Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 43
O Presente de Hefesto


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Meu Deus, na segunda feira a fic recebeu mais duas recomendações. Biah e Sophy de Lukka muito obrigada pelas lindas recomendações eu amei as duas de verdade e por isso esse capitulo será dedicado a você duas.
Espero que gostem! Boa leitura!



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Chegamos na minha casa, abri o portão da garagem e Jhon estacionou. Saímos do carro enquanto o portão fechava, quando entramos começamos a assistir um filme qualquer que estava passando na TV, peguei um lanche e ficamos no sofá. As horas forma se passando, a tia Sam chegou em casa e nos viu sentados no sofá

– Oi, o que estão fazendo? - ela diz se sentando no braço do sofá

– Assistindo até o mala do August ir trabalhar e o Jhon poder me deixar em paz - respondo normalmente sem desviar o olhar da TV

– Ela fala assim, mas adora a minha companhia - ele disse me abraçando pelos ombros

– Você um completo idiota - digo tirando o braço dele dos meus ombros e a tia Sam começou a rir

– Vocês dois não tem jeito mesmo - ela disse rindo e ela se levanta - Vou trocar de roupa e já volto

Ela subiu a escada e andou até o quarto dela enquanto terminávamos a tigela de pipoca, quando Jhon comeu a ultima porção ele resmungo

– Que saco - falou olhando a tigela vazia - Acabou a pipoca

– Quero saber para onde vai tudo o que você come - disse pegando a tigela, mas quando me levantei senti uma forte tontura que me fez soltar a tigela

– Su, você está bem? - Jhon falou me ajudando a sentar novamente - O que aconteceu?

– Não tomei meu remédio hoje - sussurro torcendo para não desmaiar, logo sinto meu corpo se aquecer e o mal estar para - Valeu Jhon!

– Eu já disse para você procurar um medico - ele falou me olhando com preocupação

– Mas eu já fui - rebato olhando-o - Eu já estou medicada

– Eu estou falando em fazer um check up - ele falou se encostando no sofá - Eu já disse que anemia é apenas um sintoma

– Mas eu já estou melhorando - comento e ele me olha incrédulo - Esse mal estar aconteceu porque não tomei o meu medicamento

– Mesmo assim, deveria ir ao medico - ele insisti

– Prometo marcar uma consulta quando eu tiver um tempo livre, ok? - falei calma

– Saúde não é algo que podemos brinca - ele falou me olhando e antes que eu dissesse alguma coisa a tia Sam aparece

– Quem está brincando com a saúde? - ele perguntou nos olhando

– O August - respondo dando de ombros - Jhon estava me contando uma conversa que a tia Marta teve com o August

– O que ele tem? - ela perguntou ao Jhon que engoliu seco

– Agora nada, essa conversa foi há algum tempo - ele respondeu olhando-a

– Entendi - então ela percebeu a tigela no chão, que estava rachada - O que aconteceu com a tigela?

– Eu comecei a encrencar pela ultima porção de pipoca - respondi pegando a tigela com cuidado - E nessa brincadeira terminei derrubando a tigela

– Precisa tomar mais cuidado - ela falou pegando a tigela - Um de você poderia ter se machucado

– Mas não aconteceu nada - falei sorrindo

– Mas poderia - ela começou a andar em direção a cozinha - Vou preparar o jantar

– Viu o que você fez? - sussurrei quando a tia Sam se afastou

– Su se você não fizer os exames eu vou contar a Sam sobre o seu mal estar - ele falou seriamente

– Eu já disse que quando tiver tempo eu vou fazer a porcaria desses exames - falei um pouco irritada

– Quando? - ele exigiu

– Eu não sei - respondi - Segunda começam as minhas aulas e tenho que repor muito assunto, trabalhos e até avaliações. Então vou está ocupada por um tempo

– Não pense que eu vou deixar essa assunto de lado - ele falou voltando a olhara TV

Ficamos em silêncio assistindo, até que a tia Sam avisou que o jantar estava pronto. Jhon avisou que iria jantar com a mãe, pois esse horário o August já não estaria mais em casa e queria fazer companhia a mãe. Durante o jantar ficamos conversando e perguntei se a dona Julia havia recebido noticias da Letícia, ela disse que não e isso já estava começando a preocupa-la. Mas ela me disse que um dos funcionários do Buffet havia dito que ouviu uma conversa do tal Robert Lancaster ao telefone e ele disse que voltaria a nossa cidade no Natal

Ela falou também que o advogado havia passado para que ela assinasse a papelada da emancipação e que em dois ou três dias tudo estaria resolvido, já que foi uma decisão de ambas e meu histórico demonstra que tenho responsabilidade para isso, tirando a minha fase alcoólatra, mas como já superei e estou livre dessas crises há dois anos não vai ter problema.

Depois da nossa conversa ficamos na sala, assistindo o filme A Hora do Rush. Depois que o filme terminou fomos dormir, eu retornei ao meu quarto, tomei um banho relaxante e fui dormir sabendo que poderia ter mais algum pesadelo com o tal homem.

Sonho ON

O moreno estava novamente na oficina, mas dessa vez ele estava trabalhando no que parecia ser uma de prótese de alta tecnologia. Tendo um robô com assistente, o moreno a todo momento resmungava algo e pela expressão da sua face devia está reclamando. Quando ele terminou vi que não era um prótese, pois ela começo a abrir mostrando ser uma especie de bota. Ele preparou os equipamentos, colocou alguns robôs auxiliarem. Uma com o extintor de incêndio e outro com uma câmera para filmar os avanços.

Ele parecia está explicando sobre o que se tratava a filmagem, ele se posicionou se preparando para o primeiro teste. Olhei rapidamente na tela e ela mostrava o nivel de força para o teste do aparelho, o painel indicava 10% da capacidade, voltei a olhar o moreno que fez uma contagem e ativou o aparelho. A força foi tanta que ele foi lançado contra uma parede alta atrás dele e caiu, eu corri até onde ele estava enquanto um dos robôs ativou o extintor na direção dele, quando cheguei perto, o encontrei em meio a fumaça se contorcendo de dor no chão, mas ele estava bem.

Ele se levantou, tirou os equipamento e foi para o computar. Ele estava trabalhando em adaptações do novo projeto, um modelo, mais leve e mais fácil de ser manuseado. Ele estava fazendo cálculos pelo computador, preparando os rascunhos do novo modelo. Quando esses desenhos já estava totalmente adequados ele fez hologramas 3D sobre uma mesa e logo em seguida ele os colocou na ordem usando um aparelho que parecia uma pequena lanterna e depois passou o braço por dentro do holograma, para ver como o projeto ficaria nele.

Sonho OFF

Acordei no meio da noite e me sentei na cama, não consegui evitar a gargalhada ao lembrar da cena. Como alguém que demonstra ser tão inteligente pode ser tão desastrado? Eu posso não conhece-lo, posso não saber o nome ou onde mora, não sei ao menos o porque de está sonhando com ele, mas me preocupo com ele, sempre desejo o melhor. As vezes tenho a sensação de que ele é importante para mim, que de alguma forma ele foi, é ou vai ser de uma grande importância na minha vida. É como se houvesse uma ligação entre nós que não sei explicar

Sei que isso pode parecer loucura, mas eu sinto que isso é verdade. Queria tanto descobrir quem é esse homem, quero saber o porque dele ser tão importante, quero entender qual o significado dele, mas sei que não é por meio de sonhos que irei conseguir isso. Voltei a me deitar com esses pensamentos rondando a minha mente e logo adormeci, mas dessa vez um sem sonhos.

Na manhã seguinte

Quando acordei, fiz minha higiene matinal e fui para cozinha. Quando cheguei a tia Sam estava na cozinha terminando o café, enquanto o celular estava no carregador próximo ao fogão. No mesmo instante que pus os pés na cozinha, comecei a ouvir um zumbido, eu estava sendo capaz de sentir a vibração elétrica de cada eletrodoméstico. Comecei a andar pela cozinha, olhando atentamente tudo a minha volta.

Eu nunca havia sentido isso antes, porque está acontecendo agora? A tia Sam estava próximo ao fogão preparando meu prato favorito, omelete de queijo. Então meu olhar parou no celular carregando, o zumbido parecia vim dele. Me aproximei um pouco mais e o aparelho passou por uma especie de scanner, da mesma forma de quando eu estava com a benção de Hefesto. O holograma 3D do aparelho flutuou e se expandiu mostrando ele por dentro.

Olhei e uma parte do holograma estava em diferentes tons de vermelho. Começava em um tom claro que parecia ir acumulando deixando o outro mais forte, logo ele estava parecendo inflar. O holograma se juntou novamente e sumiu, olhei o celular, o zumbido ficando cada vez mais alto, uma faísca saiu do lugar do encaixe do carregador. A tia estava quase pegando o aparelho quando eu entendi o que estava acontecendo

– CUIDADO - disse segurando seu pulso e puxando para o chão

Quando nos abaixamos ouvimos o celular explodir, espalhado os pedaços dele pela cozinha, nos levantamos e vimos o fio do carregador derretido, o aparelhos em pedaços e me olhou

– Como você sabia? - perguntou ainda sem acreditar no que aconteceu

– Ouvi o zumbido do celular - explique, mesmo não sendo totalmente verdade - E como estudo robótica sabia que estava algo errado.

– Por pouco eu não ficaria gravemente ferida - ela falou olhando o lugar onde a poucos segundos se encontrava o celular dela

– Acho melhor limparmos essa bagunça, antes de tomarmos café - falei olhando em volta e ela concordo

Arrumamos toda a cozinha, durante todo o processo deduzi que o que acabou de acontecer deve ter sido o presente de Hefesto, quando terminamos, fomos tomar café, a nossa sorte foi que a panela estava coberta caso contrario, teríamos que fazer tudo de novo. Quando terminamos a tia Sam foi se arrumar para ir ao trabalho e eu fui para o meu quarto me arrumar para ir a faculdade. Me arrumei rápido e voltei para sala, coloquei a mochila na poltrona e me sentei no sofá ouvindo musica.

Vi a tia Sam descer a escada terminando de colocar o blazer, eu voltei a mexer no meu celular. Ela falou alguma coisa mas devido a altura dos fones não entendi, ela simplesmente revirou os olhos e pegou o telefone fixo. Será que ela havia pedido para que eu atendesse? Retirei os fones e os coloquei no bolso junto com o celular. E tudo que eu ouvi da ligação foi

– Então está tudo certo... Tudo bem, obrigada Doutor Miguel... Tchau - então tia Sam encerrou a chamada

– O que o advogado queria? - perguntei curiosa

– Se tivesse atendido, ele teria te contado - ele comentou com ironia

– E se eu tivesse atendido, seria você a está perguntando e não o contrario - rebato e ele me olha - O que ele queria?

– Dizer que o contrato do evento já foi entregue e que você já está emancipada - ela falou e eu fiquei surpresa

– Pensei que fosse só na quarta - comentei e ela assentiu

– E era, mas o juiz é amigo dele - ela comentou colocando as coisas na bolsa - Então adiantou o processo

– Ótimo - digo começando a mexer no celular

– O que está fazendo? - ela perguntou curiosa

– O numero de uma auto escola - respondo simplesmente

– Como é? - ela perguntou me olhando

– Oficialmente já respondo por mim mesma e se tenho responsabilidade para ter ações, fazer faculdade, ter meu próprio apartamento. Tenho responsabilidade para tirar minha carteira

– Você não tem apartamento - ele rebateu

– Tenho um em Nova Iorque, que é onde a Ale vai ficar - respondo dando de ombros

– Quando você comprou um apartamento? - ela perguntou me olhando

– Há dois dias - respondo normalmente e continuo guardando o celular - Pronto, começo amanhã pela tarde

– E você não vai perguntar o que eu acho disso? - ela perguntou pegando a bolsa para sairmos

– Acho que você deveria me apoiar, já que assim você deixa de ser minha motorista - digo pegando minha mochila na poltrona

– Olhando por essa lado - ela disse considerando a ideia - Está bem, mas sempre que for sair de carro, você terá que me avisar, estamos entendidas?

– Sim senhora - disse batendo continência e ela revira os olhos

– Você não tem jeito - ela disse caminhando em direção a porta

Fomos até a garagem, a tia Sam pegou o carro dela. Uma BMW cinza escuro e parou na porta de casa, quando me aproximei da porta vi Jhon saindo de casa arrumado para ir a escola com o skate na mão, então falei

– Jhon - chamei e ele me olhou - Vai querer carona?

– Vou querer por que já estou atrasado - ele falou e entramos no carro, tia Sam nem se importa mais, pois Jhon sempre se atrasa

– Como sempre - resmuguei entrando no carro

– Bom dia Jhon - tia Sam cumprimentou assim que ele entrou

– Bom dia Sam - ele cumprimentou de volta

– Tenho novidades - falei enquanto colocava o cinto

– Quais? - ele perguntou quando terminou de prender o cinto

– Primeira, estou emancipada - digo olhando-o - E segundo, vou tirar minha carteira de motorista, minhas aulas começam amanhã a tarde

– Serio? - ele perguntou me olhando e eu assenti - Depois me passa o nome da auto escola porque quero tirar a minha

– Se quiser inscrevo você agora - falei e ele assentiu - Eu vo...

– Não acha que a Marta precisa aprovar primeiro - a tia Sam me interrompeu

– Estava falando sobre isso com minha mãe ontem - Jhon falou - Ela disse que se eu conseguisse uma auto escola ela pagava sem problemas

– Coloca os seus dados - disse entregando o celular, ele me olhou receoso então falei em alemão - Entspannen Sie sich, mein Telefon ist nicht nachvollziehbar (Relaxa, o meu celular não é rastreável)

Ele pegou o celular e digitou para preencher os dados, quando terminou me devolveu e para que eu concluísse a inscrição. Quando finalizei enviei, logo em seguida chegou uma mensagem de confirmação na tela do celular

– Amanhã a tarde você começa - disse e ele assentiu

A ti Sam deixou Jhon na escola e em seguida me levou para faculdade. Assisti todas as aulas, mas depois do presente de Hefesto ganhei ainda mais facilidade em aprender robótica. Durante as primeiras aulas foram normais, quando deu o intervalo tive que pegar todos o assunto e o calendário letivo novamente, pois haviam sido entregues as novas datas para entregar projetos.

Depois do intervalo as aulas recomeçaram, durante uma explicação o professor mostrava os cálculos e um exemplo do projeto que teríamos que fazer. Olhei para a apostila atentamente e notei que haviam cerca de sete décimos não calculados, o que resultaria em um curto circuito do projeto então decidi mostrar antes que alguém se machucasse

– Professor - disse e ele revirou os olhos

– Algum problema Srta Agostini? - perguntou sem interesse

– O seus cálculos - disse e um silêncio se instalou na sala - Notei que existem sete décimos não calculados

– Está enganada Srta Agostini - ele disse firme sem dar o braço a torcer

– Não senhor - digo normalmente - De acordo com os seus cálculos, o projeto vai sofrer uma sobre carga, causando um curto circuito

– Impossível - ele diz irritado - Eu não cometeria tal erro

– Poderia fazer uma demonstração com seu projeto? - perguntei olhando-o

– Não seja petulante garota - ele fala com ódio, na verdade esse professor sempre me odiou, então ele nunca admitiu quando eu estava certa - Ponha-se no seu devido lugar srta Agostini

– Qual o problema professor? - perguntei com um sorriso irônico - Afinal se eu estou errada seu projeto funcionará perfeitamente, não é mesmo?

– E quem garante que você mesma, não sabotou o meu projeto? - ele falou em tom de acusação

– Primeiro o senhor estava com o seu projeto o tempo todo e o retirou da caixa há poucos minutos - respondo simplesmente - Segundo, não perderia o meu tempo sabotando o senhor

– Para a direção agora Srta Agostini - ele falou apontando para a porta - Vamos terminar essa conversa com o diretor da faculdade

Eu simplesmente me levantei levando comigo a apostila que ele havia entregue, seguindo em direção a porta.

– Vocês continuem o exercício, volto em alguns minutos - ele falou saindo da sala

Ele andou à minha frente a passos firmes e eu apenas o segui, se ele quer brincar vamos brincar, mas tenho certeza que ele não vai gostar do resultado do jogo


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Notas finais do capítulo

E ai gente! Comentem, acompanhem, favoritem e recomendem (se esse for o desejo de vocês). Muito obrigada pelo carinho de vocês! Mas e ai? Gostaram? Odiaram?
Amo saber a opinião de vocês!
Gente quero pedir que vocês deem uma passada na minha outra fic que estou escrevendo com a minha irmã
Link: http://fanfiction.com.br/historia/561536/Atraves_de_teus_olhos/
Nos vemos nos reviews!