CARTAS AO TORDO - Fanfic Express escrita por Serena Bin


Capítulo 2
Distrito 8 - Para que tanta guerra?


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigado pelas leituras da primeira carta.
Um agradecimento especial para a Friendship, por ser a primeira a comentar e a favoritar a história.
Meu muito obrigado.
Essa carta dedico a voce, espero que goste. :)
Boa Leitura



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Distrito 8, 29 de agosto de 3115

Prezado Tordo,

Sou Therian Fox, tenho doze anos e sou morador do distrio 8, ou melhor...eu era até voce e seu comboio de aerodeslizadores invadirem o meu distrito e travar uma luta sangrenta com a Capital.

Essa revolução roubou minha casa. Matou minha família. Fez tudo o que eu conhecia desaparecer.

Sinceramente, não entendo o porque de tantas guerras e disputas de poder. Sei que tudo isso está ligado ao fim de nossa escravidão.

A causa é nobre, justíssima, mas os meios são podres, precários e tão desumanos quanto os próprios jogos.

Incendiar prédios, matar pessoas inocentes para atingir a Capital como aconteceu na montanha do 2, isso não pode servir de escudo.

Não estou dizendo que sou a favor ou contra a guerra. Estou dizendo que estamos cansados de esperar por algo bom e só receber-mos pedradas.

Queria muito que tudo isso acabasse hoje, porque afinal o dia mais triste da minha vida chegou: estou indo reconhecer os restos dos corpos de minha irmã Karin e de minha prima Cora. Minha mãe não o pode fazer porque perdeu metade do corpo durante a ultima explosão, ocorrida no hospital onde voce esteve.

Naquele dia, enquanto a maioria de meu povo tremia pelas dores, eu perguntei a voce se iria lutar por nós, e sua resposta foi sim, mas depois dos últimos acontecimentos começo a me questionar se voce sera a heroína que nos salvará. Não estou convencido disso, afinal voce foi capaz de abandonar seu próprio noivo- o pai de seu filho, a pessoa a quem voce fazia juras de amor - para morrer na arena.

A verdade é que, desde o bombardeio que desintegrou parte do meu distrito, as pessoas vem se recolhendo cada vez mais. Pessoas saem para trabalhar e não voltam para casa. Há pacificadores por todos os lados e voce fica sem saber o que esperar.

Antes da guerra, mesmo sob a ameça constante da Colheita, eu costumava imaginar em que me tornaria quando crescesse: um médico, um professor, um diplomata...Hoje porém ao deitar minha cabeça no travesseiro, a unica coisa em que consigo pensar é se estarei vivo na manha seguinte, e para ser franco, quando isso acontece, me sinto mais do que grato.

Não sei se isso pode ser tido dessa forma, mas viver tem sido atualmente a minha única esperança.

Atenciosamente;

Therian Fox


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler. Se gostou deixe um comentario, é de graça e não dói nadinha :)