Skinny Love escrita por Novaes


Capítulo 27
Be strong, don't be afraid, one way or another, we're all fucked up


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, sei que eu demorei, não foi proposital, ainda continuo sem not, parece que só chega em março mas eu acho que esse fim de semana, vou conseguir postar mais pra vocês, ou pelo menos é o meu plano, e eu preciso avisar pra vocês que começo de março eu vou tá impossibilitada de postar alguma coisa, vou estar em provas, simulados, enfim, KKk, ontem foi uma data muito sem importância pra mim mas resolvi falar aqui, foi meu aniversário e não foi um dia muito bom, cheio de brigas, de ódio, avô alcoólatra e pai abusivo. Acho que é isso que dá pra resumir, mas eu não vim pra falar da minha vida triste, vim aqui agradecer pela paciência, pelo carinho, pelo amor, isso tudo foi muito importante pra mim, eu RECEBI RECOMENDAÇÕES, vocês não tem ideia do quanto eu chorei e o quanto eu corri para escrever algo pra vocês, vocês me fazem um bem enorme, eu tenho um amor eterno por vocês, não sei se vocês sabem o bem que me faz, mas fazem um bem tão grande, obrigada por me emocionar, por me fazer sorrir, por me fazer ficar bem. Eu dependo de vocês, galera! MUITO OBRIGADA A TODOS, E OBRIGADA A Amy Holmes minha jujuba por ter recomendado, e obrigada crazy girl.
Agradecimentos - Demi Somers, Serenity, Lariisilva, Poeta Girl, Katie16, Amy Holmes, crazy girl, Alice Krigger



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P.O.V Lize

Assim que pousamos, eu fui obrigada a acordar Spencer que ainda dormia em meu ombro, ele ficou bastante constrangido eu devo dizer, colocou os óculos novamente e saiu sem nem falar comigo, eu apenas achei tudo aquilo meio cômico, mas deixei para lá, eu tinha que deixar.

Não demorou muito para chegarmos em casa, não fiquei acordada por muito tempo, apenas cheguei, dei um beijo em Henry, Will estava em casa, falou alguma besteirinha que eu não pude nem entender, deixei para lá, subi e caí no sono, eu estava cansada, era exaustivo tudo aquilo.

Não demorei muito para acordar também, era já de tardezinha e eu tive a brilhante ideia de sair, não sei apenas me deu vontade, não sou assim, não sou de ficar em casa, nunca gostei, eu só vivia nos bares, de apostas, sempre ganhei. Essa era minha praia. Sei que eu não deveria ir também, JJ daqui pra frente vai começar a descobrir coisas sobre meu passado, coisas que ela nunca deveria saber e JJ vai começar a ficar... Diferente. Eu não queria começar a decepcionar ela de agora, queria deixar tudo vir à tona, ou ao mesmo eu deveria ir embora antes e era o que eu estava pensando, talvez eu não pertença aqui, pra falar a verdade, eu não pertenço em lugar algum.

Deixei todos esses pensamentos pra lá e fui tomar um banho, devo confessar que esse não demorou muito porque eu só queria sair. Estava apressada e não havia ninguém ali para sair comigo, mas nunca fui de querer companhia, não faço questão, nasci sozinha, irei morrer sozinha também. Sei que da vida não vou levar muito, vou levar quase nada.

Os vestidos que eu tinha ali, eram todos muito... Promissores para falar a verdade. Resolvi colocar aquele folgado que apenas era totalmente cavado, nunca fui de me importar com coisas de roupas, ou algo assim, para mim era qualquer coisa e servia, sei lá, nunca me importei muito com essas coisas, até porque nunca precisei, de qualquer forma, eu apenas sairia com uma bolsa nesse mundo selvagem mesmo.

– JJ – Saí gritando desde já, e ela apenas não me escutava. Enquanto eu colocava meus coturnos, pensei que JJ apenas estivesse me ignorando, ela se finge de surda de vez em quando. Saí do quarto e fui ver Henry que brincava no seu quarto, ele sorriu para mim enquanto eu descia e eu sorri para ele. Continuei gritando o nome de JJ, desci as escadas e percebi que ela estava na sala, então eu estava distraída e fui pegar meu celular na bolsa, mas por mais incrível que pareça, eu nunca acho.

Resolvi ir avisando logo que iria sair... Nossa Elizabeth Stonem avisando que vai sair? Essa é nova.

– JJ, eu vou sair e... – Quando eu ia terminar, ela me interrompe falando meu nome e quando eu olhei para frente, estava toda nossa equipe do BAU que olhavam meio que chocados para mim, eles me viram da última vez com a roupa de JJ, não com minhas roupas que eu devo dizer que parece ser um choque para as pessoas. Eu por algum motivo levantei a alça do meu vestido para não mostrar tanto. – E aí, pessoal? – Tentei descontrair, mas todo mundo ainda estava chocado. Deus, isso é apenas um vestido. Todos aqui já viram mulheres peladas, ou homens, ao menos eu espero que sim. Veem todos os dias, prostitutas ou algo assim e vem ficar chocados comigo? Ninguém realmente me conhece.

– Vai sair? – Perguntou JJ.

– Yeap, vou dar uma volta – Eu respondi achando meu celular e colocando ele na minha mão.

– Para onde? – Ela me perguntou enquanto eu ia até ela e lhe dava um beijo, eu não estava mais me reconhecendo, nunca fui de dar beijos ou abraços, mas JJ faz tudo ser tão acolhedor.

– Sair – Eu respondi enquanto saia.

– WOTCH! – Morgan começou e desde já reviro os olhos. – Spencer, você vai deixar sua namorada sair desse jeito? – Ele perguntou e Spencer que não falou nada e ainda me encarava e eu o encarava.

– Babaca – Brinquei com Morgan que apenas ria.

– E para onde você vai? – Perguntou Spencer ainda me encarando, todos pareciam chocados com as atitudes de Spencer ultimamente.

– Sair, Spencer... Sair – Respondi breve e ele apenas concordou com a cabeça mas ainda estava de cara feia, depois de mim, havia muita coisa que Spencer não tinha feito, não posso mudar ele, apenas não.

– Você pode ver o Henry enquanto eu faço umas coisas na cozinha? – Perguntou JJ, apenas assenti e subi as escadas, vi Henry lá, brincando com aqueles carrinhos e bonecos de ação, fui até o quarto dele e me sentei na cama, enquanto ele sorria brincando. Nunca tive o privilegio de ser assim, comigo foi... Complicado. Acho bem legal o Henry ser um garoto tão doce e amável, mas ser doce e amável nesse mundo destrói você. Henry se levantou do chão e veio me dar um abraço, nunca sei muito bem como reagir a esse tipo de coisa. Mas tentei o abraçar de volta enquanto JJ já gritava por mim.

– Já vou – Respondi.

Quando eu cheguei à escada, JJ gritou algo.

– Effy, tem alguém aqui querendo ver você – Ela gritou e eu fiquei confusa, eu saí e ninguém sabia para onde eu iria, quem diabos me achou agora? E como?

Quando eu cheguei na sala, praticamente um doido veio para cima de mim, tentei reconhecer ele, de algum bar da minha cidade, eu presumo. Eu já vi esse garoto, eu apenas o parei com a mão antes que ele fosse me abraçar.

– Querida – Ele tentou abraçar de novo e eu o parei com mais força, ele parou de tentar me abraçar e colocou a mão no peito, onde eu empurrei com força. - Presumo que ainda seja violenta – Ele comentou.

– Presumo que você irá me dizer o que diabos você está fazendo aqui, e como diabos você me achou – Eu falei irritada e ele apenas disse que sim. Olhei para trás e vi que todos estavam curiosos.

JJ chegou oferecendo comida para ele, eu apenas disse que ele não iria comer, que iria dar o fora daqui rapidamente, então praticamente o puxei pelo colarinho até a cozinha e mandei ele falar.

– Achei você quando fui para casa da sua mãe, ela me deu o endereço, eu não sei, ela estava tão chapada – Ele comentou rindo, não era engraçado.

– E o que diabos você veio fazer aqui? Não conheço você – Eu respondi.

– Eu preciso de sua ajuda – Ele pediu. – Nós bebemos uma vez – Ele completou.

– Eu bebi com muitas pessoas, isso não significa que elas venham atrás de mim – Eu respondi e ele apenas ficou meio vermelho. – Oras, diga logo o que quer e saia logo da minha frente – Falei brevemente.

– Preciso voltar para casa – Ele respondeu e eu ri.

– E o que eu tenho a ver com isso? – Perguntei.

– Preciso vender algumas verdinhas – Ele falou levantando a mão cheia de saco de maconha, eu apenas bati na mão dele e mandei ele abaixar. JJ olhou para mim sorrindo, ela não havia visto, ainda bem.

– Venda você mesmo – Eu falei.

– Lize, você é a melhor pessoa para fazer isso – Ele falou. – Você pode não me conhecer mas você é uma lenda entre nós adolescentes, preciso voltar para casa – Ele completou dando ênfase no final.

– Primeiro, eu não sou uma lenda, eu sou uma vadia louca. Segundo, por que diabos você não pega carona? – Perguntei e ele apenas me olhou respirando fundo.

– Não quero ser estuprado no meio do caminho – Ele respondeu medroso.

– Ah, coitadinho dele – Eu ironizei.

– Por favor – Ele pediu novamente me olhando nos olhos, sei que ele precisa voltar para casa.

Saí andando com ele até a porta, mandei ele me esperar na entrada da casa, bem longe. Olhei para Spencer que me encarava feiamente, eu apenas revirei os olhos, era demais para mim isso tudo.

Avisei a JJ que voltaria apenas amanhã. E segui para o cara para qualquer festa adolescente, a música alta, a bebida, os cigarros, isso sim era minha vida.

Eu separei os meus saquinhos e os saquinhos dele e nos espalhamos para vender, eu dançava alto, bebia, tragava meu baseado. Era assim que eu conseguia.

Eu chegava perto dos adolescentes que procuravam por alguma diversão, vendia para eles e eles apenas compravam felizes. Depois que eu terminei eu comecei a dançar alto, na batida, acompanhando o ritmo, bebendo, fumando.

Eu quero esquecer tudo.

Depois de um tempo, que eu apenas venci todos ali naqueles jogos estúpidos de bebida, eu peguei uma garrafa e saí andando para rua, vendo o sol de pôr.

Vi que aquele garoto da minha cidade, no qual eu não lembro o nome veio atrás de mim e se sentou ao meu lado, dei o dinheiro para ele.

– Obrigada, Lize – Ele falou, eu apenas dei de ombros. – Você é uma boa pessoa – Ele falou e eu apenas ri.

– Não sou você sabe que não – Eu falei.

– Você é inteligente, queria eu me virar tão bem nesse mundo – Ele falou, eu apenas ri.

– Seja forte, não tenha medo, de uma forma ou de outra, estamos todos ferrados – Eu falei e ele concordou.

Me levantei, estava na hora de eu ir.

– Boa sorte na sua viagem – Eu falei.

– Boa sorte na sua vida – Ele apenas apertou minha mão e sorriu caridoso, nunca tive o luxo de ser assim. – E Hey, sobre sua mãe...

– Não se preocupe, ela é uma vadia louca mesmo – Eu o interrompi e ele riu fraco.

– Se você for para a cidade, e se lembrar do meu nome, sou o Jonah, mas eu já havia dito isso – Ele falou, eu tinha quase certeza de que ele era gay.

– Vá pra casa, Jonah – Eu falei quase sussurrando e ele sorriu feliz enquanto eu saí andando para casa de JJ, não era tão longe e eu precisava andar um pouco, quando eu cheguei lá, vi Spencer sentado na porta. – O quê? – sussurrei meio alto. Para mim mesma, ele cochilava enquanto eu cheguei perto dele e o cutuquei, ele me olhou assustado.

– Lize – Ele falou.

– Hey, estranho – Cumprimentei enquanto eu sentava ao seu lado.

– Você cheira a drogas e bebidas – Ele falou.

– Eu vivo de drogas e bebidas – Retruquei e ele concordou. – O que faz aqui? – Perguntei curiosa.

– JJ estava preocupada – Ele falou.

– E você também – Eu completei e ele apenas riu. – Vamos lá – Me levantei, abri a porta de casa e como sempre ele acabou dormindo no mesmo lugar de sempre, com um sono eterno que ele sempre teve.

Eu apenas deitei ao lado, e o sono não chegava. Estava cansada e o dia amanhã iria ser longo.

Depois de um tempo, o sono chegou e eu acabei dormindo.


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Notas finais do capítulo

ME DESCULPEM PELOS CAPÍTULOS MEIO PARADOS KAKA. Mas espero que gostem desses, já já eu vou aumentar o ritmo, não se preocupem! Amo vocês!