Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 4
Uma descoberta


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu gostaria de agradecer aos cometários e aos acompanhamentos estou muito feliz em saber que vocês estão gostando
Obrigada de coração!
Boa leitura!!



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9 Anos Depois

Eram umas 16:30, e Susan estava voltando pra casa depois de ajudar Jhon a estudar. Ela estava quase abrindo a porta da casa quando ela ouve um grito vindo de um beco sem saída próximo a sua casa, então decide ver o que estava acontecendo. E ao chegar a entrada do beco ela fica sem reação ao ver a cena. Um garoto sendo atacado por cinco górgonas, ele tinha uma espada que parecia ser de bronze. Ele estava cercado, apenas esperando que elas atacassem e assim que fizeram, atacou uma delas que ao ser atingida pela espada virou automaticamente pó. O garoto desenhou um arco com a espada decepando a cabeça de mais duas, quando uma atacou ele atravessou-a com a espada, a outra o agarrou pelo braço cravando as unhas nele que fez o mesmo com as outras, quando a luta terminou ele estava de costas pra ela.

POV da Susan

Eu vi que seu braço estava sangrado, me aproximo pra ajuda-lo. Quando de repente ele se vira com a espada em punho e a passa contra o meu pescoço eu me inclino pra trás e ponho a mão no lugar onde a espada passou e para o meu alivio não senti sangue, então disse dando uns passos para trás

– Calma, eu não vou te machucar e espero que você faça o mesmo - digo nervosa e ele abaixa a espada - Obrigada

– Me desculpe, eu não fiz por mal - ele diz dando um passo para tras - Não tive a intenção de te machucar.

– Sei que não, pois se tivesse eu estaria morta como aquelas criaturas - digo olhando a pilha de poeira

– Você viu o que aconteceu aqui? - eu assenti e ele diz - Sabe que monstros eram aqueles? - ele me pergunta e tenho a impressão de que ele sabia a resposta

– Górgonas, eu acho - digo voltando a olhar onde a pouco ocorreu uma batalha - Quem é você?

– Nico Di Ângelo - ele diz guardando a espada e fazendo uma leve careta de dor por causa do corte no braço.

– Você precisa cuidar desse ferimento antes que inflame - digo me aproximando - Na minha casa deve ter alguma coisa pra ajudar.

Digo e saio do beco sendo seguida por ele (penso: eu devo está ficando louca e convidar um estranho pra minha casa ainda mais do que vi ele fazer, mas que se dane sinto que posso confiar nele) volto pra casa abro a porta e dou passagem para ele e digo

– Se sente já volto com os medicamentos - e vou em direção a um armário e volto com a maleta com materiais de primeiros socorros

Começo a limpar o ferimento com o maior cuidado possível, e percebo que enquanto cuidava do ferimento ele me olhava atentamente então digo

– O ferimento é fundo vai precisar dar alguns pontos - falo depois de limpar os ferimentos

– Sabe fazer isso? - ele pergunta e eu assenti - Então vá em frente

Pego linha, agulha, algodão, álcool e atadura, então percebo que ele continua a me olhar

– Porque você tá me olhando dessa forma? - digo esterilizando a agulha

– Você se parece com a minha irmã - ele diz e percebo tristeza em sua voz e ele começa a olhar pro nada

– E onde ela está? - pergunto colocando a linha na agulha

– Morreu há uns seis anos - ele diz fazendo uma careta de gastura com o passar da linha

– Sinto muito - digo ainda sem desviar a minha atenção do ferimento - Qual era o nome dela?

– Bianca - ele diz e eu paro respiro fundo e volto a dar os pontos - Porque você ficou assim?

– Esse é o mesmo nome da minha mãe - digo triste e parece que ele percebeu

– Onde ela está? - ele pergunta quando termino de dar os pontos

– Morreu no mesmo dia que nasci - digo secando um lagrima que escorreu.

– Sinto muito - ele me olha como se lembrasse de algo - Eu ainda não sei o seu nome.

– Susan Agostini - digo terminado de por a atadura no braço - Prontinho!

– Quando você aprendeu a cuidar de ferimentos como esse? - diz olhando o curativo

– Um amigo, me ensino há poucos meses - digo guardando as coisas.

– Posso fazer mais uma pergunta?

– Faça - digo voltando a olha-lo

– Como você sabia que as coisas que me atacaram eram górgonas? - ele me pergunta demonstrando curiosidade

– Fiz um trabalho sobre mitologia há alguns anos - digo como se fosse obvio - E porque elas te atacaram?

– Porque eu sou um semideus - ele diz com certo receio

– O que? - pergunto achando que ouvi errado

– Você com certeza já ouviu falar sobre os deuses gregos - ele diz se levantando - Eles são reais, e de vez em quando eles tem filhos com humanos

– Você quer dizer, que tudo é real? - ele assenti - Isso explica muita coisa

– Como assim? - ele pergunta

– Há uns nove anos eu tenho visto algumas criaturas que pareciam ter saído de livros de mitologia - eu disse me sentado no sofá - Eu achei que tava ficando maluca, por isso nunca falei nada a ninguém.

– Entendo, quando a maioria dos semideuses descobrem quem realmente são quase surtam. - ele diz se sentando ao meu lado - Até que você está lidando bem com a descoberta

– Aceito de bom grado qualquer coisa que diga que não estou ficando louca - digo em um tom brincalhão e ele ri

– Realmente você se parece com a Bianca - ele diz controlando o riso

– O que te traz a Vermont? - pergunto curiosa

– Outro semideus - ele diz voltando a ficar serio - E agora será mais difícil de encontra-lo

– Porque? - pergunto ao vê-lo ficar serio

– Uma daquelas górgonas matou o sátiro que veio comigo

– Tem algo que eu possa fazer pra ajudar?

– Só se você conhecer alguma pessoa de 13 anos, disléxico, hiperativo e com deficit de atenção - diz irônico e eu logo lembro do Jhon

– Não pode ser - digo chocada e Nico percebe

– O que aconteceu Susan? - ele diz me olhando

– Quando eu comecei a ver essas criaturas há nove anos - então o olho - Foi no mesmo período que uma família se mudou pra essa rua

– Você conhece alguém com 13 anos dessa família que tem as características que eu citei? - Nico me olhar esperançoso eu assenti

– Na verdade ele tem quinze

– Ele corre mais perigo que eu pensava - diz preocupado - Você o conhece?

– Se eu o conheço? - me levanto e me viro pra ele - Ele é meu melhor amigo

– Então temos que ser rápidos, outros monstros podem aparecer e vim atras dele também - ele diz parecendo preocupado

– Quando encontra-lo o que irá acontecer?

– O chamarei para ir ao acampamento meio-sangue, ele será treinado para se defender dessas criaturas que caçam semideuses

– Se ele não for ele morre - digo e Nico balança a cabeça concordando

Fui em direção a porta e Nico me acompanhou, saímos e fomos em até a casa da família Schuster. Durante o caminho Nico me explicou como o acampamento funcionava, disse que apenas semideuses poderiam entrar ou humanos e outros seres com autorização. Quando chegamos na porta da casa eu toquei a campainha depois de alguns segundos a porta se abre e aparece a Sra Schuster, ao me ver dá um sorriso e diz

– Oi Susan, já está de volta?

– Sim, mas receio que o motivo da visita não seja muito bom - ao ouvir isso o sorriso dela se desfez - Esse é Nico Di Ângelo, e temos que conversar com a senhora e com o Jhon.

– É sobre o pai do seu filho - ela pareceu um pouco assustada e indicou que entrássemos

– Nico, converse com a senhora Schuster eu chamo o Jhon.

Eles foram para sala e eu fui em direção a um sala que parecia um mini escritório, onde eu sempre dava aulas ao Jhon, ele estava sentado numa cadeira de costas tocando violão. Me encostei no batente da porta e fiquei ouvindo-o tocar, quando terminou não resistir ao impulso e comecei a aplaudir, ele se vira meio assustado por não ter percebido a minha presença, eu entro na sala e me sento em uma cadeira

– Você tem talento - digo um pouco preocupada e ele percebi

– O que aconteceu? - ele diz colocando o violão na mesa - Parece preocupada

– Eu descobrir algumas coisas - digo desviando o meu olhar - Que chegam a me assustar um pouco

– Tem a ver com o seu pai? - como meu melhor amigo eu contei a ele sobre meus pais, e que eu queria acha-lo

– Não na verdade... - volto a olha-lo - Tem a ver com o seu

– Meu pai? - ele pergunta um pouco assustado - Como assim?

– Vamos pra sala - digo me levantando - Acho que a sua mãe deva lhe contar

Chegamos na sala e vimos Nico terminando de conversar com a mãe de Jhon, ao nos ver ele diz algo a senhora Schuster e vem em nossa direção, então eu digo
– Jhon, esse é Nico Di Ângelo, um amigo que quer te ajudar

– Me ajudar em quê? - Jhon me pergunta então Nico me olha e diz

– Você não contou a ele? - sua voz não era de reprovação e sim de curiosidade

– Acho que a Sra Schuster deva fazer isso - digo e Nico assenti

– Do que vocês estão falando - Jhon diz confuso a nossa conversa

– Você vai entender

– Eu vou falar com Quiron - disse Nico e vai em direção a cozinha

Eu e Jhon fomos a sala, onde a mãe explicou a ele sobre o pai, porque ela nunca estava por perto, sobre quem o filho era, e porque deveria ir ao acampamento. Quando ela terminou de falar Jhon parecia perdido em pensamentos, eu sabia que era muita coisa para digerir de um vez. Então eu o chamo

– Jhon? - ele me olha - Vai ficar tudo bem

– Será mesmo Su? - ele me olha ainda surpreso pela revelação

Nico aparece e diz

– Acabei de falar com o diretor do acampamento e vocês poderão ir pra lá hoje - ele diz olhando pra nós

– Como assim "vocês"? - pergunto

– Você consegui enxergar através da nevoa, pode reconhecer qualquer monstro - ele diz me olhando - Pode representar uma ameaça e ser atacada por um deles.

– Então vão me treinar para poder me defender dessas coisas? - pergunto tentando acreditar nas palavras de Nico

– Exatamente isso, se você quiser

– Está bem, eu vou - digo me levantando - Mas preciso avisar a minha tia primeiro.

– Jhon, acho melhor arrumarmos as suas coisas - A Sra Schuster diz e ele se levanta acompanhando a mãe


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam dessa descoberta? E a aparição do Nico?
Deixem seus cometários, gosto de saber o que vocês estão achando
Se puderem favoritem ou recomendem
Até os reviews!!