Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 35
Capítulo 35 - A New Body


Notas iniciais do capítulo

Oi.
Estou com planos de terminar essa fic o mais rápido que eu consegui, então, como acabei de entrar de férias podem esperar capítulos mais rápidos do que o normal.
Quero pedir também que as pessoas voltem a comentar, já que é mais facil ganhar animo para escrever quando sabemos que tem gente que gosta e le.
Enfim, boa leitura.



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  - Hogwats foi atacada? – Harry repediu a pergunta.

  - Esta todo mundo bem? – Gina perguntou.

  Meu olhar foi direto para Fred que o retribuiu, ambos sabíamos o que estava na mente do outro. Se Hogwarts tinha sido atacada com certeza a Ordem estaria aqui para defendê-la e consequentemente a todos que nos importávamos.

     Vi a pena passar pelo olhar de Tonks e já comecei a esperar o pior.

      - Ginny...

      - Quem morreu? – Ron perguntou já alarmado.

 Por um segundo o clima de tensão pairou no ar e esperei a resposta de Tonks mas ouvi uma arfada e virei com tudo para notar que Malfoy estava tendo convulsões nos braços de Blásio.

  - O Draco, se não levarmos ele agora para a enfermaria. – disse irritado.

 - Sim! Zabini esta certo. – A auror disse e foi ajudar o Sonserino a carregar o loiro mas antes de prosseguirmos viagem ela virou para os Weasley e sussurrou: - Ninguém da família de vocês morreram, não se preocupe, só... Chegando na enfermaria irão entender.

  Por um lado tínhamos o alivio de ninguém ter morrido mas aquele final misterioso. Não estavam todo mundo bem pelo jeito. Mas estavam vivos, era o que importava.

  Seguimos Tonks e Blásio que carregavam um Malfoy morrendo nos braços. Passamos por vários corredores e quando chegamos a ala central onde rumaríamos para a enfermaria eu vi. Paredes destruídas, alunos sentados juntos e machucados. Choros, muita gente chorava de susto ou alivio. Não vi nenhum corpo, mas se tivesse provavelmente já teriam tirado do meio do campo de batalha. Meu coração se apertou e olhei para Fred que estava concentrado no que Tonks dizia, agradeci internamente por ele estar ao meu lado agora, sei que se ele não estivesse no meu campo de visão eu já estaria morrendo de preocupação.

   Finalmente chegamos na enfermaria e vi o rosto dos meus amigos Weasley ficarem pálidos. Olhei para a direção que eles olhavam e entendi. Seus pais estavam ali em pés ao redor de uma cama, Gui Weasley estava deitada de olhos fechados como se estivesse dormindo. De primeira pensei que ele estava morto mas meu cérebro logo raciocinou, não ocupariam uma cama com um cadáver quando tinha tanta gente machucada no castelo. Gina correu em direção a mãe.

     - O que aconteceu com Gui? – Ron perguntou.

     - Greyback arranhou ele. – Molly respondeu chorosa.

     Minha cabeça estava ao ponto de explodir. Eu estava preocupada com o meu cunhado mas tinha tanta gente ao seu redor! Precisava ajudar quem não tinha ninguém, feito Draco. Desviei o olhar e vi Zabini colocando o corpo inerte do loiro em uma das macas no final da sala e a Madame Pomfrey correr ao seu auxílio. Ele estava bem por enquanto.

   - Ele vai virar lobisomem? – Fred perguntou.   

   - Mas não é lua cheia! – Rony disse. – Ele não pode!

   - Achamos que não. – Lupin apareceu do nada e disse. – Pelo menos eu acho, talvez ele ganhe algumas características lupinas mas... Acho que não vai virar lobisomem.

  Ouvi um choro e finalmente notei a loira segurando a mão do Gui. Nesse alvoroço todo que estava sendo meu dia eu nem havia reparado em Fleur Delacour chorando na beirada da cama enquanto segurava a mão do noivo. Vi Molly dar um olhar triste para a nora.

  - Logo agora que ele ia se casar. – a mãe comentou triste.

  Fleur levantou o olhar e vi algo queimar dentro dele.

  - O qué a senhorra quiir dizéer com ia? – perguntou parecendo irritada. – Achá que pôor él estáar así eu no voú casar com él? Pôor que eu voú.

  Sorri pela obstinação de Fleur e a surpresa na cara da minha sogra.

   Vejamos, Fleur não é tão superficial como todos pensam.

   - Cade Dumbledore? – Rony perguntou ainda preocupado. – Ele deve saber o que esta acontecendo com meu irmão! Ele tem que ajudar!

   Como se fosse tudo ensaiado vemos Minerva entrar e olhar para todos até finalmente vir nos encontrar. Tinha olheiras de cansaço e arranhões por todo corpo que era visto em sua grande vestimenta.

 - Desde que o castelo foi atacado não conseguimos encontrar Dumbledore. – avisou.

   Harry pareceu despertar.

   - Vou encontrá-lo. – e saiu sem dar a chance para ninguém dizer nada.

  Os Weasley voltaram a falar sobre o estado critico de Gui então achei que eu não era necessária nesse momento ali. Concordava com Lupin, o ruivo provavelmente só pegaria algumas manias, não tinha o poder da lua para fazer ele virar lobisomem. Senti que algo esquentava dentro do peito. A raiva que senti por Greyback só aumentava. Não apenas por ele mas todos que tentavam destruir o que me era de mais precioso.

 Tentei conter meus sentimentos. Havia mais com que eu deveria me preocupar e a primeira coisa que eu tinha que fazer estava bem ali. Enquanto todos ficavam numa conversa tempestuosa sobre a saúde do Gui, sai de fininho e andei até a cama onde estava Draco deitado mais pálido que nunca e Zabini sentado do lado encarando o amigo, sem o brilho no olhar tão característico de Blás.

   - O que madame Pomfrey disse? – perguntei preocupada.

   - Ela não sabe qual é o problema com ele. – respondeu-me tristonho. – Dei uma poção que disse ser muito poderosa, se ele não acordar em algumas horas vai ter que ser levado para o St.Mungus.

   Arregalei os olhos.

  St.Mungus? Era raro estudantes irem para lá, e só em casos extremos. Olhei novamente para o loiro e a lembrança no vestiário quando fui procurá-lo voltou a minha mente. Tinha algo estranho com ele lá, muito estranho. Ele me olhava de um jeito que não era o Draco, era arrepiante. Senti os pelos dos meus braços eriçarem e pensei quando Malfoy estava se aproximando de mim. Naquele momento eu jurava que ele iria me beijar.

   - Tem algo que eu possa fazer?

  - Apenas esperar.

   Respirei fundo.

   Senti uma mão em meu ombro e levantei o olhar. Fred alternava os olhos entre eu e Malfoy na cama. Seu rosto estava um pouco vermelho e me preocupei se sua saúde estava bem.

     - Como ele esta? – meu namorado perguntou.

     - Temos que esperar.

    - Se precisar de algo é só nos chamar. – o ruivo disse e com sua mãe direita segurou meu braço um pouco mais forte que o necessário. – Harry ainda não voltou com Dumbledore, muitas pessoas da Ordem que estava lutando ainda não apareceram, acho melhor procurá-las.

    Assenti sabendo no que ele estava pensando.

  George. Como eu não havia pensado nisso antes? Com certeza o gêmeo do meu namorado estava por ai mas não havíamos o visto desde que chegamos. Despedi-me de Blásio e prometi que se precisasse de algo viria correndo, e sai junto com Fred a procura do outro ruivo dos Weasley. Em varias partes do castelo tinha paredes desmoronadas imagino que foram muitos feitiços fortes, então tínhamos que tomar cuidado ao passar. Pensei em como seria se nós estivéssemos em Hogwarts quando o ataque ocorreu, porem, se eram comensais mesmo, foi bom Harry não estar aqui, com certeza seria mais perigoso para ele.

— Não se preocupe. – falei depois de um tempo em silencio. – George é esperto, ele com certeza esta bem.

 Ele não me respondeu e eu sabia que era por estar muito concentrado em olhar para todos os lugares ao mesmo tempo. Apressei o passo tentando acompanhá-lo e me surpreendi. Vi mais adiante um muro desmoronado pela metade, destroços de um lado e de outro. Bem no meio havia uma pessoa sentada, parecia estar se recuperando de um machucado. Vi os cabelos ruivos e gritei sem medo de errar.

   - George.

  Fred procurou aonde eu tinha visto o irmão e correu assim que o viu. George levantou a cabeça quando ouviu seu nome e sorriu para nós o que fez que eu notasse o sangue que escorria de sua testa. Corri e cheguei até ele um pouco depois de meu namorado.

  - Fredoca. – ele nos cumprimentou sorrindo. – Hermilinda, como estão?

   Joguei-me no chão de joelhos e coloquei minha mão em seu queijo para ver como estava a ferida. Não era muito profunda então com madame Pomfrey desinfetando era só dar uma poção de cura e logo cicatrizaria.

   - Não é profunda. – falei para Fred não se preocupar. – Vá para a enfermaria que rapidinho vai sumir o corte.

      George deu um sorriso maroto.

    - Minha querida Hermione, a enfermaria é o ultimo lugar que eu gostaria de ir com você.

     Fred o empurrou.

      - Ela é minha namorada, retardado.

     - E você tem Angelina. – lembrei-o sorrindo.

    George levantou a mão e bateu na testa naquele gesto típico como se lembrava de algo mas acabou esquecendo do corte e bateu bem no machucado, sujando seus dedos de sangue.

    Ele exclamou de dor.

    - Mas é uma anta mesmo esse meu gêmeo!

    - Anta é o teu rabo, Fred.

   Revirei os olhos e como vi que o meu ruivo estava pronto para retrucar e começarem uma briga, adiantei-me e perguntei:

   - O que estava acontecendo aqui?

   A atenção do irmão saiu de Fred e voltou para mim.

  - A ordem foi chamada para ajudar por Dumbledore. – contou-nos. – Estávamos todos preocupados com os alunos, quando chegamos vimos muitos comensais! Com certeza estava a procura de Harry. Lutamos e do nada quase todos aparataram.

   - E o que você esta fazendo aqui? – Fred perguntou. – Deveria estar na enfermaria ajudando o Gui.

     George suspirou.

    - Eu soube o que aconteceu. – falou. – Mas eu lá não iria ajudar em nada, e não vejo Kevin desde que a briga começou, vim atrás dele, mas fiquei cansado e sentei um pouco para descansar.

       Kevin? Eu nem havia lembrado dele!

       - Temos que achar Kevin. – eu disse autoritária para Fred.

       - Pelo jeito temos que achar muita gente.

   Como se uma luz se acendesse no ambiente, arregalei os olhos lembrando-me de uma coisa.

       - Lilá! Céus, onde ela esta? Esta bem? E o bebe?

     - Bebê? Que bebê? – George virou confuso. – Lilá que esta grávida? Achei que fosse você!

      Sorri envergonhada lembrando do estresse que acabei deixando Fred passar achando por algum tempo que seria pai.

    - Não sou eu.

    - Que bom! Não queria perder meu gêmeo. – ele brincou. – Mas mamãe vai matar Rony.

        Todos assentimos.

      Levantei-me e com a minha mão tentei tirar um pouco da poeira do chão.

     - Vocês podem ficar pensando em como Ron esta fudido ou sei lá, procurarmos gente que esta desaparecido. – falei autoritária. – E você senhor, tem que ir pra enfermaria. – apontei para George.

        Com isso concordamos que iríamos nos separar por alguns minutos e Fred veio comigo para procurarmos Kevin. Subitamente me senti mal em pensar no japonês. Ele havia mudado de escola e mesmo tendo amigos aqui nós mal falávamos com ele. Tinha tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu não sabia como conseguiria sobreviver até o final do ano. Mas...Pensando bem, acho que não teria mais aula com o castelo todo destruído assim.

        - Ele deve estar bem. – Fred afirmou.

         Assenti tentando acreditar.

        Estávamos perto do corredor que daria para a sala de Dumbledore quando o vi. Kevin descia correndo com sua varinha ainda em mãos e olhava para todos os cantos como se procurasse algo. Assim que seus olhos caíram sobre nós senti como se ele desse um suspiro de alivio e viesse ao nosso encontro.

        - Você esta bem? – foi a primeira coisa a falar.

        - Sim, esta tudo bem. – ele disse.

    - Cara, você veio para Hogwarts só pra pegar guerra viu. – Fred brincou.

      - Maldita amizade de vovó com Dumbledore. – respondeu sorrindo. – E falando nele, parece que Harry esta na sala de Dumbledore e mandou chamar vocês, e alguns membros da Ordem.

       Já preparada para virar, eu disse:

    - Eu vou chamá-los. – antes que eu pudesse me mexer senti Kevin segurar meu pulso.

      - Já chamei todos, só faltavam vocês.

     Surpreendi-me. Não fazia muito tempo que os havíamos deixado na enfermaria. Fred e eu nos entreolhamos e num acordo silencioso seguimos nosso amigo até a sala do diretor. Não estávamos longe então em menos de cinco minutos já abrimos aquelas grandes portas e vi Arthur Weasley junto com Ron, Tonks, Olho tonto – que eu não fazia idéia de onde saira – Lupin, Harry e Rony.

     - Finalmente chegaram. – Dumbledore falou e eu parei para analisar sua aparência. Ele parecia cansado e tinha um roxo no braço o que me preocupou mas imaginei que velho como estava, qualquer batidinha daria um roxo em seu braço. Ele assentiu e sentou na mesa. – Agora podemos conversar, e o assunto é muito serio.

    Para Dumbledore dizer isso o próximo apocalipse deveria estar prestes a acontecer! Harry, Rony e eu nos entreolhamos e sai de perto de Fred para ficar com os meus melhores amigos. Todos olhavam para o diretor com expectativa.

    - O que foi, Dumbledore? – Olho Tonto perguntou impaciente.

     O velho suspirou.

   - Vocês sabem que eu tenho um informante dentro do circulo de confiança de Voldemort. – ele falou. Sempre houve esse boato, que o professor sabia demais, mas nunca soubemos quem era. – E hoje ele confirmou uma já suspeita minha.

    - Que suspeita? – Arthur perguntou. – Podemos ser mais rápidos? Quero voltar para a enfermaria.

     Todos assentiram em concordância.

     - Tudo bem, serei breve. – o professor disse meio transtornado. – Eu já havia começado a suspeitar há um tempo que o corpo que Voldemort estava usando não deveria suportar tamanha quantidade de poder que ele usa. 

     - Você comentou isso comigo. – afirmou Lupin.

    - E hoje eu tive a confirmação que o corpo dele esta se desintegrando já que não esta dando conta do trabalho.

    Tonks deu um passo a frente.

   - Isso é bom não é? Deixa ele mais vulnerável. – ela disse.

    O diretor suspirou.

    - Seria bom se ele já não soubesse sobre isso. – continuou. – É claro que assim que ele descobriu...

   - Ele arranjou alguma coisa para se salvar. – Harry concluiu. – Mas o que ele pode fazer?

   Dumbledore olhou triste para o moreno.

 - Eu andei estudando o máximo que consegui, e sei que minha teoria é louca, mas acredito que quem não tem escrúpulos conseguiria fazer uma magia negra para transferir sua alma para o corpo de uma outra pessoa.

  Fiquei paralisada em choque.

  Ele conseguiria trocar de corpo? Mas como isso é possível?

 - É uma magia rara, ingredientes difíceis de achar e muita maldade. – como se tivesse lendo minha mente Dumbledore prosseguiu. – Mas eu sei que é possível.

  - Ele usaria um corpo de alguém que já morreu? – perguntei.

   Ele negou.

  - Para o ritual funcionar tem que ser de alguém vivo, não tem como ressuscitarmos. – de nervosismo dei um passo para mais próximo de Harry. – Mas claro, tem todos um pré-requisitos como quanto mais parecido são os dois hospedeiros maior a chance de dar certo.

  - Quando você disse que teve a confirmação quer dizer que já ocorreu? – Tonks perguntou.

  - Não sei se já ocorreu, ou se esta ocorrendo. – respondeu. – O processo já iniciou, isso tenho certeza.

  Não fazia sentido! Voldemort estava destruindo seu corpo... Por isso precisava de um novo. E tinha uma magia que conseguiria fazer com que sua alma hospedasse um corpo de alguém vivo. E ele já havia começado o processo.

    - E o corpo de quem ele esta usando? – Olho Tonto perguntou.

     - Não temos certeza, provavelmente algum comensal.

    Dumbledore tossiu.

  - Com certeza vai ser de alguém jovem, ele não vai querer se enclausurar em uma coisa velha, e bonito, sabemos como Voldemort liga para as aparências. – comentou Harry.

  - Provavelmente a pessoa vai ter ido para a Sonserina. – Dumbledore continuou. – E vai ser sangue puro, nunca se misturaria com quem ele considera indigno.

     Eles falavam e algo na minha mente me atormentava.

     Eu sabia de algo. Só precisava saber o que.

   - Mas ele trocar de corpo vai ter alguma coisa ruim para a gente? – Olho Tonto perguntou.

    - Sei lá, ele pegar um corpo de um inocente eu acho que é algo ruim. – Fred disse ironicamente.

   - Não é inocente, é filho de um comensal. – retrucou Olho Tonto.

  - Ele poderá andar sem ser notado. – Dumbledore interrompeu a briga. – Ninguém mais saberá qual é o rosto dele, poderá sair na rua, se encontrar conosco sem sabermos.

    - Isso não parece bom. – Ron comentou.

    É... Nem um pouco.

   - Fiquemos calmos. – pediu Arthur. – Primeiro temos que saber que corpo ele esta preparando para usar.

 Corpo? Tinha alguém que estaria nas garras de Voldemort. Provavelmente seria filho de um comensal ou um mesmo. Novo, sangue puro e da Sonserina. Com uma boa aparência.

   Como um filme passando em minha mente eu lembrei de Malfoy. Dos pesadelos de Draco sobre Voldemort, os machucados. A marca negra, todos os maus estares. E para finalizar o momento que ocorreu mais cedo. Eu sabia, no fundo, que na hora que encontrei Draco no vestiário na outra escola ele não estava agindo como ele mesmo.

      Senti meu corpo gelar.

        - Draco. – falei em voz alta.

       - O que? – perguntou Rony. – O que tem a doninha?

       Senti lagrimas surgirem nos meus olhos.

         - Voldemort esta tentando usar o corpo de Draco. – completei.

       Dumbledore desviou de todos e chegou mais perto de mim e segurou meu ombro.

        - Por que acha isso?

    - E-ele estava tendo sonhos estranhos, acordava machucado se sonhava que se machucava. – gaguejei. – Disse que Voldemort estava mais próximo dele, e de sua família, que tinha feito um ritual no começo do ano que não sabia o motivo. E hoje mais cedo ele não parecia ele mesmo, falava coisas como “logo vai começar” mas eu via nos olhos que não era ele.

       - Por que você não me contou isso? – Fred perguntou. – Quando encontrei vocês, você disse que ele tinha desmaiado.

        - Ele desmaiou, depois de ter agido estranho.

        - Draco Malfoy ainda esta desmaiado? – Tonks perguntou.

     - Aonde ele esta? – Olho Tonto perguntou. – Temos que pegar o garoto antes que eles peguem.

        Mordi meu lábio.

        - Enfermaria.

        Não esperei ninguém. Minha mente só estava em Draco. Corri, corri o mais rápido que conseguia.  Como fui burra! Egoísta! Idiota! Eu sabia que algo estava errado com ele. Como não pude fazer nada mais para ajudá-lo? Agora ele estava sendo possuído por Voldemort e eu estava lá no meu ninho de amor com Fred que praticamente esqueci do loiro. Quanto mais perto estava da enfermaria senti um aperto no peito.

     Entrei na ala hospitalar e vi algo que me surpreendeu ainda mais. Metade dela estava destruída, o que não tinha acontecido na hora que eu tinha chegado. E era bem a parte que estava Draco. Madame Pomfrey estava cuidado dos machucados de Blásio e a senhora Weasley correu até mim quando me viu.

      - Minha querida, cadê os outros? – ela não teve tempo de dizer mais nada já que os outros membros da Ordem estavam logo atrás de mim.

      - Draco? – chamei e comecei a olhar para todos os lados em busca da cabeleira loura e arrogante. – Blásio, cadê Malfoy?

       Ele levantou o rosto para mim e depois foi para Dumbledore.

    - Professor Snape e Bellatriz apareceram aqui. – contou. – Destruiu metade da enfermaria para conseguirem levar Draco que estava apagado ainda.

      Cobri a boca com a minha mão chocada.

    - E o que isso quer dizer? – Gina que já estava na enfermaria perguntou.

        Todos olharam para Dumbledore que respondeu:

       - Quer dizer que a transferência de corpo já esta pronta. – senti meu estomago se remexer. – Não existe mais Draco Malfoy, agora é Voldemort.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Comentem!!
Ps. Pra quem le minhas Dramione's eu não desisti delas!! Só estou dando uma pausa para não enrolar muito nessa fic.