Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 42
Pequena Corrida


Notas iniciais do capítulo

Oi meus queridos! Ansiosos para mais um capitulo? Espero que sim, bom primeiramente eu quero agradecer pelo 343 comentários, 147 acompanhamentos, 32 favoritos, 9 recomendações e mais de 20.000 visualizações, eu não esperava tanto em apenas cinco meses. Muito obrigada pelo carinho
Boa leitura! Espero que gostem!



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Na Tarde Seguinte

Eram quase duas da tarde quando a campainha tocou. Quando abri vi a Alexsandra parada na porta em um misto de ansiedade e nervosismo, ao ver aquela cena não pude deixar de rir brevemente

– Entra - digo dando espaço para que ela passasse - E não precisa ficar tão nervosa, não é nenhum bicho de sete cabeças, então relaxa

– Falar é fácil - ela resmunga se sentando no sofá

– O advogado chegará daqui a pouco - comento e ela me olha - Quer alguma coisa?

– Água - ela responde rápido

– E pelo seu jeito com açúcar - comento indo em direção a cozinha

– Sem exagero Su - ela resmunga me fazendo rir

Fui até a cozinha e voltei para sala com o copo d'água. Me sentei e depois de alguns minutos a campainha toca. Quando abri vi o advogado, dei espaço para que ele passasse e assim ele o fez. Peguei a papelada e comecei a ler para me certificar de que estava tudo nos conformes e Ale fez o mesmo. Após a leitura assinamos a papelada

– Acho que é só isso - digo fechando a pasta - Quando poderá ir para Nova Iorque?

– Ainda essa semana, só preciso terminar de arrumar as minhas coisas - Ale respondeu com a copia dos documentos em mãos

– Está bem, esse é o endereço do apartamento - digo entregando o papel com o endereço - Quando chegar, procure o Senhor Mendes. Diga que eu a mandei e ele te entregará as chaves do apartamento

– Está bem! - ela falou guardando o papel no bolso - Mais uma vez obrigada

– Não precisa agradecer - digo normalmente - Espero que goste do emprego

– Eu tenho que ir - ela falou se levantando - Preciso terminar de arrumar as coisas

– Está bem - digo me levantando e acompanhando-a até a porta, nos despedimos e retornei a sala

– Mais alguma coisa doutor? - perguntei ao advogado que tirou da maleta mais uma posta

– A sua tia pediu que entrasse com a papelada da sua emancipação - disse abrindo a pasta - Precisarei fazer um teste com você, para entrar na justiça

– Que tipo de teste? - perguntei curiosa

– De responsabilidade - ele responde e eu ri

– É serio isso? - digo controlando o riso e ele me olha confuso - Eu estou terminando a faculdade de robótica, algumas vezes fiquei a frente da organização de festas em nome do Buffet da família, sou dona de diversas ações em varias empresas e ainda preciso fazer o teste de responsabilidade?

– Depois disso, acho que não haverá mais necessidade - ele diz meio sem jeito - Mais precisarei apresentar uma prova do que me disse

– Posso imprimir um comprovante de tudo o que falei - digo indo mexer no notebook - Tem alguma forma de acelera o processo?

– Eu já tenho o documento redigido, mas ele ainda não foi registrado em cartório - ele comenta me olhando - Se você e sua tia assinarem e eu levar os comprovantes, poderei apenas legalizar

– Está bem - digo me levantando para pegar os papeis na impressora - Teria como ir ao Buffet hoje, para pegar a assinatura da tia Sam

– É claro, eu tenho mesmo que passar lá, para rever o contrato para o evento em Nova Iorque - ele diz colocando os papeis para eu assinar sobre a mesa

– Se importa? - disse pegando a papelada

– Não, é até melhor que você leia mesmo - ele disse se sentando

Li os documentos rapidamente e ao ver que estava tudo certo os assinei. Devolvi os documentos, ele os guardou na pasta e foi embora. Fui para meu quarto, me deitei na cama ouvindo musica pelo fone e acabei dormindo.

Sonho On

O moreno já havia voltado e agora já estava em uma especie de oficina. Ele estava sentando em uma cadeira reclinável, de repente uma mulher de cabelos ruivos entrou na oficina. O moreno falou algo e a ruiva levantou as mãos balançando os dedos enquanto andava em direção ao moreno. O moreno estava segurando um novo mini reator, que parecia mais atualizado do que aquela do usava. Ele retirou o mini reator que estava no peito e deu para que a ruiva colocasse sobre a mesa ao lado.

Logo ele começou a falar alguma coisa e a mulher, ela começou a olhar o local onde o mini reator com certo receio. Ela hesitava em por a mão no local, para fazer o que o moreno havia pedido. Por um momento ela balançou a cabeça negativamente protestando, mas o moreno falou algo e ela fez o que ele havia pedido. Ela pós a mão no local onde ficava o dispositivo fazendo cara de nojo ela começou a retira a mão e o moreno gritou.

Ela continuou e quando retirou a mão ela estava segurando um fio, ela puxou com um pouco de força tirando junto uma especie de imã. O moreno falou algo e ela ia colocar de volta, mas ele impediu. Ele respirou fundo e disse algo fazendo a ruiva se alterar, ele entregou o novo dispositivo e ela rapidamente o colocou. Ele encaixou o dispositivo falou com ela, ao vê-la ainda nervosa começou a rir. Ela parecia ter se acalmado um pouco e falou algo, gesticulando com as mãos, ele disse algo e se levantou da cadeira.

Ela estava com o primeiro dispositivo em mãos e em seguida falou algo, o moreno respondeu sem muito interesse. Em seguida ela saiu da oficina e ele falou algo e um robô começou a se mover em direção a mesa.

Sonho OFF

Acordei sentindo uma almofada sendo jogada em mim, olho para a direção que a almofada veio e vejo o Jhon encostado na porta rindo da minha cara.

– Imbecil - falei jogando a almofada de volta, mas ela a segurou antes que pudesse acerta-lo - O que veio fazer aqui?

– August - ele responde simplesmente, sentando numa cadeira do meu quarto

– Olha, te demos a copia da chave, para que pudesse entrar sem incomodar - falo como se ele tivesse três anos de idade

– Eu sei - ele respondeu como se fosse obvio

– Então porque raios, você me acordou? - pergunto um pouco irritada

– Estou entediado - ele falou dando de ombros

– E o que eu tenho haver com isso? - pergunto inconformada - Eu estava em um sono tão bom

– Desde quando começou a ficar preguiçosa? - ele pergunta sarcástico

– Vou relembrar caso tenha esquecido, você é um semideus e eu uma humana - digo olhando-o - Meu corpo não aguenta o mesmo pique que o seu

– Não foi isso que você demonstrou no acampamento - ele rebateu me olhando

– Chato - resmungo levantando da cama e ele ri - Já volto

Fui ao banheiro lavei o rosto, escovei os dentes e voltei para o quarto

– E o que quer fazer para acabar com o seu tédio? - pergunto me sentando novamente na cama

– Se eu soubesse não teria te acordado - ele falou como se fosse obvio

– Cinema? - perguntei e ele me olhou - Por minha conta

– E como vamos chegar lá? - ele perguntou curioso

– De carro - respondo me levantando da cama - Vamos antes que eu desista

Peguei minha bolsa de mão, coloquei o cartão de credito e descemos a escada, chegando na sala abri uma gaveta do armário e tirei a chaves de um carro. Andamos até a garagem e em seguida acendi a luz.

– Já sabe dirigir? - perguntei curiosa, quando vi que ele olhava fixamente para a Ferrari preta na garagem

– Minha mãe me ensinou há alguns meses - respondeu dando de ombros sem me olhar

– Ótimo - disse, ele me olhou e joguei as chaves do carro para ele - Vamos ver se você é bom

– Você está falando sério? - ele perguntou sorrindo

– Você já tem 16, não é? - ele assentiu - Já pode dirigir

– Mas eu não tenho carteira de motorista - ele rebateu

– Relaxa que não vai acontecer nada - falei me aproximando do porta do carona - Agora vamos embora

– Está bem - ele falou abrindo a porta do motorista e entrando no carro e eu fiz o mesmo no lado do carona

Apertei o botão e o portão da garagem se abriu, quando saímos o portão se fechou. Jhon começou a dirigir e ficamos em silencio, ele estava dirigindo devagar como se a qualquer momento fosse aparecer uma viatura policial

– Sua mãe te ensinou a dirigir feito uma tartaruga? - falei vendo o velocímetro marca 40km/h

– Eu já falei que não tenho carteira de motorista - ele falou tranquilamente - E se aparecer um blitz

– Eu já falei e vou repetir, relaxa que isso não vai causar confusão - digo olhando-o

– Tem certeza? - ele perguntou um pouco incerto

– Sempre tenho - respondo dando de ombros

– Se você diz - ele pisou no acelerador e logo o velocímetro começou a marca 90km/h

– Até que você não dirigi tão mal quanto pensava - digo em tom brincalhão olhando a rua - Chega a ser razoável

– Vindo de você é um grande elogio - ele falou com um sorriso sarcástico que logo se desfez - Droga

– O que? - perguntei olhando a estrada e vi uma viatura policial - Não para, nem desacelere

– Como é? - ele pergunta arregalando os olhos

– Faz o que eu estou falando - digo e aperto um botão escondido no porta luvas

As janelas do carro começaram a se fechar e uma leve vibração podia se sentida, mas logo ela parou. Ele não diminuiu a velocidade como eu havia pedido e nem desviou o caminho. Sabia que ele estava nervoso, pela forma que ele segurava o volante, não pude evitar um breve riso. Passamos pela viatura pela reação dos policiais o aparelho para medir a velocidade havia disparado, eles olhavam para todos os lados, pareciam não ver nada. Por isso nem sairam da viatura.

– Porque eles não estão vindo atrás de nós? - Jhon perguntou olhando os policiais pelo espelho

– Como eles poderia seguir o que não podem ver? - digo com um sorriso vitorioso

– Você manipulou a nevoa? - Jhon perguntou curioso

– Não, fiz algo mais simples - quando ele dobrou a esquina apertei novamente o botão e desencaixei o aparelho - Um sistema de camuflagem, analisa as paisagens a nossa volta e reflete no carro.

– Quando você fez isso? - ele perguntou enquanto eu encaixava o dispositivo novamente

– Foi meu projeto na faculdade antes de irmos ao acampamento - respondi normalmente

Ele continuou todo o percurso até o cinema, realmente ele dirige bem. Acho que por causa do deficit de atenção e fica atento a tudo mesmo involuntariamente. Então sempre desviava de algum barbeiro que ficava na nossa frente, mesmo que mudássemos de pista.

– Esse cara já está começando a me irritar - Jhon disse se referindo ao motorista do camaro vermelho a nossa frente

– Compartilho do mesmo pensamento meu caro - digo olhando o carro a nossa frente

– O que será que ele quer? - Jhon perguntou a si mesmo, desviando mais uma vez ficando lado a lado com o camaro

– Acho que algo mais emocionante que um filme - digo com um sorriso de lado, ao ouvi o motorista roncar o motor

– Acha que ele está desafiando para uma corrida? - perguntou me olhando

– Não - digo, ouço o motor do camaro novamente e olho pela janela - Eu tenho certeza

– Vai aceitar o desafio? - ele pergunta curioso

– O motorista é você - digo e começo a olha-lo - Vai aceitar?

– Porque não? - ele diz sorrindo, eu abri a janela e fiz um sinal para que o motorista do camaro abaixasse o vidro e assim ele o fez

– Desafio aceito - digo e ele sorri satisfeito, ele parecia ter uns 19 anos, estilo playboyzinho - Sei onde podemos fazer isso sem que nos atrapalhem, siga a gente

Levantei o vidro, liguei o GPS e escolhi uma estrada deserta da cidade para que pudêssemos fazer a nossa corrida. Jhon seguia todo o caminho que o GPS mostrava. Durante o percurso fiz uma pequena pesquisa com a placa do carro do camaro, e como eu desconfiava o dono não era de cidade , nem mesmo de Vermont o motorista era, na verdade tinha se mudado há uma semana, não tinha como ele conhecer todas as ruas da cidade.

Chegamos na estrada escolhida para nossa corrida, era uma rua de mão unica pista dupla em formato de "U". Próximo a curva havia uma barranco de uns cinco metros, com a base repleta de arvores, olhando de longe, nem parecia que existia esse barranco. Nos posicionamos no começo da rua, novamente abaixei o vidro do carro e o motorista do camaro fez o mesmo, ele ficou roncando motor e falou

– Quando podemos começar? - ele falou me olhando com um sorriso confiante

– Na minha contagem - digo normalmente e ele me olha incrédulo

– Porque eu deveria confiar em você? - ele perguntou intrigado

– Porque se você quer correr, tem que se justo para ambos - digo olhando e continuo - Quando chegar a três

– Por mim tanto faz - ele disse dando de ombros e olhando a estrada aquecendo o motor e Jhon fez o mesmo

– Um... dois... TRÊS - nesse exato momento ambos aceleraram ao máximo

Por alguns instante o camaro estava na dianteira, mas logo o Jhon conseguiu empatar a corrida, estávamos lado a lado então uma ideia me veio a mente. Fechei a janela para que o motorista do camaro não nos ouvisse

– Jhon, não tenha medo de pisar no acelerador e fique na dianteira mesmo que por pouco centímetros - digo e ele apenas assentiu sorrindo

– Não precisa falar duas vezes - disse e pisou ainda mais no acelerador, ficando mais o menos um metro na dianteira

– Quando eu avisar pise no freio - ele me olhou incrédulo

– Como é que é? - falou e voltou a olhar a estrada

– Apenas faça o que eu pedi - digo olhando o camaro pelo vidro

– Conheço essa cara, o que está planejando? - ele perguntou sem desvia os olhos da estrada

– Você vai descobrir - digo vendo o camaro acelerar ainda mais - Mantem a dianteira Jhon - falo olhando o carro ao lado

Nós estávamos quase a trezentos metros de distancia do barranco. E estava na hora de por meu plano em pratica

– Se prepare, só mais um pouco... - digo olhando-o e em seguida olhando a estrada, estávamos a duzentos metros do barranco - Mais um pouco... Agora

Jhon na hora pisou no freio e virou o volante para a esquerda, o carro começou a derrapar de lado. O camaro tomou a dianteira sem reduzir a velocidade e virou o volante na mesma direção quando estava próximo a curva. Resultado o camaro desceu o barranco de lado, enquanto nosso carro parou a mais ou menos um metro e meio da descida. Saímos da Ferrari a tempo de ver o camaro continuar a derrapagem e apenas parar quando o lado do carona bateu na arvore com um grande impacto. Depois de alguns segundos a porta do motorista se abre e o "piloto" saiu um pouco atordoado. E começou a olhar o carro e nos olhou com raiva

– OLHA O QUE VOCÊS FIZERAM - ele disse nos olhando e vi que ele tinha um pequeno corta na testa

– Nós? - Jhon perguntou olhando-o - Quem estava dirigindo foi você, então não nos culpe se você é um péssimo motorista

– VOCÊS VÃO PAGAR CARO, POR ISSO - ele gritou novamente

– Duvido muito já que o nosso carro está inteiro - digo tranquilamente - Acho que ao invés de ficar gritando, você deveria se preocupar com que desculpa vai explicar isso ao seu pai

– VOCÊ ME PAGA - ele gritou nos olhando

– Espero que esteja com o seguro em dia - digo olhando-o

Ele se virou para o carro e deu um forte chute na porta fazendo-a fechar, dei as costas e voltei para o carro e Jhon fez o mesmo, quando ele entrou começou a dirigir em silêncio depois de alguns segundos Jhon falou

– Seu plano era para que ele derrapasse, não foi? - ele perguntou me olhando

– Foi - digo e olho-o de volta - Isso faz alguma diferença?

– Nenhuma - diz com um sorriso, me fazendo rir

– Pelo menos você se livrou do tédio - comentei e ele riu

– Pois é - ele voltou a estrada - Ainda quer assistir o filme?

– Não, quero voltar para casa e fingir que nada disso aconteceu - respondo normalmente

– E esse horário o August ainda deve está em casa - responde ficando serio

– O que significa, que mesmo sem está entediado tenho que te aturar - falo me encostando no banco

– Exatamente - respondeu dando um sorriso irônico

– Você não presta - digo rindo e ele logo acompanhou, ele dirigiu de volta a minha casa.

Por todo o percurso ficamos falando mal do padrasto dele, coisa que nos diverti bastante.


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Notas finais do capítulo

O que acharam desse capitulo? Gostaram? Odiaram? Pelo amor de Deus, deem sinal de vida
Acompanhem, comentem, favoritem e recomendem se acharem que a fic merece
Nos vemos nos reviews!