– Uma cura? – Sasuke indagou boquiaberto assim como todos os outros também estavam.

– Sim, isso mesmo... – O irmão o respondeu sorrindo.

– Então existe uma cura de verdade para tudo isso? – Hinata deu seu parecer na conversa com um pouco de lágrimas nos olhos.

– Bom... Ela já estava em fase final de testes, mas já pode se dizer que existe. – Itachi falou olhando para ela.

– Quer dizer que tudo isso vai acabar? Que bom que as coisas vão poder voltar a ser como antes. – Kurenai falou toda feliz.

– Verdade não podia ter uma noticia melhor num momento como esse. – Neji comentou segurando a mão de sua prima.

– Mas como você sabe disso Sakura? – Sasuke agora indagava à rosada enquanto algumas das pessoas ali presentes comemoravam.

– Eu estive ajudando a Konan na enfermaria depois que o ajudante dela morreu. – Sakura respondia calmamente. – depois de um tempo ela me pediu ajuda numa pesquisa confidencial da cura.

Naruto, juntamente com Shikamaru e Kiba ficara o tempo todo calado, com uma cara interrogativa enquanto Itachi e Sakura respondiam as perguntas que lhes eram feita. O loiro estava apenas captando o que era dito no cômodo para formular todo um pensamento antes de ter uma conclusão do que fazer com o Uchiha mais velho.

– Do mesmo jeito que confidencialmente eles também liberaram o vírus– Sasuke comentou sarcasticamente.

– Pera ai! O que você disse? – Naruto interrompeu toda a conversa. – Como assim do mesmo jeito que liberaram o vírus?

– Isso não vem ao caso. – Sakura se dirigiu ao Uchiha com quem falava, fazendo o perceber que acabara de deixar no ar que seu irmão era culpado da liberação da doença.

– Mas é claro que vem ao caso. – Naruto protestou e depois voltou-se para Itachi puxando-o pelo colarinho da camisa. – Como assim você liberou o vírus?

– Não era para ele ter chegado a essa região. – Itachi falou de cabeça baixa.

– Porra, então o que aconteceu teve mesmo interferência da mão humana? – Neji se alto interrogou.

– Por que vocês fizeram isso? – Kiba se exaltou também indo pra cima de Itachi, mas sendo parado por Shikamaru que apenas ergueu o braço em sua frente.

– Quem exatamente são “vocês” e qual era o seu objetivo em utilizar um agente negro? – Shikamaru indagou ainda com o braço impedindo a passagem de Kiba.

– Eu faço parte de uma organização chamada Akatsuki. – Quando Itachi começou a falar Naruto soltou sua blusa e continuou o encarando. – Nós estávamos fazendo um trabalho para a organização das nações unidas que consistia na redução do contingente populacional mundial.

– Você disse que não era para o vírus ter atingido essa região, então isso significa que vocês estavam visando países específicos porque eram... – O Nara tentava encaixar as coisas que Itachi havia falado.

– Porque eram muito populosos e de terceiro nível. – Itachi concluiu deixando todos indignados.

– Milhões de pessoas inocentes morreram apenas porque eram pobres? – Kiba berrou furioso demais para ter uma atitude racional.

– Eu só estava seguindo ordens, eu sou militar e devo seguir ordens! – O Uchiha mais velho se exaltou chorando. – Eu também não queria que isso tivesse acontecido, tanto que fui um dos primeiros a se candidatar para cobaia na pesquisa da cura!

A exaltação de Itachi fez aqueles que estavam com raiva dele pararem e refletir sobre a culpa que o moreno devia está carregando pelo que fez o mundo passar, por ter posto tanta gente no corredor da morte.

– Então onde está a cura? – Temari questionou mudando um pouco o foco.

– Os testes que fizeram foi o de colocar o vírus mais atenuado e sem risco biológico no corpo do Itachi, para que ele mesmo começasse a produzir anticorpos. – Sakura começou a explicar. – O problema dessa doença é que ela não é comum, então as pessoas nunca tinham tido contato com ela.

– O que significa que ninguém tinha proteção contra ela. – Shikamaru acrescentou na explicação.

– Isso mesmo, então há uma possibilidade que o Itachi por já ter tido o vírus no corpo tenha criado uma defesa contra a doença. – Sakura falava para todos.

– Mas ele não começou a demonstrar os sintomas da infecção? – Neji palpitou na conversa. – Não significa que o teste falhou?

– Ter o anticorpo não significa que ele não pode ficar doente, só que o corpo dele se recupera mais rápido. – Sakura respondeu a Neji. – A partir do anticorpo dele pode ser feita uma vacina.

– O inteligente, você não reparou que não há mais centros científicos ou hospitais? – Kiba meio que debochou de Sakura por ainda está irritado. – Como espera que consigamos separar o anticorpo e criar a vacina.

– Existem países que não foram infectados! – Naruto quem respondeu ao amigo que não entendeu muito.

– Exatamente Kiba, essa não era uma região que seria atacada lembra? Mas ela faz fronteira com Suna que um País populoso e em sua maioria pobre, é possível que o vírus tenha vindo para aqui pela fronteira. – Shikamaru explicava ao moreno. – países desenvolvidos cercados pelo mar devem está intactos.

– E estão intactos. – Sasuke mencionou. – Esses países continentais fecharam os portos semanas antes da liberação do vírus que o Itachi disse.

Temari começou a chorar quando reparou que Shikamaru havia mencionado sobre ali ter sido infectado pela fronteira por causa de Suna que deveria ser o alvo original, Hinata e Tenten ampararam a amiga por serem as únicas que sabiam o motivo de ela está chorando.

– Isso significa que ainda podemos ir para um desses países consegui abrigo. – Kurenai tentou animar todos ali que mal deram atenção a ela.

– Mais ainda com essa chance não da para ter certeza se o Itachi vai ou não virar uma daquelas coisas. – disse Kiba sentando-se no chão.

– Vocês não podem matar o meu irmão sendo que ele pode ter a nossa chance de cura. – O Uchiha mais velho já ia começar a se exaltar para impedir a morte do irmão de novo.

– Não vamos mata-lo, mas o manteremos preso! – Naruto deu sua palavra final.

–x-

Já estava escuro demais para que Ino tentasse voltar para a casa sem o risco de esbarrar com algum dos zumbis que perambulavam por aqueles arredores, então a loira não teve alternativa a não ser procurar por um lugar seguro para passar a noite.

Enquanto procurava por um lugar seguro, ela caminha com a preocupação de não fazer nenhum barulho para não atrair o que é que estivesse se escondendo nas sombras. Com pouca dificuldade Ino conseguiu chegar até uma casa com o portão ainda trancando, achando se seguro ela pulou o muro da residência. Pela quantidade de tempo que passou sem manutenção das empresas geradoras de energia, a casa não tinha mais luz.

A Yamanaka arrombou a porta da casa fazendo um pouco de barulho, mas logo depois entrou fechando a mesma e colocando uma cadeira na frente para mantê-la cerrada. Por precaução Ino verificou a casa toda para ter certeza que estava sozinha, por sorte na residência ainda havia alguns enlatados dentro do prazo de validade que ela comeu.

–x-

Konohamaru que ainda estava sentado no telhado de uma casa ouviu um barulho fora do normal, ele olhou para o outro lado da rua e com dificuldade conseguiu distinguir uma silhueta humana forçando a porta de uma casa. “Será que ainda existem outras pessoas que sobreviveram?” Ele se questionou por achar que era o ultimo humano vivo.

Curioso ele continuou observando a casa, tudo porque queria saber se ele realmente teria visto uma pessoa entrado à casa. Algumas horas se passaram e o sol que ainda não tinha nascido já começava há clarear um pouco o horizonte, facilitando um pouco a visão de Konohamaru.

O jovem estava deitado sobre o telhado observando a outra casa quando de relance viu uma cortina se mexer e logo olhou para o lugar, constatando a real presença de uma garota loira dentro da casa.

“Eu não estou mais sozinho!” O moreno com os cabelos arrepiados pensou abrindo um sorriso de felicidade no rosto. “Tenho que ir lá falar com ela...” Ele se auto-interrompeu ao virar, quando se preparava para descer do telhando.

A umas duas esquinas da casa onde a garota estava, vinha uma horda de andarilhos, Konohamaru se abaixou novamente pretendendo esperar que o bando passasse para que ai então ele fosse atrás da loira, mas contrariando seus pensamentos ela já estava saindo da casa e por azar indo na direção dos zumbis.