Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 26
Capítulo 26 - F.R.I.E.N.D.S


Notas iniciais do capítulo

Olá
Desculpe-me a demora, fora um mês corrido demais, e o tempo que tive livre escrevi pouco e terminei de ler Instrumentos Mortais e li Peças Infernais, quando consegui me recuperar do final - quem leu sabe do que to falando - resolvi escrever. Só digo que estou apaixonada por Will Herondale



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Eu andava com a cabeça abaixada pelos corredores estreitos. Com o capuz escondendo metade do meu rosto e meu cabelo que estava preso em um coque feito rapidamente eu rezava para ninguém me reconhecer por aquelas bandas. Eu sabia que estava numa parte sombria do beco diagonal onde poucos bruxos decentes passavam mas o que poderia fazer? Eu havia sido praticamente convocada.

Já deveria ser quase dez da manhã e me senti culpada por ter saído da casa de Fred sem dizer nada mas fora necessário. Depois de um dia maravilhoso que tivemos ontem com Angelina e George eu não confiava o bastante em mim mesma para conseguir mentir para a pessoa que fazia meu coração bater descontroladamente.

Quando acordei mais cedo senti meu coração bater com tamanha felicidade ao notar que eu ainda estava na cama de Fred. Troquei-me rapidamente e procurei qualquer traço de algum gêmeo pelo apartamento mas vi que estava sozinha e isso acabou por me entristecer um pouco. Tomei meu café e fui para o andar debaixo onde encontrei meu namorado e seu irmão trabalhando.

– Não precisa. – o ruivo disse quando ofereci ajuda. – Só arrume suas coisas que a tarde vamos pra toca e de lá para casa dos seus pais.

Voltei para o apartamento sem nada para fazer e eu impaciente como era já havia arrumado as minhas coisas, a de Fred e limpado boa parte da casa quando aquela grande coruja preta apareceu em minha janela com uma pequena carta em seu bico. Acariciei a coruja que pareceu orgulhosa de si mesmo por ter me achado e logo saiu voando não esperando uma resposta. Olhei para o papel em minhas mãos pensando em quem poderia ter enviado, abri curiosa e me deparei com a seguinte frase:

Encontre-me na Travessa do Tranco. Urgente.

– DM

Foi automático da minha parte. Sem pensar direito troquei minha roupa pegando uma capa que cobria quase todo meu corpo e prendi meu cabelo para não me reconhecerem e me aventurei pela parte mais sombria do Beco Diagonal sem saber o motivo de tanta urgência.

Enquanto eu andava com a cabeça baixa me senti culpada por não estar procurando nada que ajudasse Malfoy desde que sai de férias mas mal tinha tempo para respirar! Comecei a imaginar o que fora tão importante para ele se arriscar para me mandar uma coruja.

Senti alguém pegar meu braço e me puxar para o corredor mais escuro. Tentei alcançar minha varinha mas fora sem sucesso.

– Jesus! – falei baixinho e logo vi que era Draco, um Draco mais pálido que o normal.

–Sou só eu. – ele falou baixo. -Estou realmente ofendido por ter nos confundido, sou muito mais bonito que ele.

Revirei os olhos.

Ele estava bem já que seu sarcasmo continuava intacto.

Meus olhos rolaram por seu corpo procurando algum machucado, sangue... Algo que indicasse que ele corria risco de vida mas nada encontrei. O único anormal era sua palidez entretanto ele sempre fora branquelo, deve ser algo de família. Estava com uma capa preta que descia até o chão.

– Granger! – o loiro ralhou. – Pare de me analisar assim, sei que sou gostoso mas com você me olhando com tanta intensidade começo a me sentir envergonhado.

Joguei-lhe um olhar irritada.

– O que era tão urgente para ter me chamado até aqui,Malfoy? – perguntei.

Ele olhou para o corredor atrás de nós como se procurasse alguém que poderia estar ouvindo nossa conversa, fitou cuidadosamente cada lado e chegou mais perto para sussurrar em meu ouvido:

– Acho que vou reprovar em poções agora sem Snape...

Afastei-me dele perplexa.

– Esta brincando, certo? – Ouvi minha voz falar. – Me trouxe até aqui por nada?

Malfoy deu um sorriso irritante.

– Acho que a minha situação em poções é bastante critica, Granger...

– Se queria conversar por que não chamou algum dos seus amigos sem cérebros em vez de me apavorar achando que Voldemort havia te machucado de alguma forma...

– Não fale o nome dele! – Draco sussurrou parecendo assustado. – Granger se preocupou comigo?

– Claro que sim. – respondi já aliviada por não ter nada errado. – Mas você me chamou mesmo aqui apenas para conversar?

– Sim, Granger. – ele falou irritado. – Qual é o problema disso?

Pensei como ele deveria se sentir solitário. Já que a única pessoa que ele poderia chamar para ter uma conversa era sua antiga arqui-inimiga.

– Esse lugar me da arrepios. – eu disse brincando enquanto gesticulava com as mãos.

Draco deu um meio sorriso quase imperceptível.

– A sabe tudo Granger não tem medo de enfrentar comensais mas de vir até a travessa do tranco tem?

Sorri.

– Ron sempre me diz que tenho que rever minhas prioridades. – comentei.

Draco revirou os olhos.

– Como explicou para eles sua saída repentina? – perguntou se encostando na parede logo atrás de você e fui para mais perto sendo engolida pela escuridão. – Esta na casa dos coelhos ruivos, certo?

– Estou na casa de Fred. – respondi ignorando a parte dos coelhos ruivos. – E claro que sai escondida... Pra nada importante!

– Saiu escondida? Assim ele desconfia que tem algo errado.

– Esperava o que? Eu falar: Fred estou indo ali na Travessa do tranco, mas não se preocupe com o perigo estou indo encontrar Malfoy e apesar de nos odiarmos desde pequenos agora estamos numa trégua mutua para ver o que tem de errado com seus sonhos. – falei sarcasticamente. – Assim que ele iria relaxar mesmo.

Malfoy riu.

– A cara dele seria épica se isso acontecesse.

Dei de ombros.

– Tem algo errado, Draco? – vi sua expressão endurecer. - Por que realmente esta aqui?

O loiro deu um sorriso meio triste e meio arrogante.

– Não acha que eu simplesmente senti sua falta?

Entreolhamo-nos e automaticamente rimos juntos.

– Ótima piada, Malfoy. – eu disse. – Mas fale logo o que tem de errado loiro de farmácia.

– Sou loiro natural... – ele começou mas logo viu minha careta. – Caso queira saber... Meus pais são loiros...

– Sim, sim, eu sei sobre genética, como o pai e a mãe tem um gene e dão para o filho e sobre gene dominante e recessivo. – falei naquele tom sabe tudo irritante.

– Ahn? Dominante? Recessivo? – Malfoy estava com uma cara confusa.

Coloquei a mão na testa.

– Realmente vocês bruxos não aprendem nada sobre genética? Leis de Mendel? – arrisquei e ao ver a cara mais confusa dele resolvi desistir. – Deveriam aprender isso... É essencial para qualquer ser humano ter uma noção pelo menos básica sobre esses assuntos!

– Granger não faço idéia do que você ta falando mas sei que é algo que eu não to nem ligando.

Revirei os olhos.

– Só eu no colégio todo que durante as férias tento recuperar a matéria que perdi da escola trouxa? – perguntei.

– Sim, Granger, só você. – Draco disse se encostando na parede atrás de si e escorregando até o chão.

Arregalei os olhos.

– O que, por Merlin, você esta fazendo?

– Me sentando? Estou cansado...

Eu não sabia o que fazer. Sabia que era uma péssima idéia estar nós dois na travessa do tranco um lugar que qualquer um poderia ver, só que... Tinha algo nele, deixava Malfoy de um jeito tão frágil como se precisasse de amigos para pelo menos estiver lá por ele, e isso não conseguia deixar eu ir embora como minha consciência mandava.

– Não acho que seja prudente ficarmos aqui onde qualquer um pode ver...

– Só senta. – Draco disse e vi seus olhos cinzentos brilharem. – Por favor.

Suspirei e fiz o que ele me pediu, sentando ao seu lado com nossos braços quase se encostando. Meu coração mole um dia ainda seria a minha ruína, eu poderia prever isso.

– Ainda esta tendo pesadelos? – perguntei depois de um tempo em silencio.

– Toda semana. – o loiro sussurrou. – Estão cada vez durando mais...

Senti meu estomago embrulhar.

– Vai melhorar. – mas minha voz deixava claro que eu não acreditava plenamente nisso. – Vamos achar alguma coisa... Poderíamos tentar falar com Dumbledore...

Vi seus ombros se contraírem.

– Não. – falou de um jeito grosso. – Não quero que envolva a ninguém, não comentou com ninguém sobre isso, certo Granger?

Neguei com a cabeça.

Olhei para a escuridão a nossa frente e logo depois ao corredor que eu estava antes de ser puxada por Draco para esse beco onde estávamos. Poucas pessoas passavam por ali e as que passavam pareciam tão assustadas por estarem ali que nem notavam nossa presença.

– Se você pudesse voltar no tempo... Teria algo que mudaria? – Malfoy perguntou depois de um tempo que ficamos em silencio.

– Como assim?

Ele franziu a testa.

– Você entendeu o que eu quis dizer. – resmungou. – Mostre que merece o titulo de uma bruxa brilhante.

Mordi o lábio nervosamente sabendo se deveria ou não responder sinceramente e no fim foi isso que fiz:

– Não sei... Acho que eu não teria deixado Cedrico participar do torneio tribruxo, ou tentado salvar Sirius... Tem tanta coisa que eu faria diferente.

Vi-o me encarar pelo canto do olho.

– Sabe que essas coisas não foram culpa sua, certo? – ele disse. – Foram conseqüências dos atos dos próprios.

– Mas eu iria tentar ajudá-los, tinham muito ainda pra viver. – falei rapidamente querendo mudar de assunto. – E você? Mudaria algo?

Ele pareceu ficar mais tenso mas em seguida deu um sorriso convencido.

– Não, eu sou perfeito, não teria o que mudar. – revirei os olhos pela sua resposta. – Mas me conte, Granger, como o Weasley é de cama?

Virei-me com tudo para olhá-lo sabendo que meu rosto deveria estar super vermelho.

– C-como é?

Draco soltou uma risadinha.

– Acha que não notei? – ele comentou. – Desde o momento que chegou aqui esta mais relaxada e com uma cara que teve uma ótima foda na noite anterior.

– Malfoy! – ralhei. – Não se fala essas coisas.

– Ainda continua esquentadinha. – o Sonserino disse com um sorriso na cara. – Não desestressou completamente, mas entendo, é que você nunca transou comigo, sou o único que conseguiria fazer tal feito. Eu pego a menina no colo, tiro toda roupa e com a minha boca...

– Malfoy você não tem qualquer pudor.

– E eu ainda mal comecei a falar o que eu faço com as garotas que levo pra cama. – disse fingindo decepção. – É pra isso que uma amizade serve, Granger! Eu poder te falar tudo.

Acabei por me assustar. Ele considerava aquele lance de nos encontrar escondidos como uma amizade? Draco Malfoy acabara mesmo de dizer que era meu amigo?

– Tem detalhes da sua vida que você não precisa compartilhar. – falei.

– Ah, mas eu já ia te falar sobre a ereção que eu tive hoje de manhã enquanto via uma re...

Levantei-me num pulo e com cuidado o chutei.

– Não quero ouvir. – respondi. – Alias Malfoy, tenho que voltar pra Fred antes que ele comece a me procurar e aposto que na sua casa devem estar atrás de você.

Vi algo diferente em seus olhos... Seria medo?

– Volte para seu fetiche de aluna e professor, Granger.

– Não tenho nenhum fetiche de aluna e professor!

– Tem certeza?

Draco Malfoy só deixara essa pergunta no ar quando se levantou e saiu sem se despedir para os corredores da travessa do tranco. Coloquei a touca de volta tentando a todo custo ninguém me reconhecer. Enquanto saia senti alguém estava me observando mas me virei e não tinha ninguém nas sombras.

***

Assim que sai da travessa do tranco me senti mais aliviada. Mas não voltei direto para a casa dos gêmeos em cima da loja. Eu estava com a minha cabeça a mil, primeiro soltei meu cabelo e tirei o capuz para não parecer que eu estava tentando me esconder e enfim comecei a vagar pelo beco diagonal sem um objetivo em mente.

Minha cabeça voltava para o encontro que acabara de ter com Malfoy e na confusão que isso me causara. Sentia aquele medo irracional só de pensar que ele estava voltando para sua casa quando claramente havia algo lá que o estava perturbando.

“É pra isso que uma amizade serve, Granger! Eu poder te falar tudo.”

Lembrar dele falando essa frase para mim fazia meu coração palpitar. Eu queria recuperar o juízo e lembrar que aquele loiro era Draco Malfoy! Não dava para confiar em um Malfoy, mas eu o que eu mais queria era o abraçar e o proteger como fazia a Ron e Harry.

Só fui reparar que estava levemente atrasada – minto, muito atrasada – Quando passei em frente a uma loja que concertava relógios e vi que todos marcavam uma hora da tarde. Surpreendi-me por eu já estar a três horas fora e nem notara. Corri de volta para a loja já pensando como Fred iria querer me matar.

E eu não estava enganada. Assim que coloquei os pés na Gemialidades Weasley o ruivo apareceu na minha frente com o rosto vermelho como se tivesse corrido muito.

– Aonde você estava? – questionou. – Sabe como eu procurei por você?

– Fui dar uma volta no Beco. – respondi irritada com o tom de voz dele.

– Não podia ter avisado que iria sair? – a voz de Fred estava alta o que acabava por chamar a atenção de pessoas em volta.

– Não sou uma criança pra avisar cada passo que dou!

– Você sumiu Hermione, sabe como eu fiquei preocupado? – ele perguntou ficando mais vermelho. – Estamos no meio de uma guerra, você é a melhor amiga de Harry Potter, todos os comensais devem estar atrás de você agora.

Senti o rubor vir até meu rosto.

Eu detestava estar errada. Ainda mais quando eu estava escondendo algo de Fred. Senti-me mal por mentir e não contar o que estava realmente fazendo, mas era melhor assim, acho que ninguém deixaria eu continuar vendo e ajudando Malfoy e naquele momento ele precisava de mim, eu sentia.

– Desculpa, eu deveria ter avisado que iria sair. – respondi e vi seus ombros relaxarem. – Não pensei que talvez fosse ficar preocupado.

O sorriso tão habitual veio para os lábios do meu namorado.

– Tudo bem, só não faça mais isso. – ele disse me puxando para um abraço. – Aonde você foi?

– Passei boa parte do tempo na floreios e borrões. – menti.

Ele me soltou e vi seu cenho franzido.

– Que estranho eu fui até lá te procurar. – Fred disse e passou a mão pelos cabelos ruivos automaticamente. – Não te achei.

Dei de ombros tentando parecer despreocupada.

– Talvez tenha sido na hora que eu fui procurar a sorveteria que Harry sempre fala. – disse tentando mudar de assunto. – Quando vamos para a’Toca?

Isso pareceu ter trago o ruivo de volta a urgência do pouco tempo que tínhamos.

– Agora. – respondeu. – George vai fechar a loja hoje mais cedo porem é bem provável que já tenhamos ido pra casa dos seus pais...

– Da minha avó. – corrigi. – Vamos passar lá.

Fred sorriu maliciosamente.

– Vou perguntar algumas coisas do futuro pra ela. – o olhei confusa. – Ela já havia prevido nós dois, o que mais ela não deve saber?

Balancei a cabeça a cabeça enquanto ia para as escadas no fundo da loja que daria para o apartamento dos ruivos.

– Foi pura sorte. – falei.

Ele riu.

– Sorte ou não, ela tem algo de especial.

– Claro que tem, é a minha avó. – brinquei.

Chegamos na escada e subi dois degraus para ficar na altura de Fred. Virei-me para ele que sorria e colocou suas mãos na minha cintura me puxando para mais perto que a estrutura nos permitia.

– Você esta ficando convencida.

– Aprendendo com o melhor. – sorri e pisquei para ele.

– Criei um mostro. – sussurrou e chegando cada vez mais perto me beijou.

Gostaria de um dia entender como aquele ruivo metido a besta conseguia fazer eu ter ao mesmo tempo todas as duvidas e respostas sobre o mundo em apenas um beijo. Meu coração palpitava tanto que eu estava começando a ter medo de morrer de um ataque cardíaco enquanto o beijava, isso acabaria com o clima, com certeza. Todas as preocupações sumiram enquanto eu sentia os braços dele me embalar como se eu fosse fugir caso me soltasse, mas o que deveria estar claro para todos que nos vissem é que eu não tinha condições para ir em qualquer lugar que fosse sem ele. Pois é, estar apaixonada com certeza é se sentir como uma boba a maior parte do tempo e ser feliz com isso.

– Eu realmente não preciso ver meu irmão agarrar a pequena Hermione assim, por favor. – ouvimos a voz de George assim. – Já basta saber que você esta tirando toda a pureza da menina!

Fred se afastou de mim e sorriu para o irmão.

– Ele não esta tirando a minha pureza! – contestei.

George deu um sorriso malicioso.

– Não foi isso que eu vi quando voltei pra casa esses dias atrás, querida Mionezinha...

Senti meu rosto ficar vermelho.

Merda George! Não esqueceria isso nunca? Eu estava tentando arduamente.

– Você muitas vezes sabe ser inconveniente. – respondi mas sorri. – Estou indo pegar nossas coisas. – e continuei subindo as escadas sabendo que eles iriam querer tempo para conversar sozinhos.

Abri a porta do apartamento e fui direto para o quarto do meu namorado pegando nossas malas que eu havia feito mais cedo e arrastei até a sala sabendo que aparataríamos dali.

Em seguida fui até a cozinha tomar um pouco de água para me hidratar da longa caminhada que tive mais cedo. Voltei para a sala esperando Fred entrar já que eu não queria incomodá-lo em sua conversa com o gêmeo. Eu acabava ouvindo alguma coisa que os dois diziam mas não prestava muita atenção.

Depois de quase dez minutos que eu estava jogada no sofá apenas esperando Fred entra com um sorriso menor que antes mas ao me ver vi seus olhos brilharem e me senti a pessoa mais feliz do mundo.

– Desculpe a demora, problemas de ultima hora.

Dei de ombros.

– Já vamos?

– Sim.

***

– Eu gosto do colchão do Ron. – Fred comentou se remexendo na cama.

Havíamos chegado na Toca e a senhora Weasley, Rony tinham saído para comprar algumas coisas deixando Harry sozinho com Ginny na casa já que não estava se sentindo muito bem. Com isso fomos para o quarto que o moreno dividia com meu outro melhor amigo e Fred folgado como era se jogou na cama do irmão e me puxou junto.

– Eu devo sentir ciúmes? – brinquei.

– Acho que sim, Mione. – Harry sorriu ao dizer. – vai que ele te troca pelo colchão e fogem juntos.

Ri.

– Ele que se cuide, sei como desintegrar um colchão e um ser humano. – ameacei.

– To vendo que perdi meu irmão. – minha melhor amiga disse rindo encostada no namorado.

O ruivo riu e me puxou para mais perto.

– Sempre deve sentir ciúmes de mim, Mi.

Vi Gina nos analisando cuidadosamente que me fez tremer de nervosismo o que não passara despercebido por Fred que tinha seus braços ao redor de minha cintura. Harry nos olhava meio confuso e meio distraído.

– Fred, nervoso por conhecer os pais da Mione? – Harry perguntou.

– Porque eu estaria nervoso? – Fred falou confiante. – Não tem como eles não gostarem de mim. A avó dela já me ama.

Cutuquei-o.

– Não seja convencido. – eu disse. – Alias não fique tão confiante assim, meu pai tinha o plano de me enviar para um convento então duvido que estará feliz quando te conhecer. – conclui brincando porem num tom serio.

Ginny e o irmão franziram o cenho.

– Num o que?

– É um lugar que uma mulher vai pra se dedicar totalmente a Deus. – Harry respondeu por mim. – Não pode ter qualquer relacionamento romântico com um homem.

O rosto de surpresa da ruiva fora impagável.

– Que horror. – exclamou. – Por que alguém aceitaria isso?

Dei de ombros.

– Amar demais a Deus e suas religião.

Fred tossiu e sorriu.

– Hermione nunca poderia entrar pra um convento. – disse com um tom malicioso me fazendo corar.

– Por que não? – Harry perguntou distraído enquanto Gina nos olhava parecendo perplexa. – Hermione é a pessoa mais santa que eu já conheci.

Fred riu. Ginny poderia parar de ser tão observadora!

– Você não sabe da metade das coisas que ela anda fazendo... – o ruivo brincou e o soquei no braço.

– Não ando fazendo nada, pare com isso antes que eles pensem coisas erradas.

– Não estamos pensando nada. – o moreno disse.

Gina riu.

– Diga por você, mas Mione...

A ruiva não teve oportunidade de terminar já que a porta se abriu e Rony entrava todo distraído em seu quarto e nos encontrou jogados em sua cama.

– Por favor digam que não transaram na minha cama. – meu melhor amigo disse olhando para mim e Fred.

Revirei os olhos.

– Não seja nojento Ron. – reclamei.

– Não da Mione, ele já nasceu assim. – sua irmã disse rindo. – Mamãe trouxe aquela bolacha que eu queria?

Ron a fuzilou.

– Acho que sim. – Gina deu um pulo da cama para ficar em pé. – Vá e não volte.

Com isso a ruiva saiu correndo e Fred pareceu acordar e se preparar para levantar.

– A bolacha com nozes? – perguntou e o irmão assentiu. – Volto mais tarde.

Harry e eu nos entreolhamos quando meu namorado também saiu correndo atrás da tal bolacha.

– Se vocês não comeram a bolacha ainda não viveram. – Ron disse tirando o tênis e se sentando ao meu lado. – É como néctar dos Deuses.

Sorri.

– Não pode ser tão bom assim.

Ele levantou a sobrancelha como se indagasse e não teimei. Em relação a comida Rony sabia de tudo.

– Como foi o dia? – perguntei para o ruivo.

– Normal. – respondeu. – Mamãe estava louca para comprar tudo que precisaria para a ceia de ano novo. Passamos na loja mas você e Fred já tinham saído.

Assenti.

– Logo temos que ir pra minha casa. – respondi. – Só viemos aqui por que eu sei que vocês dois ficariam reclamando por um século dizendo que os abandonei.

Harry riu.

– Eu não diria isso nada.

– Eu disse vocês para não deixar na cara que eu falava de Ron. – admiti.

Ele revirou os olhos.

– Vou fingir que não ouvi isso.

Dei de ombros.

– Como foi esses últimos dias que você ficou desaparecida? – Harry perguntou.

– Minha mãe já estava começando uma oração pedindo a Merlin que você não engravidasse tão cedo. – Ron disse rindo.

Bati meu ombro com o dele.

– Fred me levou pra acampar.

– Onde? – o moreno perguntou.

– Num museu.

– Museu? – Rony fez careta. – Que chato.

Ri.

– Um museu que ganha vida durante a noite. – informei-os. – Nem conseguimos dormir se vocês querem saber, só corremos de um canto para o outro assim o dinossauro não nos matava.

Harry e Ron me olhavam perplexos.

– Ganhava... – Harry começou mas só Ron continuou:

– Vida?

Assenti.

– Que foda! – falaram juntos.

– E perigoso. – lembrei-os. – Eu poderia não estar mais aqui hoje, estariam perdidos.

– Não se preocupe Mione. – Ron disse colocando a mão no meu ombro. – Vaso ruim não quebra fácil.

Peguei seu próprio travesseiro e tentei sufocá-lo.

– Já esta na hora, Mi. – ouvi a voz de Fred e finalmente vi a porta estava aberta.

Assenti e levantei para pegar nossas coisas e finalmente ir até meus pais e apresentar-lhes meu namorado. Eu rezava pra que tudo ficasse bem essa noite.


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Notas finais do capítulo

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