Surreal - Art and Insanity escrita por Jess


Capítulo 11
Capítulo 11 - Rita I


Notas iniciais do capítulo

Olá
Este é o Rita I (primeiro de dois capítulos meio "diferentes")



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Este é um daqueles dias que não tem sessão, que me dão alguns remédios que me deixam lento, como se estivesse na gravidade do espaço, ou no fundo do mar: os sons chegam confusos aos meus ouvidos, algumas imagens são distorcidas e se eu tentar levantar da cama posso cair.

Esses remédios retardam meus reflexos e me fazem sentir como um vegetal, quase não entendo os sons que saem de minha boca, não sei se peço socorro ou se são apenas reclamações que faço para meu quarto, para minhas paredes brancas.

Deviam tentar tirar as alucinações de mim, não dar-me drogas para que eu tenha mais alucinações. Eles sabem que isso não funciona, mas têm a maldita esperança de que isso conserte as coisas dentro da minha cabeça.

Sei que não vai funcionar, que essas torturas são em vão, sempre foram.

Na minha infância haviam as missas aos domingos, os beliscões na bochecha e o tédio, todos faziam parte da minha infância.

Um dia surgiu o primeiro amigo imaginário, era bom tê-lo por perto, mas minha mãe achou estranho me ver brincando com alguém invisível, isso não era o tipo de coisa que meus pais achassem saudável, então tratei de esconder isso.

Na adolescência meu amigo imaginário já havia partido, em seu lugar chegaram as vozes e alucinações, não era nada agradável. Eu via coisas a todo o momento, alguns momentos muito inapropriados.

Naquela época Rita era bem mais hostil e não deixava de gritar em meus ouvidos e me fazer ter alucinações. Cheguei a ver os vidros das janelas se quebrando, senti que estava sendo observado ou até ver a tinta movendo-se sozinha nas telas, criando formas de predadores ou qualquer outra coisa. Essas coisas aconteciam quando ela não estava muito nervosa, quando estava, me fazia alucinar em publico.

Certa vez Rita invadiu meus sonhos, em quanto dormia podia sentir suas unhas pontiagudas arranhando minha pele, seu peso sobre mim, não consegui abrir os olhos ou falar, mas sabia que era ela, aquilo fazia muito o gênero dela...


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Notas finais do capítulo

Comentem.



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