Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 10
Capitulo 10 - Quidditch Match


Notas iniciais do capítulo

Gente voltei >
Boa leitura.



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— Vocês ouviram o mesmo que eu? – Ron perguntou assim que todos os alunos começaram a diminuir o volume.

— Acho que sim. – Harry respondeu também pasmo.

Eu não conseguia dizer nada. Provavelmente eu era a mais chocada de nós. Dumbledore só poderia ter perdido a cabeça quando deixou que Fred Weasley, sim o mesmo Fred que acabou sendo expulso do colégio no ano anterior como professor.

— Tem algo errado nisso. – Ginny disse olhando-me. – Você sabia disso, Mione?

Neguei.

— Eu não fazia idéia.

E isso me irritou. Eu odiava não saber de algo então acho que se ele fosse virar um dos professores do meu colégio depois de tantas cartas que trocamos ele tinha que ter decência de me contar.

— Dumbledore só pode estar louco. – Rony disse.

Olhei para a mesa dos professores e quase todos estavam jantando. Procurei Fred e logo nossos olhos se cruzaram vi um brilho passar pelo do ruivo e ele sorria para mim. Mesmo querendo sorrir de volta virei o rosto e notei Gina sorrindo para mim.

— Que foi? – perguntei.

— Fred odeia a escola. – assenti.

Isso era o que mais me deixava confusa. Fred já deixara claro que odiava ter que estar aqui então por que ele aceitara o cargo como professor de vôo.

— Se ele aceitou voltar para cá tem que ter um motivo. – Gina continuou.

Olhei para ela confusa.

— Você. – ela respondeu obviamente.

— Não foi por minha causa! – sussurrei para que os meninos não ouvissem.

— Claro que não. – a ruiva disse ironicamente. – Ele veio me vigiar.

Revirei os olhos.

O jantar se passou muito lento para o meu gosto. Terminei de comer e estava louca para ter uma conversa com Fred mas ao mesmo tempo sempre que via ele me olhando a vontade de me esconder aparecia.

— Olhe, Fred esta vindo. – Rony disse.

Olhei para o sentido que Ron dissera e vi sim seu irmão sorridente vindo em nossa. Levantei rapidamente e disse:

— Vou para o quarto. Estou com dor de cabeça.

Sem esperar uma resposta deles virei em direção oposta a Fred e sai do salão comunal indo para as escadas e logo já estava em frente ao quadro da mulher gorda. Entrei na Grifinória tentando não ouvir os comentários que rolavam por toda a escola: sobre o novo professor.

***

Eu não sabia por que estava tão nervosa assim! Eu praticamente corri pro lado contrario quando Fred apareceu e isso estava me deixando incomodada. Minha mente não conseguia parar de pensar em outra coisa então resolvi que deveria estudar um pouco já que as provas não estavam longe de começar.

— Hermione?

Estava deitada na minha cama lendo um livro até que uma voz me chamou. Levantei o rosto e encarei a garota.

— Sim, Lilá?

A garota sorriu para mim.

— Encontrei Gina enquanto subia e ela me pediu para pedir pra você ir ao quarto dela. – Lilá disse indo até sua cama e pegando uma toalha. – Pelo jeito é importante.

Agradeci e um pouco irritada por ter que parar com meus estudos rumei para o quarto de Gina. Encontrei algumas alunas de anos anteriores ao meu suspirando pelos cantos.

Bati na porta assim que cheguei em frente ao quarto de Ginny.

— Me chamou?

Ela estava sentada em sua cama com sua varinha na mão olhando para um caderno.

— Sim. – ela disse e deu palmadas em seu colchão. – Sente-se aqui.

Suspirei e fui até ela.

Eu já tinha idéia que ela iria falar sobre Fred e sua loucura que era achar que ele viera para Hogwarts por minha causa. Mas isso era uma completa bobagem né? Ele deveria ter um motivo plausível para ter vindo aqui.

— Eu estava tentando fazer esse feitiço mas sempre da errado. – Ginny disse surpreendendo-me. – Pode me explicar por que?

— É por isso que você me chamou aqui? – perguntei.

Ela me olhou inocentemente.

— Sim, por que?

Balancei a cabeça.

— Nada. – respondi. – Deixe-me ver o feitiço.

Ela me entregou o livro que falava sobre uma azaração que deixava a cobaia desorientada e logo ela começava a suar muito parecendo que tinha acabado de sair de uma maratona.

— Por que você quer saber isso?

Gina deu um sorriso maroto.

— Você não vai querer saber.

Revirei os olhos.

— Faça para eu ver qual é o erro.

Gina pegou sua varinha e começou a repetir o encantamento e logo reparei o erro no gesto da varinha e na pronuncia. Expliquei-a o erro e depois de algumas vez praticando com o nada já estava certo.

— Algo mais? – perguntei.

A ruiva negou com a cabeça.

— Então vou indo. – falei levantando-me da sua cama.

— Não. – ela pediu. – Só quero sua presença comigo.

— Aconteceu alguma coisa? – perguntei.

Gina fez careta.

— Não, é tão errado assim eu querer a presença da minha melhor amiga? – ela soou ofendida.

Sorri sentando-me de volta.

— Acho que não.

Ficamos conversando por um tempo e parecia que tinha um acordo subentendido entre nós duas. Eu não mencionava Dino e ela nem pensava em Fred e isso era muito bom. Poder conversar com ela sem ter que me preocupar.

— Eu não acredito nisso! – falei rindo. – Serio que Luna...

Gina assentiu rindo.

— Sim. Luna estava mesmo andando pelo castelo no meio da noite e encontrou o Zabini.

— Por que diabos Luna ficava se aventurando pelo castelo de madrugada? – resmunguei. – Isso é contra as regras.

— Pare de ser certinha, Mione. – Gina disse sorrindo. – Você sabe as maluquices de Luna. Mas continuando... Ai viu ele pegando com uma garota pelo jeito eles estavam quase transando!

Arregalei os olhos.

— Luna naquele ar meio aéreo dela quando ele tentou fingir que nada estava acontecendo ela apenas disse para eles tomarem cuidado para não terem filho e quando a garota da Sonserina saiu deixando ela sozinha com o Zabini ela disse que a garota tinha cara de guaxinim.

E eu ri mais.

Só a Luna mesmo para dizer algo assim a um Sonserino.

— E Zabini disse o que? – perguntei.

Ginny deu de ombros.

— Ela foi embora antes de uma resposta.

— Luna as vezes é muito estranha.

A ruiva assentiu.

Olhei para o relógio que tinha em todos os dormitórios e vi que já passara das onze horas e notei como estava cansada.

— Acho que estou indo dormir.

Levantei e comecei a rumar para fora mas Gina pegou meu braço fazendo-me parar e olhar para ela.

— Eu sei que não quer falar com isso. – ela disse. – Só me escute okay? – assenti. – Se Fred gosta de você ou você gosta dele não é da minha conta. Só que eu sou Irmã dele e não quero vê-lo magoado então se algo tiver acontecendo...só não o magoe okay?

— Gina... – comecei para dizer que nada estava acontecendo mas ela me interrompeu:

— Eu não preciso de uma resposta.

E com isso fui praticamente chutada de seu quarto. Quando voltei para o meu vi Lilá rindo com as Parvati’s em sua cama e resolvi que era melhor tirar esse momento para mim. Troquei-me e deitei na cama. Minha cabeça parecia que ia explodir.

***

— Fugindo de mim, Granger? – a voz irritante de Fred apareceu logo atrás de mim no dia seguinte.

Já era quase o horário do almoço e desde que eu acordei inconscientemente sim eu estava evitando ele com medo de saber o real motivo por Fred estar assim. Então evitei quase todo mundo e me escondi da biblioteca o tempo que pude.

— Estou brava com você. – respondi continuando a andar olhando para frente.

— Por que?

— Como não me contou que viria dar aula? – perguntei.

— Uma surpresa. Não sabe o que significa surpresas? – ele respondeu.

— Não gosto de surpresas. – resmunguei. – Alias como que Dumbledore aceitou você como professor de Hogwarts? Isso é uma completa loucura.

Fred sorriu tentando acompanhar meu passo.

— Ele um dia apareceu na Toca dizendo sobre a Madame Hooch e eu falei que se ele quisesse eu poderia substitui – lá pelo resto do ano até acharem um professor novo.

Parei com tudo e virei-me para olhá-lo nos olhos.

— E por que você fez isso?

— Sei lá. Foi automático. – ele respondeu parecendo querer desconversar. – Olha o lado bom, vou ter uma grana extra.

— E a loja?

Fred deu de ombros.

— George consegue cuidar de lá sozinho por um tempo.

— Isso é insano. – falei honestamente.

— Não é? – Fred brincou. – Acho sou colega de trabalho de Snape.

Parei para pensar.

E com isso que a realidade de Fred ser professor de Hogwarts veio até mim. Ele não era meu professor por que resolvi que pararia de fazer essa matéria assim que ficou opcional mas... Não acredito que Dumbledore deixou mesmo essa loucura acontecer.

— Tenho que ir pra aula. – falei.

Quando virei para sair Fred segurou meu braço.

— Hoje as três eu dou minha primeira aula. – ele disse. – Aparece lá.

— Tenho aula. – menti.

O ruivo deu um sorriso travesso.

— Harry me contou que é seu horário livre. Vamos Mi.

Neguei.

— Não me espere. – falei sorrindo e sem esperar uma resposta dele resolvi que eu tinha que correr para não chegar atrasada na próxima aula.

***

Tive minha aula de DECAT e quando um aluno da Corvinal perguntou o que Snape achava sobre ter Fred como seu novo colega de trabalho eu o vi fazer uma cara tão feia que fez tudo valer a pena na minha vida. Todos da sala riram e como castigo ele mandou mais tarefa o que eu não me importei.

— Todos ficam me enchendo por ser irmã do Fred. – Ginny resmungou no almoço.

Era algo mesmo irritante. Não conseguia andar pelos corredores sem alguém me parar para perguntar como era ter um amigo meu como professor. Ele nem era meu professor! Se não fossem tão cara de pau para perguntar muitos ficavam cochichando como se não percebêssemos. Desculpa camarada, mas o senhor não é um ninja na arte da discrição. Para Gina e Ron deveriam ser bem pior.

Durante o período da tarde eu só tinha uma aula que acabara há meia hora atrás e como eu tinha que terminar umas tarefas eu fui até a biblioteca. Quando terminei-as resolvi que era a vez de finalmente entrar na seção restrita.

Eu estava maravilhada com tantos livros e feitiços que encontrara. Claro que muitos eram magia negra e rituais satânicos mas ver a magia de um outro lado era muito instrutivo e interessante.

Feitiço de controle mental. Li.

Olhei atentamente o feitiço que tinha na pagina e falava sobre controlar a mente de outro bruxo mas era diferente de um Imperio já que no Imperio você controlava o corpo mas a pessoa sabia que não queria fazer isso. Já nesse conseguíamos fazer a pessoa realmente achar que queria fazer certa coisa.

Minha cabeça começou a doer então resolvi que era a hora de parar minha leitura. Olhei para o relógio e vi que era já três horas e logo me veio na cabeça que Fred falou que teria sua primeira hoje nesse horário.

Eu disse que não ia...

Mas como será que ele vai ser como professor?

A pergunta não saia da minha cabeça então resolvi que passaria no campo só para ver como ele estava se saindo. Fechei todo os livros e guardei meu material saindo apressadamente para fora do castelo.

Estava muito frio então abracei meu próprio corpo e ajustei o cachecol em meu pescoço.

Fui chegando para perto do campo e de longe vi Fred de costas para mim falando com varias crianças de onze anos. Sorri com a cena e logo vi os alunos estendendo a mão para pegar a vassoura.

— Suba. – ouvi Fred gritar enquanto estendia a mão demonstrando como que era.

Fiquei um bom tempo observando aquele envolvimento e percebi que eu nunca havia reparado que ele deveria gostar de crianças. O jeito paciente e amoroso que falava com seus alunos era de me espantar já que eu nunca tive paciência alguma com crianças.

— O novo professor é muito gostoso, né? – ouvi uma voz feminina dizer.

Por reflexo virei e vi uma garota loira rodeada de amigas passando por mim indo em direção ao campo. As amigas riram e continuaram falando como Fred era bonito e muitos outros adjetivos que só me enojaram.

Uma raiva foi se formando dentro de mim.

As garotas ficaram rodeando a aula de Fred o tempo todo e quando ele dispensou as crianças e eu pensei que a loira iria embora também mas me surpreendeu correndo até Fred e começando a falar com ele. Eu que já tinha dado um passo para ir até ele parei e fiquei observando a cena.

— Você foi muito bem, parabéns. – ela disse sorrindo e jogando os lindos cabelos loiros para o lado.

Vi Fred dar um sorriso constrangido.

E desde quando Fred Weasley fica constrangido?

— Obrigado. Foi muito desafiador mas achei bem legal também.

Ela continuava puxando assunto com ele enquanto flertava descaradamente e eu não conseguia me mover só fiquei olhando para os dois e com aquela raiva dentro de mim crescendo cada vez mais.

Fred respondeu e sorriu para ela.

Por que ele estava sorrindo para a loira de farmácia?

Acho que o ruivo deve ter percebido que alguém estava olhando-o fixamente por que virou o rosto e me viu aumentando o sorrindo. Nisso eu sai do meu estado chocado ali e virei-me indo em direção para fora do campo. Eu não queria falar com ele. Não quando estava sentindo uma raiva e magoa dentro de mim.

— Mi. – ouvi-o chamar meu nome.

Continuei andando como se não tivesse ouvido.

Tentei andar o mais rápido possível sem que desse na cara que eu estava correndo mas minhas pernas pequenas não fora suficiente para o bambu que era Fred. Logo ele me alcançou e virou.

— Mi, não me ouviu te chamando?

— Não. – menti.

Ele sorriu.

— Ia embora sem sequer avisar que tinha vindo? – ele perguntou. – Pensei que você estaria mais ocupada.

Eu deveria ter ficado ocupada! Tenho mais o que fazer do que ver você e uma loira de farmácia flertando.

— Quis ter certeza que não mataria nenhuma criança. – falei tentando sorrir.

Ele riu.

— Só espera o pior de mim. – ele disse levantando as mãos. – Assim não da!

Dei de ombros.

— Sempre desconfie.

— Acho que já esta na hora da minha próxima aula. – Fred disse. – Acho melhor eu voltar.

— Volte para sua loira de farmácia. – resmunguei baixinho.

— Como é? – ele perguntou parecendo confuso.

— Nada. – falei sendo grossa demais. – Melhor voltar pra La.

E com a cabeça apontei para a loira que nos observava de longe.

— Mi eu... – Fred começou a falar quando entendeu do que eu estava falando.

— Boa aula Fred. – interrompi-o.

E assim voltei para dentro do castelo com aquela sensação horrível dentro do peito.

***

No campo de quadribol fora a ultima vez que eu falara com Fred numa conversa que ia mais de oi e tchau. Se não era eu que estava ocupada demais estudando era ele que tinha que dar alguma aula então nossas conversas estavam bem menos freqüentes. Depois daquele dia no campo não vira mais a loira – que depois descobrir ser da Lufa Lufa – atrás de Fred mas isso não fez eu parar de desgostar da menina.

— Se acalma Roniquito, você vai ir bem. – Gina disse no café da manhã.

Já era fim de semana e para melhorar a situação era o primeiro jogo da Grifinória contra Sonserina então era de se imaginar que Ron estivesse uma pilha de nervos certo?

— Não me chame assim Ginevra. – o ruivo resmungou.

Ginny jogou um olhar bravo.

— Eu vou desistir. – Ron disse enquanto eu tomava meu suco de abobara. – Depois desse jogo eu vou desistir, McLaggen pode ficar como goleiro. Eu não sou bom o sufieciente.

Gina e eu nos entreolhamos. Mais uma crise de Ron.

— Deixa de besteira Rony. – falei. – Você vai se sair muito bem.

— Mas Mione... – ele tentou contestar.

Harry levantou um copo na hora e estendeu para Ron que logo o pegou.

— Tome isso. – o moreno disse ao ruivo.

Olhei para a mão de Harry e vi o frasco da Felix que ele havia ganhado em uma das aulas de poções onde ele praticamente tinha colado usando aquele livro do príncipe mestiço. Eu ainda iria descobrir quem era... Aquela letra me era familiar.

— Não. – respondi automaticamente. – Não tome Ron. Harry enlouqueceu?

O moreno deu um sorriso.

— Não sei do que você ta falando, Mione.

Virei para Ron que já havia entendido o que estava acontecendo.

— Não toma, Ron.

Mas o ruivo não me ouviu e virou o copo em sua boca tomando todo o conteúdo. Logo um sorriso se espalhou por seu rosto e Ron parecia bem mais confiante.

— Estou pronto para o jogo. – e com isso o ruivo levantou da mesa da Grifinória e rumou para fora.

Virei-me para Harry.

— Você não deveria ter feito isso.

Meu melhor amigo sorriu e estendeu o frasco da poção para mim. Estava intacta.

— Mas o Rony acha...

— E agora ele esta super confiante e vai fazer o melhor para ganhar.

Assenti entendendo a estratégia.

— Vamos, que é quase o horário do jogo. – Gina disse se levantando.

Harry levantou também e começou a fazer o mesmo trajeto que Ron fizera mas ao notar que eu não levantei Ginny voltou e me olhou nos olhos.

— Não vai?

Neguei.

— Você sabe como odeio quadribol.

— Se eu fosse você iria. – ela disse jogou seu corpo pra frente e sussurrou no meu ouvido. – Fred é o juiz.

***

Para deixar claro não fora saber que Fred iria ser o juiz que me motivou a ir assistir o jogo. Ron estava tão animado que eu tinha que ver como meu melhor amigo se sairia certo?

Logo me arrependi já que estava frio do lado de fora e muito barulho o que me deixava estressada. Muitas pessoas se espremendo na arquibancada para assistir um jogo sem graça como aquele era o fim do mundo.

— E logo Fred Weasley nosso novo professor vai soltar o pomo. – Lino disse no microfone.

Lino Jordan era o melhor amigo dos gêmeos pelo que pude perceber nesses anos. Então quando Fred e George foram expulsos no ano anterior eu havia visto como o garoto ficara abalando sem seus amigos.

— Isso mesmo, Fred Weasley, meu melhor amigo que virou professor de Hogwarts sem eu saber. – Lino falou novamente para todos ouvirem. Virei meu rosto e o encarei lá em cima. – Como Dumbledore pode deixar ele como professor? Essa é uma pergunta que todos nós nos fazemos.

Ouvi muitos rirem.

— Cala a boca Lino. – Fred gritou do meio do campo.

Fora ai que notei Fred parado no meio do campo. Ele parecia estar cansado e com frio mas feliz o que me fez lembrar que no ano anterior ele fazia parte do time... bem até a Umbridge mas isso era outra questão.

— Nosso professor parece estressadinho. – Lino riu. – Quando vai começar a partida Weasley? Quando George se juntar a nós.

Vi Fred se controlar para não mostrar o dedo do meio e começou a ditar as regras do jogo e depois de fazer os dois times darem as mãos – o que não fora fácil – Ele soltou o pomo e o jogo finalmente começou.

Para mim esse jogo se passou como um borrão.

Eu já disse que detesto quadribol então não é surpresa se eu falar que não prestei muito atenção no jogo certo? Passei a maior parte sentada olhando para o céu e para Fred do que para os jogadores em si. Quando via Fred pulando de felicidade e seus olhos brilharem eu percebia que era algo bom para nós.

Quando Harry desceu da vassoura correndo sendo seguido por Ginny e Ron e o moreno abraçou a ruiva feliz e logo Ron correu até eles. Eu estava feliz com a felicidade deles e quando vi Fred correndo pra eles resolvi que era melhor eu sair da arquibancada agora se não depois o transito não deixaria.

— Parabéns Ron. – gritei no meio do barulho e ele me puxou para um abraço apertado me tirando do chão. – Você foi brilhante.

— Obrigado. – ele gritou de volta.

Soltei-o e virei para procurar Harry e vi Fred olhando para minha direção. Era automático da minha parte sorrir quando via aquele ruivo me olhando.

— Mi fui um ótimo juiz do jogo certo? – Fred perguntou assim que chegou perto de mim.

Assenti.

— Foi ótimo. – respondi. – Mas sinto informar que Lino roubou a cena.

Ele riu.

— Droga de Lino. – ele fingiu-se de bravo.

— Ouvi meu nome? – Lino apareceu ao nosso lado. – Fico um minuto longe e o senhor já fala mal de mim para a Hermione, merda Fred, respeito comigo.

Eu ri.

— Roubando minha cena espera que eu faça o que? – Fred perguntou.

Lino deu de ombros.

— Desculpe se eu sou mais interessante que você. – o amigo dramatizou.

Sorri e resolvi que era hora de procurar Harry.

— Esta indo aonde Mi? – Fred perguntou. – Serio mesmo que vai me deixar com esse egocêntrico?

Lino colocou a mão no coração.

— Assim magoa,cara.

— Sim eu vou. – respondi. – Tenho que procurar Harry.

Os dois assentiram.

— Nos vemos mais tarde? – Fred perguntou.

Assenti.

Virei-me para sair e mesmo com toda a barulheira ainda consegui Lino falar para Fred enquanto eu me afastava deles.

— Você esta caidinho por ela.

Sabendo que eles não poderiam ver meu rosto eu sorri.

***

Eu havia achado Harry e o cumprimentei pelo ótimo jogo e todos fomos para o salão comunal da Grifinória que acabou juntando muitas pessoas para uma comemoração a termos derrotado as cobras.

— Weasley. Weasley. – muitos gritavam e davam batidinhas em suas costas.

— Vai deixar o ego dele nas nuvens. – Gina apareceu do meu lado.

Virei-me e olhei para ela.

— Com certeza.

Fiquei lá não por que estava divertido e sim por meus amigos que eram o centro. Muitas pessoas gritando e esbarrando em mim já estava me dando agonia. Quando colocaram Ron no meio da roda e começaram a gritar para ele eu já imaginava como ele ficaria convencido depois disso. Mas teve algo que realmente me surpreendeu.

Lilá o beijou.

Tipo a mesma garota que dormia no meu quarto. Eu não fazia idéia que ela era afim dele e do nada Lilá apenas o puxou beijando-o logo em seguida.

Todos por um segundo pararam de susto mas logo começaram os aplausos e gritos e eu notei como meu coração estava quieto dentro do peito. Ele não estava acelerado e eu não estava com ciúmes eles.

Era muito bom ter certeza não ser mais apaixonada por Ron.

Resolvi que era melhor mesmo eu dar uma volta já que estava me sentindo sufocada no meio de todas as pessoas. Sai da Girinória e comecei a andar pelos corredores e quando notei meus pés havia me levado até as escadarias que dariam na Torre de Astronomia.

Já que estava ali mesmo subi as escadas e me surpreendi com quem achei sentado lá em um dos degraus.

— Fred?

O ruivo que estava sentado em um degrau com a cabeça abaixada levantou e ao me ver sorriu.

— Fazendo o que aqui?

— Pergunto o mesmo. – ele disse.

Dei de ombros.

— Sei lá. Só apareci. – falei sorrindo.

— Sente-se ao meu lado. – Fred disse dando tapinhas ao seu lado.

Hesitante mas sentei.

— Esta tudo bem? – perguntei para ele.

Fred olhava para longe parecendo estar com a cabeça em outro lugar.

— Nada... Só saudade de George. – ele respondeu.

— George deve ter enlouquecido quando você falou que viraria professor aqui. – falei imaginando a cena.

Fred sorriu.

— Com certeza. Ele quis me internar! Acho que tinha algo errado na minha cabeça. Da pra acreditar?

Ri.

— Dá. Eu mesma pensei nisso. – brinquei.

Ele bateu o ombro no meu.

— Não deveria estar no seu salão comunal? Devem estar comemorando lá. – Fred observou.

Assenti.

— Esta uma bagunça. – respondi. – Odeio muitas pessoas no mesmo lugar.

Ele levantou a mão direita e bagunçou o meu cabelo.

— Fred! – Reclamei.

— Hermione, você é muito anti social. – ele disse e logo colocou a mão que bagunçara meu cabelo no meu ombro me puxando um pouco para perto.

Coloquei a cabeça em seu ombro.

— Não me socializo com idiotas.

— Vou levar isso como um elogio. – ele disse.

— Você é exceção.

Ele riu e ficamos conversando por mais algumas horas. E aquele clima de amizade estava sempre presente. Mas na época eu não notei como meu coração se acelerava um pouco.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Review?
Recomendação? Sim *0*