Open your eyes escrita por Annie Magalhães
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura
[Tomas]
Vocês tem noção do tamanho do Rio de Janeiro? De quantos carros rodam aqui por minutos e, justamente, o carro que está ao lado do meu na hora que beijo a Carla é o táxi em que minha mulher está. Que coincidência, não? Não que eu esteja muito preocupado com meu casamento, porque eu já ia termina-lo de qualquer forma, mas deve ser horrível para a Geo ver isso, ela não merece.
— Tomas, quem era aquela mulher? - falou a Carla com uma cara confusa e eu voltei a dirigir, já que o sinal abriu
— Bom, era minha ex-esposa
— Tomas, você já se casou duas vezes?
— Não bobinha, mas acho que depois disso ela não vai nem mais me deixar em casa!
— Tomas, eu não acredito! Meu Deus, que vergonha
— Por que, Carla?
— Talvez seja porque eu sou a outra!
[Carla]
— Carla, entenda, você nunca deixou de ser a única - ONNNNNNNNNNNNNW Acho que fiquei vermelha e não falei mais nada até chegarmos na escola - Carla, você desce lá e pega as meninas?
— Claro - E desci e fui até a sala das meninas, chegando lá chamei as meninas até na porta e as levei para o carro
— Titia, eu vou para a casa da Mel?
— Não, amor! O pai dela só vai nos dá uma carona
— Ah, mas ela pode brincar um pouco lá em casa?
—Outro dia, meu amor - Não comentei nada sobre a praia a noite porque não sei se ainda vai dá certo.
— Oi meu amorr! - Falou o Tomas para a Mel. Ele não tinha saído do carro, então eu botei as meninas no bando de trás
— Pai, eu posso ficar na casa da Melinha brincando?
— Filha, nós vamos só deixa-las em casa e depois que tomarmos banho e trocarmos de roupa, vamos sair. Nós quatro. Ai você vai poder brincar o quanto quiser com a Melinha.
— OBAAAAA- As duas gritaram e eu e o Tomas rimos. Logo chegamos até minha casa e nos despedimos como amigos.
— Carla, daqui a, no maximo, uma hora, certo?
— Tudo bem.
[Tomas]
E elas entraram e fui em direção a minha casa e já sabia bem oque me esperava lá. Eu só não queria que ela brigasse na frente da Mel. Cheguei em casa e, antes de entrar, respirei fundo e entrei. Para a minha surpresa, não tinha nenhum vestígio de quebra-quebra.
— Marga? - Chamei a empregada
— Sim? - ela apareceu na porta da cozinha
— Leve a Mel até o quarto e a arrume, por gentileza - ela assentiu e a levou.Subi até o meu quarto e lá estava a fera, sentada na cama.
— Geo? - Ela não me respondeu - Precisamos conversar
— Sério, Tomas? Não me diga. Desde quando você tem outra?
— Geo, não é bem assim! Senta aqui que vou te explicar tudo!
— explicar? Você acha que ainda tem oque me explicar? Poupe-me, Tomas!
— Geo! Me escuta! Ela não é a outra, não é qualquer uma! Não é minha amante!
— Não?
— Geo, lembra da Carla que eu tanto comentei no inicio do nosso namoro e tudo? Então, é ela! E não adianta mais você me dizer que eu errei, porque eu sei disso, mas eu não me arrependo! Porque eu ainda gosto dela, eu ainda a amo e estou disposto a ficar com ela.
—Tomas, você está querendo divorcio?
— Sim, quero ser bem sincero com você!
— Tudo bem! Agora você que fique com a Melissa.
— É tudo que eu quero!
— Se quiser, pode ir agora! A casa fica comigo.
—Não se preocupa, eu vou e amanha darei entrada no divorcio.
Ela saiu do quarto e fui arrumar minhas coisas. Por mais que eu estivesse esse tempo todo casado com a Geo, ela nunca gostou muito da Melissa, sabe? Durante a gravidez, ela só reclamava o quanto estava gorda e que aquela criança ia acabar com o corpo dela. E quando a Mel nasceu, bom, ela não foi e nem é a melhor mãe do mundo. Nunca ligou muito para ela e não fiquei surpreso quando ela disse isso. Logo terminei de arrumar minhas coisas e chamei a Marga pedindo para ela fazer o mesmo com as coisas da Mel. Todas as roupas e brinquedos bem empacotados. Quando troquei de roupa, levei as coisas para o carro e a Geo estava no jardim e não se despediu da filha. COMO ALGUÉM PODE SER TÃO FRIA ASSIM? Botei tudo no carro e comecei a dirigir até a casa da Carla.
— Papai, por que estamos levando essas coisas? - A Mel ainda era muito pequena para eu explicar tudo e menti.
— É que vamos reformar a casa e sua mãe vai morar em outro lugar e a gente em outro também.
— Então quer dizer que ela não vai mais morar com a gente?
— É, filha.
Quando chegamos ao prédio da Carla, liguei para ela e ela disse que já estava descendo. Não demorou muito ela estava ela, toda linda, maravilhosa! Ela acomodou a Amelia no banco de trás e sentou-se no bando do carona.
— Boa noite, Carlinha!
— Boa noite - ela sorriu fraco - Então, para onde vamos?
— Praia, lembra? Só tem um problema: Com toda essa confusão não comprei nada para levarmos, oque você acha de nos passarmos em um supermercado?
— Tudo bem
E fomos em direção ao supermercado. Chegando lá, as meninas correram para a sessão de doces e nós tentamos acompanha-las, apesar de elas terem apenas 4 anos, já são bem sabidinhas, até demais para o meu gosto. Depois de muito as meninas chorarem dizendo que nunca tinham liberdade de comer muita besteira, eu e a Carla decidimos deixar elas pegarem oque queriam, ou seja, chocolates, pipocas e fini, mas a Carla disse que também ia levar umas frutas e nada de refrigerante e elas concordaram. Depois de comprar tudo, fomos para a praia e, bom, as meninas estavam correndo e a Carla junto, parecia uma criança, é incrivel como ela não perde o espirito nunca. Depois de muito fazer bagunça e estarem chias de areia sentaram-se e começaram a devorar tudo e ri da situação.
— Oque foi, Tomas?
— Nada, é que você tá linda assim. Parecendo uma criancinha - dei um peteleco de leve no nariz dela que riu.
Depois as meninas começaram a jogar bola uma para a outra e a Carla ficou sentada comigo.
— Então, oque aconteceu hoje lá?
— Bom, eu e a Geo nos separamos. Minhas coisas e as da Mel estão no carro e amanha de manha vou dar entrada no divorcio.
— Já? Assim, tão rápido?
— Pois é.
— E a Melissa, vai ficar com quem?
— Comigo
— E ela aceitou, assim, sem discussão?
— Sim! Bom, ela nunca foi a melhor mãe do mundo, nunca ligou para a Melissa como ma mãe de verdade e, de verdade, não foi uma surpresa para mim.
— E vocês vão para aonde?
— Não sei ainda, acho que um hotel
— Não!
— Não?
— É, Tomas, vocês podem ficar lá em casa, se quiser!
— Claro que eu quero! Obrigada, Carlinha!
— De nada - E nesse momento fomos chegando mais perto e mais perto, até que senti sua respiração, passei a mão em seu rosto e ela fechou os olhos, mas depois desviou o olhar.
— Tomas, as meninas!
— Então, se não tivesse as meninas poderia ter rolado?
— Não sei - fez uma ar de misteriosa e eu amo isso!
Depois chamamos as meninas para sentarem e elas não hesitaram, pois estavam bem cansadas e eu fiquei tocando violão até que elas dormiram e, novamente, ficamos à sós. Continuei tocando baixinho e a Carla me acompanhava cantando com uma voz angelical. Até que toquei " Open your eyes", nossa musica, e vi em seus olhos uma lágrima perdida e cheguei mais perto a enxugando.
— Carla, me perdoa por tudo que eu fiz? Por ter te deixado.
— Tomas, vamos com calma. Eu não quero ir muito rápido, ainda doí muito tudo, sabe?
— Eu te entendo, mas não fecha seu coração para mim não, por favor. Me da uma chance de te conquistar. Eu ainda te amo muito.
— Tomas - já disse em lágrimas, mas estávamos perto demais para eu para e rocei nossos narizes e daí começamos um beijo calmo, em que senti cada parte de sua boca. Minhas mãos estavam em suas costas e as dela estavam em minha nuca e faziam um carinho e quando ficamos sem ar, infelizmente, tivemos que parar, mas continuamos bem próximos.
— Tomas....
— Carla, desculpa, mas eu não aguento ficar sem você! Aceita namorar comigo? De novo!
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Espero que tenham gostado, amores! Beijão! Comentem a opinião de vocês!