Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 2
Um novo amigo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Fiquei muito feliz com os comentários e por estarem gostando
Então ai está mais um capitulo.
Espero que gostem
Boa leitura!



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Seis anos depois

Sam percebeu que a sobrinha demonstrava mais inteligencias que as outras crianças. Era sempre curiosa, tendo sempre um sede de conhecimento, acabou aprendendo a escrever e a ler apenas com a ajuda da tia. Apesar de ser bastante inteligente Susan era uma criança sozinha, pois na vizinhança não havia muitas crianças da sua idade, então Sam decide coloca-la em uma escola para que ela pudesse ter amigos, mas devido a grande inteligencia da garota a direção da escola decidiu que seria melhor para ela estudar em classes mais avançadas apesar da pouca idade. Com apenas seis anos de idade, ela já estudava na turma da sexta serie e sempre com as notas máximas, mesmo sendo querida por todos os alunos durante os intervalos ela sempre acabava se isolando, vendo de longe as outras crianças brincarem. Mas isso mudou quando uma nova família se mudou pra sua rua, um casal e uma crianças da mesma idade que ela. Certo dia, Sam levou Susan para conhecer os novos vizinhos, a família Schuster. Quando chegaram lá uma mulher abre a porta ela tinha pele clara, olhos castanhos escuros e cabelo castanho médio ondulados até o meio das costas. Quando elas nos viu abriu um sorriso, nos cumprimentou e nos convidou para entrar.

Quando entro vejo um menino sentado no carpete da sala, jogando vídeo game. A senhora Schuster se aproxima de mim, se agacha e diz

– Qual é o seu nome? - eu a olho e respondo

– Susan - ela indica que eu a acompanhe. Nós andamos em direção ao menino e ela diz

– Filho? - o menino pausa o jogo e olha pra nós - Essa é a Susan

– Oi, meu nome é Jhonata - ele pega o outro controle e diz - Sabe jogar?

– Na verdade, não - digo meio sem jeito por não saber jogar esse jogo.

– Ótimo, então vai ficar fácil pra mim vencer, senta ai - ele diz rindo e eu me sento.

Enquanto a Susan jogava contra Jhon, Sam conversava com Marta. De repente elas ouvem o Jhon gritando.

– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO, isso não é possível - ele me olha com reprovação - Você mentiu.

– Eu não menti - Susan se defende calmamente

– O que está acontecendo aqui? - pergunta a Marta

– Ela mentiu - diz apontando pra mim - Ela me venceu - diz inconformado

– E você está desse jeito por que ela te venceu? - pergunta Marta segurando o riso.

– Não, estou assim porque ela mentiu dizendo que não sabia jogar - Jhon diz ainda inconformado porque havia perdido

– Eu não menti, nunca havia jogado esse jogo antes. - digo em um tom calmo

– Eu tenho esse jogo há quatro meses e nunca consegui fazer metade do que você fez hoje - ele diz num tom de acusação - Então não me venha com isso.

– Ela não sabia - disse a Sam - Na verdade é a primeira vez que ela joga esse jogo.

– Então, como? - ele pergunta incrédulo

.

– Ela é bastante inteligente, então aprende fácil - disse ela olhando a sobrinha - Foi apenas por isso.

– Mas o que ela fez não foi coisa de amador - ele diz recusando acreditar

– Jhon, para de drama só porque você perdeu de uma iniciante - disse Marta

– Eu não estou assim por causa disso - ele diz sincero - É que é difícil de acreditar só isso.

– Difícil, mas não impossível - diz a Susan dando as costas a conversa

– Realmente - ele diz dando o braço a torcer a derrota.

– Su, já está na hora de irmos - Sam diz - Estou quase atrasada para reunião

Ela se despede da Marta, enquanto a Susan diz ao Jhon

– Até que foi divertido - ela diz se levantando - Tchau Jhon!

Ele se levanta sem dizer nada e acompanha as duas até a porta com a mãe, quando elas estavam indo embora ele diz

– Eu vou querer revanche - Susan para, olha pra ele e diz

– Quando você quiser - ele pensa e diz

– Amanha a tarde, tá bom? - Susan olha para tia como se pedisse autorização Sam olha Marta e diz

– Tem algum problema? - Marta sorri e diz

– Não tem problema

– Então até amanha, tchau - diz Susan

– Tchau! - diz Marta e Jhon em unissom

Após saírem da casa da família Schuster, elas vão pra casa se arrumam e vão para a reunião. Enquanto Sam resolvia os problemas Susan observava cada detalhe, o modo que ela se comportava, o tom de voz, o olhar que transmitia autoridade. A reunião que para muitos não faria sentido, fez para Susan. O motivo da reunião foi a incompatibilidade do mês entre o caixa com os registros, em outras palavras no banco tinha um valor menor que os registros da empresa. A reunião continuava e Susan sai da sala indo em direção a estante que havia na sala da sua tia, ela sobe em uma cadeira e pega o livro sobre contabilidade para lê-lo, logo em seguida ela já sabia o suficiente de contabilidade. Ela pega o livro de registros da empresa, vai folheando até acha o do mês atual, ao acha-lo ela começa a calcular em um caderno que havia na sala. Quando termina o calculo ela sai da sala da tia e volta a sala de reuniões, ela entra e ninguém percebe então anda até a tia e sussurra em seu ouvido.

– Posso ver o balanço do mês que está com você? - Sam olha para menina sem entender, mas entrega a folha.

A menina analisa a folha, sorri e entrega a tia o calculo que havia feito e aponta as discrepâncias. Sam olha o local indicado e vê que haviam calculado o mesmo valor duas vezes, olha surpresa para a folha e depois para garota que sai de perto e volta a se sentar. Sam olha para folha de novo e sorri dizendo

– Não precisamos mais nos preocupar com isso senhores. - ela diz dando fim as conversa de supostos suspeitos.

– Como assim? - pergunta um dos funcionários que estavam na reunião

– O que houve foi apenas um erro de calculo, somaram duas vezes o mesmo valor - ela diz simplesmente

– Isso é impossível - diz o contador - Eu nunca cometeria tal erro

– Então veja você mesmo - ela entregas os calculo e aponta as discrepâncias.

– Um erro tão minusculo, que passou a despercebido para mim - diz o contador - Quem calculou isso merece os meus parabéns

– A responsável por isso está logo ali - ela diz apontando em minha direção olhando seria para ele e finjo que não é comigo - Esse seu pequeno erro foi encontrado por uma criança.

– Ela!? - pergunta surpreso e incrédulo

– Sim por ela, agora me explica - ela diz encarando-o - Como você um contador formado não viu esse erro e uma garota que aprendeu o básico da contabilidade encontrou.

– Eu não sei, eu apenas não conseguia ver - diz um pouco nervoso

– Sabe o que eu acho Sr. Bitencourt? - ela diz ainda mais seria - Que você notou o erro após a convocação da reunião e por vergonha de admitir deixou a reunião acontecer.

– Eu juro que... - foi interrompido

– Não foi a sua intenção? Mas mesmo assim deixou essa confusão seguir em frente. - ela termina de dizer e ele abaixa a cabeça, então ela se vira para os outros e diz - A reunião está encerrada.

Todos saem em silencio da sala de reuniões, todos indo para suas determinadas áreas de serviços, depois que todos saíram deixando apenas eu e a tia Sam na sala, ela vem em minha direção e se senta ao meu lado e diz

– Como você fez? - ela me pergunta usando um tom curioso

– Como eu fiz? Como você fez? - digo usando o mesmo tom - Silenciou todos falando apenas com o contador.

– Não muda de assunto Su - ela diz um pouco seria - Como você sabia do erro?

– Eu não sabia - digo sincera - Eu li um de seus livros de contabilidade e depois calculei, e foi só.

– Mesmo sabendo do que você é capaz ainda me surpreendo - ela me abraça e da um beijo - Sinto muito orgulho de você.

– Obrigada tia.

Susan ajuda a tia a guardar as coisas e depois vão embora. No dia seguinte Sam tira a manhã para passar com a sobrinha no parque, elas vão e ao chegar o parque está movimentado com varias famílias, fazendo pique-nique, andando de bicicleta ou simplesmente conversando. Susan estava sentada com a Sam na sombra de uma arvore lendo em silencio, mas ele é rompido pela Susan dizendo

– Porque eu não posso ser normal, como qualquer um? - ela diz abaixando o livro e olhando as famílias

– Que besteira é essa Su, você é normal como qualquer outra pessoa - ela diz em um tom terno.

– Sabe que eu não sou tia, não tenho amigos, nunca conheci meus pais e estudo em uma serie muito avançada para minha idade. - eu a olho e pergunto - Isso por acaso é normal?

– Você só é mais inteligente que as outras crianças - ela diz tentando me convencer e eu digo

– E quanto aos meus pais, porque eles não estão comigo? - pergunto lagrimejando ela respira fundo e diz

– Eu não quero segredos entre nós então vou dizer a verdade - eu a encaro esperando ela dizer a verdade - Sua mãe morreu depois de fazer uma grande prova de amor.

– O que ela fez? - digo surpresa, será que minha mãe era suicida

– No dia que você nasceu, ela estava muito fraca e os médicos disseram que uma de vocês não sobreviveria e disseram que ela teria que escolher - ela diz chorando e eu a interrompo

– Ela escolheu a mim - digo entre as lagrimas e ela assenti

– Sim, e antes de morrer ela me disse que quando você ficasse maior era para dizer que ela sempre vai te amar.

– E quanto ao meu pai? Ele está vivo? - eu pergunto, ela desvia o olhar secando as lagrimas

– Sim, ele está vivo - ela diz simplesmente

– E onde ele tá? - pergunto olhando-a nos olhos

– Sinto muito Su, mas não posso contar - ela me diz controlando as lagrimas

– Você disse que não queria segredos entre nós e agora vai esconder onde meu pai vive? - pergunto irritada

– Su por favor entenda, sua mãe me fez prometer que eu não revelaria a identidade do seu pai, a menos que realmente seja necessário. - ela diz com um olhar levemente suplicante por compreensão

– Porque ela fez isso? - pergunto um pouco confusa

– Ela dizia que ele é um irresponsável, não seria capaz de pensar em outra pessoa antes dele - ela diz e noto um leve desgosto em sua voz

– Você chegou a conhece-lo? - pergunto e ela nega

– Nunca o vi, mas entenda que tenho que cumprir com a minha palavra.

– Você deu sua palavra, então terá que cumpri-la - aceito mesmo a contragosto

Depois dessa conversa nada agradável elas voltaram para casa, Susan foi direto para o quarto e começou a chorar tanto de tristeza quanto de alegria. Agora ela sabia que sua mãe não a havia abandonado e que seu pai estava em algum lugar e esperava poder encontra-lo algum dia.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Comentem e se puderem recomendem.
Ainda tem muita coisa para acontecer.