Open your eyes escrita por Annie Magalhães
Notas iniciais do capítulo
Amores, espero que gostem! Boa leitura
[Carla]
Ele é um canalha que me abandonou, que foi embora e não deu explicações, que, simplesmente, não teve coragem de me olhar nos olhos e dizer que não me amava mais e fugiu, que depois que dormiu comigo foi embora e ainda teve a ousadia de sorrir para mim antes de entrar na merda daquele táxi, por que meu sonho não se realizou? Por que ele não morreu? E agora, por ironia do destino, minha sobrinha, Amelia, estuda junto com a filha dele e na primeira vez que vou deixa-la na escola eu o encontro! Por que o Lucas pediu que eu ficasse com ela logo agora? Não acredito que isso está acontecendo, blindei tanto o meu coração para esquece-lo e é só ele chegar com um olhar irresistível e um sorriso encantador que eu já me derreto toda e esqueço de tudo!
No outro dia, corri para deixar a Amelia o mais cedo possível na escola, mas parece que ele teve a mesma ideia e acabamos nos encontramos. DROGA!
—Carla - falou ele quando nos encontramos na porta da sala
— Oi - falei o mais dura possível
— É - ele fez uma pequena pausa como se estivesse com receio de falar - você quer almoçar hoje comigo?
— não dá - menti
— porque?
— É que tenho que visar uma obra do outro lado da cidade e se eu vim para esse lado eu não volto com tempo
— Não tem problema, marcamos algo mais perto de você - POR QUE ELE TEM QUE SER TÃO INSISTENTE E LINDO?
— Tudo bem, resolvemos mais tarde! ta aqui meu numero - entreguei um cartão-visita - ok?
— Perfeito, Carlinha - ele veio chegando mais perto
— Tchau, Tomas - sai de lá o mais rápido que pude.
Fui ate a obra que, ao contrario que tinha dito ao Tomas, era muito perto da escola. Quando deu umas 10 h, meu celular tocou e era o Tomas.
[LIGAÇÃO]
—Carla?
— Sim?
— É o Tomas
— Ah, oi Tomas - fingi que não sabia que era ele! Sabia porque só estava esperando a ligação dele
— Então, como vai ser nosso almoço
— Ah Tomas, eu terminei rápido na outra obra, estou em uma bem perto da escola. Oque você acha de nos encontrarmos no shopping?
— Perfeito
— Em qual restaurante?
— Tirinete, tudo bem?
— OK 12 h, certo?
— Perfeito. Até mais, beijo
— Tchau, Carlinda!
[OFF]
Quando deu 11h 50mins, saí da obra e fui ao restaurante. Quando cheguei ao local, o Tomás escolheu uma ótima mesa e me sentei, ai eu não tinha mais como fugir, ia ter que encarar o meu maior medo durante esses anos, o amor.
–Então, como foi todos esses anos para você?
–Bom, eu acabei minha faculdade de engenharia e estou fazendo meu doutorado, quero trabalhar na parte de estradas, mas por enquanto estou em civil mesmo e você?
–Bom, eu fui para Vitoria onde abri meu estúdio e paralelo a isso fiz minha faculdade em administração e agora voltei para o Rio contava não tirou os olhos de mim, mesmo eu desviando, muitas vezes, sentia que ele continuava me olhando. Depois de uns instantes em silencio- Carla, você pensou no que eu te falei?
— Tomas... É complicado, você não pode simplesmente voltar agora e me querer de volta. Você tem mulher, uma filha. Não é bem assim.
— Carla, você é o meu verdadeiro amor! Meu casamento não tem mais nada, sinceramente, só seguro pela Mel. Eu tratarei sua filha como se fosse minha. Ela e a Mel e darão muito bem, afinal, já estudam juntas e tudo.
— FILHA?
— Aquela menina que tava com você não é sua filha? - soltei uma gargalhada e respondi
— Não, Tomas. Ela é minha sobrinha. É filha do Lucas, ele viajou com a mulher e me deixou com a Amelia.
— AH, menos mal, né? Carla, eu passei todos esses anos pensando de como seria quando eu te encontrasse e agora que encontrei, eu quero ficar com você para sempre! Não quero deixar nada nos separar novamente - ele falou chegando mais perto de mim e tocou meu rosto e fechei os olhos ao sentir seu toque, que saudades desse toque.
— Tomas - Eu estava pronta para me entregar ao beijo, pois já sentia sua respiração, quando a comida chegou. DROGA!
Durante o resto do almoço, ele ficou falando coisas engraçadas que alegraram meu dia. Ate que me fez uma pergunta um tanto estranha:
— Carla, depois que eu fui embora, o matheus veio atras de você?
— Veio, mas eu não dei muita bola, o Lucas denunciou-o e ele desapareceu, mas ano passado ficamos sabendo que ele morreu em um acidente de moto em Goias.
— Sei.
Depois disso continuamos a comer e quando terminamos saímos do restaurante e nos despedimos, mas quando fui ligar meu carro... Ele não funcionou, isso mesmo, gente! NÃO FUNCIONOU.
— Tomasssssssssss! - sai do carro gritando enquanto ele dava ré no carro e parou
— Oi, amor! - AMOR? Acho que congelei ao ouvir aquela palavra e ele ficou com o sorriso encantador.
— Meu carro quebrou, pode me dá uma carona?
— É precisa pedir, Carla? Claro, entra ai. Mas antes vamos tomar um sorvete, ok?
— Tomass, eu vou chegar atrasada e ainda tenho que resolver esse negocio do meu carro.
— Carlinha, é rapidinho? - ele fez um bico IRRESISTÍVEL
— Tudo bem
Durante o caminho, liguei para o mecânico passar na obra e pegar a chave do carro para leva-lo para o concerto. Logo eu e Tomas chegamos na sorveteria. Depois de escolhermos nossos sorvetes e nos sentamos.
— Carla, você aceitaria sair hoje a noite comigo? Para uma caminhada na praia como nos velhos tempos?
— Tomas, eu tenho que ficar com a Amelia, lembra? minha mão foi hoje à POA e não tem com quem ela dormir.
— Oque você acha então de levarmos as meninas?
— Pode ser, ótima ideia
— Que horas, então?
— Bom, como vamos com as meninas. É, 19 h?
— Perfeito. Tomas, só vou abusar um pouquinho da sua boa vontade. Tem como você me pegar no trabalho mais tarde e ir pegar a Melinha e depois ir nos deixar em casa?
— Claro, Carla. É isso não é abuso, viu? Pode contar comigo - Falou e pegou em minhas mãos e olhou profundamente meus olhos.
— Vamos, Tomas? Eu já tô atrasada
— Vamos, claro
E ele rapidamente me deixou em meu trabalho e foi para o seu, combinei de ele ir me pegar as 16:30, já que as meninas saíam as 17 h.
No horario marcado, lá estava ele.
— Oi linda! - falou me dando um beijo no pescoço que me fez arrepiar como antigamente.
— oi - falei sem jeito
Bom, do meu trabalho para a escola das meninas era uns 15 minutos, mas, hoje, iriamos demorar bem mais, pois o transito estava terrível, estávamos, praticamente, parados e começou a tocar uma das minhas musicas favoritas , "Open Your Eyes", comecei a cantar, sem perceber.
—Open your eyes, open your hearth e then watch it fall out.
—Nossa, você ainda canta muito bem!- Fiquei um pouco vermelha, pois isso me fez lembrar de quando fomos a praia e ele tocou essa música para mim e foi a primeira.
—Obrigada, mas será que você ainda canta?
—Modéstia parte, eu canto muito bem!- E começou a cantar "Ainda é cedo" e eu ri quando começou a imitar a voz de Renato, entre as risadas ele parou de cantar e disse:
—Sabia que você tem um indo sorriso?-Fiquei sem jeito e, ao mesmo tempo, com raiva, ele estava querendo me encantar e eu não queria isso.
— Você também
— Senti falta do seu sorriso - daí ele olhou para frente e depois voltou seu olhar para mim e, quando eu menos esperava, ele me beijou! Simplesmente me beijou! O beijo era repleto de saudade, ambos estávamos com saudades daquele toque.
Durante o beijo, minhas mãos foram parar em sua nuca e fazia carinho em seu cabelo, já as deles alisavam as minhas costas. O beijo que começou lento estava cada vez mais selvagem e tinha medo daquilo evoluir ali, no meio do transito e parei. Estávamos ofegantes e ele fez uma cara de assustado quando abriu os olhos, olhei para trás e vi um moça nos encarando num táxi ao lado. E ela não parecia está gostando do que estava vendo.
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Espero que tenham gostado, deixem seus comentários, beijinhos!