Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 27
Capítulo 27 - Game of life | Pov - Fred


Notas iniciais do capítulo

Hey gente
Eu voltei, e deveriam agradecer por não ter desistido desse cap e postado só no final de semana que vem, passei mais de sete horas escrevendo isso! Estou exausta e com fome, e ainda fazer muita tarefa.
Espero realmente que gostem.
Boa leitura
—-------> POV FRED



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Hermione e eu estávamos parados em frente a casa de sua avó ainda de mãos dadas devido termos aparatado. Ela soltou a minha e virou para mim sorrindo e ir até a porta tocar a campainha. Transferi o peso do meu corpo do pé esquerdo para o direito inquieto. Eu não quis admitir mas estava nervos, realmente nervoso.

Na verdade de inicio eu estava de boa para ir conhecer a família dela oficialmente como seu namorado. Porem entrou um George Weasley na história. Aquele deveria ser o irmão gêmeo mais inútil que alguém poderia ter! Enquanto Hermione desapareceu mais cedo eu estava na loja com George o ajudando o máximo que eu conseguisse.

— Pegue as orelhas extensivas. – Dolores uma das minhas clientes mais antigas pediu e subi exausto nas escadas para pegar o que ela me pediu. – Não pensando bem não quero, pegue o Forca reciclável. – devolvi a prateleira as orelhas e fui atrás do que ela me pediu suspirando já irritado. – Sabe do que mais? Mudei de idéia acho que só vou querer um Feitiço patenteado para devanear.

Era sempre assim. Dolores vinha a nossa loja e reclamava sobre sua vida para mim dizendo que se casou mal e seus filhos eram ingratos que mal a visitavam. Depois de praticamente me secar com o olhar e dizer que eu era muito mais educado que meu irmão – que nunca tinha paciência com ela – pedia para eu pegar mil coisas mas no final levava algo que não exigia tão esforço. Nunca entendi como uma mulher que deveria ter quase setenta anos vinha fazer em nossa loja.

— Quinze galeões e três nuques. – falei.

Ela deu aquele sorriso sinistro e abriu sua bolsa para pegar o dinheiro ao mesmo tempo que ouvi o ranger das escadas e logo meu irmão estava ao meu lado.

— Dolores! Há quanto tempo. – cumprimentou.

— Sim... – ela disse com desagrado. – Vir aqui sem Fred não tem mais graça, não entendo por que foi para dar aulas em Hogwarts.

— O que um cara não faz por amor? – ao notar a cara confusa da senhora meu irmão completou: - Não comentei? Ele foi atrás da namorada que ainda estuda lá.

Dolores fez uma careta.

— Realmente não entendo por que iria tão longe apenas por uma garota.

— Por que eu a amo. – respondi já perdendo a paciência. – Acho que já comprou tudo não? George e eu temos que ver o estoque se quiser algo mais peça para a nossa assistente sim?

Depois dessa eu tinha quase certeza que Dolores não voltaria na nossa loja tão cedo. George riu enquanto me seguia para o fundo da loja e fomos realmente ver o estoque. Contamos e catalogamos por um tempo.

— Esta com pressa? – ele me perguntou.

— Ainda tenho que fazer minha mala. – dei de ombros.

— Ah, é verdade que vocês vão para a casa dos pais da Hermione. – George disse brincalhão. – Esta nervoso?

Olhei-o curioso naquele momento.

— Nervoso? Eu sou irresistível, claro que não.

Meu gêmeo riu.

— Eu estaria. – ele disse. – São trouxas, vai que não querem que ela continue na comunidade bruxa? Um namorado bruxo só atrapalhariam seus planos.

Franzi a testa.

— Acho que eles já aceitaram que ela vai viver por aqui.

— Nenhum pai gosta de ver sua princesinha com um cara, ainda mais velho. – George continuou. – Além de que você não sabe praticamente nada da cultura trouxa pode fazer algo que ele não goste e claro não fiquem se agarrando lá, duvido que ele goste de saber que você tirou a virtude da sua pequena Hermione.

Eu o olhava incrédulo.

— Que foi? – perguntou depois de notar meu olhar.

— Você é um péssimo irmão, sabia?

Na hora ele riu.

E realmente aquela conversa com meu irmão me fez ficar um pouco... Nervoso. Não que eu não acreditasse em mim mesmo, por que qual é? Eu sou uma pessoa muito simpática e todos me amavam, mas os pais dela é que tinham que gostar de mim.

— Será que aconteceu alguma coisa? – Hermione perguntou depois da segunda vez que bateu e ninguém atendeu.

— Ela só não deve ter ouvido. – tentei acalmá-la.

Hermione voltou a bater na porta.

— Realmente que insistência. – ouvimos a voz de Fernanda do outro lado da porta que logo fora aberta.

Vi Hermione suspirar de alivio.

— Vovó! Demorou.

Fernanda sorriu e a puxou para um abraço.

— Querida, você que é impaciente. – disse a soltando e se virou para mim. – Meu Fred, estou tão feliz por ter voltado.

E me abraçou também. Tudo bem, a avó já estava ganha só falta os pais, o que seria o mais difícil.

— Eu disse que ele viria. – Hermione disse entrando na casa e nós a seguimos. – Tem algo pra comer? Estou faminta.

Fernanda riu.

— Coma alguma coisa agora já que o jantar vai sair tarde. – respondeu.- Deixe as malas no pé da escada

Hermione correu em direção a cozinha parecendo que não comia há anos e eu fiz o que me fora ordenado. Deixei as malas na escada e fui até a cozinha sabendo que as duas estariam lá. Hermione procurava algo no armário enquanto Fernanda voltava para a pia que estava cheia de louça e ouvi baixinho uma musica ecoando pelo cômodo.

— Então é por isso que demorou. – minha namorada reclamou. – Já disse vovó que essas musicas não fazem bem para você.

Fernanda revirou os olhos.

— Você só esta reclamando por que acha que estou velha. – ela disse. – Mas vamos parar de falar de mim e agora me contem por que ainda não me falaram que estão namorando.

Ri e vi Hermione ficar vermelha.

— Por que mal entramos dentro da casa! – ralhou mas logo sorriu. – E temos que esperar mamãe e papai também, alias cadê eles?

— Devem estar quase chegando. – ela respondeu. – E acha que vão me enganar? Não vamos mudar de assunto, só tenho uma pergunta seria. – Hermione franziu a testa e me olhou confusa depois se virou para a sua avó. – Estão usando camisinha, certo?

Eu ri lembrando dela ter feito a mesma pergunta alguns meses atrás.

— Não se preocupe, estamos. – respondi.

Vi a morena ficar vermelha.

— Fred! – ralhou. – Vó isso não é coisa que se fale, se meu pai estivesse aqui eu perderia meu namorado.

A senhora sorriu.

— Sim, melhor não contar que esta tendo uma vida sexual pro seu pai.

— Eu não confirmei que estava tendo. – Hermione argumentou.

— Também não negou, além de que ele disse que estão usando camisinha.

— Poderia estar brincando. – eu disse.

Fernanda se virou para me olhar com um sorriso.

— Querido, se eu namorasse um cara com você não seria mais virgem. – ela disse.

— Eu gosto da senhora. – falei olhando pra Hermione.

— Vovó! A senhora não é mais virgem.

— Você entendeu, Mione, você entendeu. – disse voltando a lavar a louça.

Hermione olhou para mim e revirou os olhos, acabei sorrindo.

— Deixa vó, eu lavo a louça. – Hermione disse tirando Fernanda de frente da pia. – Vai pra sala vai.

— Tudo bem, entendi que querem ficar sozinhos. – ela disse se virando para sair. – Realmente, transar na minha cozinha não é o local mais apropriado.

Gargalhei.

— Vovó!!

Mas Fernanda não estava mais no cômodo.

— Eu realmente amo a sua avó. – disse chegando mais perto dela.

— Percebo isso, seu ego deve ir nas alturas. – ela disse. – Pegue sua varinha estou com preguiça de lavar a louça.

— Realmente Hermione Granger me surpreendendo sempre. – irritei-a.

Ela me jogou um olhar ameaçador e soube que se queria sobreviver até o próximo dia era melhor pegar minha varinha. Logo que a peguei Hermione me explicou um feitiço que logo fiz com isso todos os talheres da pia começaram a se limpar sozinhos e ir para o escorredor me fazendo sentir como se estivesse num daqueles filmes trouxas.

— Vai contar mesmo pra sua avó? – sussurrei.

Ela assentiu.

— Não gosto de mentir...

Porem Hermione não conseguiu concluir sua frase já que a porta fora aberta e Fernanda entrou novamente na cozinha a tempo de ver os talheres se limpando. Minha namorada me mandou um olhar angustiado e logo deu um passo para sua avó que olhava maravilhada tudo se movendo sozinho.

— Não quero atrapalhar o momento sexo.... – mas ela não terminou a frase.

— Vó... Eu posso explicar. – ela disse.

Fernanda abaixou seu olhar e voou para minha mão com a varinha e depois para sua neta.

— Até que enfim usaram magia para me ajudar. – ela disse como se não fosse nada demais. – Tem como deixar um feitiço para a pia se limpar sozinha sempre que tiver louça suja?

Hermione e eu nos entreolhamos confusos.

— Você sabia que eu sou uma bruxa?

— Claro que sim. – Fernanda respondeu como se não fosse nada demais. – Você não sabia que eu sabia?

A boca de Hermione se abriu para falar algo mas nada saiu. Com isso ouvimos o barulho da tranca da porta e logo passos vindo para dentro da casa que logo supus ser dos meus sogros. Acho que a morena percebeu a mesma coisa que eu já que saiu correndo da cozinha gritando:

— MÃE VOCÊ SABIA QUE A MINHA AVÓ SABIA QUE EU ERA UMA BRUXA?

Fernanda e eu nos entreolhamos e logo ela saiu para ir até a família. Comecei a me sentir um intruso na situação mas tentei me acalmar. Era só pra conhecer os pais da garota que eu amava, não deveria ser tão difícil assim.

Quando fui para a sala os vi. A mãe da Hermione era fisicamente muito parecia com ela, um pouco mais alta que a mesma e com cabelos curtos e lisos ao lado do marido parecia uma boneca de porcelana já que o homem era alto com ombros largos e aquela forte presença de testosterona.

— Como assim ela sabia? – Jane Granger perguntou.

— Você não contou? – Hermione estava perplexa.

Enquanto isso Jane e o senhor Granger se entreolharam.

— Não! – a mãe respondeu.

— Vovó como você sabe sobre os bruxos? – Hermione se virou para encará-la.

Fernanda riu.

— Eu tenho uma amiga, Mikoto, que ela é bruxa. – explicou. – Logo eu descobri e bem, Hermione se tentou esconder de mim foi muito mal se você quer saber, quando era um bebê eu já vi você levitando coisas.

Minha namorada arregalou os olhos.

— E nunca comentou nada comigo?

Fernanda deu de ombros.

— Realmente querida, eu achei que vocês tinham notado que eu sabia. – ela comentou. – Principalmente depois que você e Fred vieram para casa no começo do ano.

Olhar todos ali perplexos me fez começar a gargalhar o que não agradou Hermione que veio e me deu um tapa no braço.

— Pare de rir Frederich, me sinto enganada.

Claro que isso só me fez rir mais ainda.

— Hermione não vai nos apresentar ao seu amigo? – a mãe dela perguntou e toda a graça que eu vi na situação sumiu.

Droga eu estava mesmo parado na frente dos meus sogros.

— Mamãe, esse é o Fred, lembra que eu disse que iria trazer ele? – disse e eu estendi a mão e peguei a mão de Jane. – Fred minha mãe e meu pai.

Logo que soltei a mão de Jane o senhor Granger pegou a minha mão e apertou forte como se quisesse demonstrar que estava de olho em mim. E ele ainda nem sabia que estávamos namorando.

— Você é irmão do Rony, certo? – Jane perguntou.

— Sim senhora. – respondi.

— Não me chame de senhora. – ela pediu. – Estou muito nova ainda. – e riu. – Bem que vejo semelhanças entre vocês.

Hermione riu da minha careta.

— É que você não viu o George mais, são super parecidos. – ela disse sorrindo e veio mais perto. – São gêmeos.

Os olhos da minha sogra brilharam.

— Gêmeos? Serio?

— O sonho frustrado da minha mãe era ter uma irmã gêmea. – Hermione sussurrou.

— Ela já deu trabalho demais para nascer. – vovó falou. – E ainda queria que fosse dobrado, realmente essa filha ingrata que fui arranjar.

Jane sorriu.

— Você não teve que fazer nada no meu parto! Foi cesariana e pelo que meu pai contava você dormiu a cirurgia toda.

Fernanda bufou.

— Te carreguei por nove meses, já foi trabalho suficiente.

— Mas então. – Hermione tentou mudar de assunto. – George é o gêmeo do Fred, acredite mãe, eles são idênticos.

— Por favor Mi. – contestei. – Eu sou o mais bonito.

Ela riu.

— George diz o contrario.

— Hermione, pare de enrolar. – Fernanda disse. – Fale logo que estão namorando.

A morena suspirou.

Realmente não dava para acreditar que Fernanda e Hermione eram da mesma família.

— Vovó! Não apresse as coisas. – ela resmungou.

— Na-namorando? – o senhor Granger parecia espantado.

— Não fique tão surpreso. – Jane ralhou. – Eu disse que pra Hermione estar trazendo alguém para passar o ano novo com a gente só poderia ser por esse motivo.

— Eu tinha minha outra teoria. – ele respondeu e como a esposa ainda estava o encarando continuou: - Que ela viraria freira e trouxe um padre para nos explicar como funcionava o esquema.

Hermione riu.

— Papai, essa teoria é absurda.

— Um pai pode sonhar, não pode. – e ela sorriu para ele.

— Realmente estou até que surpresa. – Jane falou pegando a mão do marido.

Minha namorada franziu o cenho.

— Por que? É tão impossível assim eu estar namorando?

— Não por você estar namorando. – sua mãe explicou. – E sim pelo namorado, sempre achei que seria o Rony e você apareceu com o irmão dele.

Realmente não gostei disso.

— Por que todos dizem isso? – ela brigou pegando a minha mão. – Ron é meu melhor amigo, além de ter namorada. – deu uma pausa e logo continuou. – E vamos ser sinceros, Fred é muito mais bonito.

Sorri.

— Está comigo só por causa da beleza senhorita Granger?

Ela fingiu uma expressão surpresa.

— Como Hagrid sempre nos ensinou. – brincou. — Eu não deveria ter dito isso.

— Realmente ser tão lindo assim sempre me trouxe problemas. – eu disse.

Ela me empurrou mas como não tinha a minha força mal me movi.

— Pare de ser convencido.

— Não dá, é a verdade.

Ela revirou os olhos.

Voltamos nossas atenções para a família dela que nos encarava perplexos.

— Vocês me lembram tanto eu e o seu avô. – Fernanda falou com um ar sonhador.

Não sei se eu gostava ou não de ser comparado a um cara já morto.

— Vovó não somos tão irresponsáveis assim para casa aos dezessete anos. – Hermione lembrou.

— Não que já não tenha recebido pedidos. – falei pensando nos incidentes passados.

Ela riu.

— Como assim? – o senhor Granger perguntou.

— Você realmente não vai querer saber papai. – Hermione disse. – E alias, vamos Fred, temos que nos preparar para a noite de ano novo.

***

Levamos nossas malas para o quarto de cada um e ainda fui até o senhor e senhora Granger e perguntei se eles não queriam que eu levasse a deles. Voltei para o mesmo quarto que fiquei da ultima vez que vim aqui e joguei-me na cama lembrando daquela época distante.

Sorri ao lembrar de Hermione com medo da chuva e vindo para dormir comigo, eu nunca pensara que ela teria medo de algo tão trivial assim já que a morena era uma das pessoas mais fortes e sensatas que um dia eu já conhecera na vida. E hoje revendo aquele dia noto que eu devo ter começado a gostar dela ali, quando passei a noite toda ao seu lado. Senti-me um pouco exausto e tudo que queria era ir até seu quarto logo a frente do meu e a beijar, levá-la pra cama e fazê-la minha pelo resto da noite, mas eu sabia que não seria uma boa idéia com seu pai tão perto de nós.

Levantei-me e fui tomar banho,assim que sai coloquei uma camiseta branca e um calça jeans.

— Posso entrar? – Hermione perguntou quando já estava dentro.

— Isso se pergunta enquanto ainda não entrou. – falei sorrindo.

Ela fez careta.

— Idiota. – xingou-me e chegou mais perto de mim. – Estou com saudades de você.

Sorri enquanto ela colocava a mão ao redor do meu pescoço.

— Estamos juntos o dia todo. – lembrei-a.

Hermione revirou os olhos.

— Você entendeu o que eu quis dizer, Fred.

— Sua pervertida. – brinquei e a vi arregalar os olhos.

— Pervertido é você! Eu não quis dizer assim.

— Quis sim.

— Não quis não.

— Quis sim. – aproximei meu rosto do dela e deixei nossos lábios a centímetros um do outro. – Admita que esta morrendo de saudades de me agarrar.

Vi-a piscar confusa e encarar minha boca.

— Eu... – ela tentou falar desorientada. Eu sempre amei o efeito que eu tinha sobre Hermione. – Eu... Tudo bem Fred, agora pode me beijar por favor.

Dei um sorriso malicioso e fui aproximando cada vez nossas bocas até enfim se encostarem mas nem pudemos aprofundar o beija já que ouvimos:

— Hermione chame seu namorado e desçam. – era a voz do senhor Granger ecoando pela escada.

Suspirei.

— Já vamos, pai. – ela gritou de volta. – Não foi dessa vez.

— Estar aqui vai ser que nem o dia que o Ron te pediu em casamento, né? – perguntei.

Ela assentiu.

— Provável.

Sorri.

— Então melhor descermos.

***

— Hermione coloque sete pratos na mesa. – Fernanda pediu para ela assim que chegamos no andar debaixo.

— Mas somos só cinco. – Hermione lembrou.

Fernanda se virou para olhar a neta.

— Não comentei? Mikoto e seu neto vem passar o ano novo com a gente.

Minha namorada olhou pra mim.

— Tem certeza que ela é de confiança, vovó? – perguntou.

— Claro que sim, não seja boba Hermione.

Mi pegou os pratos na cozinha e rumou para a sala fazendo sinal para que eu a seguisse.

— Que foi? – perguntei.

— Estou preocupada. – Hermione respondeu. – Vovó não sabe dessa guerra que esta acontecendo, e se for algum comensal que esteja fingindo ser amiga dela pra obter informações.

Levantei a mão direita e tirei o cabelo do rosto da minha namorada e coloquei atrás de sua orelha.

— Mi, você esta sendo paranóica. – eu disse.

— Não estou não. – teimou. – Não sabemos quem essa Mikoto é, pode até ser a própria Bellatrix Lestrange.

Ri.

— Seria muito épico ver Bellatrix Lestrange entrando na sua sala de estar. – brinquei e ela me olhou feio.

— É serio. – sussurrou.

Suspirei.

— Se vermos algo estranho nela e no neto prometo que avisaremos a Ordem, okay? – tentei acalmá-la.

Hermione assentiu.

— O que tanto sussurram ai? – o pai dela perguntou.

— DR papai, você não vai querer saber. – Hermione respondeu.

***

— Esse jogo não faz sentido! – resmunguei quando a morena tentou me ensinar truco para jogar com ela e seus pais. Hermione riu do meu comentario.

— Faz sim, Fred, o que não faz sentido é xadrez bruxo. – ela resmungou. – No final de uma partida já se perdeu todos os peões!

— Para deixar toda a experiência mais realista. – falei.

Jane riu.

— Eu acho melhor não jogarmos. – o senhor Granger disse. – Eu até me sentiria mal ganhando dele.

Hermione bufou.

— Não tem como você não ter entendido comigo explicando. – resmungou. – Agora todos nossos fins de semana irei te ensinar até fixar na sua cabeça ruiva.

Sorri.

— Mande uma coruja já que sou um cara muito ocupado. – provoquei-a.

Ela revirou os olhos.

— Vocês estão no mesmo ano? – Jane perguntou. – Por que Ron esta e você é mais velho que ele...

— Fred terminou a escola ano passado. – Hermione respondeu embaralhando as cartas e logo colocando-as na caixinha. – Praticamente foi expulso devido a Umbrigde.

Ri com a lembrança.

— Não me diga que não gostou do show que fizemos? – perguntei. – Foi brilhante.

— Foi irresponsável. – ela me lembrou e eu revirei os olhos agora.

— Umbrigde merecia. – reclamei.

— E foi só por que ela merecia que não tiraram suas varinhas. – Hermione concordou.

— Mas se vocês não estudam juntos como é que... – Fernanda apareceu e se sentou na mesa perguntando.

— Casa dos Weasley, mãe. – Jane respondeu. – Ela sempre passa as férias lá.

— Nem tanto. – Hermione respondeu. – Mal vejo Fred na Toca.

Vi os três adultos parecerem confusos então logo tratei de explicar.

— Quando eu e meu irmão saímos do colégio começamos uma loja. – comecei. – E ficava longe para voltar pra casa então resolvemos nos mudar pra mais próximo.

— Mas se vocês mal se vêem n’a Toca... – o senhor Granger deixou a frase no ar mas todos entendemos o que ele estava querendo perguntar.

— Fred me seguiu pra Hogwarts. – Hermione respondeu.

— Eu não te segui! – queixei-me. – Apenas me ofereci como professor.

Ela riu.

— Não acredito que Dumbledore aceitou você como professor.

— Você é professor da minha filha? – o senhor Granger perguntou e eu não sabia se deveria ou não responder.

— Teoricamente não, já que ela se recusa a subir numa vassoura. – respondi.

— Não vou subir naquele pau que provavelmente vai me matar. – ela resmungou e pegou minha mão por baixo da mesa.

— Esta exagerando. – eu disse. – Minha família toda subiu em uma vassoura e todos estão vivos.

— Seus irmãos são suicidas. – Hermione disse soltando minha mão e colocando na minha perna e com seu dedo ficava fazendo círculos na minha perna. Droga Hermione! – Você viu mesmo no jogo contra Durmstrang, Ginny caiu e Ron quase se jogou atrás da bola diversas vezes.

Ri nervoso com sua mão na minha perna.

— Gina caiu por culpa do Jenks. – lembrei-a. – E Ron... Já sabíamos que ele é suicida desde o segundo ano que ele fez Harry subir no carro pra ir a Hogwarts.

— Um carro que você e George já dirigiram. – Hermione disse revirando os olhos. – Meu Deus, estou cercada de irresponsáveis.

Fernanda riu e nos viramos pra ela.

— Não querida, você que é responsável demais pra sua idade.

Olhei pra Hermione com a expressão de vencedor.

— Graças a Deus ela é responsável! – o senhor Granger resmungou.

Mas eu não estava mais prestando atenção no que eles diziam. A mão de Hermione na minha perna subindo e descendo cada vez estava me distraindo mais. A única coisa que eu queria naquele momento era puxá-la para meu colo e beijar-lhe até não conseguir mais respirar só que sabia que não seria um bom jeito de conquistar seus pais.

— Hermione, eu quero aquela bebida dos deuses. – falei para mantê-la longe um pouco.

— Bebida dos deuses? – Jane perguntou confusa mas sua filha havia entendido.

— Ele esta falando de refrigerante. Não tem no mundo bruxo. – explicou e se virou pra mim. – Tem na geladeira, vá buscar.

Sorri de um jeito irritante.

— Você é a anfitriã aqui. – respondi.

— Pare de ser preguiçoso Fred. – ela disse e empurrou meu ombro e mesmo assim levantou e foi em direção a cozinha. – Alguém mais vai querer?

— Eu. – Fernanda e Jane gritaram juntas.

Mesmo eu vendo muitas diferenças entre a mãe e a avó da minha namorada eu também via semelhanças. No físico principalmente mas até na personalidade, a diferença era que Jane era mais fechada do que sua mãe.

Logo Hermione voltou com os copos e colocou na frente da avó e mãe e na minha. Encheu das mulheres e quando veio encher a minha levantei a mão e sem que ninguém percebesse fiz com que Hermione derrubasse a bebida em mim encharcando minha blusa branca.

— Fred! – ela ralhou.

— Cuidado, Hermione. – o senhor Granger repreendeu.

— Realmente você não gosta de branco. – falei lembrando de uma vez que ela disse que preferia a camisa preta.

— Melhor se trocar, querido. – Jane disse e me levantei.

— Melhor mesmo. – respondi. – Já volto.

Rapidamente subi as escadas e rumei em direção ao quarto perguntando se havia algum problema com a minha cabeça. Chegando tirei a blusa e fui ao banheiro e a molhei para não ficar com mancha mas sabia que não tinha jeito. Voltei para dentro do quarto atrás da minha mala procurando outra camiseta quando a porta se abriu e Hermione entrou confusa.

— Fred você que me fez derrubar em você ou estou maluca?

— Fui eu.

— Frederich! – ela brigou. – Não gosta da camisa? É só queimá-la. Por que fez isso?

Dei de ombros.

— Não sei. – respondi.

Ela me olhava descrente. Porra, cara, nem eu estava entendendo a minha situação.

— Tem algo errado? – insistiu. – Percebi que esta tenso a noite toda.

— Claro que não. – afirmei tentando soar convincente. – Só estou tentando fazer seus pais gostarem de mim.

Vi-a sorrir e se aproximar de mim.

— Fred é claro que eles vão gostar de você. – falou enquanto entrelaçava seus braços no meu pescoço. – Se eu gosto de você não tem como meus pais não gostarem.

Senti um peso ser tirado de mim, um peso que eu nem sabia que estava carregando. Logo senti o calor do seu corpo irradiar até mim e abaixei meu rosto para enfim encontrar seus lábios como queria fazer a noite toda. Hermione abaixou o braço e foi para meu peito nu e logo aprofundei mais ainda nosso beijo.

Senti-me estremecer e um calor passou por todo o meu corpo. Eu a queria muito. Desci meus braços pela lateral do seu corpo até chegar na sua bunda que segurei e logo ela entrelaçou as penas na minha cintura. Isso tudo sem separar nossos lábios. Segui meu instinto e logo sentei na cama para nos manter em pé, Hermione se acomodou em meu colo e passei meus lábios para o seu pescoço e logo a ouvir gemer.

Hermione me empurrou para deitar na cama e se acomodou melhor por cima de mim e juntou nossos lábios de novo. Voltei a passar minhas mãos por todo seu corpo, minha mente estava completamente nublada, eu não lembrava onde estava, se era a hora certa pra se fazer aquilo ou não, apenas tinha Hermione por cima de mim. Fui tentar tirar sua blusa mas a morena recuou e abri os olhos confuso.

— O que foi?

— Não é um bom momento, Fred. – ela disse saindo de cima de mim. – Transar enquanto minha família espera a gente lá em baixo nunca seria uma boa idéia.

Ri.

— Com certeza não seria. – respondi e suspirei fingindo tristeza o que a fez rir.

— Mas não se esqueça, daqui a dois dias estamos voltando pra Hogwarts, ai não tem mais meus pais pra nos atrapalharem. – e com isso ela se dirigiu até a minha mala.

— Nunca pensei que diria isso mas estou louco pra voltar pra escola.

Hermione riu e tirou uma blusa preta com listrar brancas da minha mala.

— Coloque essa aqui.

Olhei lembrando que fora um presente de Angelina mas nunca gostei muito dessa blusa e nem sabia por que estava na mala.

— Eu fico parecendo uma zebra. – reclamei.

— Zebra é branca com listras pretas. – ela disse.

— Não da no mesmo?

— Claro que não!

Sorri e peguei a blusa.

— Acho melhor você se arrumar esta toda desarrumada. – comentei. – Seus pais desconfiariam que algo estava acontecendo aqui.

Hermione revirou os olhos e se aproximou de mim.

— Só você acha que eles pensariam besteira. – ela sussurrou e me deu um selinho.

Com o braço esquerdo que eu não estava segurando a camiseta passei ao redor de sua cintura pra trazê-la pra mais perto o que imagino que não tenha sido uma boa idéia estávamos abusando da sorte. Enquanto nos beijávamos a porta fora aberta o que não reparamos de inicio até ouvirmos:

— É melhor vocês descerem. – nos separamos e vimos o senhor Granger parado nos olhamos com o rosto um pouco vermelho. – A visita de Fernanda já chegou.

Terminando a frase ele me olhou dentro dos olhos e se virou saindo. Vesti rapidamente a camiseta de zebra que Hermione pedira e nos entreolhamos, sorri tentando deixar a situação mais leve.

— Com certeza ele não vai pensar besteira agora.

Ela me empurrou e saiu na frente.

***

Ter sido pego beijando a filha dele não fora a coisa mais estranha da noite. E sim ao descer as escadas Hermione pegou a minha mão mas paramos no meio dos degraus completamente chocados ao ver quem estava entrando na sala de estar de Fernanda.

— Cara, você é meu amigo mas essa perseguição já esta me assustando. – comentei para Kevin que finalmente nos notara.

— Acho que a perseguição é ao contrario. – ele respondeu. – Você foi até a minha escola.

Bufei.

— E logo em seguida você se mudou pra minha, veio pra minha casa e agora esta na casa da família da minha namorada. – completei.

— Acho que é mais fácil ele estar me seguindo. – Hermione brincou e soltou minha mão para descer e o abraçar.

— Estar seguindo a Hermione é um titulo que acho que posso agüentar. – ele respondeu assim que a soltou.

Sorri e revirei os olhos enquanto continuei a descer.

— Vocês se conhecem? – Jane perguntou quando dei um abraço em Kevin.

— Sim, desde crianças... – comecei a responder mas ouvi me chamar.

— Freddie?

— Tia Mik?

Realmente que a Mikoto que a avó de Hermione conhecia ser a Tia Mik me surpreendera. Eu a conhecia desde... Sempre. Minha avó e a Tia Mik eram amigas mas depois que minha querida avó morreu fora muito difícil eu ver tia Mik por isso eu com o tempo acabei perdendo o contato com Kevin e sua família.

Vi aquela mulher baixa com cabelo longo preto e liso andar rapidamente até mim e me puxar para um abraço. Minha mãe iria pirar quando eu contasse que havia reencontrado ela.

— Querido, como você cresceu. – ela disse bagunçando meus cabelos como fazia quando criança. – Ainda aterrorizando o pobre do Ronald?

Ri.

— Eu não o aterrorizava.

— Nunca entendi sua implicância com o coitado. – Mikoto continuou. – Você e George nunca implicavam com nenhum outro irmão, era sempre Ronald.

— É a hierarquia tia Mik. – comentei. – Eu não podia implicar com meus irmãos mais velhos, Carlinhos, Gui e Percy iriam me matar se eu tentasse pregar peças neles quando era tão novo, já Ron sempre quis estar por dentro.

— Coitado de Rony! – Hermione exclamou.

— Você não sabe nem da metade. – Kevin disse.

— Pelo jeito todos aqui se conhecem. – Fernanda disse.

Era uma situação muito estranha pra mim, na verdade.

— Então acho melhor todos irmos jantar. – Jane disse.

***

O jantar se passou tranqüilo e até que comecei a agradecer a Merlin por ter trago Kevin para cá. Tudo começou a andar de um jeito muito mais natural e eu não sentia mais a pressão de que os pais de Hermione tinham que estar gostando de mim. Passamos um bom tempo falando de quadribol e explicando para o senhor Granger como funcionava.

— Isso parece suicida. – ele comentou.

— Eu disse. – Hermione disse.

— Mas eu gostei. – ele completou.

— Pai!

Depois coloquei a tia Mik em dia de como estava todos lá em casa frizando sempre como Percy virara um idiota do Ministério, Carlinhos não aparecia muito e como eu não estava acreditando que o meu irmão Gui tinha conseguido fazer com que Fleur Delacour começasse a gostar dele.

— O amor é cego, Freddie. – ela disse.

— Veja, Hermione é uma bruxa muito inteligente e mesmo assim escolheu você. – Kevin completou.

— Me ofendeu, cara. – brinquei. – Acho que vou lá em cima ficar em depressão. Sozinho. No meu canto.

Todos na mesa riram.

Depois de comermos Jane, Mikoto e Fernanda estavam conversando tão animadamente que praticamente esqueceram que estávamos na mesa também então resolvemos que iríamos jogar um jogo trouxa lá que Hermione sempre jogava com seu pai. Algo como o jogo da vida pelo que ela me falou e explicou para nós como era. Seria dividido em times: Kevin e eu contra ela e o pai dela. Para vencer os dois jogadores teriam que chegar no ponto final, não valia apenas um.

— Podemos começar? – ela perguntou.

Ela era o carro vermelho. Eu o azul. Kevin o verde. Senhor Granger seria o preto.

— Só digo uma coisa. – o senhor Granger respondeu. – Nada de brigas.

Na hora eu não entendi o motivo dele falar isso mas ai finalmente começamos aquele maldito jogo. Nunca pensei que fora do campo de quadribol eu tinha um espírito tão competitivo até essa noite. Na verdade eu e Hermione, enquanto Kevin e o senhor Granger jogavam quietos eu e a minha grandessíssima namorada não parávamos de brigar.

— Você roubou. – ela gritou. – Eu vi.

— Roubei porcaria nenhuma! – gritei de volta e me virei para Kevin. – Roubei alguma coisa aqui Kevin?

Ele negou com a cabeça.

— Eu não vi nada.

— Você só o esta acobertando. – acusou ela e se virou para seu pai. – Papai...

— Não me meta nisso, Herms.

Vi-a fazer beicinho e cruzar os braços sobre o peito.

— Isso é injusto sua cenoura ambulante. – rosnou. – Eu sei o que eu vi.

— Sua sabe tudo! Você não viu nada. – respondi. – Eu sei que só esta mordida por que estamos ganhando.

Hermione bufou.

— Fique quieto. – mandou. – Seu retardado que tem medo de lugares apertados!

Estreitei os olhos.

— Agora vamos jogar os medos do outro na cara? – perguntei. – E você tem medo de chuva e trovoes. – falei. – Opa, quer dizer, barata. – coloquei com as mãos as aspas.

Ela abriu a boca surpresa.

— Não acredito...

— Melhor pararmos por aqui... – o senhor Granger disse se levantando e indo para o lado da filha.

— Concordo. – Kevin falou.

— Nem pensar. – Hermione disse. – Fred tem que ouvir umas verdades.

— Que verdades tenho que ouvir?

— Você é um ruivo sem vergonha que todas as garotas ficam se derretendo que nem idiotas...

— Agora é culpa minha eu ser tão irresistível? – ironizei.

— Sim! – afirmou. – É totalmente sua culpa, fica ai seduzindo todos, fazendo os outros se apaixonar... Me fazendo me apaixonar, esses seu plano ridículo.

Ri.

— Pensei que quem estava planejar seduzir o outro era você. – respondi já menos irritado. – Você que quis me conquistar.

Entreolhamo-nos e sorrimos juntos pela briga boba. Hermione acabou me pegando de surpresa quando pulou e se jogou nos meus braços me beijando em seguida na frente de todos. Tentei manter o foco que tinha muita gente em volta mas só voltei mesmo para o presente por que ouvi a voz de Kevin:

— Vão para um quarto por favor.

— Não! Eles não vão pra um quarto. – já agora era a voz do senhor Granger.

Hermione me soltou e virou para o pai começando a rir em seguida e eu a acompanhei. Logo a senhora Granger apareceu e falou:

— Já é meia noite.

Fora uma surpresa pra mim ao ver que já tinha mudado de ano. Fiquei um pouco triste por não estar com a minha família mas a felicidade de ter Hermione ao meu lado fora maior do que aquela saudade. Depois de desejar a todos ali um feliz ano novo observei Hermione andar com aquela graciosidade só dela pela sala abraçando a todos e desejei tê-la em minha vida até meus últimos dias.

Agora eu sabia que faria de tudo por ela.

Eu mataria por ela.

Eu morreria por ela.

Por que ela fazia parte de mim.

Uma parte que eu não queria perder nunca.

Vi-a sorrir ao ver que eu a olhava e vir até mim me abraçando forte.

— Feliz ano novo. – falei e ela sorriu.

— Feliz ano novo. – respondeu. – Me beija.

Olhei em volta.

— Seu pai esta olhando.

Ela sorriu.

— Foda-se. – disse e me beijou em seguida.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Gostaram??
Review??
Recomendação??
Até o proximo cap.
Beijos



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