Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 30
Capítulo 30 - Pregnancy Test


Notas iniciais do capítulo

Desculpaaa.
Serio gente x.x
Desculpe-me a demora.
Estava complicado escrever, sei que já faz dois meses. Então, eu sempre posto minhas fics em ordem, Dramione, Dramione e depois Fremione, e eu empaquei bem na Dramione que eu deveria escrever, por isso demorei tanto, ai hoje eu falei, não da pra continuar assim, então pulei as Dramione's que vou ter que escrever depois, e terminei o cap de Fremione.
Espero que gostem.
Boa leitura



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Sexta feira Fred simplesmente me evitou.

Minha cabeça estava cheia e a única coisa que eu conseguia me focar o suficiente era fazer as pazes com Fred e tentar contar o máximo que eu conseguisse sobre minha nova - nem tão nova assim - amizade com Malfoy.O Weasley sempre foi muito compreensivo com tudo e todos então ele seria agora não? Mesmo Fred sendo tão gente boa acho que o irritei o suficiente para sempre que visse que eu estava em um mesmo corredor que ele desse meia volta e fosse embora.

Isso tudo era uma droga!

Como se não bastasse o primeiro grande problema do meu relacionamento eu também recebi uma carta de mamãe animada dizendo que nas férias de fim do ano letivo iriamos viajar para os Estados Unidos comemorar o aniversário de papai. Claro, eu como uma grande entusiasta pela cultura mundial sempre quis viajar para uma das grandes potências econômicas mas... Não agora. Deve ser por que teoricamente ainda estávamos no primeiro ano de namoro eu queria ficar com Fred, não com americanos desconhecidos, só que não tenho mais certeza se ele me quer ao seu lado.

Tentei mudar o que eu estava pensando. Não iria ficar pensando em drama adolescente quando tinha pessoas com grandes problemas e precisavam da minha ajuda. Como Lilá e Malfoy. Prometi a mim mesma que no segundo pensaria depois já que não conseguiria uma resposta imediata e Lilá precisava de ajuda nesse momento. Como o tempo que eu passava com Fred ficou vago conversei com a namorada de Rony um pouco mais na sexta e combinamos tudo. Hoje, no sábado, tinha passeio a Hogsmeade e eu iria comprar um teste de gravidez trouxa para ela e quando voltássemos para o castelo de algum jeito eu iria convencer Fred a passar um tempo com seus irmãos e iríamos para seu quarto assim teríamos privacidade.

Assenti comigo mesma, com nosso plano tudo em mente. Abotoei minha capa pronta para descer e encontrar meus amigos. Assim que cheguei ao salão da Grifinória procurei por Lilá mas não a encontrei, nem Rony então logo supus que deveriam estar juntos em algum canto do castelo. Harry e Gina estavam parados de mãos dadas apenas me esperando. Quando me viram me aproximar sorriram e logo sorri de volta.

– Está animada para o melhor passeio da sua vida? - Ginny perguntou gritando atraindo alguns olhares.

Revirei os olhos.

Uma vez Weasley sempre um Weasley.

– Por que esse seria o melhor passeio da minha vida? - Perguntei.

– Porque eu planejei uma aventura para fazermos. - ela respondeu.

Sorri e comecei a andar sendo seguida por eles.

– Desculpa desapontar mas vou procurar por Fred. - respondi. - Façam essa aventura sozinhos.

– Mas... Mione...

– Eu disse que ela provavelmente iria atrás do seu irmão. - Harry respondeu.

Falar isso foi o mesmo que assinar uma sentença de morte já que Gina não ficou satisfeita e desde que saímos da nossa casa até chegarmos no centro de Hogsmeade a minha ruiva preferida ficou falando sobre como uma garota não precisava ficar o tempo todo com o namorado e como eu iria me divertir muito mais ficando com eles. Quando fui me despedir Harry praticamente me implorava para levá-lo junto e enquanto a namorada não via me desejou boa sorte já que ele era o único que sabia que Fred e eu estávamos brigados. O nervosismo começou a entrar em meu peito cada passo que eu estava mais próxima do três vassouras. Mesmo não tendo certeza se Fred estaria lá entrei espetando vê-lo com Slughorn lembra do que havia visto o professor comentar para irem lá no próximo passeio. Era um golpe de sorte mas não custava tentar.

E assim que entrei vi uns cabelos ruivos na multidão quase suspirei aliviada. Eram poucas as pessoas que tinham o cabelo da cor da família Weasley então sempre fora muito fácil detectá-los no meio de muita gente. O ruivo levantou o rosto e olhou em direção a porta que eu estava alguns segundos antes e meu coração ficou escuro como uma tarde chuvosa em Londres.

Não era Fred. Era George.

Logo seus olhos pararam em mim e meu cunhado sorriu. Não dava mais para sair de fininho. Sorri de volta e caminhei até sua mesa parando em seguida e puxei a cadeira em sua frente para me sentar.

– Minha querida Hermione que não soube escolher o Weasley certo. - cumprimentou sorridente. - Como está nessa linda manhã?

– A manhã está linda? - perguntei olhando pela janela. - Tem muita neblina lá.

– Mione, isso é tudo questão de ponto de vista. - George completou. - Eu estou vendo um sol, calor e pássaros voando no céu.

Sorri.

– Tomou seus remédios hoje?

– Qual deles?

– Tem mais de um?

– Tem o das alucinações, diabetes, controle muscular e claro, o Viagra. - ele completou e eu arregalei os olhos.

E comecei a rir.

– Usando viagra nessa idade, George? - Brinquei. - A situação ta feia, viu?

– Você diz isso mas Fred usa também...

– Eu uso o que? - uma terceira voz apareceu e levantei o rosto para ver Fred sorrir para seu irmão.

Porém,logo que me viu, seu sorriso murchou um pouco.

– Viagra Fred, porra, não entre no meio da conversa. - George respondeu voltando a olhar para mim.

Sorri tentando não demonstrar meu nervosismo.

– Fred, eu não esperava isso de você. - brinquei.

Ele deu um sorriso falso e puxou a cadeira ao meu lado se sentando em seguida.

– O que você está fazendo aqui? - ele me perguntou.

Autch, doeu um pouco.

– Estava procurando você. - respondi. - Não sabia que iria se encontrar com George.

O gêmeo do meu namorado nos olhava com interesse.

– Não avisou ela que eu e a Angelina viríamos? - perguntou e quando Fred não respondeu, continuou: - Vocês brigaram?

Minha boca se abriu em surpresa. Será que aquela ligação de gêmeos existe mesmo.

– Claro que não....

– Sim. - Fred foi direto.

Olhei-o começando a ficar irritada. Fred estava se fazendo de vítima mas eu também estava brava! Não era a única errada ali.

– O que aconteceu?

– Ela mentiu pra mim. - Fred respondeu.

– Não menti! Só não posso contar os segredos dos outros. - falei irritada. - E está se fazendo de vítima, mas foi você que estava num corredor escuro com a vadia loira!

George olhava de Fred para mim.

– Fred o que diabos você estava fazendo, mano?

– Nada! - ele respondeu rapidamente. - Ela só queria conversar sobre as aulas.

– Ah claro, aulas. - ironizei. - A garota está apaixonada por você e vem me dizer que ela te levou para um corredor escuro pra falar sobre as aulas?

– É Fred, isso parece suspeito. - George concordou comigo.

Dei um sorriso vitorioso.

– Mas você deveria ter confiado nele, Mione. - George completou.

Meu sorriso foi embora enquanto Fred virou para mimsorrindo.

– Eu confio. - falei mais alto do que o normal. - Confio, só que você não arranjou tempo pra falar comigo o dia todo! Mas pra ficar num corredor com ela você tinha né?

George exclamou antes que Fred tivesse oportunidade de dizer algo.

– O que foi? - indaguei.

– Você está com ciúmes. - respondeu apontando pra mim. - Eu nunca imaginei que veria isso um dia. Hermione Granger com ciúmes, e pra melhorar, da cópia mal feita minha.

Esperei Fred dizer que ele era o mais bonita mas não o fez. O ruivo só ficou me encarando ao ponto de me fazer citar. Levantei com tudo da cadeira.

– Vocês não estão me levando a serio. - eu disse friamente. - Tenho mais amigos pra ajudar, quando quiser ouvir a minha parte da história, me procure.

Virei-me para marchar em direção a porta mas só dei um passo quando senti uma mão firme segurar meu antebraço. Levantei os olhos e Fred me encarava com um sorriso no rosto, agora ele parecia mais calmo.

– Que foi?

– Ciúmes, é? - zombou ele.

Revirei os olhos pra continuar a andar mas fui impedida de novo por meu namorado.

– O que ta acontecendo aqui? - a voz de Angelina soou e olhei pra ela que nos encarava.

Analisei nossa situação e percebi como deveria ser estranho de alguém que olhava por fora. Eu estava em pé tentando ir embora e Fred me segurava com um sorriso sacana no rosto ao mesmo tempo que George estava ainda sentado na mesa sorrindo com uma curiosidade transbordando de seus olhos.

– Na verdade Ang, nós estamos indo dar uma volta. - George disse se levantando. - Eles tem muito a conversar.

Fiquei calada enquanto George puxava sua namorada em direção a saída e antes de sumirem totalmente ele falou:

– Esperamos você no prédio.

Ainda estava olhando para a porta segundos depois que os dois haviam sumido. O nervosismo havia diminuído já que Fred não estava mais me olhando como uma pecadora mas comecei a pensar no que eu falaria ora ele sobre Malfoy sem contar sobre ele ser comensal.

– Hermione...

Suspirei.

– Fred, eu juro, não tem nada entre Malfoy e eu. - eu disse rapidamente e o mais baixo possível para que ninguém nos ouvisse. - Ele só é uma pessoa solitária aí começamos a conversar.

– Mas... Malfoy, Hermione? Ele é um babaca. Trata tanta gente mal por causa do sangue. - ele disse. - Ele já te tratou mal por causa disso.

Era inacreditável como eu não conseguia imaginar que o amigo que eu passava horas na sala precisa ajudando e conversando era o mesmo garoto nojento que conheci nos primeiros anos.

– Ele não é ruim pra mim. - contei. - É difícil explicar Fred, sei como ele e detestável mas... É meu amigo.

Vi em sua expressão que ele não concordava. Que achava que eu estava enlouquecendo mas eu não queria ter que esconder mais isso dele, e precisava, na verdade queria, que ele aceitasse minha amizade com Draco.

– Desde quando estão se encontrando?

– Você fala se encontrando como se eu tivesse te traindo. - reclamei. - Depois que ele se machucou no campeonato notei que ele precisava de alguém pra conversar e as vezes as gente conversa. Só isso.

– Eu não gosto disso. - Fred disse com uma expressão calma. - E não gosto de você não ter me contado também.

– Prometo não esconder quando eu for ver ele. - prometi.

– Não gosto de você ter que ir ver ele. - fiz uma expressão seria. - Mas eu sou o compreensivo, certo?

Sorri.

– Sim, você é.

– Você tem o melhor namorado do mundo sabia?

– E o mais convencido também.

Ele revirou os olhos e se aproximou de mim me pegando pela cintura. Senti todo o nervosismo e o estresse que eu estava sentindo sair do meu corpo. Um dos problemas estava resolvido, agora tenho que fazer algo por Lilá. Quando Fred abaixou o rosto e encostou seus lábios no meu, por um momento me permiti não pensar em mais nada.

Assim que me solteira de Fred comecei a ficar constrangida. Alguns alunos estavam nos olhando com curiosidade. Imagino que devemos ser um filme ao vivo pra eles, o romance entre professor e aluna. Coitados, nem sabem como entre nós dois tinha muito mais que isso. Amizade, cumplicidade e principalmente amor.

– Agora que você não está mais bravo comigo... - comecei e fechei a cara. - Como você pode ir pra'quele corredor sozinho com a loira aguada!

E dei alguns tapas em seu ombro com força mas não pra machucar muito. Ele deu um passo pra trás e pegou minhas mãos para que eu parasse.

– Pensei que estivesse tudo resolvido. - ele falou dando um sorriso encantador.

Olhei para ele e por um momento perdi o foco e logo entendi o que ele estava fazendo. Por favor Frederich! Não e tão encantador assim.

– Não esquecerei tão cedo. - falei mas como precisava da ajuda dele com algo resolvi não continuar com esse assunto. - Preciso que me leva a um lugar.

Ele franziu a testa.

– Aonde?

– Em algum vilarejo trouxa por aqui. - respondi. - Quero comprar um remédio.

Fred no futuro teria que me perdoar pela pequena mentira. Não poderia deixar que essa suspeita de Lilá fosse a público. Seria provável que a senhora Weasley viesse no colégio atrás de Rony para matá-lo.

– Está passando mal? - perguntou desconfiado.

– Só uma dor de cabeça, nada demais.

– Então por que não vai na enfermaria e pede uma poção?

Droga Fred, pare de fazer tantas perguntas.

– Meus pais são trouxas, estou acostumada com remédios trouxas. - eu disse.

Fred franziu a testa.

– Está tudo bem mesmo?

Assenti.

– Vai me levar ou não?

Ele sorriu.

– Muito apressada. - respondeu pegando minha mão e começamos a andar para fora. - Eu tenho só que encontrar George antes.

– Aonde ele ta?

– No prédio.

***

Fred, George, Angelina e eu estávamos andando por uma antiga construção abandonada que se localizava em uma das avenidas mais movimentadas de Hogsmeade. Fred e George andavam analisando tudo e eu estava confusa pelo motivo que estávamos ali. Era um prédio de três andares que já ouvi falar que o antigo dono havia morrido e os filhos estavam querendo vender.

– O que estamos fazendo aqui? - sussurrei para que Fred me ouvisse.

Ele passou a mão pela minha cintura e abaixou o rosto para responder em meu ouvido.

– A loja está fazendo muito sucesso no beco então estamos pensando em fazer uma filial aqui em Hogsmeade. - contou-me.

Minha boca abriu em surpresa.

– Serio?

Ele assentiu parecendo animado.

– Isso é demais. - respondi pegando seu braço.

– Assim ano que vem quando voltar para Hogwarts não estaremos tão longe assim. - ele comentou. - Todo passeio iremos nos ver.

Fui pega de surpresa por isso. Não havia parado para pensar que ano que vem Fred não seria mais o professor de Hogwarts e isso me deixou um pouco triste. Mas logo percebi que ele estava planejando o futuro dele, comigo o que logo me animou. Comecei a perceber que pela primeira vez na vida não havia planejado o que faria no futuro. Quero dizer, não havia planejado em relação a Fred, eu sabia que queria trabalhar no ministério, só que e Fred? Ainda estaríamos juntos? Iriamos nos casar? Ou terminariamos e não conseguiríamos olhar um na cara do outro.

Balançei a cabeça perante a esse pensamento.

Não sabia nem se sobreviveria a essa guerra. Pensar sobre o futuro não era uma das prioridades nesse momento.

Respondendo a minha dúvida Fred voltou para o lado de George e os dois continuaram debatendo sobre a estrutura do prédio e o que teriam que mudar. Comecei a analisar também pensando se seria lucrativo ter uma sede da loja aqui e comecei a ficar mais animada ainda.

– Já fizeram as pazes? – Angelina perguntou para mim quando fomos deixadas sozinhas pelos nossos respectivos namorados. Olhei-a surpresa. – George me contou o que aconteceu, o bem, o que ele entendeu que aconteceu.

George linguarudo.

– Sim, foi só uma briguinha por nada. – eu disse. – Você já deve ter brigado com ele, deve saber como é.

Angelina negou com a cabeça.

– Não, Fred e eu nunca brigamos.

Okay, querida, se era para me fazer sentir melhor não esta dando muito certo, amiga.

– Nunca? – repeti.

Ela sorriu.

– Nunca. – concordou. – É por isso que eu vejo que ele gosta tanto de você. Fred é um cara calmo, pra ele brigar deveria estar com os sentimentos a flor da pele.

Sorri incomodada.

– Nossa, ele brigar comigo é uma prova de amor?

Vendo que eu não estava entendendo, Angelina olhou dentro dos meus olhos e começou a explicar:

– Fred é calmo, só briga com quem realmente se importa. Foi isso que eu quis dizer. – ficou quieta por alguns segundos depois completou: - Por mais que eu e Fred estávamos juntos nunca brigamos, na verdade acho que ele nunca gostou o suficiente de mim para perder seu tempo e brigar.

Mordi o lábio.

– Sinto muito.

– Não sinta. – Angelina sorriu. – Foi bom isso, para que eu visse quem é realmente meu destino.

Comecei a admirar Angelina naquele momento. Sempre tive medo por ela ter sido o primeiro amor de Fred pelo que eu ouvi falar, mas Ang não era uma ameaça para mim. Ela amava George e pelo que eu via, seria assim até depois de sua morte.

– E ai, meninas, o que acharam? – George perguntou voltando com seu irmão.

– Legal. – Angelina respondeu.

– O que acha, Mi? – Fred perguntou.

– É bom, espaçoso. – respondi sendo calculista. – Mas vocês vão ter que fazer muitas reformas, derrubar a parede para aumentar a entrada.

– Sim, já estávamos pensando nisso. – George concordou.

Começamos a descer as escadas para sairmos daquele prédio e eu já conseguia imaginar a nova loja de logros como seria. Via um grande balcão e Fred sorrindo atrás atendendo um cliente.

– Por que não comemoramos a nova loja na casa de vocês a noite? – Angelina sugeriu.

– Tenho que voltar para a escola. – falei.

Os três me olharam com malicia.

– O que foi? – perguntei.

– Voltamos amanhã. – Fred anunciou.

– Acha que não vão sentir nossa falta?

– Vocês tem amigos para dar cobertura. – Angelina falou.

– Tenho que ajudar Lilá com uma coisa. – lembrei.

– Ajuda ela amanhã. – George disse.

Eu sabia que a luta estava perdida. Eu tinha aquele sentimento ruim em estar quebrando as regras mas ao mesmo tempo queria passar essa noite fora. Vi a esperança passar pelos olhos de Fred e resolvi não pensar. Grande irresponsabilidade da minha parte só que eu era adolescente! Tinha o dever de fazer as coisas sem pensar.

– Vou pedir para Lilá me dar cobertura. – disse derrotada.

Os três sorriram.

***

Assim que sai de lá corri até Lilá para pedir que ela inventasse alguma coisa caso algum professor procurasse por mim e prometi que no dia seguinte estaria com o teste para ajudá-la, com aquele sorriso pervertido no rosto pediu para que eu aproveitasse a noite. Depois encontrei novamente Fred, George e Angelina e juntos aparatamos para o Beco em frente da loja onde estava o apartamento deles.

Quando entramos Fred foi correndo para seu quarto e se jogou na cama como se não visse ela há séculos. Fui até a cozinha para beber um copo d’água e Angelina perguntou se deveríamos pedir pizza ou comida chinesa. Coitada, ela era a única que queria comida chinesa então a pizza ganhou.

– Você não queria ir na farmácia? – Fred perguntou enquanto esperávamos a comida chegar.

Angelina levantou o rosto para nos olhar.

– Tem algo errado? – ela perguntou.

– Dor de cabeça. – menti. – Preciso de remédio.

Ela pegou sua bolsa.

– Acho que eu tenho aqui.

Droga.

– Não. – quase gritei e agora todos me olhavam surpresos. – Eu tomo um remédio especifico, preciso mesmo ir comprar.

Fred estava despreocupado mas vi que Angelina parecia curiosa.

– Então vamos agora enquanto a pizza não chega. – meu namorado sugeriu.

Concordei e fui pegar minha bolsa que estava com o dinheiro trouxa que eu peguei.

– Eu vou com vocês. – Angelina disse levantando do sofá que estava deitada ao lado de George. – Eu preciso comprar umas coisas também.

Dei um sorriso amarelo.

Enganar Fred era moleza mas Angelina parecia muito mais perspectiva.

Não tendo como dizer não apenas George ficou em casa para caso da pizza chegar e logo aparatamos para um dos becos de Londres onde Angelina disse que tinha uma farmácia. Como já era inicio da noite o estabelecimento estava praticamente vazio então quando entramos o caixa levantou o olhar para nos ver. Apressei meu passo para nenhum dos dois não me seguirem e acabou dando certo. Fui primeiro para uma prateleira onde tinha remédios simples e peguei um só pra disfarçar e sem que eles notassem corri até a prateleira perto dos absorventes a procura de um teste de gravidez.

Teste... Teste... Teste...

Ai esta você mocinho.

Vi a caixa com o nome na frente e a foto do palitinho. Olhei se tinha mais e levantei meu rosto para ver se Angelina e Fred estavam olhando para mim. Não estavam, na verdade riam de alguma coisa e conversavam animadamente. O céus parecia estar ao meu favor. Peguei a caixa e li a parte de trás, vendo que era melhor prevenir do que remediar, peguei duas caixas e coloquei escondido na blusa de frio que Fred havia me emprestado para não ter que andar de capa entre os trouxas.

Andei rapidamente até o caixa e fiquei nervosa por passar aquilo para o homem que deveria ter uns trinta anos. O senhor olhou para as caixas quando coloquei no balcão depois me olhou com uma expressão maliciosa. Que ridículo! Mas eu não disse nada, só queria sair o mais rápido dali para que nem Fred nem Angelina notassem nada, seria difícil explicar o motivo de estar comprando aquilo tudo.

– Hermione. – ouvi Fred gritar do outro lado da sala.

– Oi?

– Vai querer que paremos em algum mercado pra comprar doces? – ele perguntou.

Neguei e tentei acalmar meu coração que havia se acelerado muito quando meu namorado me chamou. Peguei uma sacola e fui guardar as caixinhas quando senti uma mão em meu braço e virei para Angelina que ria descontroladamente do meu lado. Seus olhos passaram pela sacola que ainda estava aberta na minha mão mas se ela viu alguma coisa não demonstrou reação.

– O que foi? – perguntei.

– Fred parecia uma criança perguntando para o que tals remédios funcionavam. – ela me respondeu sorrindo.

Sorri preocupada.

Ela havia visto o que eu tinha na sacola?

– Comprou tudo? – perguntou.

Assenti.

– Então vamos para casa.

***

Dizer que o jantar foi complicado não seria o suficiente para demonstrar a situação. Não saber se Angelina havia ou não visto o teste de gravidez me deixou nervosa e enquanto estávamos na mesa comendo a pizza que os meninos pediram eu só conseguia pensar nisso e como eu estava me sentindo culpada por logo depois de prometer a Fred que não iria mais mentir estar fazendo novamente isso.

– O que? – perguntei assustada quando ouvi meu nome.

– Eu só estava pedindo para que me passasse o ketchup. – George disse confuso.

Quase suspirei de alivio.

– Ah sim. – peguei e o entreguei. – Tô.

Fred pegou minha mão que estava em cima da mesa.

– Tem algo errado?

– Só dor de cabeça. – sussurrei.

– Que deitar? – perguntou.

Neguei com a cabeça.

Não viemos ali apenas para eu estragar a noite. Tentei jogar meu nervosismo para dentro da minha mente.

– Então, como esta sendo Fred como professor? – Ang perguntou.

– Terrível. – respondi. – Aposto que Dumbledore já esta pensando em um jeito de se livrar dele.

– Ela esta mentindo totalmente. – Fred disse fingindo indignação.

– Estou não. – sussurrei.

– Mano, nós já imaginávamos isso. – George falou. – Alias, quando vai ser o ultimo jogo dessa copa interclasse que estão participando?

Fred se remexeu na cadeira.

– Dentro de dois meses. – respondeu. – Iremos para Beaubatoux. Estou preocupado com isso.

– Por quê? – Angelina perguntou isso enquanto pegava seu copo com suco de abobora.

– O time de Beaubatoux é composto por mulheres. – Fred explicou. – Enquanto nosso time é formado a maioria por homens, tenho medo deles machucarem elas sem querer e sermos desqualificados por isso.

Abri minha boca em indignação. Não fui a única, Angelina também estava.

– Só por que ela são mulheres não quer dizer que são fracas. – resmunguei.

– No quadribol podemos muito bem derrubar um homem, já fiz isso com você Frederich. – Angelina concordou. – Claro, foi sem querer, mas consegui.

– Fred é magrelo, é fácil derrubá-lo da vassoura. – George brincou.

– Não foi isso que eu quis dizer... – Fred tentou se justificar.

– Não queremos ouvir. – Angelina disse. – Agora eu até espero que Beaubatoux ganhe.

Sorri.

– Você esta do lado dela? – Fred me perguntou.

– Completamente.

– Vou contar para Harry, Gina e Ron que disse isso.

Mostrei a língua.

– Vai se ferrar, Fred.

E assim mudamos de assunto.


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Notas finais do capítulo

Hey.
O que acharam?
Gostaram?
Até o proximo cap.
Ps. Quem lê minhas Dramione's não sei quando posto, mas vou tentar não demorar mais um mês, sorry.