If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 24
Capitulo 18: Encontros inesperados.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Obrigada por estarem lendo a fic! Não deixem de comentar ok?
Boa leitura



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(Pov Reo)

O que raios eu estava pensando!?

Não podia ter ido ate Alice, aquilo só criaria outra lembrança dolorosa, algo que eu não suportaria lembrar.

Mas quando ela estava se aproximando, quando a beijei, quando senti seu cheiro, tudo dentro de mim teve a certeza que era aquele lugar a qual pertencia, e no qual queria ficar para sempre.

Ela se fora por um mês, para um pais diferente, com pessoas diferentes e possivelmente alguém novo para se apaixonar e me esquecer. Claro que se acontecesse eu não poderia culpa-la. Eu a havia abandonado, deixado ela sozinha, para me casar com uma mulher que eu nem sequer amava.

Estava dirigindo para buscar Ada e tira-la da casa de meus pais. Eu não queria leva-la ao meu apartamento, aquele lugar era meu e de Alice, e sempre que olhasse cada canto lembraria dela e não de minha noiva.

Estacionei o carro na garagem, ao lado do carro de meus irmãos, meu pai provavelmente teria ido ao mercado.

– Reo! – ouço a voz de Jack se aproximando. – Não acredito nisso!

– Oi pra você também irmãozinho... – disse sem um pingo de bom humor.

– Você vai mesmo voltar com ela? –ele perguntou desesperado – Achei que você estava com Alice, bom foi isso que você me falou, pelo menos.

– Ada não te disse que está grávida? – perguntei.

– Ata, o que isso tem haver?

– Ela está com o meu filho na barriga! – disse tentando fazê-lo enxergar o obvio.

– E não seria a primeira criança a ter pais separados...

– Jack! – o repreendi.

– Você falou comigo umas duas vezes no tempo que esteve com Alice, dava pra sentir na sua voz o quanto ela te fazia bem...

Engoli seco.

Ele tinha razão, mas agora é tarde.

– Obrigada... Mas agora é tarde demais – comecei a andar para dentro da casa, subindo as escadas – Ela foi pra França, só volta daqui a um mês...

– Você tem um mês então... – ele disse como uma intimação.

Terminamos de subir as escadas e vi Ada vendo televisão, ao lado de minha mãe, tentando ficar o mais feliz que podia.

– Reo! – ela pulou do sofá e veio em minha direção.

Me deu um abraço como sempre costumava fazer e me encarou.

– Está tudo bem? – minha mãe me olhava preocupada.

Assenti e dei um leve sorriso. Minha expressão deveria ser péssima, para ela ter dito algo.

Fui em direção a Ada e me sentei ao seu lado.

– Você vai me levar pra sua casa? – ela perguntou, sem mesmo me olhar.

– Sim. – disse secamente.

– Não da mesmo pra fingir que Alice nunca entrou na nossa vida... –Ada perguntou.

– A culpa não foi só dela, você sabe...

– Se não fosse ela nada disso estaria acontecendo e nós estaríamos planejando um casamento sadio e não essa loucura.

– Quer desistir? – perguntei a olhando e vendo em seus olhos medo e tristeza.

– Não podemos...

– Vamos pra minha casa então...

Me levantei e estendi uma mão para ela. Ela a pegou e se levantou, ficando a centímetros de meus lábios. Eu poderia beija-la, mas não queria, não desejava.

Me afastei gentilmente.

– Estamos indo mãe! – gritei para ela, que estava mais pra dentro da casa.

Minha mãe veio, junto com Percy e Jack, trazendo duas malas.

– Não quer ficar? Seu pai já vai chegar, ele vai querer te ver...

– é melhor nós irmos... Já abusei demais da senhora.

Ela me abraçou e estava da mesma forma que ficou quando eu estava me mudando, melancólica, não querendo me deixar ir.

– Faça sempre o que for o melhor pra você... – ela sussurrou em meu ouvido.

Sorri para ela e abracei meus irmãos.

Peguei a bagagem de Ada e fomos até o carro. Coloquei as coisas na mala e entrei, dando partida.

Começamos a nos distanciar da casa onde passei minha infância e Ada ligou o radio, mas colocou parar reproduzir o cd que estava ali.

Era o cd de Alice, que ela esquecera comigo. O cd de sua banda favorita, Imagine Dragons.

Resolvi que não iria protestar, mas cada musica lembrava ela. Ada começou a passar uma musica a outra, assim que as reprovava.

– Desde quando você escuta essa porcaria? – ela perguntou, tirando o cd e me olhando. Eu respirei fundo e ela entendeu sem mesmo eu ter dito algo – Ela gosta mesmo disso?

– Sim... – eu disse tentando não parecer chateado por ela ter dito que era um porcaria – E eu também...

– Se você diz... – ela tirou o cd e o deixou no porta mala. – Posso?

Ela sinalizou um cd que não vi direito, mas que provavelmente ela gostava. Eu assenti e ela o colocou.

Ficamos em silencio, em quase todo o percurso. Estava tentando apenas me concentrar no trânsito, mas aquele silencio entre nós era muito desconfortável.

– Está tudo bem com vocês? – perguntei meio sem jeito, percebendo que toda a intimidade havia se perdido.

– Sim... – ela sorriu – O medico disse que ele está saudável e que não é um gravidez de risco. A próxima consulta é em duas semanas, você vai comigo não é?

– Claro – sorri de volta e continuei prestando atenção na estrada.

– Reo... – ela me chamou hesitante

– O que? – perguntei, tentando ser o mais delicado o possível.

– Eu sei que você a ama, eu sei que era ela que você queria aqui – Ela começou e parou, como se tentasse recuperar a respiração – Mas eu ainda te amo e não queria que fosse ninguém no mundo alem de você do meu lado...

– Ada... – disse no meio de um suspiro.

– Espero que um dia você possa retribuir isso de novo...

O silencio retornou e só foi finalizado quando chegamos ao meu apartamento.

Ada não me encarava e eu não conseguia dizer algo, suficientemente bom, para fazer com que não parecesse que nós dois fôssemos desconhecidos.

– Com certeza esse lugar também te lembra ela, não é?

Respirei fundo, tentando não ser grosso.

– Por que você tem que falar de Alice a cada minuto? – perguntei, deixando suas malas no chão.

– Eu só fiz uma pergunta... – ela adentrou a casa e parou, me esperando fechar a porta – Mas pelo visto estava certa...

– Só pare, por favor...

Ela foi em direção a sua mala, parando a centímetros de mim.

– Posso tomar um banho? – ela sussurrou.

– A casa agora é sua... – tentei me distanciar, mas era tarde demais.

Ela envolveu nossos lábios e se afastou.

– Até daqui a pouco... – ela sorriu.

Ela pegou as coisas e foi para o banheiro.

Me joguei no sofá e liguei a TV. Mudava os canais e nada bom o suficiente aparecia então peguei o celular.

Eram 15:45 Alice sairá daqui 7:30 então ainda estaria no avião.

Me perdi olhando as fotos que nós tínhamos tirado no shopping.

Eu me sentia como um adolescente naquele dia, com Alice me mandando fazer carretas ou sorrir, um dia mágico, mas que se repetiria.

Parei em uma foto de Alice, que ela não fazia ideia de que eu havia tirado, ela estava olhando o cardápio da cafeteria. Seus cabelos caiam perfeitamente sobre os ombros e seus óculos apoiados na ponta do nariz delicado.

Fiquei observando aquela foto até que Ada saiu do banho e eu me preparei psicologicamente para ficar ali com ela, não aborrecê-la e me preparar para ser pai.

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(Pov Alice)

O avião estava pousando em solo francês e Ene segurava minha mão com força.

Eu havia contado a elas sobre o que ocorreu quando estava falando com Reo e elas não se manifestaram de imediato. Cada uma veio falar comigo, mas todas tinha a mesma mensagem: “Esqueça Reo!”.

Agora que o avião pousava eu me sentia um pouco mais livre.

Teria um mês para apagar ele da minha cabeça e iria aproveitar tudo ao máximo.

Descemos do avião, fizemos todo o procedimento para a entrada legal no pais e então estávamos finalmente prontas para um mês de pura e simples liberdade, no país das revoluções.

Pegamos um taxi e fomos até o hotel que iríamos ficar. Era um ótimo lugar, lindo e aconchegante, e nós pedimos um quarto para nós quatro.

Entramos e deixamos as nossas coisas.

– Eu vou dar uma olhada na cidade! – Vick exclamou –Já são 19 horas e eu nem almocei.

– Eu vou ficar aqui, preciso descansar... – disse Ene caindo em sua parte de beixo da beliche que eu dividiria com ela.

– Eu vou com você! – Olivia disse se levantando – Alice?

– Vou esperar um pouco e depois vou...

– Ok, até mais! – Vick disse e as duas saíram.

Peguei minhas coisas e as levei para um espaço vazio no quarto. Peguei algumas coisas e tomei um banho.

Os beijos de Reo, as noites que passamos juntos, aquela declaração na minha formatura, tudo o que tínhamos vivido até agora, passava em minha cabeça, me deixando mais deprimida.

Sai do banho e Ene tinha os cabelos rosas totalmente bagunçados, em cima do rosto. Não quis atrapalhar seu sono, então a deixei e resolvi ir comer alguma coisa.

Comecei a sair do hotel, estava completamente distraída, pensando em o que poderia fazer na cidade do amor, sozinha.

De repente sinto algo esbarrando em mim.

Vejo um tronco definido, e maior que eu, esbarrando em mim e me segurando, antes que eu caísse, um aperto que, apesar de nunca ter sentido, fosse bem familiar.

– Vous devez être prudent lors trébucher sur les gens... – ele sussurrou , mas eu não entendi nada, afinal não falava francês.

– Je ne parle pas français – disse, a única coisa que eu sabia de francês. “Eu não falo francês”

– Usted habla el idioma, entonces?

– Português... – ele falava espanhol, uma língua que eu não dominava, mas conhecia.

– Perfeito... – ele disse, com um sotaque claramente da Espanha, muito carregado – Bom, eu dizia que você deve ter cuidado ao esbarrar nas pessoas!

Corei um pouco.

– Já me disseram isso... – respondi, lembrando de quando Reo me avisou sobre isso.

– Pessoa muito inteligente... – ele me soltou e eu percebi por que havia me deixado tão a vontade em seus braços.

Apesar de o rosto ter diferenças pequenas, o resto era tudo igual. o mesmo porte físico, trejeitos e expressões que Reo.

Seus cabelos também eram louros, mas um pouco mais escuros, um louro normal. Sua pele era levemente mais bronzeada, que a dele, mas seus olhos, seus lábios, os contornos do corpo, eram idênticos.

Me afastei dele rapidamente e o encarei, pensando na semelhança.

– Desculpa... – disse antes de voltar a andar.

– Ei! – ele me chamou e seu sotaque espanhol me puxou até ele, como um imã. – Sou Cesar! E você?

– Alice – disse um pouco hesitante.

– Lindo nome, pequeña... – ele piscou para mim – Até mais, Alice!

Ele começou a subir as escadas e entrar na hospedagem. Eu segui meu caminho, indo comer algo em uma lanchonete ali perto.

Passei tempo pensando em Reo e na semelhança dele com Cesar.

Quem seria esse homem? E por que ele tinha que aparecer na minha vida justo agora, quando queria esquecer o homem que ele se parecia tanto.

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O despertador de Vick tocava e eu resmunguei.

– Vamos levantar! – ela sacudiu Ene e me empurrou, quase me fazendo cair da parte de cima da beliche.

– Qual é o seu problema? – Ene exclamou, lhe tacando um travesseiro.

– Querer ver cada pedaço dessa cidade...

– Bom dia pra vocês também! – exclamei para as duas e para Olivia, que tentava acordar e se levantar.

– Bom dia, agora vamos! – Vick disse e só então percebi que já tinha até trocado de roupa.

Fui até o armário que eu divide com elas e peguei uma camisa social, que chagava quase nos joelhos, uma calça leg e all stars.

Fui para o banheiro, fiz minha higiene matinal e me vesti.

Ene e Olivia seguiram meu exemplo e em 10 minutos estavam todas prontas. Elas haviam prendido os cabelos e as roupas eram parecidas com as minhas.

Eu deixei meu cabelo solto e não ligava muito se ele estava despenteado ou não.

Saímos do quarto e enquanto Vick encostava a porta eu vi Cesar saindo de seu quarto, vestia uma camisa social azul e Jeans claro.

“Ótimo até na hora de se vestir eles se parecem!”- pensei.

Ele começou a vir em nossa direção e percebi que minhas amigas o encaravam, talvez percebendo a semelhança.

– Olá pequeña... – ele disse ao me ver e olhou para minhas amigas, sorrindo, mas com um olhar desconfiado.

– Cesar... Essas são minhas amigas... Vick , Ene e Olivia.

Ele olhou rapidamente para elas e se concentrou em mim, novamente.

– Sei que seria pedir muito... – ele disse, seu sotaque fazendo com que ficasse ainda mais atraída por ele. –Mas você não gostaria de tomar um sorvete, mais tarde?

Assenti, rapidamente.

– Seria bom... – disse, um pouco envergonhada.

– Te vejo depois então Alice... – ele sorriu, e a semelhança fez meu coração se revirar.

Ele foi embora e minhas amigas ainda estavam boquiabertas.

– O que a versão espanhola do Reo está fazendo aqui? – Vick disse.

– Achei que só eu tina percebido a semelhança – Olivia exclamou.

– Eu não acredito que você já até conheceu o cara... – Ene parecia abismada.

– Ta, beleza me julguem! Eu esbarrei com ele ontem! Ele foi legal e nós trocamos meia dúzia de palavras...

– E ele é o irmão gemio 3 vezes mais gostoso que o seu “ex”... – Vick exclamou.

– 1° ele e Reo são iguais eu sei...

– Mas Cesar é bem melhor, ele é espanhol – Vick se abanou e minhas amigas riram.

– 2° Eu não sei por que ele quer sair comigo...

– Por que você arrasou o coração dele, amor – Olivia disse, implicando mais uma vez

– 3° Não vou ficar com ele...

– Como não? – As três disseram juntas.

– Ele é igual ao Reo, seria o motivo errado... Não quero fazer isso!

– Alice, sabe quando você tem a chance de tomar um sorvete, na França, com um espanhol gostoso, igual ao Reo? NUNCA! – eu correi. – sem ofensas tá...

– Tudo bem...

– Se não fosse Valentim eu pegava ele... – Olivia disse.

– Eu só percebo o que vocês achavam de Reo... – digo sentindo minhas bochechas ainda mais vermelhas.

– Não é Reo... – Ene disse – Cesar é... bem, ele é espanhol

As outras concordaram.

– Ok então...

Começamos a descer até o térreo e saímos para comer algo, os assuntos eram todos voltados para Cesar e elas não tinham noção do quanto partiam meu coração.

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(Pov Reo)

– Reo! – Ada gritava pela 4 vez naquele dia e eu começava achar que ficaria louco.

– O que? – disse entrando no quarto e a vendo de mau humor na cama.

– Eu quero comer sorvete.

– Tem na geladeira, vai lá e pega!

– Não! – ela reclamou - eu não gosto daquele, quero que seja de morango

– Mas você sempre gostou do de chocolate...

– Eu odeio chocolate! – ela começou a chorar – Quero de morango!

– Ta! Eu vou comprar...

Peguei a carteira e sai do apartamento, amaldiçoando minha mente por ter confundido o gosto dela e o de Alice.

Fui até a padaria perto da escola, a única que venderia sorvete de morango.

Entrei distraído no local e peguei o sorvete que minha noiva tanto desejava.

– Onde ela está?- ouvi alguém ao meu lado, nada feliz.

Me virei e me contive para não mata-lo.

Gilbert estava ali, vestia uma roupa totalmente branca e parecia mais louco do que nunca.

– Como assim você não esta preso? – perguntei, tentando não me descontrolar.

– O que você fez com Alice? – ele deu um passo para trás – Onde ela está?

– Bem longe, pra sorte dela...

– Você a mandou pra longe? – ele respirava ofegante – Não! Não pode fazer isso.... Ela...

– Ela está segura, tanto de você quanto de mim...

– Você não a machucou, diga que não a machucou! – ele gritou, fazendo as poucas pessoas que se encontravam ali, olhassem para nós.

– Eu parti o coração dela... – eu sorri, tentando conter uma lagrima – mas nada que você não tenha feito pior...

– Não! Eu prometi a ela que estaria do lado dela... Se você partisse o coração dela eu tinha que estar com ela... – Onde ela está? Onde ela está?

Ele saiu da padaria correndo, desesperado. Ele continuava a perguntar sobre Alice e então um carro o atropelou.

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(Pov Alice)

– Vai querer qual sabor pequeña? – Cesar perguntou assim que chegamos na sorveteria.

– Chocolate.

Ele chamou o garçom e disse algo para ele, em francês, que eu não entendi, mas em seguida, ele trouxe nossos pedidos.

– Então como você veio parar na cidade do amor sozinha? – ele perguntou.

– Uma oportunidade de vir, e talvez uma escapatória da vida... E você?

– Viajo muito... Tenho uma empresa na Espanha e sempre tenho que resolver os problemas internacionais! Nós temos uma franquia no Brasil, já fui até lá uma ou duas vezes...

Eu assenti compreensiva.

– É a primeira vez que saio do Brasil...

– Acontece... mas eu não iria querer essa vida de viagens loucas pra ninguém. Você tem sempre que viajar, não pode ficar com quem importa...

– Sente saudade de alguém, não é?

– Sim... Tinha uma garota, a uns 9 anos, mas ela morreu...

– Sinto muito.

– Mas vamos mudar de assunto! – ele exibiu um sorriso – Quantos anos você tem?

– 18, acabei de me formar...

– Bom eu tenho 26, e eu não fiz faculdade... Herdei a empresa do meu pai.

– Eu vou fazer Arqueologia, daqui a um mês e meio as aulas começam.

– Gosta de historia então...

– Sim, adoro... – disse, tentando disfarçar que aquilo me lembrava Reo.

– Interessante, sempre quis fazer algo a ver com ciências, mas fui obrigado a seguir para a administração de uma empresa de tecnologia...

– Mas é algo interessante...

– Se você acha... não levo muito jeito. Por isso fico com a parte de negócios e não criação.

– Você deve saber muitas línguas, só pelo que vi ontem...

– Mandarim, grego, francês, português, inglês e é claro espanhol.

– Eu só aprendi inglês, arrisco um pouco em espanhol, por que tive algumas aulas e português, é claro.

Continuamos conversando sobre empresas, minha carreira, países pelo mundo e eu estava completamente rendida ao seu encanto, conversando como se ele fosse um velho amigo, ou talvez até mesmo...

Reo.

Eu me senti culpada por estar ali. Só havia deixado ele se aproximar pela semelhança entre os dois, mas sabia que era errado, sabia que não deveria fazer aquilo.

– A Rússia, é um lugar esplêndido... – ele dizia, enquanto a culpa começava a me atingir.

– Cesar, eu acho melhor ir para o hotel... – disse, já me levantando.

Ele olhou o relógio.

– Odeio que você tenha razão... Tenho uma reunião em 10 minutos– ele se levantou e me abraçou. – Posso te ver amanha?

– Sim...

– Ótimo! – ele levantou meu rosto delicadamente e selou nossos lábios.

Senti uma onda de calor percorrendo o meu corpo e me afastei. Eu corei e ele sorriu.

– Desculpa eu achei que...- ele estava muito envergonhado

– Tudo bem, só não esperava...

– De mim, pequeña, espere só o melhor... – ele me olhou com confiança e estendeu o braço, para eu o acompanhar para o hotel.

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(Pov Reo)

Cheguei em casa, com as mãos abanando.

Tinha acabado de voltar do hospital. Gilbert sofrera uma fratura exposta e a policia ficou lá para monitora-lo.

Eu estava muito cansado e eu queria desabar na cama, mas tive que ficar lá e explicar tudo que havia ocorrido.

A mãe e a irmã dele chegaram um pouco antes de eu sair dali. Jane, acho que era esse nome, me agradeceu e pediu que eu mandasse um beijo para Alice.

Eu não queria ter que explicar toda a historia para ela, então simplesmente disse que mandaria.

– Onde está meu sorvete? – Ada irrompeu na sala e me parou.

– Na padaria...

– Mas você foi lá buscar, o que aconteceu?

– Nada.

– Então por que não o trouxe? – ela gritou me fazendo parar.

– Se quer tanto, vai lá buscar. Boa noite.

Adentrei no quarto, que até dois dias atrás não era usado para nada, e me joguei na cama. Tentando esquecer tudo que havia acontecido.

Pesadelos acompanharam meu sono. Ada morria em meus braços. Alice chorava por algo que eu não conseguia saber o que era e Gilbert, totalmente normal, afagava seus cabelos, para reconforta-la.


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Notas finais do capítulo

Então? Me digam ai o que acharam, o que esperam...
Beijos e fui
—Avia