Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 28
Capítulo 28 - No time


Notas iniciais do capítulo

Hey gente :3
Eu só iria postar amanhã mas não vai dar, essa proxima semana também n vou conseguir postar provalmente em nenhuma das minhas fics, semana de prova, sorry :/
Boa leitura



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– Frederich Weasley. – ralhei enquanto o cutucava dentro do carro. – Já deixo claro que eu nunca vou entrar num carro em que você esteja dirigindo.

– Isso é injusto. – ele reclamou e acabou esbarrando em mim quando fizemos uma curva. – Eu já dirigi um carro antes.

Já era dia dois de janeiro quando teríamos que voltar para Hogwarts. Falei para meus pais que não tinha problema aparatarmos para a estação mas eles fizeram questão em nos levar, como estávamos na casa de Fernanda há uma hora de Londres tivemos que sair bem cedo para não nos atrasarmos. Assim que Fred colocou os pés dentro do carro se encantou com tudo, eu até conseguia ver um pouco do senhor Weasley nele.

– Primeiro o carro voava, no céu não tem obstáculos que tem nas ruas. – falei e ouvi minha avó ao meu lado rir.

– Deixa ele ser feliz, Hermione. – Fernanda disse.

– As vezes a felicidade dele é prejudicial para o resto da humanidade. – brinquei. – Acho que é algo de família.

– Que calunia. – Fred disse entrelaçando nossos dedos. – Nem sempre é algo perigoso.

Ri.

– Nem sempre, sei. – vi que ele estava prestes a retrucar quando meu pai freou o carro.

– Chegamos. – minha mãe avisou.

Agradeci internamente. Estava sentada no banco de trás com minha avó e Fred, depois de uma hora ali já começou a ficar bem desconfortável. Fred foi o primeiro a sair do carro e ir pegar os carrinhos pra levar nossas malas enquanto meu pai abria o porta malas.

– Ansiosa pra voltar pra Hogwarts? – mamãe perguntou.

– Eu tenho tanta coisa pra fazer. – pensei em voz alta.

–Hermione nem chegamos e já esta preocupada com isso. – Fred comentou enquanto colocava as malas no carrinho.

– Eu tenho que manter meu posto de sabe tudo, Granger. – brinquei.

Assim que pegamos tudo meu pai fechou o carro e entramos em King Cross. Fiquei vendo aqueles trouxas que iriam pegar trens para lugares tão próximos ou normais e nunca notaram tantas pessoas que atravessavam uma parede no dia 1 de Setembro.

– Hermione esse final de ano não se meta em nenhum problemas com Ron e Harry. – papai comenta.

– Parece que é sempre no final do ano que algo perigoso aparece e vocês vão atrás. – mamãe completou.

– Não nos metemos por que queremos. – contestei. – É vida ou morte, em todas as ocasiões.

Ri com esse pensamento. Eu estava quase a parar pra me despedir de meus pais e em seguida passar pela parede quando sinto alguém praticamente pular em meu pescoço nos fazendo cair no meio da estação. Virei o rosto e vi que quem caiu comigo não era nada mais nada menos que Gina Weasley.

– Ginevra! – briguei. – Esta maluca?

Ela começou a rir enquanto ainda estávamos deitadas no chão. Os trouxas passavam por nós olhando curiosos e alguns faziam caretas.

– É Gina! – corrigiu. – E você deveria ter mais força para nos manter em pé.

– Eu fui pega de surpresa. – reclamei. – Por que não pulou no seu irmão?

– Por que ele iria me jogar no chão. – respondeu.

Eu levantei a sobrancelha.

– E não estamos no chão de qualquer jeito?

– Mas agora estamos as duas. Juntas.

Ouvi Fred rir e estender uma mão para mim e a outra para a sua irmã. Nós duas pegamos e ele nos puxou para cima. Vi minha família olhando como se fossemos loucas.

– Onde esta todos? – Fred perguntou.

Gina apontou para logo atrás de nós e me virei para ver Ron, Harry, Senhora Weasley, George, Lino vindo em nossa direção.

– Gina não se deve pular nos outros. – a senhora Weasley brigou e se virou para Fred. – Pegou seus agasalhos?

Ele riu.

– Sim mãe, não se preocupe, esta tudo aqui. – afirmou.

George bufou.

– Até ele descobrir que não ta e me fazer ir ate Hogwarts levar pra ele.

Sorri.

– Cara, essa é a sua função de gêmeo. – Fred disse.

– Gêmeo mais bonito. – George disse. – Não podemos esquecer.

– Sonha, mano, sonha.

A senhora Weasley passou no meio da criançada e parou em frente aos meus pais e Fernanda.

– Senhor e senhora Granger, há quanto tempo. – cumprimentou. – Espero que Fred não tenha dado muito trabalho.

– Mãe. – o ruivo reclamou. – Eu nunca dou trabalho.

– Eu sou sua mãe, eu sei o quanto você da trabalho. – ela disse.

– Que mentira. Quem dava trabalho sempre foi o George. – e apontou para o irmão.

Acho que foi ai que minha mãe notou o irmão de Fred e arregalou os olhos surpresa.

– Eles são idênticos. – falou admirada.

– Eu falei. – eu disse pomposa.

– Por favor, eu sou o mais bonito. – George disse e quando Fred iria reclamar continuou: - Hermione já admitiu isso querido Fredoca, essa é a maior prova de todos.

Meu namorado me encarou.

– Eu tinha que admitir. – falei seria. – Ou ele iria ficar me irritando pelo resto do dia.

– Melhor vocês irem. – Molly disse. – Ou irão perder o trem.

Todos concordamos.

– Vou sentir sua falta. – minha mãe falou me puxando para um abraço. – Não esqueça de me escrever sempre.

– Tudo bem mamãe. – respondi a soltando. – Papai não deixe minha mãe continuar a ver aqueles seriados médicos que a faz achar que todo sintoma quer dizer que estamos com câncer.

Ele riu e me abraçou.

– Não vou deixar, para o bem da minha saúde mental.

Soltei-o e fui para minha avó que se despedia de Fred.

– Vovó você deveria ter me dito que sabia que eu era bruxa. – comentei enquanto a abraçava.

Ela riu.

– Querida, você que é muito lerda para não saber que eu sabia. – Fernanda sussurrou. – E eu estava falando para Fred agora pouco para nunca esquecerem de usar preservativos.

– Vovó! – briguei.

Ela riu por eu ter ficado vermelha.

– Vou sentir sua falta, Herms.

– Também vou, vó.

Depois de termos nos despedido de todos pegamos nossas malas e passamos pela fronteira entre o mundo trouxa para o bruxo.

***

A primeira semana em Hogwarts passou muito rápido. Mal havíamos entrado no trem naquele primeiro dia e Fred teve que ir para a cabine dos professores e Rony, Harry junto com Gina me contaram como foi o ano novo.

– Ele com certeza esta te perseguindo, Mione. – Gina disse quando contei para eles que Kevin passou o ano novo conosco.

A vista durante o caminho para Hogwarts sempre me agradara muito. Tinha muitas arvores e muitas vezes nevava o que deixava tudo mais bonito ainda, mas dessa vez não consegui apreciar por causa daquele aperto que estava dentro do meu peito. Tentei ignorar só que era difícil, sentia medo por meus pais, minha avó e até pelos meus amigos.

Naquela noite o jantar fora o mais delicioso possível para a nossa volta. Dumbledore fez aquele discurso habitual de como o castelo estava estranho com os poucos alunos que ficaram nessa semana e logo comemos. Não vi mais o Fred então Gina aproveitou colando ao meu lado para saber tudo que aconteceu.

– Tem algo que você não esta me contando. – ela insistiu enquanto eu me arrumava para ir dormir. – Hermione não pode me esconder algo pra sempre.

Ri.

– Posso tentar pelo menos.

– Pode tentar o que? – Lilá perguntou enquanto entrava no quarto.

– Ela esta tentando me esconder alguma coisa. – Gina reclamou. – Vai, Mione, conte-nos o que aconteceu.

Lilá se sentou ao lado da ruiva parecendo tão curiosa quanto a outra.

– Ela transou com Fred. – Lilá disse depois de analisar meu rosto.

Arregalei os olhos surpresa.

– Como você sabe? – perguntei.

– É verdade? – Gina perguntou surpresa. – Santo Merlin!

– Eu chutei. – Lilá falou rindo. – Mas pensando bem agora, até que você esta com uma certa aura sexual ao seu redor.

– Não estou não. – eu disse.

– Serio que eu sou a única de nós três que ainda é virgem? – Gina perguntou perplexa. – Como assim logo eu?

Eu ri.

– Pois é, né Ginny. – brinquei. – A mais pervertida.

Ela deu um sorriso malicioso.

– Então sua safada, me conte como foi. – a ruiva pediu.

– Não vou te explicar sobre isso. – eu disse ficando um pouco vergonha.

Gina fez cara de cachorro que caiu da mudança.

– Então como eu vou saber o que esperar, Mione?

Apontei pra Lilá.

– Pergunte pra essa aqui. – eu disse. – Ela sabe até mais do que eu.

Gina se virou para a outra cunhada.

– Vamos Lilá, nos conte como foi transar com Rony.

Fiz careta.

– É horrível pensar que Ron transou. – comentei.

– Você fala isso por que ele não é seu irmão. – Gina disse. – E agora sei que meus dois irmãos transaram com as duas meninas que são minhas amigas.

Ri.

– Deve ser bem pior pra você.

– Vai mesmo querer eu conte? – Lilá perguntou.

– Claro. – respondi junto com a ruiva.

Namorada do Ron riu.

– Então na verdade no começo doeu mas depois ele... – e começou a contar.

Com certeza depois daquela noite eu tinha certeza que nunca mais iria querer ouvir Lilá falar de como ela e Rony são na cama. Gina e eu quase nos levantamos um milhão de vezes pra vomitar.

E assim foi se passando a primeira semana como disse anteriormente. Os professores não facilitaram em nada mesmo ainda estarmos em ritmo de férias, Snape mandou fazermos três pergaminhos da matéria que ele estava dando e Slughorn já estava nos obrigando a fazer uma poção que valia metade da nota!

Como se as tarefas e estudos já não estivessem ocupando boa parte do meu tempo, um dia ainda chego tarde na sala comunal da Grifinória já que perdi o horário na biblioteca e encontro Ron e Harry sentados no sofá enquanto a maioria dos alunos já teriam ido dormir.

– Algo errado? – perguntei ao ver que Harry tremia.

Rony se virou para me olhar.

– Aonde você estava? – ele perguntou. – Estávamos te esperando há um bom tempo.

– Estudando. – respondi já colocando a mão na testa de Harry e notando que ele estava com febre. – Por que não foram pra enfermaria?

– Por que a febre tem haver com Voldemort. – Harry tentou falar mais sua voz não saiu mais alto do que um sussurro.

– Você entrou na cabeça dele de novo? – perguntei me ajoelhando a sua frente.

Ele assentiu.

Droga ele não podia continuar entrando na cabeça do lorde das trevas assim. Com isso me lembrei da promessa que havia feito para Harry durante as férias que era aprender oclumência para ensiná-lo. Teria que arranjar tempo para isso também.

– Não se preocupe, logo começamos nossas aulas pra você aprender a fechar melhor sua mente. – falei levantando.

– Hermione, tem mais. – Ron me disse.

Voltei meu olhar para Harry esperando que ele continuasse:

– Ele estava conversando com Bellatrix. – sussurrou e como estava tudo escuro um tremor passou por mim. – Eu acho que o corpo dele não esta agüentando mais tanta magia negra que ele faz.

– Isso é bom não? – perguntei. – Se ele não tiver mais corpo não tem como mais nos atacar.

– Eu disse a mesma coisa. – Rony falou. – Mas Harry contra argumentou dizendo que ele não morre, ele ta tentando descobrir com Dumbledore como mas Voldemort não morre, então ele sem um corpo seria mais difícil ainda de ser encontrado.

Naquela noite consegui fazer meus melhores amigos voltarem para a cama e disse que amanhã resolveríamos isso. Mas no dia seguinte quando eles acordaram, eu não estava mais na torre da Grifinória. Madame Pince se surpreendera de quando fora abrir a biblioteca eu já estar lá esperando para entrar.

– Acho que deve diminuir suas horas de estudo. – ela me aconselhou. – Se continuar assim vai ficar doente.

Agradeci o conselho mas nem liguei. Entrei na biblioteca a procura de um livro em particular. Pra não dizer que eu já não estava atrás sobre livros sobre oclumência era mentira mas nenhum que eu tinha achado até agora ajudava em alguma coisa. Até eu ver ser mencionado que tinha um livro que ensinava Oclumêmcia, e eu agora queria lê-lo mas não achei. Voltei para a porta da biblioteca onde a bibliotecária estava organizando a papelada de livros.

– Madame Pince. – chamei. – Estou procurando o livro Oclumência e suas diversas faces, onde posso encontrar?

Vi-a franzir o cenho.

– Esse livro é proibido para os alunos. – me informou.

– Não tem nenhum jeito de eu o conseguir? – perguntei. – É importante.

Já comecei a pensar que odiaria ter que pegar a capa de invisibilidade de Harry para me aventurar durante a noite atrás daquele livro que eu nem sabia onde deveria estar guardado. Mas se eles não me dessem por livre e espontânea vontade eu pegaria a força.

– Fale com Dumbledore, só ele pode te dar autorização.

Suspirei e me despedi. Se eu queria tomar café antes de ir para a primeira aula eu teria que correr. Os corredores estavam vazios como era de se esperar naquele horário. Alguns minutos depois eu entrei no grande salão comunal e fui direto para a mesa da Grifinória.

– Aonde você estava? – Ron perguntou.

– Quando acordamos fomos atrás de você mas ninguém tinha te visto. – Harry continuou.

Dei de ombros.

– Fui tentar resolver aquele nosso problema. – sussurrei em resposta.

Como já era quase final de semana todos nós estávamos exaustos devido a tanta coisa que os professores andavam nos passando então todos estávamos em silencio. Gina encostou a cabeça no ombro de Harry e dormiu durante o café e eu adoraria fazer o mesmo que ela mas não podia, tinha muita coisa ainda pra resolver então teria que manter o foco.

– Estou indo antes para a sala. – eu disse já me levantando.

– Ainda temos dez minutos, Mione. – Harry lembrou.

– Quero já começar a fazer a tarefa de história da magia. – respondi.

Nenhum deles reclamou quando sai. Antes de sair do salão comunal dei uma olhada para a mesa da Sonserina a procura dos cabelos loiros que andavam me preocupando desde que voltamos para Hogwarts. Draco estava sentando ao lado de Zabini com a cabeça baixa, acho que sentiu meu olhar e levantou o rosto me deixando ver como seus olhos estavam escuros e muitas olheiras, ele parecia que estava há dias sem dormir.

Anotar de voltar a biblioteca para tentar descobrir o que tinha de errado com Draco.

Balancei a cabeça para ele entender que não havia desistido e sai correndo por que se eu quisesse passar na sala de Dumbledore quando acabasse as aulas eu tinha que fazer a tarefa agora.

Senti meu estomago roncar por eu ainda estar com fome mas ignorei. Eu estava andando calmamente até sentir alguém pegar meu pulso e me virar como Draco fizera da primeira vez que nos encontramos fora do colégio como amigos. Mas não era ele.

Era Fred.

– Quer me matar de susto, Frederich? – perguntei.

Porem ele não sorriu.

– Tem algo errado? – insisti.

– Eu perguntou a mesma coisa. – ele falou. – Já não falo com você há três dias.

Senti-me a pior namorada que um dia já teve a oportunidade de colocar os pés na terra. Eu estava tão ocupada com as tarefas, estudos, vendo algo para ajudar Draco e agora Harry que tinha mesmo parado de ver Fred.

– Desculpa. – pedi. – Ando tão ocupada com tudo que não estou falando com ninguém, deveria ser uma namorada mais presente.

Fred balançou a cabeça.

– Esse não é o problema. – ele disse. – Mas andou se olhando no espelho?

– Nunca pergunte algo assim para uma garota. – tentei descontrair o clima mas não deu certo seu rosto ainda estava serio.

– Você esta parecendo uma morta viva. – continuou. – Andou dormindo essas ultimas noites? – assenti. – Quanto tempo?

Parei para contar.

– Umas cinco horas no máximo. – respondi honestamente. – Por noite.

– Se continuar assim vai ficar doente.

Já era a segunda pessoa a falar que vou ficar doente no mesmo dia!

– Mas eu tenho muitas coisas pra fazer. – reclamei. – Prometo que logo vai passar.

– Não tem tanta tarefa assim.

– Não é só tarefa. – admiti. – Fred podemos conversar depois? Tenho coisa para fazer agora.

– Você vai passar no meu quarto depois que suas aulas acabarem. – ele disse. – Só vou deixar você ir se me prometer isso.

Mordi o lábio.

– Mas eu... – Fred estava com uma expressão seria demais. – Tudo bem, eu só vou passar na sala de Dumbledore antes e vou pro seu quarto, satisfeito?

Ele assentiu.

***

Graças a Merlin eu consegui terminar a tarefa antes que a aula de DECAT começasse. Snape estava com aquele humor infernal que já era de se acostumar e recolheu nossos trabalhos gigantescos. Ron como sempre esqueceu de fazer e levou um sermão daquele seboso. As aulas seguintes se passaram calmamente até a hora do almoço.

Senti-me culpada de entrar no salão comunal e ver Draco como se estivesse morrendo então em vez de ir comer peguei na cozinha uma maçã para me fazer ficar em pé e fui para a biblioteca novamente. Madame Pince já deveria estar começando a achar que eu fazia parte do ambiente já que nem ligou por eu estar ali.

Procurei arduamente por qualquer coisa que pudesse estar afetando uma pessoa com sonhos e até achei um livro que talvez me levasse em algum lugar mas já era hora de eu voltar para as aulas da tarde então apenas marquei o nome e prometi para mim mesmo que amanhã voltaria ali pra ler.

– Pensei que não voltaria mais. – Rony falou.

– Mas ai lembramos que é da Hermione que estamos falando. – Harry continuou.

– E Hermione Granger nunca cabula aula. – Rony sussurrou.

Sorri.

– Que bom que me conhecem bem. – brinquei. – Como foi o almoço?

– Fred perguntou por você. – Ron disse.

Senti meu estomago se revirar.

– E...

– Falamos que você estava estudando. – Harry me respondeu.

– Ele não pareceu gostar muito da resposta. – Ron comentou.

Suspirei cansada.

– Vocês estão em crise? – Harry perguntou.

– Não é nada. – respondi pegando um caderno.

– Nos conte Hermione. – Ron resmungou.

– Você não nos conta mais nada. – Harry se queixou.

Sorri.

– É que eu não to tendo tempo. – respondi. – Vocês sabem disso, nem ando falando com vocês direito e Fred esta irritado com isso.

– Fred não se irrita com tão pouco. – Ron disse.

Dei de ombros e ficamos quietos por que a aula já iria começar.

***

– Professor. – chamei. – Posso entrar?

– Claro senhorita Granger. – Dumbledore respondeu.

Tentei relaxar um pouco meus ombros e entrei na sala do diretor. Já havia acabado todas minhas aulas do dia e a única coisa que eu precisava fazer antes de ir para o quarto de Fred era falar com o diretor.

– Professor eu vim aqui te pedir para que autorize que eu pegue um livro na biblioteca. – fui direta.

Afinal, não tinha tempo a perder.

– Qual livro senhorita Granger? – ele perguntou estreitando os olhos enquanto me olhava.

Andei até sua mesa.

– Oclumência e suas diversas faces. – respondi e logo percebi que eu teria que ter um motivo para querer ler um livro assim. – É que eu ando muito encantada com a arte da Oclumência e eu li em um livro que esse era o melhor que poderia me explicar tudo.

Dumbledore me olhava como se soubesse que eu estava mentindo.

– Se eu não me engano esse livro esta até aqui na minha sala. – ele respondeu se levantando e indo para a prateleira de livros no fundo do cômodo. Passou sua mão direita pelas estantes até puxar um livro preto de capa dura. – Entenda senhorita Granger, eu em minha sã consciência não entregaria esse livro a qualquer aluno, mas sei o motivo para que quer e realmente acho necessário.

Ele andou de volta até mim com aquela elegância digna de Dumbledore e estendeu o livro para eu pegar. Levantei meus braços e segurei o livro que acabou por ser mais pesado do que eu estava imaginando.

– Agora pode ir senhorita. – ele falou se sentando novamente. – O senhor Potter precisa de você.

Agradeci e sai rapidamente da sala.

Enquanto eu fazia o percurso até o quarto de Fred com aquele livro pesado em meu braço fiquei imaginando como Dumbledore havia descoberto o verdadeiro motivo para eu querer saber mais sobre isso. Será que Harry tinha contado para o diretor sobre os flashs sobre Voldemort que estava tendo?

Meu pensamento fora interrompido quando cheguei ao salão comunal de Fred. Falei a senha e subi as escadas já cansada de tanto andar parando assim que cheguei em frente a porta dele. Bati algumas vezes e fiquei esperando aquela cabeça ruiva aparecer.

– Pensei que não iria mais aparecer. – ele falou dando um pequeno sorriso ao me ver parada bem a sua frente.

– Não tive muita opção tive? – brinquei empurrando ele para o lado assim eu poderia entrar.

Vi-o revirar os olhos.

– Você é a única garota que tem que ser ameaçada para vir encontrar o namorado. – ele disse.

Ri.

– Sim, você as vezes é muito grudento.

– Eu? Grudento? Por Merlin! – dramatizou mas logo se calou indo até a sua mesa e trazendo uma bandeja cheia de comida.

– Pra que tudo isso? – perguntei.

– Vi que você não foi almoçar hoje. – Fred respondeu. – Vá e coma.

Sorri.

– Obrigada. – agradeci pulando para sentar na cama dele. – Estava mesmo com fome.

Peguei a barra de cereal e o suco.

– Temos que conversar sobre isso, Hermione. – ele disse tornando sua expressão seria. – Faz dias que nem nos vemos direito e você esta parecendo cada vez mais doente.

– Não estou doente. – o interrompi. – Esta tudo bem comigo.

– Não parece que esta. – ele retrucou. – O que anda fazendo tanto? Me falou que não esta só estudando, o que tem de errado?

Fiquei quieta. Não era assunto meu para contar pra Fred sobre o que estava acontecendo com Harry e se chegasse a mencionar a Doninha Malfoy ele acharia que eu enlouqueci de vez.

– Você sabe que pode confiar em mim. – ele insistiu.

– Eu confio. – afirmei. – Só não é coisa minha... É com Harry.

Vi-o franzir a testa.

– O que tem de errado?

– Harry anda entrando muito na mente de Voldemort. – resolvi falar a verdade. Eu confiava em Fred com a minha própria vida. – Eu prometi que aprenderia Oclumência para conseguir ensiná-lo, só que é algo difícil, apenas hoje consegui com Dumbledore um livro que pode talvez me ajudar. – e apontei para o livro grande que deixei na mesa do quarto assim que entrei.

Fred passou as mãos em seus fios ruivos.

– E o que ele anda vendo?

– Achamos que Voldemort esta com problema com seu corpo hospedeiro. – expliquei. – Mas não importa, se Voldemort souber que Harry pode entrar em sua mente, ele vai fazer novamente o que fez quando achamos que Sirius foi capturado.

Meu namorado assentiu.

– Qual livro você pegou?

Sem esperar que eu respondesse ele foi até onde eu deixei o livro e leu o titulo

– Eu já li esse livro. – Fred disse e o olhei surpresa.

– Mas como? Dumbledore disse que nunca emprestou para nenhum aluno. – falei.

Fred deu um sorriso maroto.

– Nunca disse que peguei emprestado. – respondeu. – mas continuando, sim já li, foi com ele que aprendi oclumência.

Minha boca se abriu em “o”.

– Você sabe oclumência? – repeti. – Por que não me disse antes?

– Você nunca me perguntou. – ele respondeu dando de ombros. – Quer que eu te ensine?

Tirei a bandeja da cama e assenti.

– Sim, claro.

Sorri.

– Começamos amanhã depois da aula. – ele disse chegando mais perto de mim.

Franzi a testa.

– Por que amanhã?

– Por que tem outra coisa que quero fazer agora. – ele falou com um sorriso provocativo no rosto.

Revirei os olhos sorrindo.

– Seu pervertido.

Ele riu.

– Pela primeira vez que me chama de pervertido e acertou na minha intenção.

Não pude responder ele já que Fred abaixou o rosto me beijando. Eu senti falta dele esses dias. Meu coração acelerou e eu entrelacei meus braços ao redor de seu pescoço pronta para ser sua. Agora e sempre.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Gostaram?
Review?
Recomendação?
Até o proximo cap.