Sandra Monteiro.

Meu Deus, o que eu fiz ?

Eu trai o meu marido pela segunda vez.

Eu me envolve com um garoto.

Mas acabou, acabou, Sandra, você nunca mais vai ver o Jonas na sua vida, mas porque, porque doía tanto, saber que eu não iria vê-lo mais ?

Porque eu tinha que sempre lembrar do rosto dele, do sorriso maroto, dos cabelos macios, do toque das mãos dele, porque ?

Cheguei em casa, de madrugada, ainda bem que eu falei pro Led que ia num dos eventos chatos que ele não curtia ir, assim não precisava ficar dando satisfações pra ele, sentei no sofá no escuro, já que as luzes ainda estavam apagadas, eu ainda estava pensando nele, mais ia passar, eu ia tirar o Jonas da minha cabeça e mesmo que eu o volte ver, fingirei que não o conheço.

Oscar Menezes.

Já era umas 15:00, o sol raiava como nunca, o calor era insuportável, eu estava sentando na pracinha esperando por ela, até que a avistei vindo em minha direção.

_ Oi - disse a cumprimentado.

Eu convidei a mulher de ontem pra tomar um sorvete, a Alice, ela era legal e divertida, além de linda.

_ Iai curtindo voltar a cidade Oscar ?

_ Muito, aqui é minha casa.

_ Me fala mais sobre você.

_ Bom, eu moro na Gambiarra, um bairro perto da Taquara, meu pai morreu quando eu ainda era criança, só tem eu e minha mãe, não tenho muitos amigos, na verdade só tenho um, que é como se fosse um irmão mais novo pra mim.

_ História parecida com a minha, mais o meu pai ainda ta vivo, só não liga pra mim mesmo, eu moro na Barra, e também só tenho uma amiga que é como se fosse minha irmã mais nova, ela é incrível.

_ Imagino, Quer ir pegar um sorvete comigo ? - disse estendendo a mão pra ela.

Claro - ela disse pegando na minha mão.

Lucas Smith.

Merda.

O Simon deve ta aprontando alguma.

Eu preciso sair da cidade, mas com qual dinheiro ? que droga, eu preciso é reconquistar a Verônica, vou esperar as coisas se acalmarem, por enquanto vou ficar no meu canto.

Eu não vou voltar pra aquela cidade, eu não vou voltar pra aquela família, eu não vou voltar a ser o que eu era, eu não vou voltar a ser um idiota, não mesmo, eu vim pra cá pra vencer na vida e é isso que eu vou fazer, vencer.

Porque o que importa na vida é vencer.

Simon Cowell.

_ Como eu falei ontem, eu não quero que a machuque, apenas leve-a para o lugar marcado e sigam as instruções.

_ Sim, senhor.

_ Alguma dúvida ?

_ Senhor, se alguém estiver com a moça ?

_ Apenas uma pancada o suficiente para mantê-lo ou mantê-la dormindo por quinze minutos.

_ Sim, senhor.

_ Agora, vão.

Jonas Marra.

Ela me deu um fora.

Cara, eu não acredito que eu levei um fora.

Desde ontem eu to pensando nisso, nela, mais precisamente no fora que ela me deu, ela me liga, eu vou pro motel com ela e depois me dá um fora, que diabos ela ta pensando que eu sou ? um cachorrinho que ela estala os dedos e eu vou correndo pra ela ? quem não quer mais saber dela sou EU, ela que fique lá com o otário do marido dela que não deve suprir nem matade dos desejos dela.

Com esses pensamentos resolve dar uma volta lá pela barra, era bem longe de casa, mas era um lugar bem relaxante, acabei pegando uma carona com um amigo e indo pra lá.

Verônica Monteiro.

Eu estava na Barra mim divertindo com meus amigos, quando a minha amiga quase foi atropelada, o que causou uma espécie de atenção para nós, como todos nós nos incomodamos com isso, resolvemos ir pra casa, eu fiquei já que o motorista viria me buscar, já era muito tarde, resolve indo uma parte do caminho de pé, andei,andei,andei e andei, até que cheguei numa rua totalmente deserta e escura, agora fiquei com medo, comecei a andar mais depressa, só que um carro em alta velocidade bloqueou o meu caminho quase me atropelando, de lá saiu três caras altos e fortes e mascarados.

MEU DEUS, EU VOU SER SEQUESTRADA.

Eu queria gritar isso em pleno pulmões mas infelizmente naquele momento eu só sabia tremer e rezar mentalmente, um dos caras apontou uma arma pra mim e apontou pro carro, engoli a seco, fui caminhado até o carro até que ouve um barulho, tinham jogando uma pedra no vidro de trás do carro, os caras conversaram entre si enquanto eu entrava no carro, dois saíram na direção da onde a pedra veio, quando eu me dei conta do que tava acontecendo, um cara chegou por trás do terceiro sequestrador que ficou comigo, ele deu uma paulada na cabeça dele fazendo- o cair no chão desacordado, senti o cara me puxando do carro mas eu não conseguia me mover.

_ Vamos, rápido, precisamos sair daqui - assente, ele tinha razão, sair do transe e sair correndo com ele.

Corremos, corremos, corremos, quando fui ver onde estávamos, nós estávamos na orla, ele pareceu perceber que eu não tinham entendido a escolha dele.

_ Aqui tem muita gente, ninguém faz nada em público.

_ Um especialista em crimes ? - retruquei.

_ Um especialista em pessoas - ele sorriu.