Yin e Yang escrita por Park Sunhee


Capítulo 13
Costelas.


Notas iniciais do capítulo

Ei, gente! Então, como estão?! Não demorei dessa vez né? Tentei ser o mais rápida possível! Espero que gostem viu?! E não deixem de comentar.

Ps1.: Este é o antepenúltimo capítulo ):
Ps2.: Obrigada pela recomendação Sweet Madness fico muito feliz mesmo, você não tem noção!! Obriiiiiiiiiiiigada!



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Antes mesmo de abrir os olhos escutava vozes bem conhecidas. Não sabia onde estava, não conseguia manter os olhos abertos nem compreender o que Dr. Wells, Barry e Cisco falavam, mas me esforçava para dar-lhes algum sinal de vida.

– Ela estava completamente fora de si, Barry – Dr. Wells se defendia de alguma maneira – tivemos que dopá-la para que se acalmasse.

– Por que simplesmente não falaram a verdade sobre a irmã? Ela tem direito de saber.

– Ela não quis nos ouvir – Cisco disse logo após Barry.

– Tudo bem – ele respirou fundo se dando por vencido – tudo bem, vocês estão certos. Mas, enquanto nada surge pro Flash, ficarei aqui com ela, tudo bem pra vocês?

– Claro, Barry – Cisco disse e logo em seguida ouvi passos cada vez mais longe e o barulho suave do motor da cadeira de rodas o Dr. Wells também.

Tentava falar, abrir os olhos, perguntar notícias de Mia e tranquilizar Barry, porém, não conseguia me mover. Estava estática por causa das drogas pesadas que deram para que me acalmassem, não os culpava, porém, não me recordava de ter ficado completamente fora de controle. Apenas lembrava, repetidamente, da cena em que Oliver saía de dentro do elevador, nos Laboratórios S.T.A.R. e acertava diretamente no pescoço de Mia a flecha com o antídoto de Mirakuru. Sentia meu corpo tremer ao pensar que minha irmã estava morta. Não sentia raiva dela, não sentia nada além de pena e, jamais, queria que seu fim fosse realmente trágico como aquele.

Jamais.

Senti alguém acariciar meu rosto e soube que era Barry. Mas não conseguia sequer abrir os olhos. Será que eu estava em coma induzido? Será que exagerei tanto que houve necessidade de me doparem á esse ponto? Será mesmo que era daquela maneira, impotentes, que as pessoas em coma se sentiam? Nada eu podia fazer se não sentir, ouvir e me manter imóvel. Não por escolha própria.

– Sei que está ai – escutei Barry sussurrar bem próximo ao meu ouvido – já fiquei assim antes e você também, logo após o acidente, não se preocupe, estou aqui e você não está morta – ele fez uma breve pausa e senti seus lábios na minha bochecha – você está bem, está tudo bem, por favor Deb – ele implorava com sua voz trêmula – tente relaxar. Está tudo bem...

Ele era o único que conseguia confiar de olhos fechados... Literalmente.

Não me recordava de ter ficado assim antes, mas, talvez, se relaxasse tudo ficaria bem, honestamente, eu apenas queria poder abrir os olhos, ver Barry e conversar, me certificar de que tudo estava realmente bem. Larguei o corpo e toda a vontade de me mexer, abrir os olhos e fazer perguntas, e, antes mesmo que pudesse me dar conta, estava relaxada o suficiente para dormir.

Abri meus olhos sem qualquer dificuldade, não sei quanto tempo depois. Vi Barry de olhos na televisão pequena no topo do quarto branco, o qual reconheceria em qualquer circunstância, afinal, acordei em um daqueles logo após a explosão. Virei meu rosto lentamente para a direita onde pude ver Barry melhor, ele estava de braços cruzados com uma expressão séria e uma cara de cansado, ele realmente parecia exausto.

– Barry – sussurrei com um pequeno sorriso, feliz por vê-lo.

Ele virou seu rosto sobressaltado em minha direção, ficou de pé rapidamente abaixando-se em minha direção na cama sussurrando de volta – Oi! Oi! Deb, oi!

– Oi – dei uma fraca risada o fitando, senti minhas costelas incomodarem um pouco – o que faz aqui?

– Esperando você acordar – ele sorria me fitando diretamente nos olhos.

– Devia descansar um pouco.

– Não conseguiria pregar meus olhos sabendo que você ainda estava desacordada.

– Estou bem, Bar – sorri o fitando – obrigada.

Ele, rapidamente, puxou a cadeira para perto da minha cama, sentou-se ainda me fitando com seu pequeno sorriso e seus olhos tão minúsculos que me sentia, de certo modo, mal por fazê-lo ficar ali tanto tempo sem descansar, caso algo acontecesse em Central City e Barry estivesse extremamente cansado – como estava – tinha medo do que podia acontecer.

Olhei a televisão ainda ligada. Passava algum programa de culinária em um canal comum da cidade, a mulher morena dos olhos verdes sorria enquanto a câmera saia do foco de seu rosto e ia em direção á mistura na vasilha que ela mexia freneticamente.

– Oh – Barry ficou de pé atraindo minha atenção – tenho que chamar os outros, já volto.

Quando ia hesitar e pedir que ele não fizesse isso porque queria ficar sozinha, senti o vento em meu rosto, Barry soltou minha mão, que segurava antes de ir chamar Cisco e Dr. Wells para uma bateria de exames, fazendo com que ela caísse em cima do lençol sem que eu me esforçasse para pousá-la, mas antes mesmo de poder sentir a textura do lençol branco, lá estava Barry de volta, segurando minha mão de volta enquanto se sentava na cadeira. Ele mantinha o sorriso nos lábios e não tinha como não sorrir ao vê-lo animado daquela maneira.

– Obrigada, Barry – agradeci mais uma vez.

– Como está se sentindo?

– Melhor – dei um fraco sorriso – então... O que aconteceu com... Mia?

Sua expressão ficou séria. O sorriso sumiu dos lábios de Barry e ele apenas me fitou, escutamos o barulho do elevador bem em frente a porta automática de vidro, ambos olhamos na mesma direção e vimos sair de lá Dr. Wells, Cisco, Felicity e Diggle. Estavam vindo na direção do meu quarto onde, provavelmente, perguntariam como eu estava e logo em seguida me dariam notícias da Mia.

Já me preparava para o pior, afinal, ela caiu em minha frente com uma flecha cravada em seu pescoço. Talvez fosse melhor daquele jeito, não importava o que, de fato, tenha acontecido, sabia que era melhor para ela. Se Mia tivesse realmente morrido estava em um lugar melhor e, definitivamente, não perturbaria ninguém. Oliver fez o que foi necessário, mas não podia negar que meu coração batia aceleradamente cada vez que eles estavam mais próximos.

Dr. Wells fora o primeiro a entrar ativando a porta automática de vidro, Barry ficou de pé soltando minha mão e colocando as mãos no bolso de trás da calça, deu um fraco sorriso me tranquilizando e desligou a televisão virando seu rosto para Dr. Wells e os demais quem entravam, um por um, na sala. Cisco estava com uma camiseta cinza escrito a famosa frase do seriado Game Of Thrones a qual dizia “In Game of Thrones or you win, or ou die” o que me fez, de certo modo, sorrir. Cisco tinha as melhores camisas do planeta, isso era inegável, ele tinha um fraco sorriso nos lábios tão curto e simples quanto o do Dr. Wells quem, agora, dava espaço para Diggle, Felicity e Oliver entrarem no quarto. Felicity estava com um vestido rosa claro o que deixava-a ainda mais bonita, com seu cabelo loiro preso e um sorriso largo nos lábios, Diggle e Oliver estavam um pouco mais sérios, mas sabia que estavam de bom agrado por eu estar, enfim, acordada.

Dr. Wells parou ao lado esquerdo da cama onde eu segurava os gemidos ao sentar-me. Minhas costelas estavam realmente doloridas e meu pescoço parecia ter sido esmagado por um caminhão, não era de se estranhar, afinal, fiquei sem ar inúmeras vezes tendo meu pescoço, praticamente, esmagado pela minha irmã quem parecia ter depositado toda sua força – e um pouco mais – para me matar.

– Como se sente? – Dr. Wells perguntou me fitando debaixo de seus óculos.

– Já estive melhor – ri tensa virando meu rosto lentamente para olhá-lo.

– Como estão as costelas? – Cisco perguntou cruzando os braços bem ao lado de Wells.

– Nada que eu não possa aguentar – sorri simpática.

Ele apenas sorriu de volta. Movi meu pescoço lentamente para Barry quem me fitava com um pequeno sorriso.

– Como está Caitlin?

– Ela ficará bem – Dr. Wells respondeu por Barry fazendo com que, mais uma vez, virasse para sua direção – ela mandou um abraço.

– Isso é bom – ainda sorria – obrigada.

– Estou feliz que acordou – Oliver disse ainda de braços cruzados, com seu jeito fechado deu um fraco sorriso sem mostrar os dentes.

– Eu também – virei meu rosto em sua direção – como vocês dois se sentem?

– Estamos bem – Diggle disse dando um fraco sorriso e um pequeno aceno de cabeça.

– Graças á você – Oliver deu um fraco sorriso ainda de braços cruzados.

– E como está Mia? – perguntei fitando Oliver diretamente.

– Pensamos que iria querer saber dela – Felicity disse tirando o tablet em volta de seus braços e vindo em minha direção – ela está bem.

– Tentamos dizer isso á você – Dr. Wells a interrompeu – mas você não ficava realmente calma, então, fomos obrigados a dá-la um remédio mais forte...

– Está tudo bem – o interrompi antes que me desse mais explicações – eu me lembro... Quero dizer, não lembro de ter surtado, mas lembro de tê-los escutado falar alguma coisa sobre eu estar fora de controle. Está tudo bem.

Ele acenou dando um fraco sorriso, Felicity sentou-se ao meu lado direito na cama e deu um fraco sorriso para Barry quem, agora, estava de braços cruzados olhando para nós duas. Felicity logo deu play no vídeo em seu tablet e pude ver Mia, descabelada, com uma roupa bege e um número no peito, ela estava agitada, balançava a grade, tentava quebra-la e abri-la, estava completamente fora de controle, mas não poderia machucar ninguém.

Não ali. Não mais.

Não devia estar feliz com aquela situação, com aquele sofrimento de Mia. Mas estava. Não com seu sofrimento em si, mas por ela estar não só pagando pelo que tinha causado, mas também por saber que, presa na ilha de Lian Yu, ela não machucaria ninguém, não mais.

– Eu pensei...

– Eu sei – Oliver me interrompeu – e não a julgo por pensar que a matei. Matei muitas pessoas em minha vida e não quero ser... – ele olhou para Felicity á meu lado – mais desse jeito. Sei que ela é importante para você, então, sempre que quiser saber dela ou, até mesmo, vê-la é só dizer.

Felicity sorria o fitando, logo virou seu rosto para mim – Mando notícias sempre que pedir, é só ligar, mandar um e-mail... Na verdade eu prefiro e-mail, mas... Claro... O que preferir está ótimo.

– Obrigada Felicity – ri a fitando e logo em seguida virei-me para Oliver – muito obrigada, Oliver. Eu... Sei que ela merecia coisa pior, mas ela ainda é minha irmã e, por mais que ela tenha errado, não queria que sua vida acabasse antes que ela pagasse por seus erros.

– Isso é muito maduro de sua parte – Felicity se pronunciou – de fato, viemos dar tchau, estamos longe de Starling City muito tempo e nossos amigos precisam de nós.

Oliver assentiu – Obrigado por ter salvo nossas vidas.

– Obrigada pela ajuda – sorri.

Barry foi andando até Oliver com a mão estendida – Obrigado, Oliver.

Ele apenas assentiu apertando a mão de Barry, deu um aceno com a mão direita na direção de Dr. Wells e Cisco, me lançou um rápido sorriso e disse a Felicity que a esperava no andar debaixo. Ela sorriu saindo do meu lado na cama dizendo que precisava falar com Barry a sós e ambos saíram em direção ao corredor em frente á sala, Cisco sussurrou algo sobre ter que me examinar rapidamente e assenti o fitando com um pequeno sorriso.

Sentia dores nas minhas costelas e no pescoço, tinha alguns hematomas pelos braços e algumas partes doloridas em meu rosto, mas nada demais. Minha boca estava seca e cortada, sabia disso, pois, toda vez que falava algo sentia meus lábios inchados e repuxando a pele, já tinha machucado o lábio antes e sabia como era a sensação, mas não me incomodava.

Cisco dizia que quem se dava melhor com os exames e a medicina era Caitlin, falava sobre como sentia a falta dela e do pavor que foi vê-la atravessar o vidro, pediu para que eu não levasse a mal, mas que estava realmente com raiva de Mia por ela ter feito com que eles sofressem tanto. Não o culpei, apenas ri tentando não lembrar de tudo o que ela tinha feito, pois caso o fizesse sabia que ficaria com raiva. Cisco examinava minhas orelhas, pediu para que eu abrisse a boca colocando a língua para fora, examinou meus olhos e pediu que eu levantasse minha blusa um pouco para que examinasse minhas costelas, foi então que notei que estava com faixas em volta do meu abdômen. Ele as retirou com cuidado deixando-as aos meus pés na cama.

– Está bem melhor, Deb – ele sorriu colocando as luvas descartáveis – dói quando respira?

– Não – respondi olhando Barry voltar para o quarto – Apenas quando dou risada, ou me mexo.

Ele balançou a cabeça positivamente – Ótimo!

Felicity acenou do lado de fora e acenei de volta sorrindo. Senti uma pontada incomoda em minhas costelas e a falha na respiração fez com que Cisco notasse apertando um pouco os locais roxos em meu abdômen. Fechei os olhos sentindo mais dor do que imaginava e ele logo abaixou minha blusa dizendo que deixaria minha pele “tomar um pouco de ar” sem as ataduras ou faixas para poder, então, saber se demoraria á sarar ou não. Pedi para que ele me desse notícias da Caitlin no instante em que retirou as luvas me avisando que iria visita-la com Dr. Wells, ele assentiu em silêncio saindo ao lado de Dr. Wells em direção ao elevador.

– Doendo, han? – Barry sorriu me fitando.

– Um pouco – assenti o fitando.

– Você ficará bem.

– Eu sei, Barry – sorri o fitando – obrigada por tudo. Você salvou minha vida inúmeras vezes esta... Espera – o fitei – eu fiquei quanto tempo desacordada?

Barry riu sentando-se na cadeira novamente – Três dias.

– Isso tudo? – o fitei assustada.

– Sim – ele balançou a cabeça sorrindo tranquilamente – estava começando a ficar preocupado.

– Obrigada por me salvar contra Mia – completei a frase – não sei o que seria de mim se você não tivesse chego naquele momento da água ou... Do estrangulamento.

– Não precisa me agradecer – ele balançou a cabeça negativamente ficando de pé e vindo até mim sentada na cama – se eu disser que estou completamente maluco para te beijar, parecerei um pervertido?

– Vendo pelo fato de que estou, praticamente, imóvel na cama, toda machucada e incapaz de me defender – segurava o riso parecendo séria enquanto o fitava – não mesmo.

Ele riu – Ótimo, pois eu realmente quero muito te beijar.

– Você é um pouco lerdo para certas coisas, Barry Allen.

Ele sorriu inclinando parte de seu corpo até mim, antes de selar seus lábios nos meus, Barry segurou meu rosto com sua mão direita fazendo carinho em meu rosto com o polegar, ele sabia como eu gostava daquilo. Fechei meus olhos chegando meu rosto mais próximo ao seu e ele logo selou nossos lábios me beijando calmamente. Não tive noção do quanto demoramos naquele beijo, mas algo tirou nossa atenção. Algo não, alguém, ao atravessar a porta automática com sua roupa social e seus olhos azuis fixos em mim. Barry e eu paramos de nos beijar ao ouvir o barulho da porta se abrir.

Jeff cruzou os braços me fitando e nada fez além de me encarar com raiva.


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Notas finais do capítulo

Ihhhhhhhh! Para quem não se lembra Jeff aparece nos capítulos iniciais, ele é o melhor amigo de Deb que sabe dos poderes de Mia (mostrou ela no noticiário para Deb, lembram?) e da relação entre as duas. É, também, parceiro e chefe de Deb no escritório de advocacia e tentava ter notícias dela há muito tempo, chegou a acionar a polícia (pois ela não atendia aos seus telefonemas e não aparecia em casa) e depois parou de procurá-la quando ela o ligou pedindo para que o fizesse. Mas lá estava Jeff, de volta e com raiva.
Com raiva de que? Ou quem?
1. De Deb por não ter dado notícias.
2. De Deb e Barry estarem beijando.
3. De Deb por ter lutado com Mia.
4. Todas as respostas acima.
5. Nenhuma das alternativas.
E então, o que acham? Tô me sentindo uma roteirista de novela mexicana!! Hahhahahahahahaha. Não esqueçam de comentar e até o próximo!
Ps.: Me desejem sorte nessa semana que se inicia, por favor, pois é semana de provas D:
Ps.2: Prometo tentar não demorar muito a postar o próximo capítulo.
Ps.3: São quase quatro da manhã e fiquei até agora escrevendo o capítulo, ufa!

Beijos!