O Passado e Futuro de Juvia escrita por Quenga Quenn


Capítulo 8
Teddy?


Notas iniciais do capítulo

Demorei, o proximo demorará também, quem sabe ainda mais, bom espero que gostem.



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Enquanto Juvia, Gajeel e Gray ainda estão no quarto de Juvia, Erza e Levy estavam indo até a casa da Poluchka para saber como estava a busca e acabaram vendo Fineus e com ele estava um garoto – ele era um garoto com certeza, mas sua expressão era de preocupação e tristeza, ele até tinha marcas de expressão para a idade que sua aparência física não indicava, ele era menor que Fineus, tinha cabelos curtos e pretos e olhos tão pretos quanto o seu cabelo. – Fineus e o garoto estavam conversando intensamente e quando Fineus olhou para frente viu Erza e Levy.

–Erza certo? –Disse Fineus sorrindo para ela então voltou seus olhos para Levy e disse. –E você, acho que não fomos apresentados, Fineus irmão mais velho da Juvia. –Fineus sorriu e deu um beijo nas costas da mão da Levy e deu um sorriso que logo desapareceu quando o garoto que estava ao seu lado pigarreou e falou com uma voz rouca que não deveria ser de um garoto, parecia de alguém que tivera que gritar muito por muito tempo.

–Fineus se você que chegar naquela maldita biblioteca ainda hoje temos que irmos logo.

–E é por essa sua falta de educação que ninguém gosta de você, e também por sua aura maligna por estar sempre de cara fechada, sorria um pouco você está perto de garotas bonitas. –Disse Fineus e então acrescentou. –Esse é meu meio irmão e da Juvia também claro o mais novo de nós, Sebastian, nosso irmãozinho demoníaco e idiota, essas são as garotas amigas da Juvia, Erza e... –Levy, meu nome é Levy. –Disse olhando de um para o outro procurando semelhanças e depois desistindo quando percebeu que eram totalmente diferentes um do outro.

–Então foi você que amaldiçoou a Juvia? Você deve saber de um jeito de reverter isso não sabe? –Erza disse olhando irritada para o garoto.

–Eu... Eu sinto muito, eu realmente sinto, mas eu não sei como desfazer. –Disse Sebastian quase inaudível de cabeça baixa, Erza olha para Fineus e ele apenas assentiu com a cabeça confirmando.

–Mas deve haver alguma brecha no livro onde você aprendeu certo? –Perguntou Levy, com um brilho de esperança nos olhos.

–O livro não existe mais, queimou, junto com toda a casa da minha mãe, sinto muito. –Disse Sebastian ainda de cabeça baixa. Fineus viu claramente o brilho de esperança apagar dos olhos de Levy.

–O garoto vai me ajudar a encontrar outra copia desse livro, se ele ainda existir, iremos encontrar certo pestinha? –Fineus olhou para Sebastian esperando uma resposta então apenas bagunçou o cabelo do irmão mais novo.

–Aonde vocês irão? –Perguntou Erza curiosa e desconfiada. Fineus sorriu aparentemente se divertindo com a desconfiança dela, e lembrou-se de seu pai sempre perguntando aonde ele ia, então olhou para a cara mal humorada de Erza e começou a gargalhar, riu até começar a chorar então quando finalmente se acalmou falou. –Desculpe, mas isso foi realmente engraçado e bom, acabei pegando a mania da Juvia de sorrir ou rir em situações como essas então me perdoem, é que, bem eu me lembrei do velho pedindo satisfações e acabei me deixando levar, mas iremos para a biblioteca de maldiçoes, você encontra varias coisas interessantes por lá e esperamos que eles tenham o livro que procuramos.

–Então ainda temos esperança? –Perguntou Levy, o brilho voltando aos poucos para seus olhos. Fineus sorriu.

–É bom ver que realmente se importam e enquanto não desistirmos ainda á esperança, certo Sebastian? –Perguntou Fineus olhando para o irmão que estava ouvindo atentamente a conversa.

–Certo, agora é melhor irmos, quanto antes chegarmos, mais rápido poderei desfazer minha burrada. –Disse Sebastian para Fineus que acenava com a cabeça, concordando.

–Pela primeira vez tenho que concordar, meninas estamos indo, voltaremos assim que pudermos. –Disse Fineus com um sorriso brincando em seus lábios. –Desejem-nos sorte.

E assim eles continuaram seu caminho, Erza e Levy ainda estavam paradas no meio do caminho ainda processando aquilo que havia acontecido, até que Levy disse quebrando o silencio.

–Eles são tão diferentes, o tal do Sebastian é tão quieto e parece tão velho e é o mais novo, e o Fineus bem...

–Sim, ele é bem... Eu realmente não sei que palavra eu devo usar para descrevê-lo. –Disse Erza recomeçando a andar em direção à floresta que é onde Poluchka morava.

–Por incrível que pareça eu também não, mas ele é bem bonito. –Disse Levy corando um pouco e andando ao lado da Erza.

–Sim, é sim, mas você não gosta do Gajjel, Levy? –Erza perguntou inocentemente fazendo Levy corar, quando viu a reação da Levy apenas abafou um risinho e disse. –Oh desculpe, não sabia que não podia tocar nesse assunto.

–Tu... Tudo bem, não tem problema, eu... Eu gosto dele mesmo. –Levy ficou parecendo um pimentão de tão vermelha, Erza apenas sorriu e disse. –É bom que você assuma para si mesma antes de qualquer coisa de toda forma, fique dizendo isso em voz alta pra si varias vezes, até que dizer isso seja algo tão natural que saia normalmente, e você nem vai se sentir tão envergonhada.

–Você tem certeza Erza-san? –Perguntou Levy incerta e Erza apenas sorriu. Caminharam pela floresta durante meia hora até chegarem à casa da Poluchka, Erza parou e bateu na porta, Poluchka gritou lá de dentro.

–Quem é? O que quer?

–É a Erza e a Levy da Fairy Tail, viemos ajudar. –Disse Erza gritando para ser ouvida lá dentro.

–Entrem, e vê se não me atrapalhem, vocês podem checar esse monte de livros que eu estou terminando esse já. –Disse Poluchka apontando para um monte de livros, todos empilhados por tamanhos.

–Como a senhora conseguiu todos esses livros de maldiçoes? –Perguntou Levy curiosa e maravilhada ao mesmo tempo.

–Eu havia depositado eles em três bibliotecas diferentes, ainda esta faltando alguns, mais provavelmente se tiver uma resposta para a maldição estará com certeza nesses livros. -Poluchka disse confiante.

Então elas começaram a ler cada livro do monte que Poluchka indicou a elas.

.................

Devia ser umas 10 horas da manha ainda e o Gray não parava de andar de um lado para o outro na enfermaria, Juvia e Gajjel estavam ficando loucos vendo-o andar de lá pra cá e vice-versa.

–Ei gelinho, vá procurar o cabeça de fogo vai, assim você para de andar de um lado para o outro igual um idiota. –Disse Gajjel tentando de algum jeito tira-lo do quarto ou pelo menos fazê-lo parar de andar.

–Porque eu deveria procurar o Natsu, Gajjel? Ele deve estar na casa dele ainda. –Disse Gray sem perceber que Gajjel estava querendo dizer. A Porta do quarto se abriu e quem entrou foi Mira com uma bandeja de café da manha para Juvia.

–Bom dia Juvia, deve estar com fome preparei um café da manhã para você, ah meninos bom dia, não vi vocês ai, se estiverem com fome é só descer que eu preparo algo para vocês também. –Disse Mira sorrindo.

–Obrigado Mira-san, Juvia esta com fome sim. –Disse Juvia sorrindo para Mira e pensando que a amiga sempre foi assim, doce e gentil com todos.

–Eu to com muita fome, vou descer, eu volto mais tarde mulher da chuva. –Disse Gajjel saindo pela porta deixando aberta atrás de si.

Juvia olhou para o Gray que havia parado em frente a sua cama, Mira deixou a bandeja no colo de Juvia deu um ultimo sorriso e saiu.

–Uh, Gray-sama? Não esta com fome? –Perguntou Juvia um pouco nervosa, com medo de fazer Gray explodir de novo.

–Não Juvia, não estou com fome. –Ele respondeu quase inaudível, então ele se aproximou e sentou na poltrona ao lado da cama da Juvia, de cabeça baixa e em silencio, Juvia comeu um pouco e ainda olhando para a bandeja falou.

–Eu queria que Gray-sama voltasse a não se importar com Juvia, seria menos triste.

Gray levantou a cabeça assustado com o comentário inesperado de Juvia.

–Não entendo, como assim você queria que eu não me importasse? Juvia você esta prestes a perder a memória e quer que eu não me importe? Como pode pedir isso? Achei que... que você... – A voz de Gray estava nervosa e baixa e morreu quando os olhos dele chegaram aos dela que estavam pregados na bandeja

–Juvia ama Gray-sama, mas Juvia fica com dor no coração vê-lo tão preocupado, Juvia não gosta de fazer Gray-sama se preocupar, Juvia queria que Gray-sama não se importasse para que não fosse doloroso para ele quando Juvia perder a memória. –Juvia disse com a voz embargada e quando acabou uma lagrima rolou por seu rosto, caindo na bandeja.

Gray ficou em silencio apenas olhando ainda surpreso pelo o que a Juvia havia acabado de dizer e então falou baixinho.

–Nós vamos achar um jeito de você não perder a memória Juvia, vamos dar um jeito, somos a Fairy Tail, sempre damos um jeito. – Ele parecia querer convencer a si mesmo.

–Juvia já estava se conformando que Gray-sama não iria nunca gostar dela, Juvia esperava que Gray não ficasse triste, assim Juvia não se sentiria culpada por deixa-lo, Juvia poderia seguir em frente, sem lembrar que amava Gray tanto, mas agora, Gray esta demonstrando se importar com Juvia e isso faz com que doa muito mais. –Juvia disse divagando baixinho, como se não tivesse ouvido o que Gray disse. Gray a olhou havia angústia na voz dela, ele percebeu que ela estava tremendo ele tentou tocar em seu braços e ela se afastou chorando.

–Juvia? Você esta tremendo, o que esta sentindo?

–Juvia esta com frio, Gray esta congelando a cama de Juvia. –Gray olhou para a cama e era verdade, ele havia congelado a cama inteira.

–Desculpa Juvia, não foi por querer, eu me descontrolei, eu não queria, deixe eu te ajudar a mudar de cama. –Juvia aceitou a ajuda e eles foram para a cama mais perto da outra janela, Gray abriu a janela e Juvia se arrumou se colocando sentada contra a parede para poder ver lá fora, ainda estava tremendo de frio, mas estava melhorando ela estava coberta, tremia bem pouco agora, ela olhou para fora e numa arvore próxima ela viu três lobos brancos e de olhos azuis e soube que ele estava perto.

–Gray-sama podia chamar o Gajeel? Juvia precisa falar algo importante com ele. – Juvia tinha um sorriso contido de felicidade no rosto, uma felicidade triste, visíveis em seus olhos.

–Claro, se é tão importante, volto já. –Disse Gray saindo do quarto e voltando 10 minutos depois com Gajeel vindo atrás.

–Certo mulher da chuva o que é tão importante que teve que parar meu café da manhã? E porque mudou de cama? –Perguntou Gajeel quando entrou.

–Gray-sama sem querer congelou a outra, por isso estou nessa agora. –Gajeel olhou para a outra cama e depois para Gray que apenas balançou os ombros. –Mas sobre o assunto pelo qual Juvia queria falar, olhe. –Disse Juvia apontando para os lobos brancos na floresta, Gajeel compreendeu na mesma hora e perguntou.

–Quer que eu chame-o aqui? Tem certeza que quer vê-lo de novo? –Perguntou Gajeel.

–Sim, por favor, Juvia quer vê-lo, não o vejo a um bom tempo, quero vê-lo de novo. –Disse Juvia ainda com um olhar triste.

–Ta certo mulher da chuva vou trazer o idiota aqui, mas se ele disser algo estúpido irei bater tanto nele que não vai sobrar nada para os lobinhos dele levarem de volta. –Gajeel disse olhando serio para Juvia.

–Sei que faria isso. –Disse Juvia sorrindo para ele, então Gajeel se virou e saiu.

–Juvia? De quem você estava falando? –Perguntou Gray curioso.

–Teddy, ele veio com aqueles lobos brancos, Juvia não achou que ele viria. –Ela parou de falar e ficou olhando para fora, viu Gajeel indo em direção aos lobos, ela parecia em transe, olhava fixamente para a floresta, como se tivesse esperando que algo explodisse, Juvia ainda estava em transe quando Gray perguntou.

–Aah? Juvia? Quem é Teddy? – Juvia saiu do transe e olhou para Gray e sorriu.

–É o irmão de Juvia, irmão gêmeo de Juvia. –Disse ela sorrindo de orelha a orelha, então olhou para a floresta ainda sorrindo.

–Irmão gêmeo? Gêmeo? –Perguntou Gray confuso, Juvia riu, Gray achou o barulho bom, fazia tempo que não ouvia Juvia rir.

–Sim, Juvia nunca falou dele antes, mas ele é importante para Juvia, principalmente agora... –Juvia foi interrompida quando Gajeel entrou trazendo um garoto do tamanho de Juvia com aparência de mais velho, de primeira não se parecia com ela, tinha cabelos a altura dos olhos, brancos e rebeldes, encaracolados nas pontas, porte militar, estava vestido com uma calça militar verde camuflada, botas de combate e regata surrada, os estilos se completavam nele, por mais estranha fosse a combinação, parecia perfeitamente normal, mas os olhos eram dela, azuis incríveis, mudavam para tempestades ou ondas, era difícil dizer, Gray teve de engolir em seco, o garoto era mesmo o irmão gêmeo dela, era incrível a tamanha diferença deles, ele parecia mais velho do que ela, mas com toda certeza ele era irmão dela.

–Juvia. –Disse Teddy em tom de comprimento, o rosto do garoto não demonstrava nenhuma emoção, nenhum sorriso.

–Olá Teddy. –Disse Juvia sorrindo, mas nos olhos havia tristeza, Gray queria saber o porquê da tristeza, queria perguntar, mas se impediu sentindo que estaria invadindo a privacidade de Juvia, o que pra ele não fazia sentido, nunca quis invadir a privacidade da Juvia antes e agora estava louco para saber mais sobre ela, para conhecê-la melhor.

–O que exatamente esta acontecendo com você Juvia? –O jeito de ele falar não era carinhoso ou grosso, era completamente livre de emoções.

–Magia negra, maldição que faz Juvia lembrar momentos e ter acessos de dor, Juvia sente muito por isso. –Disse Juvia olhando de Teddy para a janela.

–Não é tão forte em mim, deve doer muito, quem foi? –Gray não entendeu o que não é tão forte nele, mas a conversa continuou sem que ninguém explicasse isso e Gajeel parecia entender.

–Sebastian, você se lembra dele certo? O ultimo filho do papai? –Perguntou Juvia ainda olhando pela janela, então ela deu duas batinas em seu colo e um filhote de coruja pousou nele.

–Hum... Moreno, baixo e muito sombrio? –Juvia acenou. –Sim, me lembro dele, como ele aprendeu esse tipo de coisa?

–Juvia não sabe, com livros talvez. –Juvia deu de ombros. –Juvia achou que Teddy não viesse.

–Eu não vinha, mas os lobos insistiram e bem... o grupo também insistiu, disseram bobagens como eu e você sentindo falta um do outro e nos evitando ao mesmo tempo, disseram que não nos aguentamos mais, nove meses na barriga e mais 11 anos juntos foi o suficiente para encher a paciência um do outro. –Quando acabou, deu uma risada baixa, triste.

–Talvez estejam certos, e o que o fez vir aqui de verdade? –Perguntou Juvia acariciando a coruja e olhando pela janela.

–Não sei, instintos? Ainda não consigo controla-los, eles não obedecem minhas ordens, eu apenas vim sem perguntas difíceis Juvia. –Disse ele olhando para a parede.

–Você não pode controlar seus instintos Teddy, Juvia já disse isso á você, são instintos, eles são o que nos fazem mais fortes, lobos seguem seus instintos, você nunca vai controla-los.

–Isso é um tipo de praga ou só provocação mesmo? –Perguntou Teddy com um sorriso de maldade no rosto. Juvia sorriu e olhou na direção de Teddy.

–Juvia ainda não se decidiu. –Disse ela começando a rir, então Teddy começou a rir também.

–Oh Juvia, você é cruel às vezes. –Então, por um momento eles pareciam se tratar como irmãos, mas acabou tão rápido quanto começou.

–Esse foi rápido. –Disse Gajeel baixinho. O silencio tomou conta do lugar, Juvia voltou a olhar pela janela, ela ficou em silencio por um tempo.

–Juvia queria que Teddy viesse aqui para que soubesse o porquê das dores, Juvia queria saber como Teddy estava e... Porque Juvia quer quebrar o vinculo. –Juvia disse olhando pela janela, a voz parecia normal, mas Gray pode ver lagrimas escorrerem por seu rosto, Gray não entendia nada do que estava acontecendo, vinculo? O que era isso afinal? Gajeel se assustou quando ouviu, Teddy deu um passo para trás.


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