Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 3
A Revanche


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou super feliz com os comentários e os acompanhamentos
E notei que gostaram do Jhon então vou mostrar um pouco mais dele nesse capitulo
Espero que gostem!
Boa leitura!!



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Na casa dos Schuster (POV do Jhon)

Toda vez que aquele miserável estava em casa é a mesma coisa, ele trata a minha mãe como empregada, me trata como lixo, já perdi a conta de quantas ele me ameaçou e minha mãe me defendeu. Um dia após minha mãe me defender eu vi ela batendo nela, ele gritava, empurrava, dava tapas, batia a cabeça dela na parede e dizia que tudo que dava errado na vida dele era culpa dela e que ela tinha que agradecer por ele dar teto e comida para uma criança que não era dele. Desde o dia que vi aquela cena, todas vez que ele está em casa eu fico deitado na minha cama ouvindo AC/DC e Metálica o mais alto que os meus fones podem chegar, só para não ouvir a voz daquele crápula. Mas hoje eu não fiquei no meu quarto, fiquei na sala sentado no sofá desenhando. Quando o cretino percebeu a minha presença ele disse

– Ei garoto, vá pegar um cerveja pra mim - ele diz sem desvia os olhos do jogo e eu o ignoro - Oh, moleque eu to falando com você

Largo meu caderno de desenho e quando eu ia me levantar minha mãe aparece com a cerveja dizendo

– Sua cerveja está aqui August - ela entrega - Não precisa gritar

– Esse garoto tem que aprender a me obedecer - ele diz irritado, então ouvimos a campainha tocar - Faça alguma coisa de útil e vá abrir a porta Marta.

Ela vai até a porta e eu volto a desenhar para não fazer algo e minha mãe pagar depois, então escuto ela dizer

– Oi Susan, entre o Jhon está na sala.

Ela vem acompanhada da minha mãe até a sala, olho pra ela e digo

– Péssima hora Susan - minha mãe me olha com reprovação e eu continuo - Não vai da pra jogar agora.

– Ótimo, não basta ter que aguentar esse moleque, agora tenho que aguentar a amiga dele também - ouço ele resmungar e tento controlar minha raiva enquanto a Susan apenas o ignora, e ela diz

– Não tem problema, não vim aqui pra jogar e sim te chamar para passar a tarde lá em casa - ela diz e então olha pra minha mãe - Se a Sra Schuster concordar

– Posso mãe? - pergunto querendo um sim como resposta.

– É claro que pode, desde que você volte na hora de jantar

– Ok! Vamos Susan? - digo pegando meu caderno de desenho

– Sim, tchau Sra Schuster - nós vamos até a porta e podemos ouvir o August resmungar

– Ainda por cima é mal educada

A gente passa pela porta e vejo Susan com um sorriso vitorioso, mas que logo se desfez então percebo que ela olhava em direção a uns arbustos e ela parecia assustada e eu digo

– Você está bem Susan? - parece que ao me ouvi ela volta a realidade e diz

– Ahn?... Sim, claro eu estou bem vamos? - eu assenti sem entender porque ela ficou assim

– Me desculpe pelo o que ouviu lá em casa - falo meio sem jeito

– Não se preocupe, já estou acostumada no trabalho da minha tia tenho que lidar com idiotas como ele - ao termina ela automaticamente se arrepende e diz - Me desculpe por falar assim do seu pai

– Ele não é o meu pai - digo irritado

– Ainda bem, já imaginou se o mal humor fosse hereditário? - ela diz e nós rimos - Mas onde está o seu pai?

– Não sei, na verdade nem o conheço - falo e logo a vejo entristecer

– Sei bem como é isso! - ela diz e sinto tristeza em sua voz

– Você também não conhece o seu pai? - pergunto e ela assentiu

– Mas eu não quero falar sobre isso agora. - ela diz abrindo a porta

– Está bem! - ela indica pra que que entre - Então? O que a gente vai fazer?

– Não faço a minima ideia - ela diz sincera

– Você me convida pra vim e não tem nada pra fazer? - digo em um tom brincalhão e colocando meu caderno no sofá

– Pra sua informação eu só te chamei por que percebi o clima tenso na sua casa, então de nada - ela diz também brincando

– Você tem algum tipo de jogo? - pergunto para tentar decidir o que fazer

– Que tipo PS2, Nitendo, Quitar Hero, X-box, Tabuleiro, logica?

– Você tem eles aqui? - pergunto incrédulo

– Não tenho muitos amigos então tenho que arrumar um forma de me distrair sozinha - ela diz indo em direção a um armário, quando abre vi diversos tipos de jogo

– E você ainda disse que não sabia jogar - digo sarcástico

– Eu disse não sabia jogar aquele jogo, nunca disse que não tinha experiencia com vídeo game - ela rebate o meu comentário - Vai lá escolhe um, vou pegar um lanche

– Onde está a sua tia? - pergunto olhando os jogos e ela grita do outro comodo

– Reunião de trabalho - então percebo que ao lado havia algumas prateleiras com CD's do AC/DC, Guns 'n Rose, Beatles, Metálica, Black Sabbath, entre outras bandas. Pego um dos Cd's de AC/DC e coloco no som e volto a procurar um jogo.

POV da Susan

Ainda na cozinha escuto uma musica de AC/DC (Shoot To Thrill), pego o lanche e volto pra sala, ele estava tão distraído que nem percebeu minha presença, coloco as coisas na mesinha de centro e sento no sofá então percebo um caderno desenho, começo a olhar e fico admirada pela riqueza de detalhes, em cada desenho uma cenas, pessoas andando na rua, o centro de uma grande cidade, batalhas com espadas e escudos, seres mitológicos, prédios e casas, então eu digo

– Cara você desenha muito bem - digo olhando atentamente cada detalhe - Da onde você tira essas imagens?

– A maioria vem de sonhos - diz ele se sentando e tirando o caderno das minhas mãos. - Mas os prédios, eu que os idealizei.

– Pretende se formar em que? - pergunto

– Engenharia - ele diz fechando o caderno e em seguida pegando o biscoito - Mas não sei se vou conseguir

– Porque? - pergunto curiosa

– Só esse ano fui expulso de duas escolas

– O que? - pergunto sem acreditar

– Tenho deficit de atenção, dislexia e hiperatividade - ele diz tristonho - Acabo fazendo muita confusão na escola.

– E ai? - pergunto mudando de assunto - Escolheu o jogo?

– Pode ser detetive?

– Só não trapacei. - digo indo pegar o jogo

– É um jogo de logica, não tem como trapacear - ele diz como se fosse obvio

– Diz isso porque nunca jogou com a minha tia - jogamos algumas rodadas, e depois ele disse

– Tá, isso já enjoou - disse juntando as cartas

– Tá dizendo isso porque tá chato ou porque tá perdendo? - disse em um tom brincalhão

– As duas coisas - ele disse e nós rimos

– Quero jogar quitar hero - disse fechando a caixa e me levantando

– Nesse jogo ninguém me vence - ele diz convencido

– Você disse o mesmo no jogo de ontem - digo com ironica

– Eu não disse isso - ele se defende - Eu disse que seria fácil de ganhar

– Mas você perdeu - rebato a conversa

– Mais nesse nunca me venceram - ele diz se gabando

– Vamos ver se isso muda hoje - disse em um tom desafiador

Começamos a jogar e ele era realmente bom, era como se ele previsse as cores, não perdia um. Passamos horas ali, e empatamos todas as vezes, tá eu já estava acostumada naquele jogo por isso consegui empatar. De repente a porta abre e minha tia entra e nos olha surpresa dizendo

– Oi! Pensei que você ia jogar na casa dele? - ela diz colocando as coisas na mesa

– Teve uma mudança de planos - digo sem desviar o olhar do jogo

– O que aconteceu? - ela pergunta intrigada

– Longa historia, depois explico

– Está bem! - ela diz se sentando no sofá - Não entendo como vocês conseguem jogar isso

– Costume - Jhon e eu dissemos em unissom - a partida termina em mais um empate e ele diz surpreso

– Você é boa - diz largando a guitarra

– Me diz algo que eu não saiba - digo me gabando

– Nessa casa mora a humildade em pessoa - diz ele brincando

– Sem graça - ele olha pra relógio na parede e diz

– Acho melhor eu ir pra casa, tá quase na hora do jantar

– Você não quer jantar aqui? - minha tia pergunta

– Não precisa Srta. Agostini, prometi a minha mãe que voltaria antes do jantar.

– Tudo bem! Susan acompanhe o Jhon até a casa dele

– Tia, não acho que ele vá se perder daqui até a casa dele - digo brincando mas fazendo minha melhor cara de seria

– Susan, me obedece - ela diz me olhando seria e ao ver a reação abro o sorriso e levanto as mãos em sinal de rendição

– Calma, eu tava brincando - digo e vou em direção a porta ao sair começo a rir e Jhon pergunta

– Do que você tá rindo? - pergunta sem entender

– Da cara que minha tia fez - digo controlando o riso - E você pronto pra enfrentar o mala do seu padrasto?

– Não vou precisar, ele já foi trabalhar - diz parecendo aliviado

– Está entregue - digo chegando perto da casa dele

– Susan? - ele me chama enquanto eu me afastava, então parei e virei - Valeu por me tirar de casa.

– Precisando, já saber onde pode se refugiar daquele idiota - digo e me afasto - Tchau

– Tchau - ele entra e eu volto pra casa.

A cada dia que se passava a amizade entre Susan e Jhon crescia, ele passou a estudar na mesma escola que ela, mas apesar de terem a mesma idade estudavam em turmas diferentes. Durantes os intervalos, eles sempre conversavam sobre filmes, jogos, musicas e um sempre parecia entender o outro. E Susan sabendo das dificuldades do amigo em relação aos estudos passou a ajuda-lo, alguns anos se passam e eles não pareciam ser mais amigos, e sim irmãos.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Gostaram?
O que acharam do Jhon? E do capítulo?
Quero saber a opinião de vocês
Até o próximo capítulo