Henrique estava sentado na sala de sua casa, o cômodo estava iluminado apenas pela fraca luz do abajour, e em suas mãos estava o porta-retrato com a foto da filha desaparecida, lágrimas teimavam em rolar por sua face ele estava em total desespero, ouviu passos e então alguém ascendeu a luz.

–Pai, alguma noticia da mana?-Perguntou o filho mais velho.

–Não.-Respondeu ele secando as lágrimas com a manga da camisa.-O policial vai investigar um suposto telefonema que a tua irmã recebeu, teu avô contou isso.- O rapaz sentou ao lado do pai e pegou o retrato da mão dele o analizando e começando a sentir um nó se formar em sua garganta.

–Eles vão encontrá-la, o senhor vai ver....-Sua voz já soava embargada, tentando esconder a vontade de chorar.

–Sim, mas vão encontra-la viva?-Perguntou o homem voltando a verter lágrimas, e o silêncio se instalou pelo cômodo.

O exército de Cair Paravel lutava bravamente contra o exército da Calormânia, Pedro acabava de dar conta de um soldado que agora jazia no chão, os demais reis estavam presos em batalhas pela vida, o rei magnifico ouviu um grito viu que Lúcia hávia sido derrubada por um soldado três vezes maior doque ela, ele iria correr para ajudar a irmã mas Edmundo gritou para ele do outro lado.

–Eu ajudo a Lúcia, dê cobertura ao Caspian!-Gritou o rei justo passando a sua afiada espada no pescoço de um soldado que caiu agonizante no chão.

Pedro iria correr para dar cobertura ao rei para que ele adentrasse no castelo mas foi impedido levando um soco forte no rosto e caindo.

–Pedro!-Gritou Susana que imediatamente acomodou a flecha no arco e disparou acertando o homem que atacou seu irmão.

O exército Narniano estava em desvantagem, pois a cada vez mais surgiam soldados do lado calormano.

Caspian estava perto da entrada do castelo porém estava duelando com um homem que o atacou derepente, era possível ouvir o som dos metais se chocando de longe, o homem bateu forte com sua espada na dele e logo após acertou um soco na boca do rei telmarino que nem ligou para a dor e continuou a atacar com ainda mais fúria, os movimentos dele eram rápidos e precisos e não demorou para que sua espada atravessasse a barriga do oponente, agora Caspian tinha que passar por mais um para poder entrar no castelo.

A porta do quarto onde Nêssa estava presa foi aberta e a criada entrou trazendo consigo uma bandeja com frutas e comida, depositou a bandeija sobre a mesinha no canto do quarto, Nêssa olhou entrigada para ela e questionou.

–Que barulho é esse, oque está acontecendo?-A mulher nada respondeu.- Me responda!-Nêssa elevou a voz, coisa que jamais fazia.

–O exército de Cair Paravel está atacando o castelo.

–Oquê?

–Estão atacando para resgatá-la, por favor não me pergunte mais nada.-Disse a mulher amedrontada se retirando e deixando a bela moça sozinha no quarto.

Susana atirava suas flechas com uma precisão incrivel, não errava nenhum alvo, mas não hávia notado que um soldado chegava por trás de si e se assustou quando foi empurrada e caiu no chão, o homem levantou a espada para lhe acertar quando outra espada se chocou com a sua impedindo que ele ferisse a moça, e logo a mesma espada lhe fez um corte fatal no peito, Susana sorriu quando Edmundo estendeu a mão para ela que aceitou de imediato.

–Viu, eu sempre te salvo.-Brincou ele.

A batalha estava cada vez mais sangrenta, vários soldados narnianos estavam feridos ou mortos e os reis lutavam bravamente, Pedro hávia sido atingido na perna pela flecha de um calormano e sangrava mesmo assim não se dava por vencido, Caspian continuava lutando contra o último soldado que guardava a entrada do castelo, logo ele poderia entrar e achar Nêssa, o soldado lhe fez um corte considerável no braço rasgando a manga de sua camisa branca, e Caspian acertou um forte soco na perna ferida do calormano, logo ele caiu o rei não entendeu o motivo até ver a flecha de Susana cravada nas costas do homem, ele olhou para ela e sorriu em agradecimento.

–Caspian vai!-Gritou ela, eo rei adentrou o castelo correndo.

Pedro ajudava Lúcia a se levantar do chão, a rainha estava com o rosto eo vestido coberto por poeira eo rei magnifico mancando, muitos calormanos jaziam no chão, e alguns narnianos também.

–Vocês estão bem?-Perguntou Edmundo se juntando a eles.

–Sim, e Susana?

–Está vindo, e Caspian conseguiu entrar.-Informou o justo.

–Ed cuidado!-Gritou Pedro, o rei justo se virou e foi atingido na barriga pela espada de um homem alto, Pedro correu na direção do homem e os dois começaram a duelar e logo o rei magnifico aniquilou o inimigo, Lúcia pingou uma gota de suco da flor de fogo na boca do irmão que logo se sentia bem melhor.

Caspian corria pelo longo corredor do castelo, não fazia ideia de onde Nêssa poderia estar mas a encontria... sempre a encontraria, ouviu passos atrás de si e virou-se já empunhando sua espada, que foi logo chocada contra outra dando inicio a um duelo, logo que tomou distância pode ver melhor quem o atacava.

–Rabadash.-Disse ele sentindo seu sangue ferver.

–Caspian X.- Os dois voltaram a travar um duelo, mesmo querendo o principe calormano morto precisava dele vivo para que o levasse até onde Nêssa estava, o infortuno principe era um ótimo espadachim, conseguia prever os movimentos de Caspian e o bloqueava quase que instantâneamente, mas não tinha tanta força como o rei telmarino e nem a fúria que ele sentia,Caspian conseguiu desarmar Rabadash e deixou sua espada a sentimetros do pescoço do principe.

–Me diga aonde ela está e eu o deixarei vivo.

Rabadash deu uma rasteira em Caspian que caiu no chão e sua espada caiu longe de modo que ele não a alcançasse, o despresivel principe pegou sua espada do chão rapidamente e olhou para Caspian.

–Quem não sairá vivo daqui é você.- Ele desceu sua espada com força em direção ao rosto de Caspian que segurou a lâmina com as duas mão, mas Rabadash continuava a forçando em direção a ele e Caspian sentiu que não aguentaria por muito tempo.