Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! Estou super feliz com os comentários e os acompanhamentos
E notei que gostaram do Jhon então vou mostrar um pouco mais dele nesse capitulo
Espero que gostem!
Boa leitura!!
Na casa dos Schuster (POV do Jhon)
Toda vez que aquele miserável estava em casa é a mesma coisa, ele trata a minha mãe como empregada, me trata como lixo, já perdi a conta de quantas ele me ameaçou e minha mãe me defendeu. Um dia após minha mãe me defender eu vi ela batendo nela, ele gritava, empurrava, dava tapas, batia a cabeça dela na parede e dizia que tudo que dava errado na vida dele era culpa dela e que ela tinha que agradecer por ele dar teto e comida para uma criança que não era dele. Desde o dia que vi aquela cena, todas vez que ele está em casa eu fico deitado na minha cama ouvindo AC/DC e Metálica o mais alto que os meus fones podem chegar, só para não ouvir a voz daquele crápula. Mas hoje eu não fiquei no meu quarto, fiquei na sala sentado no sofá desenhando. Quando o cretino percebeu a minha presença ele disse
– Ei garoto, vá pegar um cerveja pra mim - ele diz sem desvia os olhos do jogo e eu o ignoro - Oh, moleque eu to falando com você
Largo meu caderno de desenho e quando eu ia me levantar minha mãe aparece com a cerveja dizendo
– Sua cerveja está aqui August - ela entrega - Não precisa gritar
– Esse garoto tem que aprender a me obedecer - ele diz irritado, então ouvimos a campainha tocar - Faça alguma coisa de útil e vá abrir a porta Marta.
Ela vai até a porta e eu volto a desenhar para não fazer algo e minha mãe pagar depois, então escuto ela dizer
– Oi Susan, entre o Jhon está na sala.
Ela vem acompanhada da minha mãe até a sala, olho pra ela e digo
– Péssima hora Susan - minha mãe me olha com reprovação e eu continuo - Não vai da pra jogar agora.
– Ótimo, não basta ter que aguentar esse moleque, agora tenho que aguentar a amiga dele também - ouço ele resmungar e tento controlar minha raiva enquanto a Susan apenas o ignora, e ela diz
– Não tem problema, não vim aqui pra jogar e sim te chamar para passar a tarde lá em casa - ela diz e então olha pra minha mãe - Se a Sra Schuster concordar
– Posso mãe? - pergunto querendo um sim como resposta.
– É claro que pode, desde que você volte na hora de jantar
– Ok! Vamos Susan? - digo pegando meu caderno de desenho
– Sim, tchau Sra Schuster - nós vamos até a porta e podemos ouvir o August resmungar
– Ainda por cima é mal educada
A gente passa pela porta e vejo Susan com um sorriso vitorioso, mas que logo se desfez então percebo que ela olhava em direção a uns arbustos e ela parecia assustada e eu digo
– Você está bem Susan? - parece que ao me ouvi ela volta a realidade e diz
– Ahn?... Sim, claro eu estou bem vamos? - eu assenti sem entender porque ela ficou assim
– Me desculpe pelo o que ouviu lá em casa - falo meio sem jeito
– Não se preocupe, já estou acostumada no trabalho da minha tia tenho que lidar com idiotas como ele - ao termina ela automaticamente se arrepende e diz - Me desculpe por falar assim do seu pai
– Ele não é o meu pai - digo irritado
– Ainda bem, já imaginou se o mal humor fosse hereditário? - ela diz e nós rimos - Mas onde está o seu pai?
– Não sei, na verdade nem o conheço - falo e logo a vejo entristecer
– Sei bem como é isso! - ela diz e sinto tristeza em sua voz
– Você também não conhece o seu pai? - pergunto e ela assentiu
– Mas eu não quero falar sobre isso agora. - ela diz abrindo a porta
– Está bem! - ela indica pra que que entre - Então? O que a gente vai fazer?
– Não faço a minima ideia - ela diz sincera
– Você me convida pra vim e não tem nada pra fazer? - digo em um tom brincalhão e colocando meu caderno no sofá
– Pra sua informação eu só te chamei por que percebi o clima tenso na sua casa, então de nada - ela diz também brincando
– Você tem algum tipo de jogo? - pergunto para tentar decidir o que fazer
– Que tipo PS2, Nitendo, Quitar Hero, X-box, Tabuleiro, logica?
– Você tem eles aqui? - pergunto incrédulo
– Não tenho muitos amigos então tenho que arrumar um forma de me distrair sozinha - ela diz indo em direção a um armário, quando abre vi diversos tipos de jogo
– E você ainda disse que não sabia jogar - digo sarcástico
– Eu disse não sabia jogar aquele jogo, nunca disse que não tinha experiencia com vídeo game - ela rebate o meu comentário - Vai lá escolhe um, vou pegar um lanche
– Onde está a sua tia? - pergunto olhando os jogos e ela grita do outro comodo
– Reunião de trabalho - então percebo que ao lado havia algumas prateleiras com CD's do AC/DC, Guns 'n Rose, Beatles, Metálica, Black Sabbath, entre outras bandas. Pego um dos Cd's de AC/DC e coloco no som e volto a procurar um jogo.
POV da Susan
Ainda na cozinha escuto uma musica de AC/DC (Shoot To Thrill), pego o lanche e volto pra sala, ele estava tão distraído que nem percebeu minha presença, coloco as coisas na mesinha de centro e sento no sofá então percebo um caderno desenho, começo a olhar e fico admirada pela riqueza de detalhes, em cada desenho uma cenas, pessoas andando na rua, o centro de uma grande cidade, batalhas com espadas e escudos, seres mitológicos, prédios e casas, então eu digo
– Cara você desenha muito bem - digo olhando atentamente cada detalhe - Da onde você tira essas imagens?
– A maioria vem de sonhos - diz ele se sentando e tirando o caderno das minhas mãos. - Mas os prédios, eu que os idealizei.
– Pretende se formar em que? - pergunto
– Engenharia - ele diz fechando o caderno e em seguida pegando o biscoito - Mas não sei se vou conseguir
– Porque? - pergunto curiosa
– Só esse ano fui expulso de duas escolas
– O que? - pergunto sem acreditar
– Tenho deficit de atenção, dislexia e hiperatividade - ele diz tristonho - Acabo fazendo muita confusão na escola.
– E ai? - pergunto mudando de assunto - Escolheu o jogo?
– Pode ser detetive?
– Só não trapacei. - digo indo pegar o jogo
– É um jogo de logica, não tem como trapacear - ele diz como se fosse obvio
– Diz isso porque nunca jogou com a minha tia - jogamos algumas rodadas, e depois ele disse
– Tá, isso já enjoou - disse juntando as cartas
– Tá dizendo isso porque tá chato ou porque tá perdendo? - disse em um tom brincalhão
– As duas coisas - ele disse e nós rimos
– Quero jogar quitar hero - disse fechando a caixa e me levantando
– Nesse jogo ninguém me vence - ele diz convencido
– Você disse o mesmo no jogo de ontem - digo com ironica
– Eu não disse isso - ele se defende - Eu disse que seria fácil de ganhar
– Mas você perdeu - rebato a conversa
– Mais nesse nunca me venceram - ele diz se gabando
– Vamos ver se isso muda hoje - disse em um tom desafiador
Começamos a jogar e ele era realmente bom, era como se ele previsse as cores, não perdia um. Passamos horas ali, e empatamos todas as vezes, tá eu já estava acostumada naquele jogo por isso consegui empatar. De repente a porta abre e minha tia entra e nos olha surpresa dizendo
– Oi! Pensei que você ia jogar na casa dele? - ela diz colocando as coisas na mesa
– Teve uma mudança de planos - digo sem desviar o olhar do jogo
– O que aconteceu? - ela pergunta intrigada
– Longa historia, depois explico
– Está bem! - ela diz se sentando no sofá - Não entendo como vocês conseguem jogar isso
– Costume - Jhon e eu dissemos em unissom - a partida termina em mais um empate e ele diz surpreso
– Você é boa - diz largando a guitarra
– Me diz algo que eu não saiba - digo me gabando
– Nessa casa mora a humildade em pessoa - diz ele brincando
– Sem graça - ele olha pra relógio na parede e diz
– Acho melhor eu ir pra casa, tá quase na hora do jantar
– Você não quer jantar aqui? - minha tia pergunta
– Não precisa Srta. Agostini, prometi a minha mãe que voltaria antes do jantar.
– Tudo bem! Susan acompanhe o Jhon até a casa dele
– Tia, não acho que ele vá se perder daqui até a casa dele - digo brincando mas fazendo minha melhor cara de seria
– Susan, me obedece - ela diz me olhando seria e ao ver a reação abro o sorriso e levanto as mãos em sinal de rendição
– Calma, eu tava brincando - digo e vou em direção a porta ao sair começo a rir e Jhon pergunta
– Do que você tá rindo? - pergunta sem entender
– Da cara que minha tia fez - digo controlando o riso - E você pronto pra enfrentar o mala do seu padrasto?
– Não vou precisar, ele já foi trabalhar - diz parecendo aliviado
– Está entregue - digo chegando perto da casa dele
– Susan? - ele me chama enquanto eu me afastava, então parei e virei - Valeu por me tirar de casa.
– Precisando, já saber onde pode se refugiar daquele idiota - digo e me afasto - Tchau
– Tchau - ele entra e eu volto pra casa.
A cada dia que se passava a amizade entre Susan e Jhon crescia, ele passou a estudar na mesma escola que ela, mas apesar de terem a mesma idade estudavam em turmas diferentes. Durantes os intervalos, eles sempre conversavam sobre filmes, jogos, musicas e um sempre parecia entender o outro. E Susan sabendo das dificuldades do amigo em relação aos estudos passou a ajuda-lo, alguns anos se passam e eles não pareciam ser mais amigos, e sim irmãos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E ai gente? Gostaram?
O que acharam do Jhon? E do capítulo?
Quero saber a opinião de vocês
Até o próximo capítulo