Dádiva Mortal escrita por Wesley


Capítulo 2
Nas Profundezas




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Explicar claramente o que ocorreu durante a guerra infernal é estranho, pois do nada as coisas pararam, os caçadores diziam que a garota Clary havia derrotado seu irmão e que a paz tinha voltado a Idris, será?
Katherine e eu voltamos ao Rio imediatamente, por ocasiões que nem eu mesmo consigo explicar, pois em Idris tudo reinava na mas calma paz. Mas só de voltar ao instituto, as coisas pareciam que me atacam brutalmente, o barulho, a desinquietação das pessoas, ou seja a vida que deixei ali para poder socorrer meu país, estava de volta, e bem mais conturbada do que antes.
Entrei no me quarto com a decisão de que talvez eu pudesse descansar, mas não ia rolar como o planejado, passei a pensar em tudo o que tinha acontecido, e o que mais poderia acontecer. Minha mente estava focada em Idris, nas torres de alicante, em como eles fariam para restaurar tudo aquilo que foi destruído. Bom conhecendo os caçadores de sombras, eu já sabia que isso não seria problema.
Estou perdido em pensamentos, quando de repente eu escuto um baque na porta, pulo da cama assustado, e vou direto a porta ver o que estava se passando. Ao abri-la topo de cara com Kath que não está com um cara muito boa.
–Peter Anthony Blackwell, já estou cansada de falar para você sair desse quarto – ela tinha razão eu não fazia mais nada a não ser ficar trancado – poxa já é a terceira vez, sai desse quarto, vamos dar uma volta em Ipanema, visitar o corcovado, matar demônios, mas sei lá sai desse quarto!
– Ok mãe, mais alguma coisa?
– Deixe de gracinhas Peter, desça logo.
– Tá, então aguarde uns 10 minutos Kath, já desço.

...
Desço as escadas e vou direto para o meu quarto para arrumar as coisas de praia, visto meu melhor biquíni, pego o protetor, toalha e coloco tudo dentro da bolsa que ganhei de Peter ao fazer 15 anos.
Peter, ele tinha se tornado um rapaz tão bonito e forte, já não era mais meu garotinho (era como eu o chamava), tinha se tornado um homem, um homem que passei a amar durante a guerra infernal. Estou tão perdida em pensamentos que nem ouço Peter bater na porta:
– Kath! Vamos já coloquei a sunga que você gosta!
Eu corro e abro a porta com tudo:
– Você não fez iss...! – abri a porta tampando os olhos.
Peter estava só brincando, na verdade ele estava com um estilo totalmente “Preto”, a bermuda, a camiseta, ou seja tudo.
– Peter pensei que nós íamos a praia não caçar demônios – minha voz tinha um tom irônico que acredito que ele já estava acostumado.
– Quem sabe né?
Saímos do instituto, e fomos direto para Ipanema, nossa faz tempo que eu e Peter não tiramos um tempo assim para ir à praia, ficarmos juntos ou fazer outra coisa; bom isso tudo por causa do último ocorrido em Idris.
Ao chegarmos, estendi a toalha na areia, ajeitei uma cadeira e sentei, enquanto isso Peter correu para o mar para dar um mergulho, e eu só ficava o observando, seus olhos castanhos, seus cachos longos e pretos, a camisa preta se acoplando perfeitamente naquele corpo perfeito que ele tinha (não era másculo e nem magro demais, mas na medida certa), e que ficava perfeito com as runas destacadas. Peter era o cara perfeito, perfeito em muitos sentidos.
Só bastou alguns segundos pra ele reparar que eu estava olhando pra ele.
“Ele me olha como se eu fosse a mais bela e preciosa estela”, pensei, será que era verdade? Bom se era, eu não estava predestinada a isso hoje, me aconcheguei direito na cadeira, joguei uma revista no rosto e fechei os olhos.

...
Enquanto mergulhava me deparei com o olhar de Kath sobre mim retribui o olhar, mas ela pareceu se assustar, disfarçou enfiando o rosto em uma revista. Kath era uma garota incrível, bom desde que conheço ela sei que ela é assim.
Depois do encontro de olhares entre mim e Kath, voltei a pôr os óculos de mergulho, e adentrei por entre as águas, tudo estava na maior calmaria, o que era estranho. Mergulhava cada vez mais, até que em um momento algo brilhante enterrado na areia me chamou a atenção, cheguei próximo ao objeto e o peguei. Em primeiro olhar eu diria que aquilo um anel um brilho branco algo normal, mas se não fosse pelo pergaminho que aquele anel segurava.
Emergi de volta a superfície para analisa-lo melhor, olhei para praia para ver se Kath ainda estava dormindo ainda, e estava. Por mais incrível que pareça o anel era feito do mais puro Adama, era lindo ao olhar e ao toque, pois foi feito nos mais perfeitos detalhes, será que era obra de alguma Irmã de Ferro.
Assim que voltei para a areia Kath já havia acordado, e estava arrumando as coisas para ir embora.
– Kath, olha o que encontrei no fundo do mar, encoberto pela areia! – mostrei-lhe o anel com o pergaminho dentro.
– Um anel e um papel pra lá de velho? – sua ironia era mais clara como a noite.
– Não é um papel qualquer, é um pergaminho, ou é o que parece ser né.
– E você está esperando o que para abri-lo?
Retirei o pergaminho de dentro do anel e o desenrolei, fiquei encantado com a preservação em que ele estava.
Mas isso não era a coisa mais incrível, mas sim o que que tinha inscrito nele...

Continua...


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Notas finais do capítulo

O fim desse capitulo nos reserva uma clara pergunta, o que tem no pergaminho? Por que estava no fundo do mar? Quem pois ele lá? Bom sõ perguntas claras que logo serão respondidas...