Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 9
Capitulo 9 - The new Teacher


Notas iniciais do capítulo

Hey gente >
Queria dar bem vinda aos novos leitores o/
Boa leitura.



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Olhei-o atentamente.

– Não deveria ter tanta certeza que eu apareceria. – falei. – Só vim para avisar que eu não vou ficar aqui.

Fred deu um sorriso sexy.

– Você veio até aqui para visar que não viria aqui? – ele perguntou rindo.

Percebi o quanto idiota fora a minha frase.

– Estou voltando para Hogwarts. – falei virando-me novamente para entrar na passagem secreta.

Mas Fred não deixou. Pegou meu pulso e virou-me novamente para olhá-lo.

– Fred se me pegarem aqui...

– Não vão te pegar. – ele disse olhando-me nos olhos. – Vamos Hermione, se divirta.

Respirei fundo.

Eu já estava aqui certo?

– O que vamos fazer?

Ele sorriu.

– Vamos primeiro aqui em cima na dedos de mel. – ele disse puxando-me para subir as escadas que nos fazia sair do porão. – Tem uma coisa que eu quero.

Fomos para fora daquela escuridão onde nos encontramos e vi a loja toda iluminada já que estava no final da tarde. Estava cheio então acabei esbarrando nas pessoas o que me fez pensar em uma coisa.

– Eles vão acabar me reconhecendo. – eu disse.

Fred sorriu enquanto me puxava para uma das prateleiras do fundo da loja.

– Não esta com uniforme não se preocupe nem eu reconheceria você de primeira. – Ele disse e olhou-me de cima a baixo o que me fez corar. – Mione vestido? Salto?

Suspirei.

– Gina. – era a única coisa que precisávamos falar para entender o que aconteceu. – Ela cismou que eu tinha que vestir e colocar essa arma que ela chama de sapato.

Fred riu.

– Exagerado. – ele olhou para a prateleira e logo pegou varinhas de alcaçuz. – Mas ficou bom esta muito bonita.

Sorri tentando disfarçar.

Ele pagou os doces que pegou e me puxou para fora da loja enquanto ria de alguns clientes que pareciam estar insatisfeitos com os preços.

– Mas é realmente um roubo. – reclamei. – Você viu? Um sapo de chocolate estava a um sicle e três nuques.

– Hermione nesses tempos sombrios cada um consegue dinheiro do seu jeito. – Fred disse enquanto andávamos.

As ruas de Hogsmeade estavam até que lotadas por ser final de expedientes e todos estavam indo para casa. Andávamos um do lado do outro conversando e sempre que eu percebia que estava olhando demais para Fred eu tentava disfarçar e olhar para outro lugar por vergonha.

– Não desse jeito. – falei mexendo os braços. – Isso é extorsão.

Ele riu.

– Defensora dos pobres e oprimidos. – ele me chamou. – Vamos entrar.

Olhei e notei que estávamos em frente ao três vassouras. Eu não vinha aqui desde o ano anterior e um tremor veio dentro do meu corpo. A ultimas vez que estivera aqui tudo estava bem, tinha vindo com Ron e Harry e Sirius ainda estava vivo...

– Claro. – respondi tentando não soar nervosa.

Entramos e fomos em direção a uma mesa para dois no final do cômodo. Sentamos um na frente do outro e o nervosismo veio para mim. Céus eu nunca ficara tão nervosa assim na presença dele.

– Me diga primeiro a F.A.L.E e agora procurando os direitos do consumidor. – Fred disse descontraído o clima tenso que se instalara. – Quem mais você tem que tentar proteger?

Levantei o dedo indicador direito para falar.

– A f.a.l.e foi uma boa iniciativa. – respondi. – Não podemos maltratar os elfos como os bruxos fazem. Eles também são seres vivos e precisam de proteção como nós.

– Mas eles gostam do trabalho deles. – Fred disse. – São feliz com isso.

– Como alguém pode ser feliz sendo um escravo? – rebati.

Fred iria responder quando uma mulher baixinha que não parecia ser mais que quatro anos mais velha que eu apareceu com um pequeno caderno na mão.

– Vão querer alguma coisa?

Fred me olhou.

– Cerveja amanteigada. – respondi rapidamente.

– Uísque de fogo. – ele respondeu sorrindo.

A mulher anotou nossos pedidos e saiu.

– Já bebendo a essa hora da tarde? – irritei-o. – Existe organizações para dependentes alcoólicos.

– Só esta irritadinha por que eu posso tomar e você não. – ele respondeu.

Mostrei a língua e sorri em seguida.

Fred começou a passar a mão em sua capa e logo puxou os doces que tinha comprado na dedos de mel minutos antes. Ele mordeu um alcaçuz e me ofereceu.

– Vai colocar tudo isso de açúcar no sangue? – perguntei vendo tanto doce em cima da mesa. – Vai ficar passando mal depois.

Ele riu.

– E qual é a graça da vida se não se arrisca?

Revirei os olhos.

Logo a garçonete apareceu com nossos pedidos e tomei minha cerveja amanteigada distraidamente. Conversamos muito e minha barriga começou a doer depois de um tempo de tanto rir.

Eu tinha que admitir como Fred era engraçado. Cada vez mais eu via coisas nele que antes não havia reparado e isso tudo me surpreendia. Ele comentou como George sempre fora seu melhor amigo e estavam sempre juntos e como amava Gina ao ponto de as vezes ficar bravo com Harry por não corresponder ao sentimentos dela como ela merecia.

– Mas a culpa não é dele. – tentei defender meu melhor amigo. – Harry nem sabe direito o que sente. Acho que nunca reparou como Ginny o olha.

Fred deu de ombros.

– Por que ele não pode apenas dar uma chance para minha irmã?

Suspirei.

– Me pergunto a mesma coisa. – respondi. – Mas eu sinto que tem algo diferente do jeito que ele olha para Gina, só temos que esperar.

Depois dessa conversa mudamos de assunto e falamos de tudo que poderíamos pensar na hora. Todos meus problemas, estresses e medos pareceram sumir por aquelas horas e eu tinha que admitir que estava me divertindo muito.

– Vamos dar uma volta? – ele perguntou se levantando. – O vilarejo é lindo a noite.

Assenti e levantei tentando alcançar meu equilíbrio com aquele salto. Gina só deveria estar de brincadeira quando me fez colocar isso, o vestido eu até agüento mas esse salto mortífero que eu poderia usar para matar alguém estava machucando meu pé.

Depois que Fred pagou a conta saímos para as ruas da pacata Hogsmeade e andávamos olhando o céu escuro – já era noite – E riamos olhando as pessoas ao redor.

– Você gosta de Ron, Mi? – Fred perguntou depois de um tempo que ficamos em silencio enquanto eu olhava para a luz lá em cima.

A pergunta me surpreendeu.

– Não... – ele levantou a sobrancelha e na hora eu não vi motivo para mentir. – Já gostei, hoje não mais.

E era uma sensação tão boa olhar para o meu melhor amigo ruivo e não sentir nada mais.Ser apaixonada por Ron acabara desgastando todas as minhas forças no ano anterior.

– Desde quando? – ele perguntou sem olhar para mim.

Ri.

– Não faço idéia. – respondi. – Acho que foi só paixãozinha de criança. Era só passar um tempo afastada e ter uma missão maluca dada por Dumbledore para me fazer esquecer Ronald Weasley.

Fred riu.

– Mas...

– Fred conversamos quando sentarmos. – interrompi-o. – Esses saltos estão me matando.

Ele sorriu encantadoramente.

– Tira eles.

Ergui a sobrancelha.

– E ficar descalça? Você sabe quantos vermes e bactérias devem ter nesse chão...?

Ele riu e se abaixou ficando de joelhos indo até o salto em meu pé. Desfez o que prendia e logo me fez descer dos dois saltos. Quando eu estava prestes a perguntar se ele havia me ouvido que eu não queria ficar descalça ele tirou seu próprio tênis e ainda de joelhos começou a colocá-lo em mim.

– Não Fred... Não posso... – tentei formular uma frase.

– Vamos Hermione, só os coloque. – ele disse olhando para cima e encontrando meu olhar. – Eu não me importo.

Tentei não sorrir mas não consegui.

Assim que ele terminou de colocar seu tênis em mim Fred levantou novamente e fez sinal para que continuássemos andando em direção ao fim da cidade.

– O bonito daqui é que mesmo longe de Hogwarts ainda conseguimos ver o castelo. – Fred disse apontando para longe.

Olhei e me maravilhei com a imagem. O castelo já era lindo de perto mas longe e a noite ficava muito mais. Todas as luzes ligada iluminando todo os cantos de Hogwarts deixava tudo mais encantador.

– É lindo. – respondi encantada.

Senti algo na minha mão e olhei para baixo. Fred havia pegado minha mão e estava entrelaçando os nossos dedos. Meu coração se acelerou e por reflexo soltei de sua mão.

– Fred. – ralhei.

Ele sorriu.

– Vamos Hermione, não estou te pedindo em casamento.

Ele voltou e pegou minha mão novamente entrelaçando nossos dedos mas dessa vez não me opus. Tentava controlar as reações de meu corpo mas era algo praticamente impossível fazer meu coração se estabilizar.

Eu não deveria estar tão nervosa.

***

Passei mais algumas horas com Fred enquanto caminhávamos por Hogsmeade de mãos dadas. Algumas pessoas nos olhavam e suspiravam felizes mas tentei ignorar para não me deixar mais nervosa. Só que ao mesmo tempo que meu coração estava batendo rápido contra o peito eu não conseguia parar de sorrir e me divertir com tudo que ele falava.

– É melhor eu ir. – falei notando que já deveria ser quase onze e meia da noite.

Fred fechou a cara.

– Vamos Hermione, só mais meia hora. – ele pediu.

Sorri.

– Você disse isso uma hora atrás. – acusei-o.

– É verdade. – ele disse parecendo estar pensando e logo sorriu. – Com isso aprendemos a não confiar em meus pedidos.

Assenti.

– Sim, aprendemos.

Depois de insistir novamente que eu não poderia demorar muito por que afinal de contas no dia seguinte eu tinha aula Fred me levou até o porão da dedos de mel e beijou meu rosto e esperou até eu passar pela passagem secreta.

A viagem de volta para o castelo foi mais rápida do que a de ida. Quando comecei a andar pelos corredores tentei não fazer barulho algum para que nenhum professor, aluno ou fantasma me visse. Assim que passei pelo quadro da mulher gorda vi uma Gina deitada no sofá – só ela ainda estava no solão comunal – parecendo estar dormindo.

Fui até ela.

– Ginny. – chamei-a.

Ela abriu os olhos confusas que logo se focaram em mim.

– Chegou? – ela olhou ao redor e viu que não tinha ninguém assim que virou seu rosto para ver o relógio e viu que já era meia noite. – Até essa hora Mione?

Revirei os olhos e fui em direção as escadas.

– Me conte agora como foi seu encontro com Fred.

– Não foi um encontro. – respondi já começando a subir.

– Conta outra. – ela disse logo atrás de mim. – E cadê o seu salto? Esse tênis é de Fred?

Olhei para meus pés e vi que ainda estava com seu tênis e ele com meu salto.

– Vou dormir. – falei já na porta do meu dormitório.

– Não vai me contar? – ela perguntou com aquele olhar bonitinho que todo Weasley conseguia fazer.

– Amanhã. – prometi.

Entrei no quarto antes que ela pudesse insistir. Troquei de roupa e logo joguei-me na minha cama. Dormi com um sorriso nos lábios.

***

Os dias foram se passando e sempre Fred e eu estávamos nos correspondendo por cartas que ficavam cada vez mais freqüentes. Harry vivia perguntou o que nós tanto conversávamos mas como eu poderia explicar para ele que eram apenas besteiras sem fazer com que ele pensasse que eu estava apaixonada pelo ruivo?

– Você irá ver a seleção certo Mione? – Ron perguntou uns dias atrás.

Rony resolvera que esse ano queria fazer parte da equipe que quadribol e como agora Harry era o capitão do time ele se sentia mais confiante em tentar.

– Claro que vou Ron. – respondi.

Mesmo não gostando daquele jogo que para mim era bem violento fui até a quadra e vi Harry tentando organizar todos que iria tentar se não fosse por Gina aquilo estaria uma bagunça. Quando sobrou apenas Cormaco e Ron para a posição de goleiro tentei me acalmar eu sabia que o McLaggen era bom mas Rony era melhor né?

Depois de muitos balaços e goles voarem por todo o lugar e um feitiço confundus que tive que jogar em McLaggen, Ron conseguiu rebater a ultima bola fazendo assim ele o novo goleiro da Grifinória o que deixou-o muito feliz.

– Vai ficar com a gente, Gina? – Harry perguntou enquanto íamos para Hogsmeade.

A ruiva olhou para o moreno e negou com a cabeça.

– Vou encontrar Dino.

Já havia se passado um mês desde que vira Fred no vilarejo e ninguém sequer suspeitou que eu tinha saído. No dia seguinte claro que Ginny me obrigou a contar cada detalhe de como fora minha noite e eu não consegui contar sem aumentar o sorriso em meu rosto.

Hoje era um sábado e tinha passeio para Hogsmeade. Em uma das cartas eu havia contado para Fred mas ele nem insinuou que queria vir então também não o chamei. Seria apenas Ron e Harry comigo como antigamente e talvez isso fosse bom.

– Se comportem. – falei brincando para a ruiva.

Ela sorriu marotamente.

Vi Harry desviar o olhar para não demonstrar como não gostava dessa situação.

Quando chegamos lá logo arrastei Harry e Ron para o três vassouras que eu estava louca para tomar uma cerveja amanteigada. Entramos e pegamos uma mesa vazia.

– Estou nervoso com o jogo de quadribol que esta por vir. – Ron desabafou.

– Não se preocupe. – falei dando de ombros. – Você será ótimo.

– Mas será contra a Sonserina. – ele exclamou.

– E ganhar deles vai ser muito divertido. – Harry disse.

Continuamos conversando e eu me senti feliz. Era bom sentir aquela felicidade e familiaridade com eles. Ron vivia reclamando que eu não passava mais tanto tempo com eles e isso me machucava também já que eles sim eram meus melhores amigos.

– Mi? Ron? Harry? – ouvimos uma voz se aproximando de nós. – Que surpresa.

Fred caminhava despreocupadamente até nossa mesa.

– O que esta fazendo aqui? – perguntei um pouco grossa pela surpresa.

O ruivo riu.

– Isso é jeito de tratar um amigo que veio para te ver?

– Eu não me lembro de ter te convidado, ruivo. – falei.

– Não convidou, morena. Mas eu sabia que ficaria muito feliz comigo aqui. – ele dizia.

Vi Ron e Harry olhando uma vez para mim e depois para Fred como se assistissem uma partida de tênis.

– Muito convencido...

– Por Merlin. – Ron reclamou. – Parem com essa DR por favor?

– Não estamos tendo uma DR. – respondi irritada.

– Sente-se Fred. – Harry disse tentando ser educado.

O ruivo se sentou ao meu lado erguendo a sobrancelha.

– O Harry é educado.

– Quem bom para ele. – resmunguei.

Fred sorriu.

– Que garota mau humorada essa viu?

Revirei os olhos.

– O que esta fazendo aqui Fred? – Ron perguntou.

Ele deu de ombros.

– Vim na dedos de mel. – ele virou-se para mim. – Sabe aquele alcaçuz que comprei quando viemos aqui? Eu viciei naquilo.

– Fred vai acabar com seus dentes. – falei lembrando-me de meus pais.

– Dentes? Serio Mi?

Revirei os olhos.

– Depois de anos ouvindo palestras sobre isso com meus pais eu sempre estou prevenida.

Ele riu.

– Quando vocês estiveram aqui? – Ron pergunta lembrando-me que eles também estavam conosco.

Gelei por dentro.

Eu não havia comentado com eles sobre minha pequena aventura fora do horário.

– Há um mês? – Fred pergunta distraidamente. – Foi Mais ou menos isso?

Harry que estava distraído olhando para o outro lado do lugar virou-se e nos encarou.

– Mas já estávamos em Hogwarts um mês atrás.

Sorri constrangida.

– Não contou para eles Mi? – Fred perguntou. – Estou sentindo que esta tentando me esconder de seus amigos.

Eu ia responder mas Ron perguntou antes:

– Vocês estão namorando?

Acho que devo ter ficado na cor de seus cabelos.

– Claro que não Ron. – respondi rapidamente.

Fred riu e eu o soquei por baixo da mesa.

– Mione então era para isso que precisou do mapa dos marotos? – Harry perguntou. – Por que não nos contou?

Dei de ombros tentando parecer calma.

– Não achei que importava.

Fred colocou a mão no coração como se tivesse magoado e logo depois começou a rir descontrolavemente.

– Frederich Weasley pare de rir. – briguei e soquei seu braço.

Ele gemeu de dor.

– Hermione pare de me machucar por favor?

Revirei os olhos.

Mesmo Ron ficando um pouco bravo por eu ter vindo aqui não contado e nem levado doces para ele acabou deixando de lado e começaram uma conversa animada sobre quadribol. Eu apenas fiquei observando eles conversando e esporadicamente via Harry olhando para o outro lado do três vassouras onde Gina e Dino estavam namorando.

– Hermione? – a voz de Fred me fez sair de meus devaneios. – Esta pensando em mim, certo?

– Pare de ser convencido. – resmunguei mas logo sorri.

Continuamos conversando e eu tentava prestar atenção em tudo. Mas meu sexto sentido pareceu acordar quando vi Draco Malfoy entrando no banheiro do estabelecimento. Tentei ignorar a sensação no fundo do peito que me dizia que tinha algo errado e eu tinha que perceber.

– Fred? – ouvi a voz de Gina. – O que esta fazendo aqui?

Olhei para cima e vi minha amiga que estava passando para sair com o namorado mas ao ver o irmão parou e fez Dino esperar logo ao seu lado.

– Passear maninha. – o ruivo respondeu.

– Esta perseguindo a Mione de novo? – ela brincou.

– Hey. – ele protestou. – Não estou perseguindo ela. Não é culpa minha se a Mi gosta da minha presença.

Ri.

– Eu não lembro de ter te chamado Frederich.

– Ajude aqui Hermione. – Fred respondeu.

Gina olhou para Harry e Ron e disse:

– Isso não parece perseguição?

Os dois assentiram.

– Com certeza perseguição.- Harry respondeu sorrindo.

Fred colocou a mão na testa dramaticamente.

– Vocês só vêem o lado ruim de mim.

Todos rimos.

– Vamos Gina? – Dino perguntou.

Minha amiga olhou para o namorado e depois para nós.

– Acho que vou ficar um pouco com ele. – ela respondeu. – Nos encontramos no castelo?

Dino não pareceu satisfeito mas aceitou e logo saiu.

– Me dêem espaço. – ela pediu puxando uma cadeira para o lado de Harry.

Vi o moreno sorrir de canto.

E essa poderia ter sido a tarde mais perfeita que eu passei já que estava com eles.

***

Poderia não é poder.

Foi muito divertido sim quando estávamos lá conversando e pareceu mesmo que não estávamos no meio de uma guerra praticamente. Depois daquela sensação triste de ter que me despedir de Fred veio e fui embora deixando-o ali Harry, Ron e eu voltávamos para pegar as carruagens. Gina havia ficado com Luna pare resolverem alguma coisa.

Andávamos pela calçada cheia de neve com o maior cuidado para não escorregarmos quando um grito logo a frente nos assustou.

– O que diabos... – Ron começou a praguejar quando vimos.

Cátia Bell estava desmaiada na neve ao lado de uma caixa que eu não consegui identificar na hora. Foi tudo muito rápido por que logo em seguida a garota começou a levitar como eu não pensei que seria possível e parecia estar muito mal.

– O que aconteceu? – Harry perguntou para a amiga dela.

– Eu não sei.. – a garota gaguejava. – Ela tocou o colar.

Meu cérebro raciocinou rapidamente e olhei para o colar onde Ron estava quase tocando-o.

– Não o toque Ron. – gritei.

O ruivo se assustou e afastou-se do colar. Olhei novamente para Cátia no ar e nisso seu corpo suspenso saiu com tudo no chão.

– Temos que levá-la para escola. – Harry gritou.

A tempestade de neve estava atrapalhando tudo.

Nessa hora Hagrid chegou e ajudou-a levando para escola.

***

– Por que algo de ruim acontece vocês sempre estão envolvidos?- Minerva perguntou em sua sala.

Ron bufou.

– Acredite professora, eu me pergunto isso a seis anos.

Harry sorriu fracamente mas Minerva não pareceu achar essa uma resposta plausível. A porta se abriu com um estrondo e vimos o professor Snape entrando rapidamente pela sala parando em frente a caixa e o colar.

– Isso com certeza esta envenenado. – o professor disse depois de averiguar o objeto. – Ela tem sorte de ter sobrevivido.

Minerva o olhou preocupada e antes que pudesse dizer algo Harry falou:

– Foi Malfoy.

Prensei minha boca.

Droga Harry, você e sua obsessão por Malfoy.

– Essas são acusações muitos serias, Potter. – Snape desprezou seu nome. – Alguma prova?

O moreno negou com a cabeça.

– Mas eu sei que foi ele. Eu sinto.

Minerva nos olhou nervosamente e apontou sua varinha para a porta abrindo-a.

– Podem sair. E não contem isso a ninguém.

***

Depois disso eu fui para a biblioteca tentando pesquisar algum veneno que poderia ter sido colocado naquele colar mas nada encontrei. Eu estava meio relutante em entrar na ala restrita que Dumbledore havia me dado livre acesso mas uma hora ou outra eu teria que ir lá.

Quando estava pronta para ir ver o que aqueles livros me aguardavam vi que já estava tarde e eu tinha fazer minha monitoria de hoje. Depois que voltamos para o castelo o que também estava ocupando boa parte do meu tempo era ter que monitorar os corredores a noite.

Comecei a andar desde o ultimo andar e fui descendo. Não encontrei nenhum aluno ou se passei por algum fora esperto o suficiente para se esconder antes que eu percebesse. Só faltava eu dar uma olhada perto da entrada da masmorra Sonserina.

Eu andava despreocupadamente já que praticamente todos deveriam estar dormindo então me surpreendi um pouco ao ouvir ruídos que logo depois identifiquei ser choro.

Mesmo achando ser uma péssima idéia busquei toda a minha coragem Grifinória e fui em direção ao som que logo reparei estar encostado em uma das paredes dali. Era um garoto sentando com os braços apoiado em suas pernas e as mãos seguravam seu rosto.

– Malfoy? – o reconheci. – Eu sei que é monitor mas não é sua ronda hoje não deveria estar fora das masmorras...

Foi ai que eu notei que ele não estava me ouvindo apenas murmuravas palavras sem nexos.

– Ele não pode... Não pode fazer isso.. eu vou morrer... Enlouquecer...

Enruguei a testa.

– Malfoy?

Me aproximei para ver se ele me ouvia e foi ai que eu vi. Em seus pulsos tinha marcas vermelhas ao redor deles. Draco Malfoy sempre fora muito branco e qualquer coisa o deixava vermelho mas aquilo parecia pior... Como se alguém o estivesse prendendo com cordas.

– Malfoy tem algo errado?

Foi nisso que ele levantou o rosto e me encarou. Eu não consegui reconhecer Draco Malfoy nesses olhos. Ainda tinha arrogância sim mas agora ele não parecia estar lúcido. Lembro-me da vez quando fomos em St. Mungo's fazer uma visita para o nosso antigo professor Lockhart. Ele havia sido atingido por um feitiço de memória e algo faltava em seu olhar... Fora isso que eu vi nos olhos de Draco. Algo faltava nele.

– Precisa de ajuda?

Aquela vontade de cuidar dele veio e eu tentava reprimir. Como Fred disse eu sempre cuidava de pobres e indefesos mas convenhamos pobre Malfoy com certeza não era e indefeso...? Mas aquela sensação que ele precisava de ajuda não saia de meu peito e eu precisava ajudá-lo.

– Malfoy... – tentei tocar seu rosto.

Mas foi ai que ele pareceu acordar. Se esquivou do meu toque.

– O que pensa que esta fazendo Granger?

– Você parecia um morto aqui!

Ele riu com escárnio.

– Não precisa de desculpas eu sei que sou gostoso e todos querem me tocar.

O idiota Malfoy estava de volta.

– Me poupe. – falei virando-me para sair dali. – E menos vinte pontos por estar fora do horário.

***

Depois daquela cena com Malfoy na semana anterior eu prometi a mim mesma ficar longe dele e ao mesmo tempo observá-lo para ver se algo estava errado.

Cátia havia sido levada para o St. Mungo's e não sabiam quando ela iria se recuperar. Mas todos concordavam que era um milagre ela ainda estar viva. Harry tentava em convencer que aquele veneno fora dado por Malfoy mas eu não conseguia conciliar as coisas... Não poderia ser o mesmo Malfoy que vi naquele dia a noite e mesmo que ele tivesse dado Cátia teria pegado algo que Malfoy, junto a cobra da Sonserina tivesse dado?

Fechei o livro e guardei-o.

Já era hora do jantar e eu ainda estava na biblioteca.

Sai correndo tentando não me atrasar mais ainda já que sabia que Ron e Harry estariam preocupados. Desde Hogsmeade eles ficam nervosos já que sabíamos que tinha alguém por perto tentando matar-nos.

Quando estava perto do salão comunal principal senti-me esbarrando alguém mas consegui manter o equilibro. Estava prestes a xingar Malfoy já que a ultima vez fora com ele que esbarrei mas ao olhar me surpreendi com o que vi.

– Fred?

Ele sorriu.

– Hey, Mi.

– O que esta fazendo aqui? – perguntei.

– Surpresa. – ele disse sorrindo começando as e distanciar de mim. – Logo, logo você saberá. Melhor ir jantar.

E ele saiu antes que eu pudesse formar um pensamento coerente. O que diabos Fred Weasley estava fazendo em Hogwarts? Balancei a cabeça pensando que me preocuparia com isso depois e entrei no salão indo sentar perto dos meus amigos.

– Demorou, Mione. – Gina disse saindo da conversa sobre Quadribol que estava com Harry e Ron.

Sentei-me ao seu lado.

– Você não acredita quem eu vi aqui... – comecei a falar mas vi que ela não prestava atenção em mim e sim em algo atrás de mim. – ginny...?

Ela apontou em minha direção.

– Meu irmão.

Virei-me e vi Fred perto da mesa dos professores.

– Sim eu vi Fred. – falei. – Sabe o que ele veio fazer aqui?

Ela balançou a cabeça ao mesmo tempo que Dumbledore ia até mais a frente para começar seu discurso.

– Querido alunos e professores. – ele começou com a varinha em sua garganta para ampliar a voz. – Tenho uma noticia ruim a dar. Nossa querida Madame Hooch não estará mais presente como nossa professora de vôo esse ano, teve problemas familiares o que a fez sair correndo de nossa escola. Mas não se preocupem, eu já arranjei um substituto para esse ano. Quero-lhes apresentar: Fred Weasley, seu novo professor.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Review?
Recomendação?