Coração de Vidro escrita por Karina A de Souza


Capítulo 30
I'am a Monster


Notas iniciais do capítulo

Fanfic tá na reta final. Tem mais sete capítulos só.



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Minha cabeça pesava. Abri os olhos e pisquei algumas vezes. Estava em uma sala branca, completamente branca, aquilo era horrível de se olhar. Rolei pro lado, não estava mais com o vestido vermelho de antes, e sim com um branco. Branco em todas as partes.
—Onde eu estou?-Murmurei, tentando encontrar uma porta com o olhar. O que tinha acontecido?
Flashes passaram pela minha cabeça, muito rápidos. Manson morto. Agentes da SHIELD me cercando, com armas em mãos. Fury gritando. Eu matando mais agentes. Vidro por toda parte. Sangue. Gritos.
Algo estava errado. Me levantei com dificuldade, desesperada.
—Por favor... Alguém... Alguém pode me ouvir? O que aconteceu? Por favor... Tem alguém aí?
O silêncio me respondeu. Não sabia o que pensar. O que tinha feito? Por quê? Eu estava confusa. Por que tinha machucado aquelas pessoas? E por que não me lembrava? Não queria machucar ninguém, jamais faria aquilo.
Mas... Eles teriam tentado me atacar? Eu apenas me defendi? Por que não lembrava?
Uma das paredes brancas fez um som baixo, e então se levantou, mostrando uma tela de vidro, de onde eu podia ver Fury e os outros. Ao lado da tela havia uma porta, eu sabia que ela estava trancada, mas ainda sim, não tirava os olhos dela.
—Não tente sair, senhorita Dhenings. -Fury disse. -Não há como, não de dentro.
—O que aconteceu?-Me aproximei do vidro. -Por que me prenderam aqui?
—Você não se lembra?
—Apenas... Uns flashes... Manson? Manson Craig...
—Ele está morto. Assim como outros dezenove agentes. -Cobri a boca com a mão.
—Eu fiz isso?
—Fez.
—Ah, meu Deus!-Me afastei de vidro, ficando de costas. Várias lágrimas vieram. -Eu não... Eu não entendo...
—Nem nós. Você estava descontrolada.
—Mas como? O que realmente aconteceu?-Me virei. -Eu... Eu jamais teria... Feito aquilo...
—Nós sabemos. -Bruce disse, aproximando-se do vidro. -Precisamos que fique calma.
—Ficar calma? Eu matei vinte pessoas! E nem me lembro! O que fizeram comigo? O que há de errado?
—Avery, se acalme.
—Eu não quero me acalmar!-Estacas de vidro voaram na direção deles, porém,não poderiam acertá-los realmente. Cinco agentes entraram na sala, acompanhando um médico que tinha uma seringa em mãos. Me afastei deles, tentando me encostar na parede. -Não. Me deixem em paz, eu... Eu não sei... Eu não fiz nada...
—Diretor Fury, isso é mesmo necessário?
Eu não ouvi a resposta, mais estacas de vidro voaram das minhas mãos, eu não havia feito aquilo. Todos os agentes, e o médico, foram acertados. Gritei e me abaixei em um canto da sala, vendo sangue manchar o branco do ambiente. Mais agentes entraram, alguns armados.
Apenas abaixei a cabeça. O que tinha de errado? Não queria ferir ninguém, não conseguia me controlar...
Alguma coisa atingiu meu braço, então eu apaguei.
No fundo, eu queria que me controlassem.
***
—Ela está semiacordada.
—Já percebi isso. Mas acho que não consegue sentir.
—Devemos sedá-la novamente?
—Acha necessário?
—Anestesia, por favor.
Eu não conseguia reconhecer as vozes. Meus olhos se abriram, mas eu não conseguia entender o que estava acontecendo, e nem conseguia me mexer. Havia três pessoas estranhas acima de mim. Dois médicos e uma enfermeira.
Tentei falar, não conseguia. Minha boca parecia colada.
—Avery, pode nos ouvir?-Não consegui nem mover a cabeça, sinalizando que sim. -Você pode ficar tranquila, não vai sentir nada. -O que? O que eles iam fazer comigo? Tentei me mexer, impossível.
—Os batimentos cardíacos estão aumentando. -A enfermeira disse. Ela era baixa, e loira. - Acho que a assustou. Talvez deva explicar o que está acontecendo.
—Ela nem vai entender.
—Ela vai, sim. Acho que está nos ouvindo. -É, eu estou!-Avery, nós vamos retirar o Coração de Vidro. -Eles o que? Meu Deus, meu Deus, vão me matar! Lágrimas caíram. -Não, se acalme. Vamos devolvê-lo. Só queremos entender o que está acontecendo com você.
Eu não acreditava muito nela, mas não podia fazer nada. Vi um dos médicos se aproximando com um bisturi. Mais lágrimas. Assim que ele encostou o objeto na minha pele (não que eu tenha sentido), foi jogado longe, assim como o outro médico e a enfermeira.
Continuei sem conseguir me mexer. Ouvia as três pessoas conversando, assustadas, se perguntando como aquilo tinha acontecido. Ouvi passos se aproximando, era Fury. Ele olhou pra mim, tranquilamente.
—Avery, está me ouvindo?-Consegui fazer que sim. -Você definitivamente está me deixando desesperado. O que é que eu faço com você?
—O que acontece agora, diretor?-A voz era de Hill, eu não conseguia vê-la.
—Eu não sei, eu não sei.
***
Eu não sabia se era a mesma sala branca, mas sabia que não era um quarto de hóspedes. Não havia nada além de mim, e ninguém vinha me ver, isso me chateava, mesmo sabendo que estava sendo observada.
Não fazia ideia do tempo que passava. Não havia janelas, nem portas. A comida era deixada ali quando eu dormia, e se não dormia, uma fumaça estranha me fazia apagar. Eles tinham medo de mim, era por isso que me tratavam daquele jeito.
Depois do que me pareceu uma eternidade, três agentes vieram me buscar.
Cuidadosos, como se estivessem se aproximando de um animal perigoso, eles prenderam meus pulsos e me fizeram levantar. Tentei não me mover bruscamente, apenas caminhar entre eles. Mais três agentes nos esperavam do lado de fora. Enquanto dois deles me levavam com as mãos nos meus braços, os outros nos... Escoltavam, com armas em mãos.
Meu Deus, em que ponto tudo chegou?
Nenhum dos agentes disse alguma coisa. Me levaram até um laboratório, onde Bruce, Tony e Fury nos esperavam. Me fizeram sentar, então saíram, deixando apenas os três homens para trás.
—O que está acontecendo?-Perguntei.
—Estamos esperando uns resultados saírem. -Fury respondeu. -E fazer mais um teste.
—Resultados de que?
—Dos seus exames.
—Quando foi que eu fiz exames?
—Há três dias. -Bruce respondeu, se aproximando calmamente, como se eu não fosse perigosa. Bem, eu não era, quer dizer... Eu não achava que era.
—Não me lembro disso.
—Estava apagadona. -Tony comentou, sentado em um balcão. -Certas pessoas não queriam correr riscos.
—Eu não sou perigosa.
—Ah, você é sim. Vinte e cinco agentes mortos e três pessoas feridas... A sua lista está crescendo, Dhenings.
—Não fiz... Nada disso. Quer dizer... Não queria fazer...
—Nós sabemos. -Bruce interrompeu. -Nós sabemos, Avery.
—Não parece. -Murmurei. -O que vai fazer?
—Estenda seu braço. -Recuei, Fury levou a mão até o coldre, como se eu fosse atacá-los. -Confie em mim. -Fiz o que ele pediu. Podia não confiar em Fury, ou mesmo em Tony, mas em Bruce eu confiava. Ele não mentiria pra mim, nem me machucaria.
Bruce fez um pequeno corte na palma da minha mão, com um bisturi. Tony se aproximou, assim como Fury. Recolheram uma amostra do meu sangue, mas não tiraram os olhos do corte, que do nada, cicatrizou e sumiu.
—O que... Como...? Ele... Estava... Na minha mão e... Meu Deus.
—Os resultados saíram!-Tony exclamou, indo até um computador. Fury o seguiu. Bruce apertou minha mão de leve, então se afastou também, querendo ver o que tinham descoberto. Permaneci parada, não sabendo o que fazer. -Wou, wou. Nada bom. Acho que precisamos de um teste de paternidade.
—Isso não é uma brincadeira, Stark. -Fury repreendeu. Bruce voltou a se aproximar de mim.
—Avery, sabe o que vimos ali?-Ele perguntou. Fiz que não. -Não faço ideia de como, nem porque, mas você está reagindo como...
—Hulk.
—Hulk?-Perguntei.
—Sim. -Bruce respondeu. -Hulk. -Fez uma careta ao dizer o nome. -Avery, quando você se irrita, fica fora de controle. E então tem aquela reação. Os vidros lançados, os ataques... É a raiva.
—Mas... Mas o que fez... Isso em você foram raios gama, não foram? O que aconteceu comigo? Isso não faz sentido algum...
—Se acalme, Dhenings. -Fury mandou. Me levantei.
—Não peça pra ficar calma, diretor!
—Avery. -Ele sacou a arma. Fiz gesto de rendição, me sentando novamente.
—Me desculpe.
—Vai precisar aprender a controlar a raiva. -Bruce disse.
—Como você.
—Sim. Exatamente como eu.
—E se eu não conseguir?
—Então mais gente morre. -Tony respondeu, cruzando os braços. -E você nunca mais sai daquela cela. -Abaixei a cabeça. Stark disse algo para Fury, baixinho, então saiu.
—O que irrita você, senhorita Dhenings?-O diretor perguntou.
—Perguntas idiotas. -Respondi.
—Dhenings... -Suspirei.
—Acordar cedo...
—O que mais?
—Gente chata. E... -Olhei pra baixo.
—E...?
—E que falem mal de Loki perto de mim.
—Interessante. Agente Romanoff. -Natasha entrou no laboratório. Ela parecia atenta.
—Sim, diretor Fury?-Perguntou.
—Gostaria que falasse mal de Loki Laufeyson para Avery.
—O que?
—É o que ouviu.
—Diretor Fury, eu não acho que seja uma boa ideia. -Bruce disse. -Viu o que acontece quando a irrita. Ou quando ela sente medo.
—Agente Romanoff.
—Não posso fazer isso. -Ela disse. -Sinto muito. -E se afastou.
—Tudo bem. Avery, espero que possa se controlar.
Então ele começou um discurso irritante sobre Loki, sobre como ele era ruim, sobre como ele tinha uma alma podre, sobre como ele era... Um psicopata. E um monte de outras coisas horríveis.
Fechei os olhos, cobrindo os ouvidos com a mão. Bruce pediu para que Fury parasse, mas ele não parou. Natasha se afastou ainda mais. Eu ia desmoronar. Sabia que ia acontecer um dos ataques. Estava com raiva, muita raiva. Queria matar Fury.
Eu explodi.
Me levantei e uma estaca afiada de vidro apareceu na minha mão, a empurrei contra a garganta da Fury. Foi aí que eu caí em mim.
Desesperada, eu me afastei, vendo sangue pingar no chão. Natasha e Bruce estavam congelados no lugar, como se jamais tivessem visto aquilo. Fury não tinha expressão.
—Meu Deus. -Murmurei. -Me perdoe, eu... Eu... Eu não queria... Eu sinto muito, diretor... Eu...
Sem dizer nada, ele se virou e saiu da sala. Eu não sabia o quanto tinha o machucado, mas sabia que não era nada bom, e que ele precisaria ser atendido.
Os agentes de antes voltaram, prendendo meus pulsos novamente e me levando de volta pra cela. Uma imagem piscou na minha cabeça, Loki sendo levado por vários homens armados, pelo corredor. A imagem sumiu. Agradeci por isso.
O tempo voltou a correr. Os dias eram os mesmos. Eu queria ter alguém pra conversar, mas não havia ninguém. Tinha medo de ficar louca.
O que iam fazer comigo, se não podiam me controlar? Me manter presa ali para sempre? Me matar? Eu não aguentava mais. Um dia após o outro. Comecei a me guiar pelas refeições. Três por dia.
Odiava estar ali. Eu sabia que não estaria mais na equipe, me tiraram tudo o que eu podia ter. Voltei a ser a Avery Inútil de sempre. Não seria nada do que eu costumava ser. Era agora a Avery antes de saber sobre o Coração de Vidro. Isso machucava.

"Eu fui deixado sozinho
Como um criminoso
Eu tenho rezado por ajuda
Porque eu não posso aguentar tudo isso
Eu não acabei? Não está acabado?"

Eu ia pirar. Era como um hospício. Eu não era o monstro que diziam que eu era. Ou era? Naquele momento eu sabia exatamente como Bruce se sentia. A falta de controle, o medo de si mesmo, a opinião dos outros. Era horrível.

"O meu lado secreto
Eu nunca deixei você ver
Eu o mantenho preso, mas não consigo controlá-lo
Então fique longe de mim
A fera é feia
Eu sinto a raiva e eu simplesmente não posso suportar isso"

Não conseguia imaginar o que aconteceria no futuro. Não conseguia entender como tudo isso havia acontecido. Era coisa do Coração de Vidro? Mas por quê? E o que era isso?

"Eu odeio o que me tornei
O pesadelo apenas começou
Eu preciso confessar
Que me sinto como um monstro"
***
Eu não conseguia dormir. Mas tinha que fazê-lo, ou iam me sedar de novo, obrigando-me a dormir. Tinha que ter coragem. Só Deus sabia o que iam fazer comigo assim que eu apagasse.
O medo nunca me largava. Era meu companheiro.
"Eu sonhei com a mesma mulher misteriosa que havia me contado sobre o Coração de Vidro. Não entendia o que ela queria comigo, mas precisava ouvi-la.
—Você está numa situação delicada, querida. -Ela disse. -Mas precisa ter fé. E paciência.
—Eu sei.
—Precisa aprender a se controlar, Avery.
—Já fiquei sabendo disso. Mas é difícil. -Suspirei. -Quem é você? Por que o interesse em mim?
—Eu bem que gostaria de dizer. Apenas não me tema, eu nunca te machucaria, criança. Não tenho muito tempo. Ouça-me com atenção. Alguém em que você não confia é seu aliado, e amigo. Confie nele.
—Nele quem?"
O sonho acabou.
—________________________TERCEIRA PESSOA__________________________
Já fazia quase dois meses que Avery estava na cela. Isso não afetava apenas a garota, afetava várias coisas.
A equipe dos Vingadores estava meio dividida. Bruce, Thor e Steve não aprovavam o fato de Avery estar numa sala especial, como se fosse uma criminosa, ainda mais, sendo tratada como Loki foi tratado. Já Tony e Clint achavam bom a garota estar sendo controlada daquele jeito. Assim mais ninguém se machucava, ou morria.
Natasha estava dividida. Ela era amiga de Avery, a queria livre, mas entendia que se soltassem a garota, sem ela poder se controlar, muitos iam acabar mortos ou machucados.
Fury não sabia o que fazer. Dar um fim em Avery? Mantê-la trancada para sempre? Não sabia.
Muitos boatos circulavam pela base da SHIELD, alguns diziam que Avery tinha se juntado com Loki nos planos de dominar a Terra, e que a SHIELD teve que dar um fim nela. Outros diziam que o Conselho havia dado um “sumiço” na garota, para pegar o Coração de Vidro. Todos esses boatos começaram porque a prisão de Avery era segredo. Apenas Fury, Hill, alguns agentes de confiança, os Vingadores e John sabiam da verdade.
Falando em John, ele estava desesperado. Sentia um grande aperto no coração quando ia ver a filha (mesmo que ela não o visse). Queria falar com ela, abraçá-la e prometer que tudo ficaria bem, mas Fury não permitia. Achava que se Avery visse o pai, ficaria emocionalmente incapaz de controlar... O “monstro” dentro dela. A menina estava pirando. Isso era um fato.
—Não podemos mantê-la lá dentro para sempre, diretor Fury. -Bruce disse. Ele era um dos mais indignados pela prisão de Avery. -Ela vai enlouquecer.
—O que você sugere, Doutor Banner? Que a deixemos sair? Pessoas morreriam, você, como ninguém, deveria saber disso.
—Eu sei, mas isola-la não fará ela se controlar.
—Ele tem razão. -Thor disse. -Isso só a deixará revoltada. Ela não confia mais em nós.
—Ela confia em Banner. -Fury disse. -Pelo menos isso.
—Diretor Fury, temos um problema. -Um agente disse, ele tinha um corte enorme na testa. - A senhorita Dhenings fugiu da cela. Está indo para o pátio, agora mesmo.
—Precisamos pará-la.
—Não vai machucar a minha filha!-John gritou.
—Ela tem que ser parada. Se Avery sair daqui, a perdemos de vista. Então muitos irão se machucar.
Ele nem esperou o cientista retrucar, apenas correu, sacando a arma. Alguns agentes faziam o mesmo. Os Vingadores foram atrás dele, assim como John, que sentia como se seu coração pudesse sair pela boca.
Hill informou Fury que muitos agentes estavam feridos por onde Avery havia passado, e que a garota havia acabado de derrubar um helicóptero do lado de fora, um que tentou atirar contra ela.
Estavam quase chegando ao pátio, quando uma luz surgiu lá fora. Avery deu alguns passos para trás. Loki segurou a garota pelo pulso, com força. Ela nem teve tempo de reagir, pois os dois foram levados pela Bifrost.
—Thor!-Fury chamou. -Busque Avery, agora. -O loiro olhou para ele.
—Não. Iam machucá-la. Atiraram contra ela.
—Estavam apenas tentando detê-la.
—Com bazucas?-Steve perguntou, revoltado. -Ela acabaria morta.
—Avery está mais forte do que acham. -Respirou fundo. -Se Avery não ser trazida de volta, vai matar mais pessoas. Isso está nas suas mãos, Thor. Decida-se.
Se virou e entrou na base, enquanto pessoas corriam para socorrer os feridos que estavam no helicóptero derrubado. Os Vingadores trocaram olhares, enquanto John parecia chocado.
Ninguém sabia o que fazer.


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Notas finais do capítulo

No próximo...
"-Como vamos trazer Avery de volta?-Natasha, com certeza. -Ela não pode ficar assim para sempre.
—Ela tem que ser controlada. -Bruce disse. -E acho que se passar por um acompanhamento psicológico, talvez seja mais fácil.
—Apagar o que aconteceu da mente dela não seria bom?-Esse era Tony. "
...
"-O que é essa coisa?-Perguntei, sem conseguir tirar os olhos da besta.
—Não sabemos. Mas não é da Terra.
—Definitivamente não. -Alguém disse, ao meu lado. Loki.
—Quem o trouxe?-Murmurei.
—Eu. -Thor respondeu. -Toda ajuda é bem vinda.
—Dele?-Ninguém respondeu. Me afastei de Loki e cruzei os braços."
...
"-Não faço ideia. Aliás, essas coisinhas são filhos dele?-Hulk esmagou mais deles, de novo.
—Digamos que sim.
—E o que é a mãe?
—Ele é a mãe e o pai. –Fiz cara de nojo.
—Eu não devia ter perguntado."
Bjs! ♥



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