Erito - Escola dos Mortos escrita por Carine Figueiredo


Capítulo 16
Sobrevivente Inesperado


Notas iniciais do capítulo

O capítulo vai voltar um pouco no tempo,
Isso é para contar sobre o personagem novo.
Tenham uma boa leitura.. rs



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~ Cerca de seis meses antes ~

Um garoto moreno de cabelos arrepiados acordou um pouco atrasado para ir à escola, levantou-se como de costume e foi se arrumar para a aula. Ele estava sozinho em casa, pois sua mãe que era enfermeira estava fazendo plantão desde a noite anterior no Hospital Geral de Konoha.

A porta da sala abriu fazendo as dobradiças rangerem o que atraiu a atenção do jovem que saiu do quarto ainda abotoando a blusa do uniforme para verifica quem estava entrando.

– Chegou cedo. – Ele falou para a mulher que chacoalhava as chaves trancando a porta da sala.

– Konohamaru, você ainda está em casa? – ela disse com a voz arrastada virando-se para olhar para o garoto.

– Mãe o que houve? Você está me parecendo muito mau. – Konohamaru comentou se aproximando da mulher, ele pegou sua bolsa e ajudou-a a sentar-se no sofá.

– Estávamos atendendo muitos pacientes essa noite, acho que acabei trabalhando de mais e estou exausta. – A morena riu tentando fazer o clima ficar mais leve. – Então me liberaram mais cedo por eu não está rendendo nada.

Ao ver sua mãe se levantando do sofá Konohamaru foi ajuda-la novamente e levou-a até o quarto, onde a sentou na cama com cuidado. Ele colocou a mão sobre a testa da mulher para medir sua temperatura, constatando então que ela estava com febre.

– Mãe onde estão os remédios? – o menino perguntou a mulher. – Você está muito quente.

– Estão em uma caixinha no armário da cozinha. – A mãe de Konohamaru respondeu.

– Certo, eu vou preparar uma canja pra você e depois de comer você toma o remédio. – Ele disse abrindo a porta do quarto. – Então vai tomar um banho para trocar essa roupa.

– Está bem papai. – Ela disse rindo e o fazendo rir ao encostar a porta para deixa-la à vontade.

Konohamaru foi até a cozinha de sua casa e começou a prepara a sopa de frango, enquanto a canja cozinhava ele pegou o remédio e um copo de água para levar para sua mãe. Com a sopa pronta ele voltou para o quarto, chegando lá ele bateu na porta pedindo permissão para entrar.

– Pode entrar. – Sua mãe disse.

Ao entrar ele viu a mulher já deitada e coberta, conforme ele se aproximava ela ia se sentando até que ele apoiou a bandeja com a refeição no colo da mulher e continuou ao seu lado enquanto ela comia. Lembrando-se que era dia de aula ele olhou para o relógio, surpreendendo-se porque já estava bem atrasado.

– Pronto, eu já estou alimentada e já tomei o remédio agora vai pra aula que você já esta atrasado. – Ela disse assim que terminou de comer e tomou o remédio.

– Talvez eu devesse fica aqui para cuidar da senhora. – Ele protestou um pouco.

– Você não precisa se preocupar e também não pode ficar faltando a escola e sei que você tem prova hoje. – ela afirmou para o filho. – Agora é só eu descansar que quando você voltar, eu já estarei bem.

– Okay! – ele respondeu dando um beijo na testa da mulher. – Bença mãe.

– Deus te abençoe.

Konohamaru obedeceu a ordem da mãe e foi pegar o material para ir para a escola, ao sair de casa trancou a porta da sala e foi para o ponto de ônibus, a seu lado no ponto tinha um homem tossindo bastante.

Não foi preciso esperar muito, o ônibus chegou rápido e ele entrou. A escola não era longe, mas como já estava muito atrasado ir o transporte era mais rápido do que a pé. Dentro do ônibus ele pode perceber assim que entrou que o trocador estava tossindo e vários passageiros apresentavam uma aparência ruim, como se estivessem doentes.

“Deve ser algum tipo de virose.” Ele pensou.

Konohamaru ficou de pé a porta de saída já que desceria logo. Não demorou muito, apenas cinco pontos depois do embarque, e ele já estava na porta da escola. O moreno tocou a campainha para que viessem abrir o portão para ele entrar, quem apareceu foi Anko a vice-diretora.

– Está atrasado! – Anko falou dando passagem para Konohamaru entra.

– Eu sei e me desculpa, é que minha mãe chegou doente em casa. – Ele respondeu de cabeça baixa.

– Você vai ter que assinar na diretoria que chegou atrasado e vai ter que esperar o próximo tempo de aula para subir para a sala. – Ela disse o acompanhando para a diretoria.

– Está bem... – Konohamaru concordou com a vice-diretora.

Konohamaru acompanhou Anko até a sala da diretora para assinar os tais papeis sobre o atraso, ao concluir isso o jovem ficou sentado em um dos bancos do lado de fora da sala, esperando o sinal para o próximo tempo.

Enquanto esperava a próxima aula Konohamaru viu a enfermeira Shizune se aproximando com alguns papeis na mão para entregar na secretária, ele se levantou e deu uma corridinha até ela.

– Sra. Shizune, posso falar com a senhora um minuto? – Ele perguntou enquanto se aproximava.

– Sim, claro. O que quer saber? – Ela respondeu sorrindo para o garoto.

– A Senhora sabe se está tendo algum surto de uma virose nova na cidade? – Ele começou perguntando.

– Não que eu saiba. – Ela respondeu. – Posso verificar isso depois, mas por que a pergunta?

– Bom, é que minha mãe trabalha no hospital e ela chegou bem doente em casa. – Ele começou a explicar. – E enquanto eu estava vindo para a escola vi muitas pessoas com a mesma aparência de doente dela pela rua.

Shizune e Konohamaru ainda conversavam quando de repente ouviram um barulho muito alto vindo dos portões da escola, não demorou muito e eles puderam observar dois professores passarem em passos rápidos em direção ao portão, Guy e Kurenai iam verificar o ocorrido.

– Espere aqui, vou ver o que está acontecendo! – Shizune falou para Konohamaru e deixou seus papeis em um dos bancos ao lado dele.

Shizune saiu do prédio escolar indo atrás dos professores que passaram as pressas para o portão, Konohamaru ficou observando o que acontecia da entrada do prédio escolar mesmo. Ele viu Guy puxar um homem ferido pelo colarinho da blusa através das grades do portão.

“Isso não pode ser verdade...” Konohamaru pensou assim que colocou seus olhos no homem do lado de fora dos muros da escola.

– Professor Guy, não é preciso usar a agressão! – Konoha viu Shizune exclamar fazendo com que ambos os professores a olhassem.

Konohamaru continuou observando o que acontecia até que viu o homem morder o professor no pescoço, fazendo uma ferida que com certeza seria fatal e logo depois Guy caiu no chão morto.

“Mas que droga, eu não acredito que isso realmente está acontecendo!” Konohamaru pensou. “Isso está parecendo com o Jogo que as pessoas morrem e voltam à vida para comer os vivos, agora só falta o professor Guy levantar.”

A professora auxiliar Kurenai voltou correndo em direção as quadras esportivas, não demorou muito e Konohamaru constatou Guy levantando mesmo depois de morto e atacando a enfermeira que o socorria, confirmando os pensamentos do garoto.

“A minha mãe, eu preciso ir para casa vê se ela está bem...” Konohamaru lembrou perplexo. “droga ninguém vai querer ir comigo, vou ter que me virar sozinho.”

Quando Guy e Shizune se levantaram juntos e ensanguentados em direção à secretaria, Konohamaru se viu forçado a entrar o prédio para fugir deles, pouco tempo depois um anúncio aterrorizado colocou a escola em um estado de calamidade. Vários alunos estavam correndo pelos corredores e morrendo a todo o momento de novos ataques.

“Essas pessoas são muito burras!” Konohamaru pensou olhando varias pessoas sendo perseguidas enquanto gritavam.

Sem querer Konohamaru esbarrou em uma pequena estatua de um pedestal fazendo-a cambalear, mas antes que ela pudesse cair a apanhou sem que ela se encostasse ao chão. Ao olhar para frente ele viu Kiba um garoto de outra série sentado no chão após cair o observando também em silêncio enquanto os demais alunos atraiam os mortos.

Ambos os rapazes sorriram um para o outro e cada um seguiu seu caminho em silêncio, pouco tempo depois ao passar pela sala de informática Konohamaru viu alguns medrosos se escondendo lá, Neji Tenten e Temari nem o viram passar por eles. Mais a frente ele esbarrou em Hinata ao dobrar um corredor.

– Me desculpa. – ela disse assim que se afastou e percebeu que o garoto estava vivo.

– Sem problema. – Ele já ia sair de perto dela quando se lembrou de algo. – Ah, o seu primo está se escondendo lá na sala de informática.

– Muito obrigada. – Ela respondeu gaguejando um pouco e observando Konohamaru se afasta.

Enquanto Konohamaru caminhava pelos corredores da escola procurando uma saída de lá, ele se via cada vez mais encurralado nos andares superiores. No entanto ele ainda tinha a vantagem sobre o som, embora também não existissem mais tantas pessoas vivas no colégio. Alguns minutos depois Konohamaru esbarrou com dois colegas de classe que também estavam se escondendo no silêncio.

– Udon, Moegi? – Konohamaru disse surpreso.

– Konohamaru! – A garota agarrou o moreno num abraço.

Os três começaram a andar juntos, procurando uma forma de sair da escola, eles estavam próximos às escadas quando ouviram alguns gritos. Foi então que o trio viu um grupo de cinco subindo para o terraço sendo seguidos por um bando de zumbis, nesse grupo se encontravam Asuma, Kurenai, Naruto, Sasuke e Sakura.

– Isso está parecendo com o game que nós jogávamos... – Udon comentou com os amigos.

Ao perceber que o grupo estava cercado no terraço e que a frágil porta de madeira não seria o suficiente para mantê-los afastados dos mortos por muito tempo, Konohamaru fez algo do qual poderia vir a se arrepender depois.

– Ei! – Ele gritou atraindo a atenção dos zumbis e depois começou a correr. – Me sigam por aqui!

Os mortos que antes estavam prendendo a porta que levava ao terraço, agora estavam seguindo Konohamaru e seus amigos pelos corredores da escola. O garoto se viu forçado a sair do prédio, mas durante o trajeto outros grupos de morto se juntaram aos que os perseguiam.

– Konohamaru, aquele não era o Naruto o seu melhor amigo? – Moegi perguntou.

“Espero que o Naruto fique bem.” Konohamaru pensava chorando enquanto corria em direção ao portão da escola. “Desculpa Naruto, eu preciso ver se minha mãe está bem.”

– Não se preocupe ele é forte o bastante para se virar sozinho... – Konohamaru respondeu. – E eu já o livrei dos que o estavam seguindo!

Enquanto eles corriam Udon acabou tropeçando, assim que ele caiu Konohamaru e Moegi se viraram para olhar se poderiam ajuda-lo mais era tarde e os zumbis já estavam em cima deles. Moegi ia voltar para ajuda-lo mais Konohamaru a segura pelo braço, não restava alternativa a não ser continuar correndo.

Chegando mais perto da saída e ainda sendo perseguidos os dois começavam a dar sinal de fadiga, mas faltando pouco para chegar do lado de fora o garoto conseguiu juntar forçar o suficiente para pular e se agarrar no alto da grade e após fazer puxar o resto do corpo para cima do portão e pular para o lado de fora.

– Ajude-me, Konohamaru! – Moegi pediu ao não conseguir juntar forças para se puxar para cima.

Ao olhar para trás Konohamaru viu Moegi presa no portão sem conseguir se puxar para cima, mas antes que ele a conseguisse alcançar ela foi puxada do alto da grade para o chão e devorada. A partir dali única alternativa que restou a Konohamaru foi a de prosseguir sozinho.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando.. rs