Erito - Escola dos Mortos escrita por Carine Figueiredo


Capítulo 9
A cruel realidade


Notas iniciais do capítulo

Tenham uma boa leitura.. rs



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– Nós que liberamos o vírus! – Itachi os informou.

– Não, não pode ser verdade! – Kurenai custava a acreditar no que o irmão mais velho de Sasuke acabara de lhes dizer. – Vocês liberaram o vírus? Como pode dizer isso dessa forma? Vocês são os culpados pela morte do Asuma, são culpados pela morte de centenas de pessoas! – ela gritou.

Sakura amparou a professora em uma espécie de abraço improvisado, impedindo-a de agredir o Uchiha mais velho.

– Centenas não, milhares ou milhões! – Sasuke mencionou encarando o outro Uchiha nos olhos, que não desmentiu a afirmação – Talvez até sejam bilhões de mortos!

O rapaz de cabelos negros preso em um rabo de cavalo baixo nada falou em sua defesa. O motorista do helicóptero ficou aflito, olhava para Itachi através do retrovisor da aeronave como se o outro tivesse acabado de contar um segredo de Estado e era exatamente isso que acabara de acontecer.

– Por que essa organização fez isso e de onde veio esse vírus? – perguntou Sasuke de forma tão imponente que fez Sakura tremer na base.

A garota olhava para o amigo com temor. Os olhos do garoto irradiavam ira ao falar com o irmão, como se esse nem fosse seu parente. Não era como se ele quisesse o espancar. Era um ódio diferente, como se ele apenas tentasse demonstrar que queria ser escutado e que não aceitaria mentiras como resposta.

– Ok! Eu irei lhes contar a verdade já que agora vocês fazem parte disso! – anunciou para todos – Mas primeiro vocês precisaram passar por uma bateria de exames para vê se não foram contaminados.

– Contaminados? – Sakura retrucou, não podia acreditar que eles ainda seriam suspeitos de conter o vírus. – nós ainda corremos o risco de termos sido infectados por essa droga de vírus?

– Sim, como estiveram em contato direto com outros infectados vocês ainda correm o risco de estarem contaminados.

Nessa hora a porta do veiculo aéreo foi aberta e homens armados tomaram cada um dos tripulantes vindos de fora à força. Foram basicamente arrancados do helicóptero e arrastados para os exames.

Sasuke deu mais trabalho, era mais forte e não aceitava a forma como foi pego. Estava parecendo um prisioneiro de guerra ou até mesmo um presidiário. Ele se debateu, deu umas porradas em alguns dos guardas até ser tranquilizado com uma coronhada desferida por seu próprio irmão. No final todos foram levados sedados a serem examinados e ficarem em uma espécie de quarentena.

–x-

Neji e Kiba andavam pelas ruas olhando para todos os lados de onde fosse possível aparecer um daqueles zumbis, estavam sendo cautelosos ao extremo. Kaname os estava acompanhando, pois era o mais treinado e silencioso dos três cães de guarda e não demorou muito até chegarem ao mercado, que para variar estava fechado.

– Essa epidemia deve ter começado a se espalhar antes do comercio abrir! – falou Neji.

– Você acha que pode ter algum deles lá dentro? – perguntou Kiba.

– Não acho muito provável, mas é melhor verificar! – Respondeu o Hyuga na conversa sussurrada entre os dois.

Com facilidade arrombaram a porta do Mercado, o difícil foi não fazer barulho para abrir e entrar. Depois de estarem lá dentro, vasculharam a área até comprovar que era seguro fazerem suas “compras”.

Pegaram carrinhos de compras e começaram a pegar os suprimentos. Encheram um dos carros com sacos de ração canina, comidas não perecíveis, carnes que estavam no congelador do mercado e garrafas de água entre outras coisas para beber. No outro puseram matérias de higiene, de limpeza e para a saúde.

– Não podemos esquecer-nos de levar isso! – Kiba apontava para uma prateleira cheia de utensílios femininos.

– Verdade! – Neji riu ao reparar sobre o que o amigo falava – Estamos morando com três mulheres, se não levarmos isso elas nos matam e os dois enchiam os carrinhos mais ainda.

–x-

– Já é de manhã, temos que ver se encontramos um lugar melhor do que a escola para nos protegermos e pensar no que vamos fazer da vida! – reclamou Shikamaru sem demonstrar muita disposição para sair da confortável poltrona em que se encontrava.

– Está bem então, levantem-se os dois que vamos mover o acampamento! – disse Ino de pé olhando para o do rabo de cavalo alto e para Naruto que estava sentado na janela do dormitório.

– Está certo! – afirmou o loiro já se pondo de pé.

Os três foram ao banheiro se arrumar, puseram suas mochilas nas costas e saíram com a cara e a coragem para desbravar o mundo. Saíram do colégio com o medo de encontrar uma multidão sedenta a sua espera, no entanto nada disso foi visto. As ruas estavam limpas, não havia nada nem ninguém nelas.

Desceram a rua do colégio, chegaram até a esquina e ficaram na duvida de que caminho seguir. Cada um queria ir para um canto diferente, mas todos se recusavam a separar o grupo, já que unidos teriam mais chance de sobrevivência.

Os três tiraram no impar par para vê quem decidiria o caminho e quem ganhou foi Ino. Ela sabia bem para onde devia ir, mas sabia também que chegar lá não seria fácil e por isso decidiu passar num certo lugar antes, para que pudessem abastecer as mochilas antes da viagem.

–x-

Kaname que estava deitado olhando para o final do corredor, enquanto esperava seu dono escolher o papel higiênico, levantou a cabeça juntamente com as orelhas em sinal de alerta. Fazendo Kiba olhar para ele como se o mesmo tivesse ouvido alguma coisa.

– Ei, Neji? – o Inuzuka chamou de um dos corredores.

– Fala! – o outro respondeu.

– Você ouviu algum barulho vindo do portão da frente?!

– Barulho? Não ouvi não, por quê?

– Presta atenção então! – Kiba falou num sussurro já se aproximando de Neji.

Então um barulho foi ouvido vindo do portão da frente, parecia que alguém acabara de entrar na loja. Kiba logo levantou o taco de madeira que pegou em casa para se defender. O cachorro foi ordenado a não atacar, a ficar onde estava parado e em silêncio.

Lenta e silenciosamente os dois foram caminhando e deixaram o cachorro para trás. Chegando ao portão da frente viram algo surpreendente, ele estava aberto. Seja o que fosse que fez o barulho já estava lá dentro.

Em poucos segundos Kaname deu sinal. Ele latia desenfreadamente como se não houvesse amanhã, os dois seguram na direção dos latidos. Mas de repente, assim como começaram os latidos pararam. Nessa hora Kiba apreçou ainda mais o passo.

Chegando perto do lugar onde deixou o cão deparou com uma sena nada agradável. Seu amigo estava no chão e dele escorria um fino filete de sangue que tingia o piso.

– Não! – Kiba rosnou com raiva essa doce palavra.

Neji apenas sentia a dor pela perda do cachorro sem soltar uma palavra se quer.

Alguns passos foram ouvidos no outro corredor após o berro mudo do rapaz de pele morena. Kiba com o taco na mão preparou-se indo de encontros às passadas ouvidas. Assim que algo apareceu em sua frente ele o acertou com o taco e toda a força e raiva que sentia no momento.

–x-

– Como será que eles estão indo com as compras? – indagou Tenten às outras sentadas na sala.

– Como vou saber?! Não estou lá! – ronronou Temari um pouco grossa.

Hinata e Tenten já haviam notado a frieza da amiga nos últimos dias, mas acreditavam que era apenas pelo que estava acontecendo. Já que aquilo podia alterar o humor de qualquer um. Afinal, não é fácil viver num mundo onde você mata ou é morto. No entanto a menina estava grossa de mais, então decidiram desvendar o motivo.

– Temari, o que houve? Por que está tão fria? – Hinata perguntou.

– Mas eu não estou fria! – mentiu a loira.

–Não, não está fria. Só está grossa para caraca! – Tenten surpreendeu a loira ao dizer isso.

Nessa hora a garota baixou a cabeça e deixou uma lagrima cair, mas rapidamente a secou para que as amigas não a vissem chorar. Apenas essa atitude já foi o suficiente para que Hinata abraçasse a mesma, confortando-a.

– Eu estou preocupada! – Temari continha um nó na garganta – Os meus irmãos ficaram no meu país e eu não sei se eles estão bem! Eu queria poder falar com eles, mas não está dando para fazer ligações internacionais.

– Não precisa se preocupar, eles devem estar bem! – Hinata tentou pensar positivo.

Nessa hora os outros chegaram e acabaram por interromper a conversa. Dava para os ouvirem entrando, e eles não eram nada discretos. Logo as meninas secaram as lagrimas e foram ver o que eles trouxeram.

A surpresa foi bastante grande quando viram que havia voltado mais gente do que partiu. E o mais intrigante era vê-los carregando em um dos carrinhos do mercado um garoto loiro ensanguentado.

– O que houve? – foi Temari que perguntou enquanto todas as três se aproximavam para ver.

– O Kiba acertou uma tacada nele! – informou-as Neji – sorte que ele não usou a espada que eu levei.

Hinata olhava incrédula para o primo, pois ele acabara de fazer piada com um garoto que podia estar morrendo. Logo o dos cabelos compridos parou de rir ao perceber que a Hyuga ficara irritada com seu infeliz comentário.

Eles estavam carregando o garoto para dentro da casa quando Tenten ouviu uma das cadelas chora. A menina olhou para trás e reparou no cão Kaname ferido. Por muita sorte o pobrezinho estava vivo, ele fora acertado em um local que apenas o fez desmaiar e sangrar um pouco.

– O que aconteceu com ele? – a menina dos coques apontava para o pastor.

– Um acidente! – foi Kiba quem respondeu.

Todos entraram na casa, deitaram Naruto em um colchão que foi colocado na sala especialmente para ele e lhe fizeram um novo curativo. Mas uma vez o garoto estava desmaiado por levar uma pancada na cabeça.

– Casa bonita! – Ino começou a puxar assunto.

– Ah, obrigado. – o rapaz de pele morena riu – Meu nome é Kiba! – ele estendeu a mão para cumprimentar os novos inquilinos.

– Eu sou a Ino! – ela retribuiu o aperto de mãos.

– Shikamaru! – ele também cumprimentou o outro com um aperto de mãos.

– E aquele é o Naruto, ele sempre acaba quase que em coma! – ela riu apontando para o loiro deitado no meio da sala.

O restante do pessoal se apresentou apenas informando seus nomes e com alguma espécie de aceno qualquer. Eles até pararam para se conhecer melhor durante o jantar, conversaram sobre o qual louco o mundo estava, e como acabaram parando ali.

–x-

– Me tira daqui! – Sasuke insistia aos berros de dentro de uma sala onde ele ficara amarrado sobre uma cama.

As amarras o prendiam pela cintura, cabeça, braços e pernas. Para que ele não tivesse qualquer possibilidade de fuga. E provavelmente os outros estavam na mesma situação.

Itachi apareceu no cômodo em que o irmão se encontrava. Ele o ficou fitando por alguns minutos e o mais novo sempre retribuía o olhar.

– Por favor, acalme-se! Isso é para sua própria segurança, depois que seu período de quarentena acabar eu lhe contarei a verdade, então: por favor, seja paciente! – O homem falou com sinceridade.

– E quanto tempo eu terei que ficar assim?! – Sasuke o interrogou com ódio.

– Tempo o suficiente para que os testes sejam concluídos!

– Testes? – perguntou incrédulo o de cabelos arrepiados.

– Não precisa se preocupar! – Itachi riu da irritação do irmão – Não estamos tentando colocar vocês à prova do vírus, apenas estamos pesquisando porque vocês não se infectaram! – Itachi deu as costas para o menor e saiu, fechando a porta atrás de si.


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Notas finais do capítulo

espero que estejam gostando.. rs



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