Comitê das Não Amadas escrita por Miss Skye


Capítulo 3
Às vezes, o problema vem de disfarçado de alegria


Notas iniciais do capítulo

Eae pessoas? Tudo bem com vocês? Então, pra falar a verdade nesse exato momento eu deveria estar fazendo um trabalho pra escola, mas como eu não resisti, resolvi postar esse capítulo pra vocês. Como eu não tenho ideia da nota que eu vou tirar no trabalho, espero que vocês pelos menos me compensem com alguns comentários, certo? Beijos e boa leitura.



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Enquanto Jenny andava pelo corredor quase em prantos, na direção contrária vinha Hope Lawson, tentando ignorar os murmúrios sobre sua pessoa.

Ela respirou fundo. Se havia uma coisa nesse mundo que ela não aguentava mais ouvir era no novo super casal do colégio: Becky Woods e Thomas Ross. Sua ex melhor amiga e seu ex-namorado.

Posso dar um tempo pra você digerir a situação.

É, não leu errado. Becky era a melhor amiga de Hope e desde pequenas as duas dividiam giz de cera. Já Thomas, era o garoto mais popular e nos últimos meses vinha flertando com Hope, até que ele admitiu o que sentia por ela e começaram a namorar.

Só que esse sentimento não era nada verdadeiro. Já que na última sexta-feira, numa festa na casa do próprio Thomas, Hope o flagrou com Becky. Se pudesse resumir tudo em uma palavra, eu diria que foi horrível. Ou doloroso.

Só que Hope é ainda a capitã da equipe de torcida e a mais jovem aluna a receber o título de Rainha da Beleza, no concurso realizado anualmente pelo colégio.

É um pouco infantil da parte dela se preocupar apenas com sua popularidade num momento desses. Todos os atos dela até hoje, foram minuciosamente pensados para que ela tivesse uma posição elevada na hierarquia escolar.

Não era o galinha do Thomas ou a traíra da Becky que iriam fazer vir abaixo todo o seu trabalho de anos. Pelo menos era isso o que ela esperava.

Seguiu para o campo, onde a maioria das animadoras de torcida iam quando iniciava o intervalo. Hope viu o grupo de garotas ao longe vestindo vermelho e já imaginava que o assunto principal era ela. Bem, que fale! Pelo menos essa confusão toda aumentaria seu ibope.

Percebeu que Becky não estava lá. Melhor assim. Não queria vê-la.

“Olha quem chegou”, Amy Lee balbuciou mordendo os lábios ao tentar segurar uma risadinha. “Olá, Hope!”

Hope olhou de lado para a garota de aparência asiática. “Oi”, respondeu seca, sem o mínimo de simpatia. “Pelo que vejo está faltando alguém aqui. Será que por acaso alguém sabe onde ela está?”

Amy riu. “Quem? Becky? Talvez esteja por aí agarrando Thomas, não?”

Hope não é uma garota agressiva. Pelo contrário, detesta lutas, brigas e tudo que envolve socos ou murros, mas naquele exato momento imaginou a si mesma voar no pescoço de Amy.

É claro que isso aconteceu apenas na imaginação fértil dela. Não se arriscaria tanto assim.

“Uau, Amy” disse ela tentando manter o controle, “que coisa mais agradável de se dizer.”

Amy revirou os olhos. As garotas se reuniram na arquibancada para conversar sobre a próxima apresentação no jogo do time de futebol americano do colégio. A data já estava próxima. Ainda sem a presença de Becky, Hope se sentiu mais tranquila e relaxada, no entanto ela não demorou a aparecer.

Hope ainda não tinha ensaiado como reagiria quando estivesse frente a frente com ela. Caramba, até sexta à tarde elas eram amigas. Como pôde durante tanto tempo estar ao lado de uma garota de caráter tão baixo?

“Olá garotas”, Becky murmurou acanhada enquanto fitava Hope. “Eu posso conversar com você? A sós?”

Hope respirou fundo. “Está bem”, respondeu grossa desviando o olhar e caminhando para um lugar mais afastado. “O que você quer?”

“Eu não tive culpa de nada do que aconteceu naquela festa” explicou Becky.

Uma das características mais marcantes da família Lawson é o sangue frio em situações críticas. Por mais que Hope por dentro estivesse a ponto de explodir, ela conseguia agir com frieza, como se nada demais estivesse acontecendo.

“O que vai dizer agora?” perguntou Hope rindo. “Não é nada do que eu estou pensando?”

Os grandes olhos azuis de Becky brilharam como se estivesse a ponto de chorar. “Exatamente” afirmou. “Acho que Thomas estava bêbado, eu não sei ao certo o que aconteceu”.

Hope cruzou os braços. “Por que acha que eu vou acreditar em você?”

Becky colocou alguns fiozinhos do seu cabelo cor de mel que escapavam do rabo de cavalo atrás da orelha. “Porque éramos amigas.”

“Éramos, até eu ver você beijando Thomas” Hope bufou.

“Por favor, não fique magoada comigo” Becky pediu. “Eu já disse, não tive culpa.”

Hope encarou Becky tentando decifrar a expressão dela. Piedade. Parecia isso que pedia.

“Eu vou pensar sobre isso, mas não fique com esperanças de voltarmos a ter uma amizade como antes”, disse Hope, tentando dar um fim àquela desagradável conversa. “Eu nunca vou esquecer-me do que eu vi sexta-feira.”

Dito isso ela virou-se em direção a arquibancada para pegar sua bolsa. Admirou-se ao ver as garotas tentando disfarçar que não estavam prestando atenção na conversa.

“É, eu sei que escutaram e sei também que daqui a pouco a escola inteira vai saber”, disse Hope, então encarou os olhos escuros de Amy. “Mas acredite: estou pouco me importando.”

Isso era um pouco de verdade. O lema muitas vezes usado por ela era Bem ou mal, o importante é que falem. Mas naquela frase havia um pouquinho de mentira também. Por mais que aparentemente esbanjasse confiança, Hope muitas vezes se sentia insegura e sempre se perguntava o que as pessoas iriam pensar dela depois de algo dito ou feito. Era isso o que ela temia.

Caminhou pelo jardim do colégio, onde vários grupinhos sentados no gramado cochichavam enquanto ela passava.

Ela ergueu a cabeça tentando parecer forte e ao fazer isto viu de relance uma moto preta parar no estacionamento. Tinha a leve impressão de já tê-lo visto em algum lugar. Ah, boba. Existem vários motos iguais aquela na cidade, porém mesmo assim, enquanto andava, não desviou os olhos.

E foi a melhor coisa que pôde ter feito. O cara tirou o capacete e Hope teve certeza de que conhecia o piloto. Alto, um pouco bronzeado e a jaqueta preta de couro que ele nunca conseguira desgrudar.

Adam. Adam Foster. O ex-futuro primeiro namorado de Hope, que roubara seu primeiro beijo durante a festa de doze anos. Ela nunca iria conseguir esquecê-lo.

Piscou algumas vezes temendo ser apenas fruto de sua imaginação. Mas Adam continuou ali, do outro lado da cerca que separava o jardim do estacionamento. Foi se afastando aos poucos e Hope mesmo sem ver, teve a certeza de que ele entrou no colégio.

Isso significava que talvez ele pudesse ter voltado? Ou apenas veio fazer uma visita? Hope queria respostas e correu ao encontro dele para obtê-las.

Ela não sabe ao certo qual foi sua expressão ao vê-lo parado em frente a secretária do colégio. Alegria por tê-lo ali? Alívio por vê-lo? Porque na verdade ele havia sido um amigo incrível antes de mudar de cidade.

“Hope?” perguntou Adam vindo em sua direção, enquanto ela ainda tentava encontrar palavras. “Minha nossa, você está incrível.”

Hope sorriu, talvez fosse a única coisa que pudesse fazer naquele instante. Adam mal a encontrara e a primeira coisa que fizera foi elogiá-la. Ele não tinha ideia do quão bem fizera a Hope ao dizer aquilo.

Mas eu deixo meu aviso: Às vezes, o problema vem disfarçado de alegria, Hope.


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Notas finais do capítulo

Quero deixar dois pontos bem claros pra vocês :
1) O capítulo está pequeno ainda, mas eu vou explicar. Esse três primeiros capítulo focados em uma das personagens (por exemplo, teve o da Jenny e esse foi o da Hope. O próximo será o da Maddie) meio que são uma introdução do que elas estão passando, entendeu? O dilema que elas estão vivendo. Depois do capítulo da Maddie já vai ser meio que a desenrolação do problema o que fará que eles aumentem. Entenderam? Espero que sim. Portanto não fiquem bravos comigo;

2) Outra coisa, talvez tenham imaginado a Hope como uma daquelas patricinhas e tal já que ela é animadora de torcida. Sim, às vezes ela age como a futilidade em pessoa, porém eu gosto de fazer personagens com conteúdo, sabe, a Hope tem medos, é insegura e se preocupa demais com a aparência entre outros defeitos. Espero que eu tenha apresentado devidamente ela a vocês e tenham entendido como é a personalidade da Hope.
Ah, sim e eis a questão: Acreditar ou não em Becky??? Diz aí galera. Última coisa: O título mostrou que o problema, que no caso seria Adam, vem disfarçado de alegria. Alguém tem alguma ideia do que vem pela frente??? Do que Adam pode causar??. Agora vou tentar fazer meu trabalhinho pra não nota tirar uma nota ruinzinha. Beijocas e até mais
Ps: qualquer errinho, me avisem.