentiram fortalecidas. Agora que os adultos sabiam, teriam grandes aliados, que poderiam ajudá-los e aconselhá-los nos momentos mais difíceis.

Harry olhou para os seus filhos. Alvo estava assustado, mas James tinha no rosto uma expressão que o pai não conseguiu decifrar. Era um misto de receio, confusão e algo mais, que Harry estava decidido a desvendar. Numa altura em que todos estavam distraídos e envolvidos em diversas atividades, Harry chamou James e foram para o jardim da Toca, a fim de poderem conversar sem serem interrompidos ou ouvidos por alguém.

– Como te sentes? – quis saber Harry.

– Devias estar a perguntar isso ao Alvo, ele é que está diretamente envolvido na profecia, não sou eu.

– O que é que tu sentes? – Harry repetiu a pergunta, não deixando James desviar o assunto.

– Não sei – confessou o filho em voz baixa. – Não sei explicar o que sinto. Tenho medo que aconteça alguma coisa ao Alvo e eu não seja o suficiente para o proteger. Eu não sei nada, pai, eu estou só no terceiro ano, como é que eu vou proteger o Alvo? Ele ainda não sabe quase nenhum feitiço, como é que ele se vai defender?

– Primeiro, tu és um grande bruxo, James. Tenho a certeza que vais proteger o teu irmão da melhor forma, acredita que quando estamos sob pressão nós fazemos coisas que nem sequer pensávamos que seríamos capazes de fazer. Para além disso, quando eu, o tio Ron e a tia Hermione andávamos no primeiro ano, enfrentámos muita coisa, muitos perigos, e conseguimos sair vivos. O teu irmão vai conseguir, James, acredita nele e nos amigos mas, sobretudo, acredita em ti. Eu e os teus tios não tínhamos ninguém mais velho para nos ajudar, mas o Alvo tem, tem-te a ti e aos teus primos mais velhos, que fariam tudo para o ajudar.

– Achas que vou conseguir, pai? E se o matarem e eu não puder fazer nada?

– Não podes pensar logo no pior, James. Tens que ter esperança. Não desistas antes de tentar, acredita em vocês! Eu acredito em todos, sei que vão fazer grandes coisas e vão vencer esta guerra! Luta! Desistir sem lutar nunca é uma opção!

James abraçou-se ao pai, permitindo, finalmente, que as lágrimas há tanto tempo contidas corressem livremente pelo seu rosto. Harry apertou o filho num abraço carinhoso, deixando-o extravasar a angústia que tanto pesava no seu coração. Quando finalmente James estava mais calmo, continuou a falar, ainda abraçado ao pai:

– Eu sinto-me tão diferente, pai! No ano passado, a minha maior preocupação era a partida que eu e o Fred iríamos fazer no dia seguinte. Agora, há noites que mal consigo dormir por estar preocupado com tudo isto! O que é que eu faço?

– Isso é mais do que normal, filho, tu estás a crescer e estás a viver coisas que normalmente pessoas da tua idade não têm de enfrentar. Estou cada vez mais orgulhoso de ti, és um dos bruxos mais fortes, corajosos e leais que eu conheço. Tenho muito orgulho em ter um filho como tu!

James sorriu de orelha a orelha, apertando ainda mais o pai num abraço. Aquelas palavras eram tudo o que ele precisava neste momento.

– Eu confio plenamente em ti, James, sei que irás conseguir fazer o que tu quiseres. Eu prometo que este ano vou mais vezes à escola para poder falar com vocês e ver como estão. Agora vai chamar o teu irmão e volta aqui com ele, porque eu quero dar-vos uma coisa.

James foi chamar Alvo, enquanto Harry foi ao seu quarto buscar algo que estava embrulhado num grosso papel.

Quando todos estavam novamente juntos no jardim, Harry entregou o embrulho a James, que o abriu. Nele, estavam dois espelhos idênticos.

– Para que serve isto, pai? – quis saber Alvo, para quem aqueles objetos não passavam, à primeira vista, de espelhos comuns.

– Isto é um espelho de duas faces, Al – começou Harry a explicar. – Eu vou ficar com um e vocês levam o outro para Hogwarts. Sempre que quiserem falar comigo, é só usar o espelho e falarem. Tentem só usá-lo à noite e quando não estiver ninguém junto de vocês. Se eu puder falar, respondo-vos.

– Obrigado, pai – agradeceu James, sentindo-se muito mais tranquilo. – Eu levo o espelho e sempre que quiseres vens pedir-me, pode ser, Al?

– Sim, pode ser – concordou o irmão, sabendo que, nesse momento, James precisava de sentir-se próximo do pai. Depois da conversa que tinham tido na noite anterior, Alvo finalmente tinha compreendido como James se sentia e iria fazer tudo para que ele se sentisse melhor consigo mesmo.

O resto do dia passou bastante depressa, pois todos estavam envolvidos nos seus pensamentos. Quando as crianças se foram deitar, finalmente os adultos puderam conversar à vontade, partilhando os seus pensamentos.

Todos se sentaram na acolhedora sala da Toca, prontos para o que seria uma longa e importante conversa.

– Como te sentes, Harry? – quis saber Hermione, sabendo o quanto o amigo tinha sofrido no passado.

– Tenho medo, Hermione, tenho medo pelos meus filhos e por todos os outros! Não acredito que tudo está a acontecer de novo! E se eles não conseguirem? E se algo correr mal? Eu não sei o que fazer? Porquê? Por que é que isto tinha de acontecer outra vez? Que mal fizemos nós para vermos os nossos filhos outra vez envolvidos nisto?

Sem dizer nada, Ginny abraçou Harry com força. Também ela estava extremamente assustada com tudo o que se estava a passar, sem saber o que fazer. Ver o desespero de Harry só a preocupava ainda mais. Fortalecido pelo abraço e apoio de Ginny, Harry prosseguiu:

– Tenho medo pelo Alvo, que está diretamente ligado com isto, mas também pelo James. Eu sei que ele arriscaria tudo pelo irmão. Acho que, quando se trata de proteger alguém, o James é o mais impulsivo e não mede os riscos, tenho medo do que ele possa fazer. O Alvo é mais ponderado, age mais com a cabeça. O James age mais com o coração, tenho a certeza que, para proteger o irmão e os amigos, ele era capaz de enfrentar um monte de comensais sozinho.

– Nisso ele saiu a ti – disse Ron. – Tu também agias mais com o coração nessas alturas. O Alvo é um pouco mais calmo, pensa mais antes de agir, é como a minha Rose.

–O Scorpius tem uma enorme sede de se provar – explicou Draco. – Tenho a certeza que, se o provocarem ou o insultarem a ele ou a mim, ele é capaz de tudo, estou com medo por isso!

– O Fred também é impulsivo, mas eu acho que ele não enfrentaria o perigo a menos que alguém que ele goste estivesse a ser ameaçado – disse Angelina. – Ele fica mais na retaguarda. Ele não ataca, fica a observar e intervém quando vê que é necessário defender um amigo, mesmo que essa postura de defesa custe a sua própria vida. Tenho a certeza que ele ficaria a observar uma batalha inteira, só para ver qual dos amigos mais precisava dele.

– Eles complementam-se – concluiu Astoria. – Rose é a cabeça, toma as decisões e faz os planos. O Alvo é a intuição, reflete muito antes de agir e escolhe segundo aquilo em que acredita. O James é o coração, tomando as decisões de acordo com o que sente. O Fred é o apoio, estando lá sempre que alguém estiver em perigo. O Scorpius é a força de ataque, porque quando é provocado não olha a meios para atingir os seus fins e a sua raiva é a sua maior arma.

Todos se calaram por um momento, refletindo sobre o que Astoria tinha dito. De facto, o destino e as circunstâncias tinham-se encarregado de formar um grupo unido, onde as fragilidades de uns eram as forças dos outros e a união era a força geral.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Qualquer sugestão ou crítica construtiva é bem vinda!