If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 25
Capitulo 19: Um dia de surpresas


Notas iniciais do capítulo

Gente esse cap



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(POV Alice)

– O que você está esperando? – disse Vick,– Você tem que se jogar nesse cara!

– Mas... – tentei protestar.

– Mas nada! – Olivia me cortou – Ninguém liga para o que Reo está fazendo ou pensando. Você tem que ficar com Cesar, pelo menos esse mês.

Corei ao lembrar do beijo que ele havia me dado nas semanas anteriores.

Já faziam 2 semanas que estávamos na França e em todos os dias eu falava com Cesar, e em todo que Vick não me arrastava para um passeio louco, nós estávamos juntos...

– Ele é incrível e te faz bem – Ene exclamou - Ou você vai me dizer que chorar por Reo é melhor...

Pensei nas possibilidades:

Reo – Eu o amava e ele também me amava, até onde sabia. Mas agora ele tinha Ada e o filho deles.

Cesar- entrando na minha vida de um jeito surpreendente, era livre, mas tinha a terrível semelhança com Reo, que me fazia pensar se seria bom ficar com ele.

– Podemos falar disso depois? – perguntei.

– Claro! – Vick falou – Assim que você voltar de um passeio com o seu maravilhoso espanhol...

– Achei que iríamos até os museus da cidade...

– Nós iremos – Olivia indicou elas três – Você vai falar com Cesar e vocês vão ter uma tarde romântica....

– Nos conhecemos a poucas semanas...

– Se falam todos os dias...

– E por muito menos pessoas já engravidaram... – Vick me puxou, para que eu me levantasse da cama e fosse para o armário.

Peguei um vestido azul e verde que eu nem sabia por que, havia levado para a viagem.

Troquei de roupa e fiz minha higiene matinal. Assim que sai do banheiro ela s voltaram a se manifestar:

– Nós vamos estar aqui, atrás da porta, só pra garantir... – Ene disse me empurrando para fora.

– Serio isso? – perguntei indignada.

– Sim.. – Vick fez menção em me abraçar, mas ajeitou meus cabelos. – Você podia ajeitar essa juba , só de vez enquanto...

Dei de ombros e sai do quarto.

Bati na porta em que o quarto de Cesar se encontrava e fui atendida quase de imediato.

– Pequeña... – ele disse em meio um suspiro, sorriu e me abraçou.

Corei, não estava acostumada a esse novo apelido.

– Oi... – disse assim que ele se distanciou.

Suas roupas eram similares, sempre, mas agora sua camisa era cinza e a calça um jeans normal.

– Tudo bem? – ele parecia preocupado.

– Sim! – disse sem pensar. – Vim aqui perguntar se você não quer fazer algo? Sair? Não queria ficar no hotel, e te chamar me pareceu um ótima ideia...

Ele tocou meu rosto, como se fosse me beijar. Desviei o olhar para o chão e ele entendeu o recado, se distanciando minimamente.

– Quer ir a Torre Eiffel? – ele perguntou, sem parecer nem um pouco abalado por ter sido “rejeitado”.

– Seria ótimo...

– Me dá um minuto?

Eu assenti e ele entrou no quarto.

Começou a fazer ligações e, em cada telefonema, falava um idioma diferente.

– Vamos? – ele perguntou vindo novamente até mim.

– Eu não te atrapalhei, não é?

– Eu não estava mesmo com vontade de ir em varias reuniões... – seu sotaque era tão evidente e atrativo que eu nem soube o que responder. – Bem vamos...

Ele estendeu a mão de leve e eu a segurei.

Ele me guiou rapidamente para fora. Me fazendo ter que correr para alcança-lo e a cada esforço ele sorria.

Fomos até a entrada do hotel como dois adolescentes bobos no inicio do namoro, sorrindo apaixonados, e ele me encarou.

Sustentava um pequeno sorriso e segurava minhas mãos. Estávamos bem perto e ele se aproximava de minha boca.

Olhei seus olhos negros e fui levada aos olhos negros de outra pessoa, que naquela altura, não conseguia nem pensar quem era. Então me entreguei ao beijo.

Fechei os olhos e senti os lábios de Cesar tocarem os meus. Ele me beijou com cuidado e delicadeza, o que me causou estranheza.

“Ele devia me abraçar, me beijar com avidez...” – pensei, sentindo algo estranho.

Então fui levada a realidade. Ele não me arrancaria do chão, não devoraria meus lábios. Ele não era quem eu queria. Aquele não era Reo.

Me distanciei do beijo cuidadoso e estranho de Cesar, mas ainda sorrindo um pouco.

– Desculpe pequeña, mas...

– Não precisa de desculpar... – eu selei nossos lábios novamente – Pode fazer sempre que quiser.

Ele sorriu e me puxou novamente, mais para fora do hotel. Pegamos um taxi e, após instruções, em francês, que Cesar deu ao taxista, fomos até a Torre.

– Quer mesmo vir aqui, agora? – ele me perguntou, assim que saímos do carro.

– O que você preferir...

– Talvez eu possa te fazer uma surpresa. – ele disse, como se pensasse alto.

– Gosto de surpresas!

– Mas vamos ter que esperar, então que tal almoçarmos?

– Estou mesmo com fome...

–--------------

(Pov Reo)

Eu não consigo pensar em nada a não ser a consulta medica. Essa coisa de ser pai estava me deixando louco.

Eram varias coisas pra fazer, desejos loucos da alimentação de Ada que, segundo minha mãe, deveriam ser atendidos de imediato.

Eu estava começando a ficar neurótico, sempre perguntando se ela queria algo, se estava com fome, se precisava de alguma coisa...

Depois do que havia acontecido com Gilbert não tive mais nenhuma noticia. Meus dias estavam sendo dedicados somente a Ada e sua gravidez.

Ela estava se vestindo para irmos até o Obstetra e eu já estava pronto a um tempo. Ela fica cada vez mais lenta na hora de se arrumar, experimentando roupas e mais outras peças, dizendo que todas a deixam estranha.

Ela veio até mim, depois de quase 1 hora se arrumado.

–Vamos? – disse com seu típico mal humor, que eu recomeçava a me acostumar.

– Sim...

Ela saiu do apartamento e parecia frustrada com algo.

– Vem logo Reo! – ela exclamou, enquanto eu trancava a porta.

– O que foi Ada? – eu disse e ela cruzou os braços.

– Essa coisa não me deixa usar minhas roupas... – ela bufou.

– Da pra parar de falar assim do meu filho?

– Por que você não está carregando um bebê!

– Ele não tem nem 4 meses!

Ada saiu andando e apertou o elevador. Fui atrás dela e esperamos o elevador.

– Ele está me deixando louca...

– E você acha que eu não! – ela me olhou, como se tivesse descoberto que a terra girava em volta do sol. – Eu me preocupo com vocês...

– É por esses momentos que eu aguento tudo... – ela sorriu e me beijou.

Todas as vezes que ela unia nossos lábios eu esperava que ela fosse se jogar em meus braços e implorar silenciosamente para estar ali, mas não. Era tudo calmo e monótono demais. Algo que eu não desejava.

Sentia falta dos beijos desesperados de Alice, aqueles momentos de tirar o fôlego, com a entrega total de nos dois. Queria desesperadamente estar com ela, mas não aconteceria.

O elevador chegou e eu me distanciei. Sinalizei o elevador e ela entrou.

Chegamos ate o carro e fomos para o consultório medico. Um lugar simples, mas com uma ótima estrutura de atendimento.

– Boa tarde! – o medico disse, abrindo a porta para que eu e Ada entrássemos em seu consultório. – Você então é o papai sortudo?

Assenti um pouco sem graça.

– Bom doutor, aqui estão os resultados... – Ada entregou uma pequena pasta com o que pareciam ser os exames que ela havia feito durante aquela semana.

Ele analisou todos com cuidado.

– Bem o filho de vocês está bem, e a mãe também... – ele entregou tudo para Ada. – Temos que fazer a ultrassonografia e alguns outras verificações agora, com muita sorte poderíamos ver o sexo da criança, mas como são 13 semanas ainda, não sei se seria possível.

Ele então se levantou e eu e Ada o seguimos. Ela deitou em uma maca e ele ligou aparelhos, ao lado.

Ele manuseava o aparelho e passava o sobre a barriga de Ada, junto ao um gel estranho, e pela primeira vez pude ver meu filho.

Tudo bem, não era bem ver, não consegui distinguir quase nada, mas era claro que ele estava lá e o medico sinalizava coisas, que ele dizia ser pernas, cabeça e com o tempo também consegui localizar.

– O feto não está em uma posição favorável, não é possível saber o sexo...

Ada pareceu frustrada e eu também fiquei. Queria saber logo se seria uma menina ou um menino.

Ele ajudou Ada a limpar o gel de sua barriga e eu dei a mão para que ela se levantasse.

Só então percebi por que Ada dizia que suas roupas não lhe cabiam. Ela havia engordado, sua barriga era de um tamanho normal (para alguém grávida de 3 meses), mas todo o seu corpo evidenciava que ela engordará.

O medico nos indicou outra parte da sala, onde ficavam outros equipamentos, de pesagem, medição de altura e pressão e testou todos em Ada.

Fomos para a mesa do consultório e ele começou a escrever em uma ficha, que já tinha coisas anteriores anotadas.

– Bom, vi aqui que você engordou 6 quilos desde a ultima consulta. Isso não é normal...

– Por que não? – perguntei.

– Normalmente as grávidas engordam um ou dois quilos por mês. Ada está engordando muito mais. Isso, no parto, pode vir a prejudicar a criança. –ele colocou o papel em que anotava, dentro de um envelope e o levou para uma gaveta. – Tente controlar a alimentação, é só isso que posso recomendar...

Eu agradeci e nós saímos do consultório.

– Serio isso? – ela disse assim que entrou no carro.

– O que? – perguntei ligando o carro.

– Seu filho está me fazendo virar uma baleia!

– Ada... – a repreendi, cansado daquele discurso que não havia começado.

– Você sabe que estou certa!

– Ele não põe comida na sua boca...

– Mas me da fome seu idiota! - ela afundou no banco. – Não quero mais isso! – ela gritou.

– Sinto muito, mas você não pode fazer nada...

– Na verdade eu posso! – ela sorriu, como se acabasse de ter a melhor ideia de sua vida.

– Você nem pense em uma loucura dessas!

– Como se você se importasse! – ela gritou.

– É claro que me importo... – disse em um tom mais baixo, porém autoritário – É o meu filho...

– Eu sei que se eu perdesse essa criança você iria correr para Alice...

– Chega Ada! – gritei e ela ficou quieta.

Eu sabia que ela estava certa, mas ela não precisava dizer.

Chegamos em casa e eu adentrei o apartamento, sem mesmo olhar para ela. Fui para meu quarto e peguei as coisas para tomar um banho, e tentar esfriar a cabeça.

– Reo... – ela disse chegando perto de mim. – Me perdoa, eu...

– Eu vou tomar um banho, com licença!

Tentei me desviar dela, mas ela se colocou em meu caminho novamente.

– Eu só não quero ficar gorda e feia, vai ser mais um motivo para você não gostar de mim. Me desculpa...

– Tudo bem!

– Não esta chateado com isso... – ela concluiu – Está chateado por que falei de sua amada... - Ela tinha um tom sarcástico.

– Ada por favor...

– Me diz, que você não sofre mais por ela! Me fala que você não iria correndo até ela se eu perdesse esse bebê.

A encarei tentando ser o mais serio que pude.

– Eu quero tomar um banho e descansar, será que é pedir demais?

Ela desviou um pouco e eu passei, indo para o banheiro.

Tomava o banho tentando bloquear os pensamentos, sobre o que havia acontecido hoje, e então ouvi um barulho.

Sai do chuveiro e coloquei o short do pijama, ainda com o corpo totalmente molhado e fui para a cozinha, local em que o barulho vinha.

Ada estava caída no chão, com uma faca enfiada na barriga, e as mãos envoltas no objeto que a perfurava.

– O que você fez? – perguntei chegando perto dela.

– Eu sei que você queria esse filho, mas eu te amo Reo, não posso mais te fazer infeliz... – ela sussurrou, enquanto eu colocava ela em meus braços.

– Eu vou ligar para o hospital e...

– Não! – ela agarrou meu braço. Sua voz era mais grave do que eu jamais havia ouvido. – Quero que você esteja aqui quando eu for...

– Desculpa, mas não posso fazer isso.

Me distanciei com calma dela e peguei meu celular, no banheiro.

Liguei para uma ambulância e fui até Ada de novo. Ela estava consciente ainda e a respiração era fraca.

Eu me ajoelhei ao seu lado e fiquei imóvel, escorria sangue de seu corpo para todos os lados.

Fiquei imaginando meu filho, a criaturinha que eu amei assim que a vi hoje, morrendo. A primeira lagrima escorreu do meu rosto e eu ouvi um barulho de sirenes.

Levei, Ada em meus braços, até ao portaria, onde os paramédicos traziam a maca.

Eles a colocaram no suporte e a levaram para dentro da ambulância.

– Desculpe senhor, mas a situação é de risco, a paciente precisa ir sozinha...- o paramédico disse e eu assenti.

Comecei a procurar as chaves do carro, mas lembrei que estava com o short do pijama, então subi, o mais rápido que pude, para meu apartamento.

Peguei as chaves e vesti uma blusa e outro short qualquer.

Desci correndo pelas escadas mesmo e fui para o carro.

Só pensava em quão pequena era a chance de Ada ter errado o alvo e sobreviver. Assim teria meu filho, mas eram chances tão pequenas que eu não conseguia acreditar.

Cheguei no hospital e entrei mais rápido que pude.

– Minha noiva deu entrada aqui no hospital... – eu disse para a secretaria – Ela estava com uma faca perfurando o abdômen, eu preciso saber como ela está!

– Sinto muito senhor, mas não temos noticias dessa paciente ainda, ela está na internação...

Agradeci e me sentei na cadeira de espera, um pouco atordoado.

Pensei no que tinha que fazer, em que ação tomar e liguei para os pais de Ada.

– Alô – ouvi a voz do pai dela.

– Guilherme? – perguntei – Aqui é o Reo, aconteceu uma coisa...

– O que foi? – ele respondeu serio, nada contente com minha ligação.

– Ada tentou se suicidar... Estamos no hospital, aqui de Ollen, preciso do senhor...

– Eu estou indo para ai, agora!

Ele desligou o telefone e eu encostei na cadeira.

Passou uma hora e nada, nenhuma noticia de Ada, ou dos pais dela. Eu estava começando a me desesperar.

Olhei para o visor de meu celular e vi que eram 18:30, com o fuso horário, na França, Alice ainda estaria acordada.

Senti um impulso de ligar para ela e lhe contar o que estava acontecendo, pedir desculpas e tentar algum tipo de consolação na sua voz, mas sabia que o que viria seria ódio.

“Seu filho!” – minha mente gritou – “Alice está na França, provavelmente com as amigas, curtindo a vida dela! Você a abandonou, chega!”

– Acompanhante da senhorita Ada – alguém disse ao longe e eu vi uma mulher olhando para toda a sala de espera.

Me levantei fui até ela.

– Ada está bem? – perguntei – Meu filho, ela não o matou, não é?

– Sua noiva esta em estado grave senhor, não sabemos se ela ira resistir, mas o feto teve a bolsa rompida, não ouve nada que pudéssemos fazer...

Assenti, com um pouco de raiva e tristeza, e voltei para o meu lugar, frustrado e segurando as lagrimas.

Eu sacrificara a chance de ficar com a mulher que mais amava, por esse bebe, e o amava, mas do imaginava poder amar alguma coisa que nem existia por completo.

Os pais de Ada entraram no hospital e começaram a pedir informações, eu então me dirige até eles.

– Como ela está? – a mãe dela chegou perto de mim – Minha filha! Diga que ela não se foi...

– Não dona Helena, ela está em estado grave, mas está viva...

– Isso é culpa sua! – ela se virou para o marido. – Se você não a tivesse expulsado ela estaria bem!

– Ela tentou se matar Helena... Não há nada que possa fazer!

A mãe de Ada caiu nos braços de seu marido e começou a soluçar. Ele começou a consola-la e a levar para se sentar em uma cadeira.

Nos sentamos e mais algum tempo se passou, eu estava inerte em meus pensamentos quando Helena sussurrou:

– Quero vê-la... – disse – Preciso vê-la!

Eu me levantei e falei com a primeira enfermeira que vi.

– Eu preciso de uma informação... – eu li o nome em seu crachá, Carina. Ela olhou para mim e assentiu, dizendo que poderia prosseguir- Minha noiva está aqui e eu preciso vê-la!

– Qual é o nome dela?

– Ada Theobald

– Ela está sendo levada para a UTI agora, para que a família possa vê-la, só tem você aqui?

–Não, os pais dela também estão aqui...

– Podem entrar todos juntos, é na sala a esquerda- ela sinalizou o final do corredor – Boa sorte...

– Obrigada!

Me virei novamente para meus sogros.

– Alguma noticia? – Guilherme perguntou.

– Ada esta pronta para receber visitas...

Eles se levantaram, apresados e me seguiram até a porta em que a enfermeira havia sinalizado.

Ada estava lá, olhando para a porta e quando me viu, seus olhos se arregalaram.

– Reo!- ela disse, mas sua voz saiu bem baixa – Mamãe, papai?

Ela parecia não acreditar que nós estávamos ali

– Minha filha! – Helena foi até a cama em que Ada estava deitada e a abraçou. – Nunca mais faça isso!

– Não vou... – ela sussurrou e começou a tossir.

– Me perdoe... – Guilherme se ajoelhou ao lado dela.

– Tudo bem pai... – ela voltou a tossir – Talvez tenha sido melhor assim...

Ela me encarou e eu me aproximei.

– Como se sente? – perguntei para ela. Ouvimos um aparelho emitir um som.

– Em paz... – ela fechou os olhos, rapidamente e quando os abriu novamente, pareciam mais sem vida. – Eu amo vocês...

Ela disse olhando para cada um de cada vez e então o aparelho tocou mais uma vez, mas não parou.

Os médicos entraram com pressa e pediram para que nós saíssemos.

Helena começou a protestar e chorar, dizendo que queria estar perto da filha. Guilherme a tirou do quarto, também já sabendo o que vinha a seguir.

Ada morreria, sem sombra de duvidas a ida dela até a UTI foi só uma consolação, mas agora ela iria embora, para sempre.

–-----------------

(Pov Alice)

Estávamos subindo até o topo da Torre Eiffel, era fim de tarde e o sol se punha no horizonte.

– Está gostando do dia? – ele perguntou.

Havíamos almoçado em um restaurante magnífico, depois passamos pelo Rio Sena e as varias lojas de lá.

Ele me fez comprar tantos vestidos e blusas que tivemos que mandar tudo para o hotel.

Ele me levou até um salão de beleza e eu talvez tenha feito algo no meu cabelo, agora cortado em um perfeito “V” e muito liso.

– Estou amando... – eu disse e ele apertou de leve minha mão contra a dele.

– Preparada para a ultima surpresa? – ele perguntou .

– Ok, eu acho...

– Já disse que você está linda?

– Talvez umas 5 vezes! – sorri e ele me puxou para seus braços e me pegou no colo com cuidado.

– Acrescente isso como 6 vez, pequeña... – ele uniu nossos lábios e eu envolvi meus braços em seu pescoço.

Ele me levou pelos últimos lances de escada, daquela maneira, e eu fiquei observando Paris de um ângulo perfeito.

Ele me colocou no chão e me guiou até uma pequena mesa, com duas cadeiras e uma vela, a única no local.

Aquela era a surpresa. Um jantar do melhor lugar de Paris. Ele me deixou em uma das cadeiras e eu me sentei. Ele se dirigiu até minha frente.

– Que tal? – ele perguntou.

– Isso é perfeito...

– Que bom que você gostou!

Um garçom veio trazendo comida e deixou em pratos na nossa frente.

– bon appétit, pequeña...

Ele deu uma garfada em seu prato, que eu reconheci como salmão e o segui.

Comemos em um silencio agradável, observando um ao outro e o por do sol, sobre Paris.

– Alice... – ele me chamou e eu olhei para seus olhos negros. – Você gostou mesmo?

– Sim, tudo, a comida, o lugar, o momento, você...

Ele sorriu e olhou para o seu, que começava a mostrar suas primeiras estrelas.

– Eu acho que estou apaixonado por você...

Eu sorri de leve, tentando não pensar em o quanto queria dizer que também estava, mas não podia, pois não era verdade.

– Cesar...

– Eu sei que tem outro cara... – ele disse como se aquilo doesse. – Mas eu queria te pedir para poder continuarmos nos falando, pelo menos nessas próximas duas semanas. Depois eu irei para a Espanha e você não me verá novamente...

Engoli seco.

– Eu não tenho nada a perder, não é? – falei, tentando sorrir.

– Não mesmo, eu prometo...

Eu sorri e nós começamos a conversar, sobre um milhão de coisas diferentes e o jantar já havia acabado a muito tempo quando nós dois resolvemos ir embora.

Ele me levou até o térreo e nos pegamos o Taxi, para que nós irmos para o hotel novamente.

Chegamos lá e ele me levou até o quarto que dividia com as meninas.

– Tem certeza que quer ficar aqui? – ele perguntou.

– Sim... – o beijei de leve, e abri a porta

– Até amanha?

– Até... – sorri.

Me virei para o quarto e minhas amigas encaravam a porta.

– O que você fez no seu cabelo? – Vick disse.

– Cuidei da juba... – sorrio e sento ao lado de Ene, na cama de baixo de nossa beliche.

– Você está linda... – Ene exclamou.

– Mas por que você fez isso? – Olivia perguntou.

– Não sei, Cesar sugeriu então...

– Então você estão juntos? – Ene perguntou ansiosa.

– Quase isso...

Elas começaram a protestar dizendo algo sobre meus relacionamentos serem muito complicados e eu me distanciei, indo para o banheiro.

Tomei um banho e me preparei para dormir.

– Você precisa mesmo parar de sair no meio de nossas discussões sobre você... – Ene disse

– E eu preciso dormir... – eu sorri para elas e fui até minha cama. - Boa noite!

Fechei os olhos e lembrei da expressão de Cesar naquela noite, dizendo que havia outro homem.

Reo então veio em minha mente, seu maravilhoso sorriso me tirou o ar, mesmo sem estar ali de verdade. Adormeci pensando em seus olhos negros e sobre quanto deveria estar esquecendo-o.


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Notas finais do capítulo

Então? o que acharam?
Fui má ou ela merecia?
Me digam ai...
Espero que tenha gostado
Beijos e fui
—Avia